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    Construção

    “Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, o presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário passa revista ao ano de 2024 na actividade do Sector e fala dos vários assuntos pendentes que, no entender de Reis Campos, é urgente resolver. O também presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas explica que muitas das medidas que são apresentadas como fundamentais para, por exemplo, dar resposta ao problema da Habitação, requerem medidas de apoio ao tecido empresarial

    Ricardo Batista
    Construção

    “Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, o presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário passa revista ao ano de 2024 na actividade do Sector e fala dos vários assuntos pendentes que, no entender de Reis Campos, é urgente resolver. O também presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas explica que muitas das medidas que são apresentadas como fundamentais para, por exemplo, dar resposta ao problema da Habitação, requerem medidas de apoio ao tecido empresarial

    Ricardo Batista
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    Reis Campos aponta um conjunto de virtudes plasmadas no documento geral do Orçamento de Estado do próximo ano, mas não ignora que fica aquém no que respeita às alterações fiscais necessárias para enfrentar os desafios do sector da construção. Este e outros temas numa extensa conversa com o CONSTRUIR

    Muito ainda estará para acontecer até ao final de 2024, mas do que é possível apurar até agora, que balanço é possível fazer do ano que está a terminar na área da Construção?
    O balanço de 2024 para o sector da construção e do imobiliário é, até ao momento, globalmente positivo, apesar dos desafios enfrentados ao longo do ano. Recorde-se que, este ano iniciou com incertezas significativas quanto à evolução da conjuntura internacional, da inflação e das taxas de juro, além de um contexto de eleições legislativas. Ainda assim, o sector mostrou resiliência e conseguiu manter um bom desempenho em diversos segmentos.
    As estimativas para o valor bruto da produção do sector da construção, elaboradas no início do ano, apontavam para um crescimento de 3% em 2024, e tudo indica que esses números poderão ser alcançados, reflectindo uma evolução positiva impulsionada pelo aumento do investimento público.
    Com efeito, os principais indicadores do mercado das obras públicas têm registado crescimentos significativos. Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos até Setembro alcançaram um valor total de 6.532 milhões de euros, um aumento expressivo de 37% em relação ao ano anterior. Os contratos de empreitadas de obras públicas celebrados também registaram um expressivo aumento para 3.218 milhões de euros, um acréscimo de 39%, o que reforça a dinâmica positiva deste segmento.
    No crédito à habitação, apesar do nível ainda elevado das taxas de juro, que pressionou as famílias, o acesso ao crédito manteve-se activo registando-se um aumento homólogo de 34,7%, até Setembro. Contudo, importa referir que se registou uma ligeira contracção de 0,6% nas licenças emitidas e uma redução de 3,2% no número de fogos licenciados para novas construções até Agosto, totalizando 21.329 alojamentos. Esta retracção reflecte uma certa cautela no investimento privado em habitação.

    O Governo reconheceu, pela voz do ministro Castro Almeida, que “com os meios que temos actualmente em Portugal, aparentemente não vai ser possível executar tudo dentro do prazo”, nomeadamente a necessidade de resposta ao PRR. Esta é uma matéria que há muito tem sido alertada pelos agentes do sector. Nesta fase, mesmo com alterações ao nível das políticas de imigração, não estaremos já a correr atrás do prejuízo?
    A execução do PRR, apresenta um atraso considerável, em particular na componente habitação onde apresenta uma taxa financeira de apenas 20%, o que tendo em consideração o tempo necessário à construção de um edifício, reforça as preocupações sobre a capacidade de Portugal cumprir os prazos acordados. De realçar que o PRR prevê a construção de 26 mil casas já até 2026, que são essenciais na resposta do Estado ao problema da habitação, em particular aos segmentos da população economicamente mais vulneráveis.

    O que deve ser prioritário neste momento?
    É urgente acelerar e simplificar todos os procedimentos associados à contratação pública, uma melhor adequação dos valores base dos concursos à realidade do mercado, além do necessário reforço técnico nas entidades responsáveis, de modo a agilizar as adjudicações e garantir o avanço nas obras.
    A falta de mão de obra é, de facto, um desafio adicional que pode comprometer a execução dos projectos, pelo que se defende a aplicação de medidas estruturais, designadamente de incentivo à formação profissional, e conjunturais mais focadas na contratação de trabalhadores estrangeiros.
    Deste modo, é necessário reforçar a ligação entre o ensino, a formação profissional e o Mundo empresarial, de modo a alinhar as reais necessidades das empresas com a oferta formativa, aproveitando de forma mais eficiente os centros de formação de excelência, como o CICCOPN e o CENFIC, que estão capacitados para formar trabalhadores para o Sector da Construção, tanto nas artes tradicionais quanto nas novas qualificações exigidas pelos novos processos e sistemas construtivos emergentes.
    Relativamente à contratação de estrangeiros, que são essenciais para uma resposta mais imediata ao problema da escassez de mão-de-obra, considera-se que são necessárias políticas de imigração direccionadas para as reais necessidades das empresas, que permitam ao país captar, de forma eficiente, os recursos humanos necessários. Neste sentido, a AICCOPN propôs a criação de uma “via verde para empresas” no âmbito da admissão de trabalhadores estrangeiros, uma medida que desburocratize e agilize os processos de legalização, especialmente para as empresas que necessitam de grandes volumes de mão-de-obra. Outro ponto essencial é a introdução de mecanismos de pré-autorização de residência para trabalhadores estrangeiros com uma oferta de emprego já garantida, o que possibilitaria a estes profissionais a possibilidade de iniciarem as suas actividades, enquanto o processo de visto e a emissão dos documentos necessários estivessem em curso, acelerando assim a sua integração, entre outras medidas.

    Recentemente, a secretária de Estado da Habitação defendeu que o combate ao flagelo da habitação passa por “pensar em construir em escala bem, depressa e barato”, sem comprometer a qualidade. Se o pensamento fosse tão linear, já teria sido feito. O que impede que aquele raciocínio tenha efeitos práticos?
    O objectivo de construir “bem, depressa e barato”, embora desejável por todos, raramente é alcançado. Este ideal esbarra, por um lado, na necessidade de garantir a qualidade e durabilidade das construções, que exigem tempo e atenção aos detalhes, e, por outro, na pressão de reduzir custos num sector em que o aumento dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção, somado aos elevados impostos, dificulta a contenção de despesas. Além disso, a burocracia ainda existente no licenciamento e a escassez de mão de obra qualificada tornam o processo mais lento e oneroso, dificultando uma resposta rápida à crise habitacional.
    Neste contexto, é importante destacar que a adopção de uma construção mais industrializada, através de métodos como a construção off-site e modular, que permite um processo construtivo mais célere e eficiente, requer das empresas investimentos substanciais em pesquisa e desenvolvimento. Embora já existam bons exemplos em Portugal, esta abordagem inovadora ainda não está suficientemente disseminada para gerar um impacto significativo na resposta à limitada oferta habitacional no país. Deste modo, defende-se que, para que a implementação em larga escala dessas inovações se torne realidade, são necessários apoios específicos, particularmente para as PME’s do sector, de forma a garantir que estas possam acompanhar a transformação e contribuir para uma resposta mais célere ao problema da escassez de oferta habitacional no mercado.

    A alteração ao regime jurídico de gestão territorial, de forma a transformar terrenos rústicos em urbanos, desde que sirvam para construir habitação acessível ou a custos controlados, vai ter, a seu ver, efeitos práticos?
    A alteração ao regime jurídico de gestão territorial, que permite a transformação de terrenos rústicos em urbanos para a construção de habitação acessível ou a custos controlados, juntamente com a disponibilização de imóveis devolutos ou subutilizados do Estado para o mesmo fim, são medidas importantes para aumentar a oferta de habitação. Contudo para contrariar a evolução dos preços da habitação, é fundamental que sejam acompanhadas de incentivos adequados que promovam e incentivem o investimento. Como tenho reiterado, é imprescindível apoiar os investidores, criando linhas de financiamento específicas e estabelecendo um quadro fiscal mais favorável, com ajustes nos impostos que incidem sobre a construção e o imobiliário (IMI, AIMI, IMT e IVA).

    Que sinal é possível retirar do facto de, olhando para o consórcio envolvido no primeiro troço da Linha de Alta-Velocidade, vermos um conjunto alargado de empresas portuguesas. Estarão as empreitadas a ser lançadas mais à medida do sector empresarial nacional ou é sinal de que as empresas voltaram a reunir capacidades técnicas (perdidas em muitos casos nos anos a troika, pandemia…) suficientes para abraçar estes grandes projectos?
    A presença de um conjunto alargado de empresas portuguesas no consórcio ao qual foi adjudicado o contrato para a concessão do primeiro troço da alta velocidade entre Porto e Oiã reflecte a capacidade do sector de construção nacional para executar projectos de grande escala e elevada complexidade. Este facto demonstra que as empresas em Portugal dispõem das infraestruturas, dos equipamentos e do know-how necessários para responder a desafios exigentes, evidenciando a resiliência e adaptabilidade do sector, que se reergueu, apesar de todas as dificuldades e constrangimentos que atravessou.
    Neste contexto, importa realçar que as grandes construtoras portuguesas competem ao nível europeu, investindo em inovação e especialização técnica, o que lhes permite acompanhar as exigências de projectos de infraestrutura de grande dimensão. Esse sucesso reforça a confiança no sector e pode servir de incentivo para continuar a desenvolver o talento e a tecnologia necessários para manter esta posição, tanto em projectos nacionais quanto internacionais, impulsionando o sector para uma nova fase de crescimento e competitividade.

    Em que ponto está a elaboração do Código da Construção, um processo que foi anunciado no final do ano passado? Quais devem, no seu entender, ser as prioridades deste trabalho?
    A elaboração do Código da Construção é uma necessidade há muito reconhecida e reclamada pelo Sector e pela sociedade em geral, pelo que não poderá ficar adiada ou comprometida por qualquer alteração de natureza política ou outra. Exige-se, pois, o empenhamento e o esforço de todos os intervenientes neste processo, e não só das diversas áreas governativas do Estado, para que seja desenvolvido e continuado este importante trabalho, no mais curto espaço de tempo possível.
    Primeiramente deverá ser identificada a legislação e regulamentação aplicável que irá ser abrangida, bem como aquela que deverá ser objecto de alteração/actualização, tarefa que, creio, já estará em curso. De igual modo, deverá ser desenhada e estabilizada a estrutura do Código da Construção com os contributos do Sector, das Ordens Profissionais e das Universidades.

    O que destaca do que se sabe, até ao momento, do Orçamento de Estado, aprovado na generalidade no Parlamento? O IVA na Construção desce, mas “nas empreitadas de construção de imóveis de habitações económicas ou de habitações de custos controlados”. Para quem pugnada por mexidas urgentes nesta política fiscal, é suficiente?
    O Orçamento do Estado para 2025, aprovado na generalidade, marca alguns avanços importantes, mas, na perspectiva da AICCOPN, ainda fica aquém no que diz respeito às alterações fiscais necessárias para enfrentar os desafios do sector da construção e, em particular, para dar uma resposta efectiva à crise habitacional.
    A autorização legislativa para redução da taxa de IVA na construção e reabilitação de habitação incluída no OE’25 é, sem dúvida, um avanço positivo. No entanto, persistem incertezas significativas sobre o seu alcance e a data concreta para a sua aplicação, o que dificulta o planeamento a médio prazo das empresas do sector, pelo que se considera urgente uma definição clara da sua extensão e um calendário de implementação. O país precisa de respostas rápidas e abrangentes para aumentar a oferta habitacional e combater a crise no sector.
    Para além da questão do IVA, considera-se que o OE’25 devia ser um verdadeiro instrumento de transformação, capaz de impulsionar o investimento público e privado. A execução do PRR, como todos sabemos, está atrasada, sobretudo na área das infraestruturas e da habitação, onde é crucial acelerar a construção das 26 mil habitações previstas até 2026, de modo a contribuir para aliviar a pressão sobre o mercado e enfrentar a escassez habitacional, que afecta directamente as famílias e a economia.
    Adicionalmente, é essencial que o Orçamento vá além da medida do IVA e elimine outros impostos que penalizam o custo final dos imóveis, como o AIMI e o IMI sobre o stock de imóveis destinados à venda. Estes encargos, juntamente com outros impostos como o IMT, Selo, IRC e IRS, a que acrescem custos indirectos, criam uma elevada carga fiscal para o sector e dificultam o aumento da oferta habitacional.
    Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação. Com uma resposta robusta de todas as partes envolvidas — Governo, autarquias e outras entidades — é possível criar um ambiente de incentivo ao investimento e dar um passo concreto em direcção a um futuro mais acessível para as famílias e mais competitivo para o sector e para o país.

     

     

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Palacio Sinel de Cordes © FG+SG

    Arquitectura

    O que nos trás o Palácio (Sinel de Cordes) em 2025

    Enquanto espaço cultural de referência, o edifício sede da Trienal de Arquitectura de Lisboa antecipa um conjunto de iniciativas, nacionais e internacionais, entre tertúlias, exposições, Open House e a nova edição da Trienal

    No polo cultural que habita o Palácio Sinel de Cordes, 2025 começa em Janeiro com uma Summer School da University of Western Australia, que traz um grupo de estudantes para um programa imersivo que combina visitas de campo, conversas, troca de ideias, sessões de trabalho e apresentações, uma iniciativa com direcção do atelier Aurora Arquitectos e coordenação de Kirill de Lancastre Jedenov e Sérgio Antunes.

    Ainda no registo das colaborações internacionais, a Trienal inicia no primeiro semestre do ano mais um Periple Duet, uma viagem que une o local onde dois colectivos emergentes residem a Lisboa, no âmbito da rede europeia LINA.

    O novo ano abre, também, mais um ciclo de tertúlias Conversas et al. no Pólo Cultural da Trienal (Quintas-feiras, às 18h30), com a presença de ateliers com prática estabelecida que trazem figuras cúmplices do seu trabalho para uma conversa directa com o público.

    A 23 de Janeiro, o atelier VASSCO convida o reitor António Sampaio da Nóvoa a reflectir sobre três obras que valorizam o espaço público, nomeadamente o edifício de Habitação em Entrecampos, o Museu do Ambiente de Gaia e a Biblioteca de Genève.

    A 6 de Fevereiro, é a vez da FC Arquitectura Paisagista convidar Tiago Monteiro Henriques, investigador e consultor no projecto de requalificação do Martim Moniz, para uma tertúlia à volta do inestimável valor dos nossos solos.

    A 20 de fevereiro, José Carlos Nunes de Oliveira do atelier NOARQ convida o ilustrador Gémeo Luís a pensar o trabalho colaborativo numa equipa a partir de uma peça de puzzle.

    A última tertúlia tem lugar a 6 de Março com a presença do atelier SIA e da artista Fernanda Fragateiro, uma conversa sobre um protótipo de ferro e ráfia criado para um restaurante que estão a desenvolver em parceria com a Associação de intervenção comunitária CRESCER.

    Já a 8 de Março inaugura a exposição dupla ‘Tirar mais do que há para dar’, em Lisboa (Palácio Sinel de Cordes) e em Praga (na Galeria Vi PER), que explora a forma como a energia se move, se transforma e se dissipa, tanto no interior dos corpos como no mundo material. A associação entre arquitectura e energia tem ganho um novo relevo, evidenciando um ciclo contínuo de esforço e sobre-extracção em toda a cadeia de produção arquitectónica, das matérias-primas à mão-de-obra. A curadoria cabe à designer espacial brasileira Alina Paias, investigadora que se debruça sobre a produção de arquitectura através do envolvimento com a filosofia feminista e da tecnologia, o novo materialismo e as humanidades ambientais.

    A 10 e 11 de Maio a Trienal vai ocupar a capital com o Open House Lisboa. Através do olhar da dupla Daniela Sá e João Carmo Simões, vamos pensar como chegamos e partimos dos lugares, quais os panos de fundo das nossas memórias e por fim o que é afinal Lisboa que reinventamos em contínuo?

    De 2 de Outubro a 8 de Dezembro abre ao público o fórum internacional de arquitectura para mais uma edição da Trienal de Arquitectura de Lisboa, com o tema ‘How Heavy is a City?’.

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    Edificio Industrial BWII (arquitectura Multiprojectus e fotografia Ivo Tavares)

    Arquitectura

    Quem disse que um edifício industrial tem de ser aborrecido e sem presença?

    Com arquitectura e engenharia da Multiprojectus e construção a cargo da Garcia Garcia, o BW II destaca-se pela sua fachada esculpida com lâminas de betão pré-fabricado. No interior, a entrada principal apresenta um foyer de pé-direito duplo e uma escada suspensa, que se destaca como elemento escultórico

    Lâminas de betão pré-fabricado ao longo da fachada do BW II marcam o “ritmo” e a sua “continuidade”. Composto por dois volumes – uma ampla nave industrial e um bloco social e administrativo – o edifício industrial em Lanheses, Viana do Castelo, conta com arquitectura e engenharia da Multiprojectus e construção a cargo da Garcia Garcia.

    O edifício destaca-se pela sua fachada esculpida com pátios, que concebidos de uma forma estratégica permitem a entrada de luz natural, desmontando o volume. No interior, a entrada principal apresenta um foyer de pé-direito duplo e uma escada suspensa, que se destaca como elemento escultórico.

    “Devido ao grande desenvolvimento do alçado principal, vão acontecendo vários pátios exteriores que, estrategicamente, “escavam” e desconstroem o volume. Este “jogo” de “cheio vs vazio” cria uma maior flexibilidade e variedade no jogo de luz que se faz viver no interior do edifício”

    O projecto é composto por dois volumes “aparentemente” autónomos e de cérceas distintas. O primeiro volume com uma grande nave industrial que integram uma área de armazenagem e zonas técnicas com uma pala que protege a zona de expedição. Já o segundo volume, dedicado à zona social e administrativa, composto por dois pisos acima da cota de soleira e que “desenha” o alçado principal do edifício.

    A proposta concentra-se no volume principal bloco social e administrativo, optando-se por uma linguagem de arquitectura que dá unidade e continuidade ao conjunto. A pesquisa foca-se na “pele” do alçado principal, baseando-se na procura de um só material de revestimento (painel de betão pré-fabricado), que se adapta e uniformiza todas as situações e necessidades de projeto.

    O alçado principal desenha-se através da repetição das “lâminas” verticais em painel de betão pré-fabricado, assente numa matriz que define a solução. A “regra” impõem-se e compõem a linguagem principal do conjunto. Devido ao grande desenvolvimento do alçado principal, vão acontecendo vários pátios exteriores que, estrategicamente, “escavam” e desconstroem o volume. Este “jogo” de “cheio vs vazio” cria uma maior flexibilidade e variedade no jogo de luz que se faz viver no interior do edifício.

    A entrada principal do edifício compõe-se pelo desenho do foyer com pé-direito duplo e uma escada “suspensa”, que se assume como elemento principal deste espaço. A escada solta-se das paredes e da laje e vem receber um volume solto, em betão, que nasce do pavimento e desenha os três primeiros degraus das escadas. Ambos os volumes não se tocam, criando um momento de tensão entre ambos.

    Ficha Técnica:

    Nome do Projecto: BW II – Edifício Industrial em Viana do Castelo

    Localização: Lanheses, Viana do Castelo

    Ano de conclusão da obra: 2024

    Área total construída (m2): 27 mil m2

    Atelier de Arquitectura: Multiprojectus

    Arquitecto responsável: Arqº João Pinto de Sousa

    Colaboração: Arqº António Sousa e Arqª Fernanda Araújo

    Construtora: Garcia Garcia, S.A.

    Fiscalização: N/A

    Engenharia: Multiprojectus

    Paisagismo: N/A

    Projecto Luminotécnico: Multiprojectus

    Acústica: Multiprojectus

    Hidráulica: Multiprojectus

    Térmica: Multiprojectus

    Identidade Visual: Multiprojectus

    Sobre o autorTraço (Construir)

    Traço (Construir)

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    Fotografias cedidas pelo Camões – Instituto da Cooperação e da Língua

    Engenharia

    IP Engenharia reforça cooperação internacional com São Tomé e Príncipe

    A iniciativa, apoiada pela Cooperação Portuguesa enquadra-se no Programa Estratégico de Cooperação Portugal – São Tomé e Príncipe (2021-2025), que prevê o desenvolvimento de acções de capacitação nas áreas da gestão da rede de estradas e de transportes

    A IP Engenharia (IPE), do grupo Infraestruturas de Portugal (IP), celebrou um acordo pioneiro com o Camões – Instituto da Cooperação e da Língua e o Ministério das Infraestruturas, Recursos Naturais e Ambiente de São Tomé e Príncipe, para a realização dum programa de formação destinado ao Instituto Nacional de Estradas (INAE) de São Tomé e Príncipe.

    Este projecto marca um novo capítulo na cooperação portuguesa, evidenciando o impacto da partilha de conhecimento técnico para o desenvolvimento sustentável das infraestruturas de transporte e que tem perspectivas de alargamento a outros países de língua portuguesa.

    A iniciativa, apoiada pela Cooperação Portuguesa enquadra-se no Programa Estratégico de Cooperação Portugal – São Tomé e Príncipe (2021-2025), que prevê o desenvolvimento de acções de capacitação no âmbito das infraestruturas, incluindo na área da gestão da rede de estradas e de transportes.

    A desenrolar-se durante 2025, as acções formativas, com vista à capacitação técnica dos quadros do INAE, serão realizadas em território santomense e português e têm como objectivo contribuir para que as estradas de São Tomé e Príncipe possam ser “mais eficientes, mais resilientes e alinhadas com as necessidades socioeconómicas locais”.

    Os participantes terão acesso a conhecimentos especializados no contexto da área da Gestão de Activos, que lhes possibilitem desenvolver ferramentas com as quais possam enfrentar os desafios da gestão de uma rede viária em desenvolvimento, com recursos limitados, e sob forte pressão climática.

    Na cerimónia de assinatura, Florbela Paraíba, presidente do Instituto Camões, destacou a importância de iniciativas como esta para “alavancar a cooperação na área das infraestruturas, sector essencial para a alavancagem económica dos países”. Por sua vez, Alexandra Barbosa, administradora da IP/IPE, reforçou o compromisso do Grupo em contribuir com a sua experiência técnica para a melhoria da gestão e da sustentabilidade dos sistemas de transporte na CPLP – Comunidade dos Países de Língua Portuguesa.

    A assinatura do acordo contou, ainda, com a presença de Gonçalo Oliveira, gestor da Representação e do Negócio Internacional da IP/IPE, e em representação do Instituto Camões, Pedro Oliveira, vice-presidente, Carolina Estoia, directora de Serviços de Cooperação Bilateral, e Ana Pereira, chefe da Divisão de Assuntos Bilaterais.

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    Construção

    Produção do sector da Construção mantém dinâmica positiva

    No 3º trimestre de 2024, o Investimento (FBCF) em Construção manteve-se inalterado face ao mesmo período do ano anterior. Por outro lado, o VAB do Sector da Construção registou um aumento homólogo de 1,4%, reflectindo um crescimento na actividade produtiva, sublinha a análise da conjuntura do sector da Construção, realizada pela AICCOPN

    No 3º trimestre de 2024, o Investimento (FBCF) em Construção manteve-se inalterado face ao mesmo período do ano anterior, registando uma variação homóloga de 0,0%. Por outro lado, o VAB do Sector da Construção registou um aumento homólogo de 1,4%, reflectindo um crescimento na actividade produtiva, impulsionado pelo incremento de obras concluídas e por uma maior eficiência na utilização de recursos, o que evidencia a resiliência do sector, apesar das incertezas e desafios no arranque dos investimentos.

    No que concerne ao licenciamento municipal, até ao final do mês de Setembro, observa-se uma inversão da tendência de contracção no número total de licenças emitidas, verificando-se um aumento de 1,9%, em termos homólogos acumulados, desde o início do ano. Contudo, ao nível do número de fogos licenciados em construções novas, apesar de alguma recuperação, regista-se uma quebra de 1,4%, em termos homólogos acumulados, para um total de 24.611 habitações.

    Relativamente ao crédito à habitação, até Outubro, verifica-se um crescimento de 35,8%, em termos homólogos, no montante concedido pelas instituições financeiras, excluindo renegociações, perfazendo 14.002 milhões de euros. No mês de Outubro, o valor mediano da avaliação bancária da habitação fixou-se em 1.721€ por m², correspondendo a uma valorização de 12% em termos homólogos.

    Nos primeiros dez meses do corrente ano, o segmento de engenharia civil registou um crescimento significativo. Com efeito, até Outubro, verificaram-se variações homólogas de 39,1% no montante dos concursos de empreitadas de obras públicas promovidos e de 47% no montante dos contratos de empreitadas celebrados e registados no Portal Base, em comparação com o mesmo período do ano anterior.

     

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    Saint-Gobain Portugal nomeia nova directora de compras

    Catarina Pereira Pinto já passou por empresas de diferentes sectores. Como directora de compras assumirá o planeamento estratégico e execução, a gestão de fornecedores, gestão operacional, orçamento e controlo de custos

    A Saint-Gobain Portugal tem uma nova directora de compras. Catarina Pereira Pinto, antes Purchasing Group Leader na Bosch Security and Safety Systems, será responsável por desenvolver e implementar estratégias de compras, gerir relacionamentos com fornecedores e supervisionar todas as actividades de compras para alcançar o valor e a qualidade ideais, contribuindo, assim, para os objectivos definidos com contributo para a sustentabilidade. Acumula ainda a função de Responsável de Compras do Grupo em Portugal.

    Há mais de 20 anos na área de compras, Catarina Pereira Pinto já passou por empresas de diferentes sectores como a Faurecia e a Grohe, ou a Worthington Cylinders. Como directora de compras assumirá o planeamento estratégico e execução, a gestão de fornecedores, gestão operacional, orçamento e controlo de custos, colaborando estreitamente com a equipa de compras da região central em Espanha.

    “Estamos muito entusiasmados por dar as boas-vindas à Catarina Pereira Pinto como nova directora de compras na Saint-Gobain Portugal. A sua vasta experiência em diferentes sectores e a sua visão estratégica serão fundamentais para impulsionar a eficiência e a inovação nas nossas operações, garantindo que continuamos alinhados com os nossos objectivos de sustentabilidade e transformação digital”, sublinha Jose Martos, CEO da Saint-Gobain Portugal.

    “É uma honra integrar a equipa da Saint-Gobain Portugal e contribuir para este caminho que a empresa está a trilhar. Estou motivada para liderar as estratégias de compras e reforçar o compromisso com a inovação, a sustentabilidade e a criação de valor para o Grupo e para os nossos parceiros”, sublinha Catarina Pereira Pinto.
    A nova directora de compras terá um papel crucial na implementação da estratégia de compras, alinhada com os objectivos de sustentabilidade do Grupo Saint-Gobain, com destaque para o compromisso de alcançar a neutralidade de carbono até 2050.

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    Francisco Ferreira Lima, CEO MaxFinance Portugal

    Empresas

    MaxFinance Portugal anuncia novo CEO

    Francisco Ferreira Lima, afirma encarar este novo desafio com entusiasmo e sentido de responsabilidade, no sentido que a MaxFinance Portugal tem registado um crescimento muito significativo ao longo dos últimos anos

    A MaxFinance Portugal, que actua na intermediação de crédito, anuncia a nomeação de Francisco Ferreira Lima como o novo CEO. Com mais de 25 anos de experiência nas áreas de marketing, vendas, projectos digitais e banca, o novo responsável assumiu funções a 9 de Dezembro.

    Beatriz Rubio, co-fundadora da MaxFinance Portugal, destacou o entusiasmo com esta nomeação: “Sabemos que contaremos com uma experiência e liderança ímpar. O Francisco é um profissional reconhecido e respeitado no sector, com mais de 20 anos. Destacou-se no desenvolvimento de soluções inovadoras e na gestão de ecossistemas digitais de crédito habitação, e é um profissional com uma carreira brilhante, marcada por resultados concretos e relações duradouras com os principais players do sector”.

    Por sua vez, Francisco Ferreira Lima, afirma encarar este novo desafio com entusiasmo e sentido de responsabilidade. “A MaxFinance Portugal é a marca e a rede de intermediação de crédito líder em Portugal, tendo registado um crescimento muito significativo ao longo dos últimos anos. É um grande orgulho assumir esta função, que encaro com grande entusiasmo, ambição e sentido de responsabilidade. O objectivo é somar novos capítulos a esta história de sucesso, sabendo que posso contar com uma equipa experiente e motivada”, afirmou.

    Com uma carreira vasta no sector, Francisco Ferreira Lima desempenhou funções de relevo na Caixa Geral de Depósitos, onde foi director de marketing responsável pelo Crédito Imobiliário a Particulares e pela gestão do Canal Mediação / Rede de Intermediários de Crédito desde Março de 2021. Foi também sponsor do projecto de desenvolvimento da nova Plataforma de Gestão de Crédito da CGD, evidenciando a sua visão estratégica e capacidade de liderança.

    Antes disso, esteve à frente do lançamento e da gestão comercial do Canal Mediação da CGD (2017-2021) e, durante uma década, foi director comercial da Caixatec, empresa do Grupo CGD, onde geriu projectos digitais inovadores como CGD.pt, Caixaimobiliario.pt e o portal imobiliário LardoceLar.pt.

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    Exlabesa inaugura nova fabrica em Portugal

    Com um investimento superior a 25 milhões de euros, este centro de produção em Soure é um marco importante na estratégia de consolidação da multinacional nos mercados do Sul da Europa

    A Exlabesa, empresa de extrusão e fabrico de componentes industriais de alumínio, celebrou na segunda-feira, 9 de Dezembro, a inauguração oficial da sua nova unidade de produção em Soure. Com um investimento superior a 25 milhões de euros, este centro de produção é um marco importante na estratégia de consolidação da multinacional nos mercados do Sul da Europa.

    Esta nova fábrica junta-se aos outros nove centros de produção da empresa espalhados por três continentes, estrategicamente localizados nos Estados Unidos, Reino Unido, Espanha, França, Alemanha, Polónia e Marrocos. A partir destas instalações, a Exlabesa serve cerca de 16 mil clientes em 40 países.

    O novo centro de produção é especializado na extrusão de perfis de alumínio de elevado valor acrescentado para os sectores industriais mais exigentes, como a construção, os transportes, as infra-estruturas e as energias renováveis. A sua localização estratégica, no centro do País e a menos de duas horas do Porto, Lisboa e da fronteira espanhola, permite oferecer um serviço rápido e eficiente aos clientes de Portugal, Espanha e França através da extensa rede logística da Exlabesa.

    Esta fábrica, situada num terreno de mais de 86 mil metros quadrados (m2) e com uma área coberta de mais de 10 mil m2, dispõe de duas linhas de extrusão de 2.800 toneladas, bem como de uma linha de revestimento vertical com capacidade para processar perfis até 7.200 mm de comprimento.

    Este novo centro garante, ainda, a extrusão de perfis com uma baixa pegada de carbono graças à incorporação do alumínio reciclado RE-local da Exlabesa. Este alumínio reciclado, produzido nos próprios centros de reciclagem e fundição da empresa, tem uma pegada de carbono de apenas 2,95 kg de CO₂ eq. por kg de alumínio, certificada pelo Bureau Veritas. Desta forma, impulsiona significativamente a descarbonização da indústria, reduzindo o seu impacto ambiental em até 82% em comparação com o alumínio primário a nível mundial.

     No âmbito do seu plano de expansão global, a empresa aposta firmemente neste novo centro de produção, apoiado por um plano de investimento global de mais de 45 milhões de euros para os próximos anos. Este plano inclui a expansão das instalações para 31 mil m2, bem como a incorporação de três prensas adicionais: duas de 3.500 toneladas e uma de 4.500 toneladas.

    Isto permitirá uma produção anual de mais de 45 mil toneladas de alumínio extrudido, tornando o centro num dos mais importantes de Portugal e da Europa.

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    Preços das casas em Portugal subiram 10% desde o início do ano

    Aumento no acumulado até Novembro confirma reaquecimento do mercado de habitação, onde as vendas voltaram a crescer mostra o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário

    Os preços de venda das casas em Portugal Continental subiram 10,0% no acumulado deste ano até Novembro, mostra o Índice de Preços Residenciais da Confidencial Imobiliário. A valorização acelera, assim, consideravelmente face ao período do Verão, quando os preços acumulavam uma subida na ordem dos 5,0% em relação ao final de 2023. Tal resulta do comportamento dos últimos três meses, em que os preços subiram mensalmente entre 1,4% e 1,7%, ao contrário do que aconteceu até Agosto, período marcado por variações mensais residuais, inferiores a 1,0%.

    A intensificação da subida dos preços reflecte a recuperação das vendas, num cenário que se mantém pressionado pela falta de oferta. De acordo com as projecções realizadas a partir dos dados do Sistema de Informação Residencial, SIR, nos últimos três meses, compreendidos entre Setembro e Novembro, terão sido vendidas 41.300 casas em Portugal Continental, consolidando a rota de recuperação iniciada no 2º trimestre do ano. A confirmar-se, este volume sinaliza uma recuperação de 26% nas vendas face ao final de 2023 e coloca o mercado residencial em níveis semelhantes aos de início de 2022, antes de as taxas de juro começarem a subir.

    “A recuperação do mercado já não é uma mera projecção e está efectivamente em curso. Há uma forte aceleração dos preços ao mesmo tempo que as vendas já recuperaram das perdas dos últimos dois anos, quando a procura abrandou num contexto de subida das taxas de juro. Esta mudança está a ser rápida e é basicamente o resultado do desequilíbrio que existe no mercado, nomeadamente devido à falta de oferta. O mercado deverá enfrentar uma forte pressão nos próximos meses, com os preços a crescerem a partir de uma base já muito elevada” comenta Ricardo Guimarães, director da Confidencial Imobiliário.

    No acumulado de Setembro a Novembro, o preço médio de venda da habitação em Portugal ascendeu a 2.500*€/m2, atingindo 3.441€/m2 na habitação nova e s 2.374€/m2 na usada.

     

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    Lisboa aprova orçamento para 2025

    A Assembleia Municipal de Lisboa aprovou esta terça-feira o orçamento para 2025, no valor de 1.359 milhões de euros. O último orçamento do mandato foi aprovado com abstenção do PS e da Iniciativa Liberal e os votos contra de BE, Livre, PEV, PCP, PAN, Chega e dois independentes

    O orçamento da Câmara Municipal de Lisboa para o próximo ano é de 1.359 milhões de euros. Na Habitação o investimento em 2025 será de 154 milhões de euros. No total, neste mandato, foram investidos mais de 490 M€ em habitação. São mais de cinco mil obras em fogos entre construção nova e reabilitação. No total, neste mandato, a Câmara Municipal de Lisboa com este executivo apoiou 3.156 famílias.

    “O orçamento que apresentámos para 2025 e que foi hoje aprovado também na Assembleia Municipal de Lisboa é um orçamento audacioso, que actua para melhorar a vida das pessoas e que deixa um legado social e de melhoria da qualidade de vida. É um orçamento feito com as pessoas e para as pessoas. Mesmo em minoria, com uma oposição de constante bloqueio, conseguimos aprovar quatro orçamentos neste mandato”, sublinha o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

    No orçamento há um reforço dos valores entregues às juntas de freguesia, que recebem mais 22% do que em 2024. O valor global da delegação de competências para as freguesias será, neste mandato, de 466 milhões de euros, mais 18% do que o transferido no mandato anterior.

    Na Higiene Urbana, o executivo de Carlos Moedas reforça o orçamento com mais 65% do que em 2024 com um orçamento de 38 milhões de euros. Em jeito de balanço as contas referentes a este executivo sublinham que “foram contratados 400 trabalhadores e em concurso estão mais 100 para 2025 (mais 400 cantoneiros e mais 25 motoristas); reforço e renovação da frota (79 novas viaturas); reforço de meios de recolha (mais 8.000 toneladas de lixo recolhidas); reforço e criação de novos circuitos de recolha; aumento da periodicidade de remoção; renovação e melhoramento dos espaços de trabalho; três novas Unidades de Higiene Urbana; aprovação do subsídio de insalubridade; novos contratos com as juntas de freguesia (reforço de 25 milhões de euros); reforço das acções de fiscalização e sensibilização”.A Câmara orçamentou 12 milhões de euros, mais 33% do que em 2024, para apoio aos sem abrigo da cidade, que se estendem por várias áreas deste orçamento, desde o “housing first”, aos centros de acolhimento.

    Neste orçamento, e como previsto, o executivo cumpre a promessa de devolver os 5% de IRS aos munícipes. Serão 77 milhões em 2025 que são devolvidos a todos os residentes de Lisboa, no mandato foram devolvidos 267 milhões de euros.

    Já a aposta na Cultura está reflectida em 2025 com o maior orçamento deste mandato, com um valor de 64 milhões de euros, mais 23% do que em 2024.

    Na mobilidade, 2025 será, também, o ano com maior orçamento neste mandato, 311 M€. Com destaque para a CARRIS com um orçamento de 188 milhões de euros.

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    DeHouse Downtown (Porto)

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    DeHouse assume gestão do antigo Selina Navis no Porto

    Segundo Tomás Pitta, co-fundador da DeHouse, este novo espaço “reforça o compromisso da DeHouse em oferecer ambientes inovadores e colaborativos, juntando-se aos vários espaços já estabelecidos no Porto e em Braga, e antecipando a expansão futura para Lisboa”

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    O antigo espaço Selina Navis Coworking, localizado no icónico Edifício Árabe, na Rua José Falcão, 199, no Porto, vai passar a designar-se DeHouse Downtown a partir de Dezembro. Com  gestão da DeHouse, este espaço irá ser adaptado para continuar a ser um hub de trabalho, inovação e colaboração.

    Inserido no contexto do centro histórico do Porto, o DeHouse Downtown proporciona fácil acesso a várias comodidades, incluindo restaurantes, bares e eventos culturais. Com cerca de 700 metros quadrados (m2), o espaço mantém a estrutura e características que o tornam único, mas introduz uma abordagem renovada e focada em proporcionar uma experiência excepcional para empresas e profissionais. Este cowork tem capacidade para quatro escritórios privados, 25 secretárias fixas, três salas de reunião, três phone booths,  uma copa partilhada e várias áreas lounge.

    Com esta abertura, a marca continua a expandir a sua rede de espaços de coworking e acrescenta cerca de 90 postos de trabalho. Segundo Tomás Pitta, co-fundador da DeHouse, este novo espaço “reforça o compromisso da DeHouse em oferecer ambientes inovadores e colaborativos, juntando-se aos vários espaços já estabelecidos no Porto e em Braga, e antecipando a expansão futura para Lisboa”.

    Construído em 1908, o Edifício Árabe é um exemplar do estilo neoárabe, classificado como monumento de interesse público, com três pisos. Inicialmente concebido como parte de um complexo industrial das Devesas, dedicado à produção de cerâmicas na Península Ibérica, o edifício funcionava como depósito e showroom, exibindo os seus característicos azulejos cerâmicos que ainda hoje embelezam a fachada.

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