Take-up de Escritórios de Lisboa e Porto ultrapassa totais de 2023
Ambos os mercados mantêm perspectivas positivas para o final do ano, sustentados por transacções estratégicas e uma procura que continua a crescer, revela análise da JLL
CONSTRUIR
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
O mercado de escritórios em Portugal no mês de Setembro, apresentou desempenhos distintos nas duas maiores cidades, de acordo com o relatório Office Flashpoint da JLL. Lisboa manteve o seu ritmo de crescimento, enquanto o Porto se destacou pela resiliência, mesmo com uma ligeira desaceleração face ao mês anterior.
A cidade de Lisboa apresentou um crescimento acelerado e transacções de grande escala. O take-up em Lisboa foi de 14.869 m² em Setembro, representando um aumento de 79% em comparação com Agosto e um crescimento de 55% em termos homólogos. Durante o terceiro trimestre, a absorção totalizou 40.900 m², uma queda de 24% face ao trimestre anterior, mas ainda 20% acima do valor registado no mesmo período de 2023. Até Setembro de 2024, o take-up acumulado na capital atingiu os 168.546 m², um impressionante aumento de 134% em relação ao ano passado.
Em Setembro, foram realizadas 16 operações, com uma área média de 929 m², sendo três dessas transacções superiores a 1.000 m². Entre os negócios mais relevantes destaca-se a Deloitte Portugal, que ocupou 8.408 m² no edifício Rato 11 (zona 2). Outras operações importantes incluíram um inquilino confidencial no edifício Caravelas-Niña (3.518 m², zona 2) e a DIGI no edifício Malhoa 11 (1.072 m², zona 3). O tipo de ocupação foi inteiramente de arrendamento, com uma pré-ocupação.
A zona 2 (CBD) foi a mais activa, concentrando 81% da absorção mensal, e o sector de Consultores e Advogados foi o mais dinâmico, representando 57% da ocupação. A absorção acumulada em 2024 já se encontra cerca de 55.000 m² acima do volume total registado em 2023.
No Porto as transacções mantiveram-se relevantes em sectores estratégicos. Com um take-up mensal de 11.857 m², o que reflecte uma ligeira redução de 5% face a Agosto, mas um impressionante crescimento de 829% comparado com Setembro de 2023. No terceiro trimestre, o take-up acumulado foi de 26.960 m², um aumento de 149% face ao trimestre anterior e um crescimento de 75% em relação ao mesmo período do ano passado. Em 2024, até Setembro, o take-up totalizou 55.335 m², um aumento de 36% em termos homólogos.
O Porto registou 5 transacções em Setembro, com uma área média de 2.371 m², e três dessas transacções superaram os 1.000 m². Entre os negócios mais significativos, inclui-se um inquilino confidencial no edifício Pharmácia com 5.089 m² na zona 2, e duas ocupações no Tecmaia com uma área total de cerca de 6,200 m2, na zona 7. Todos os negócios foram realizados sob contratos de arrendamento com ocupação imediata.
A zona de Maia (zona 7) foi a mais activa no mês, representando 52% da absorção, com o sector de TMTs e Utilities a liderar a procura, representando 57% da ocupação. A absorção acumulada no Porto em 2024 já ultrapassou em 5.000 m² o volume total registado em 2023.
“Setembro demonstrou, mais uma vez, a resiliência e o dinamismo do mercado de escritórios, com Lisboa a registar um crescimento sustentado e o Porto a continuar a atrair grandes ocupações. A três meses do final do ano, mantemos a nossa confiança de que ambos os mercados irão continuar a crescer e a proporcionar resultados positivos”, refere Sofia Tavares, head of market advisory da JLL.