Escassez de trabalhadores é “principal travão” à competitividade das empresas portuguesas
Uma em cada quatro empresas que participaram no inquérito à Actividade Empresarial realizado pela AIP-CCI aponta o “Mercado de Trabalho” como o maior desafio que enfrentam, sendo ao mesmo tempo o maior entrave à competitividade

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Portugal vive praticamente em situação de pleno emprego, contudo muitas empresas continuam a sentir enormes dificuldades em encontrar os perfis que necessitam para reforçar as suas equipas para prosseguirem com as suas estratégias de crescimento. Os recursos humanos são, por isso, vistos como o maior entrave ao crescimento, mas também à competitividade das empresas portuguesas, superando até a carga fiscal que recai sobre o tecido empresarial.
Esta é uma das principais conclusões do recente Inquérito à Atividade Empresarial realizado pela Associação Industrial Portuguesa – Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI), no qual uma em cada quatro empresas que participaram aponta o “Mercado de Trabalho” como o maior desafio que enfrentam, sendo ao mesmo tempo o maior entrave à competitividade.
Este resultado verifica-se numa altura em que há um recorde de 5,1 milhões de trabalhadores empregados, assistindo-se a uma crescente necessidade de trabalhadores estrangeiros para suprir as necessidades nacionais.
Além da falta de recursos humanos, outros dos desafios são apontados à “fiscalidade excessiva”, assim como ao contexto internacional, seja pelo nível de tensão geopolítica, seja pela conjuntura macroeconómica desafiante, enquanto factores que limitam a capacidade das empresas portuguesas de crescer e de serem competitivas num mercado global.
“Há um crescimento expressivo no número de empresas que enfrenta um problema grave de falta de recursos humanos. Há negócio, há vontade de crescer e de internacionalizar, mas muitas vezes vemos as empresas de mãos atadas por falta de pessoas qualificadas que possam ajudar a esse crescimento”, refere Paulo Alexandre Caldas, director de Economia, Financiamento e Inovação da AIP-CCI, responsável pelo Inquérito à Actividade Empresarial.
Portugal apresenta um regime fiscal muito pouco competitivo em que as empresas e os trabalhadores são sobrecarregados com uma série de impostos. José Eduardo Carvalho, Presidente da AIP, vê nas respostas dadas pelas empresas o respaldo para o que tem vindo a defender: “Não podemos continuar com um quadro fiscal que é composto por 4.300 impostos e taxas e, ainda por cima, quando neles incidem e 451 benefícios fiscais. Não faz sentido. É preciso que o Governo olhe para este problema que asfixia as empresas e a economia”, diz.