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Roca Group encerra 2023 com quebra nos lucros e subida do investimento
O Grupo registou um volume de negócios semelhante ao do exercício anterior e um lucro de 27M€ (face aos 42M€ em 2022). No período em análise os investimentos cresceram 13%, para os 153M€ e a actividade gerada registou uma redução das emissões de CO2 de alcance 1 e 2 em 50%, em comparação com 2018.
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O Roca Group, grupo mundial em design, produção e comercialização de produtos para o espaço de banho, fechou o exercício de 2023 com uma facturação de 2.057 milhões de euros, num ano marcado pela paralisação de novas construções devido às elevadas taxas de juro e às mudanças no comportamento dos consumidores, que, num contexto pós-pandémico, dão mais prioridade ao consumo de outro tipo de bens e serviços do que à reabilitação das habitações. Esta difícil conjuntura foi ainda agravada pela pressão da inflação e pela consequente redução das margens comerciais. Neste contexto, o EBITDA situou-se nos 318 milhões, o que equivale a 15% do volume de negócios, e o lucro líquido foi de 27 milhões de euros, um valor que sofreu um impacto muito negativo devido ao efeito da hiperinflação na filial argentina.
A empresa aumentou o respectivo esforço de investimento até aos 153 milhões de euros, em comparação com os 135 milhões registados em 2022. Estes recursos destinaram-se, principalmente, à ampliação e melhoria da capacidade de produção das fábricas; ao reforço dos Centros de Competência; à digitalização e ao desenvolvimento de novos produtos, bem como ao cumprimento dos objectivos traçados para o caminho rumo à sustentabilidade, além da renovação de instalações e salas de exposição (Roca Galleries e Laufen Spaces, entre outras).
Em 2023, o Roca Group apostou igualmente no reforço do seu posicionamento no segmento premium de móveis para casa de banho com a aquisição da Madeli, nos Estados Unidos da América (EUA); complementou o seu portefólio em banheiras e bases de duche com a compra da Clarke (também nos EUA) e, no mercado de lavatórios premium em aço, incluiu a empresa alemã Alape no Grupo. Estas operações permitiram que a empresa se mantivesse na liderança no que toca a tecnologia, em cada uma das categorias, o que consolida o modelo de Centros de Competência que teve início no ano anterior.
Sustentabilidade: em direcção às zero emissões líquidas em 2045
O Roca Group continua a apostar na sustentabilidade a partir de um ponto de vista global, em que todas as operações estão incluídas. Até ao final de 2023, registou uma redução de 50% das respectivas emissões de CO2 de alcance 1 e 2, em comparação com 2018, assim como uma diminuição, para metade, dos resíduos produzidos no mesmo período. A intensidade do consumo de energia nas suas operações (a energia necessária para fabricar um determinado produto) foi reduzida em 57%, em comparação com o mesmo ano. Por seu lado, o desenvolvimento dos planos de Neutralidade Hídrica e de Circularidade contribuíram para o cumprimento do plano de sustentabilidade do Grupo.
Ainda em relação ao presente exercício, a empresa destacou-se pela entrada em funcionamento do primeiro forno túnel eléctrico do mundo para a produção de louça sanitária, na fábrica de Gmunden (Áustria), um marco sem precedentes que lidera a mudança de paradigma, tanto no que respeita à louça sanitária, como no que respeita a outros sectores da cerâmica. A implementação desta tecnologia converteu a fábrica de Gmunden na primeira fábrica do mundo dedicada à produção de louça sanitária com zero emissões líquidas.
O cumprimento de todos estes objectivos contribuí para posicionar a empresa no top 3% das empresas a nível mundial pelo desempenho em sustentabilidade, de acordo com o rating da Ecovadis, que atribuiu a sua Medalha de Ouro como reconhecimento.
Dois novos investimentos do Roca Group Ventures
A plataforma Roca Group Ventures continua a promover colaborações e investimentos com startups que promovem a inovação e a evolução do sector, com 25 milhões de investimento destinados a empresas emergentes que contribuem para a inovação e dinamização do sector e da indústria.
Ainda esta semana, o fundo apresentou o investimento em dois novos projectos: na espanhola KMINA, fabricante de produtos de apoio para mobilidade reduzida, que, além disso, desenvolve e distribui produtos destinados a prevenir acidentes domésticos e facilitar a utilização do espaço de banho; e na Boon, uma startup indiana especializada em IA aplicada à tecnologia da água, que desenvolve, fabrica e distribui purificadores de água inteligentes e sustentáveis para escritórios, hotéis e complexos turísticos.