Edificio de escritórios
Ocupação dos escritórios “longe dos valores registados em 2019”
Apesar da ocupação dos edifícios se situar, em média, em 63,4% em Setembro de 2023, praticamente nos mesmos volumes de há um ano, as entradas destes activos têm registado um crescimento assinalável desde 2020, indica o relatório Property Management Insights, elaborado pela área de Property da CBRE
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Polarização do mercado de escritórios
A implementação de modelos de trabalho híbridos teve um impacto directo no tráfego de escritórios, que ainda não recuperou os níveis pré-pandemia. De facto, a ocupação dos edifícios situou-se em média em 63,4% em Setembro de 2023, praticamente nos mesmos volumes de há um ano.
De acordo com o relatório Property Management Insights, elaborado pela área de Property da CBRE, apesar de estarem longe dos valores registados em 2019, com uma ocupação de escritórios de praticamente 100%, as entradas destes activos têm registado um crescimento assinalável desde 2020.
Em Março desse ano, a ocupação média dos escritórios geridos pela CBRE situava-se nos 18% e cresceu para 38,2% em Junho de 2021. Em 2022 e 2023 os dados estabilizaram em torno de 62%, com queda para 42,1% em agosto do ano passado.
“Os dados dos visitantes demonstram o claro compromisso das empresas com modelos de trabalho híbridos. Neste novo cenário, os edifícios já não são considerados apenas espaços de trabalho, mas posicionam-se como um ponto de encontro e um elemento essencial para atrair talentos”, acrescentou Soledad López-Cerón.
O mesmo relatório faz, ainda, a análise às vendas dos centros comerciais, que estão 15,9% acima dos dados pré-pandemia, e o impacto da inflação na gestão dos activos logísticos.
Neste contexto, é cada vez mais comum a celebração dos chamados contratos triple net, modalidade em que o ocupante ou inquilino é diretamente responsável por todas as despesas associadas ao armazém, como impostos, serviços públicos, prémios de seguros, despesas operacionais. reparos, entre outros.
O relatório foi elaborado com base na análise de uma amostra da carteira de activos sob gestão da CBRE, nomeadamente 36 centros comerciais em Espanha, 16 em Portugal, 60 escritórios e 486 armazéns logísticos. O documento inclui ainda os resultados de um inquérito realizado a 21 proprietários de centros comerciais em Espanha.