Dom Pedro Portobelo (Vilamoura)
Análise: Turismo com “crescimento limitado” em 2024
De acordo com o WMarket, da consultora Worx, apesar o “desempenho positivo” revelado no último ano, o actual contexto de inflação elevada deverá condicionar o crescimento do turismo para 2024
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O turismo em Portugal deverá manter o “desempenho positivo” revelado no último ano, ainda que com um “crescimento limitado” pelo contexto de inflação elevada, que se encontra acima dos 2% e que deverá continuar a condicionar o rendimento disponível das famílias para o turismo e lazer.
De acordo com o mais recente WMarket 2023-2024, levado a cabo pela Worx Real Estate Consultants, os números do úl WMarket timo ano incluem, ainda, o “efeito multiplicador” das Jornadas Mundiais da Juventude. Por esse motivo, “não se antevê um crescimento do nível de procura” em 2024, mas antes “uma estabilização do número de dormidas” e até, eventualmente, uma “ligeira quebra nas taxas de ocupação por efeito da entrada de novos hotéis no mercado”.
Recorde-se que, em 2023, o sector hoteleiro granjeou o maior volume de investimento com 640 milhões de euros, representando 40% do volume total. Ainda que tenha sido um dos sectores mais resilientes, a par do retalho, o sector hoteleiro não deixou de ser imune ao contexto de incerteza, revelando um decréscimo de 30% face ao ano anterior, em 2022.
No que diz respeito às principais transacções do ano, importa sublinhar o papel da Arrow Global como principal comprador, sendo responsável pelos maiores negócios do ano, nomeadamente o portfólio de hotéis Dom Pedro por 250 milhões de euros, o Palmares Ocean Living e o Hilton Vilamoura.
No que se refere à oferta, Portugal contabilizou a abertura de 56 estabelecimentos hoteleiros em 2022, representando um acréscimo de mais de três mil quartos no mercado. Para os próximos dois anos, espera-se um total de 120 novos projectos, o que se deverá traduzir num acréscimo de 12 mil unidades de alojamento por todo o País, sendo que a região Norte granjeia mais de um terço desta nova oferta.
Estre as aberturas mais aguardadas este ano, destacam-se a estreia das marcas Andaz (grupo Hyatt) e The Standard em Lisboa, assim como o projecto The Social Hub Porto Bonjardim e o The Lince Santa Clara Historic Hotel no Porto.
Efectivamente, Portugal assinalou mais de 77 milhões de dormidas e 30 milhões de hóspedes em 2023, evidenciando um crescimento superior a 10% face ao ano anterior.
Neste contexto, a região Norte distinguiu-se com o maior incremento no número de dormidas, seguida da Área Metropolitana de Lisboa.
Relativamente aos principais mercados emissores, o Reino Unido continuou a representar o principal mercado internacional com 17% das dormidas, seguido da Alemanha e Espanha.
Reflectindo sobre a performance operacional, os alojamentos turísticos geraram mais de 6 mil milhões de proveitos totais em 2023 – o valor mais elevado alguma vez assinalado – o qual traduz um aumento de 20% face ao ano anterior e de 40% face ao período pré-pandemia.
Num contexto regional, os resultados das receitas foram particularmente positivos nas regiões autónomas da Madeira e dos Açores, com um aumento anual, respectivamente, de 22% e de 19% no RevPAR, representando um incremento de cerca de 50% a 60% face a 2019. Relativamente a 2022, as regiões de Lisboa e do Norte assinalaram igualmente incrementos na ordem dos 19% e dos 17%, respectivamente.