Alerta de crise na Construção na Alemanha
Segundo peritos da ZIA (German Property Federation, em inglês), a Alemanha já não é competitiva no sector da construção. A crise no sector da construção está instalada e pode piorar, avança o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung
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“Em vez dos 400.000 edifícios concluídos por ano previstos pelo Governo alemão, o mercado está a caminhar para apenas 150.000, alertaram os especialistas. Em 2023, apenas cerca de 270.000 projectos foram concluídos”, adianta o jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung.
O país tem um défice de 600 apartamentos, que deverá aumentar para 720 000 no próximo ano e para 830 000 unidades até 2027. “Com os níveis actuais das taxas de juro, dos preços dos terrenos para construção, dos custos de construção e das rendas, a construção de novos apartamentos não compensa”, afirmam os especialistas ouvidos pelo jornal. O Instituto Ifo também espera que o número de novas casas construídas anualmente caia em mais de um terço entre 2023 e 2026.
“A crise é mais profunda do que a conclusão e as licenças de construção mostram”, resume o relatório da Primavera da ZIA. O sector público “é parcialmente responsável porque cobra taxas demasiado elevadas, aprova muito lentamente e exige demasiada burocracia”, sublinham os especialistas.
A situação foi desvalorizada pela ministra da Construção Klara Geywitz, sublinhando o investimento “recorde” de cerca de 18 MM€ que o governo prevê canalizar para a habitação social até 2027. Para a previsão do governo alemão contribui ainda a diminuição das taxas de juro e dos preços dos materiais de construção e o aumento dos rendimentos reais da população. Argumentos aos quais Andreas Mattner, responsável máximo da ZIA, contrapõe com a fraca prestação da economia alemã, no geral. “Já não somos competitivos na Alemanha no que à construção diz respeito”, cita o jornal alemão. A indústria que represente 19% da produção económica total é “mais crítica do que nunca na história do pós-guerra”, sublinha Mattner.