ANFAJE alerta que é imperativo saber escolher os vidros das janelas e portas eficientes
A escolha adequada do tipo de vidro pode proteger-nos de quebras acidentais provocadas por embates e salvar vidas. Para tal, a ANFAJE alerta as entidades competentes, os profissionais e os clientes particulares, para a importância de uma escolha ponderada e correcta do tipo de vidro para uma janela ou porta eficiente, de acordo também com a sua funcionalidade e segurança
CONSTRUIR
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
O conselho da Associação Nacional dos Fabricantes de Janelas Eficientes, ANFAJE é, actualmente, “ainda mais relevante já que Portugal tem de aproveitar correcta e eficazmente os recursos financeiros, disponibilizados pelo PRR, para a reabilitação do parque escolar português”, salienta a associação em comunicado enviado às redacções.
A ANFAJE recorda o acidente ocorrido no passado dia 11 de Janeiro, numa escola em Seia que vitimou uma jovem de 16 anos, salientando que o mesmo podia ter sido evitado. “A escolha adequada do tipo de vidro para uma janela ou porta eficiente tem aqui um papel extremamente importante, pois os vidros não são todos iguais e não serve um vidro qualquer. Aquando da construção ou reabilitação de habitações e edifícios (acrescendo a sua importância em edifícios ou espaços públicos), é necessário escolher cautelosamente o tipo de vidro mais adequado em função da sua exposição, funcionalidade e segurança, de acordo com o vasto leque de soluções disponíveis no mercado”.
Aliás, a ANFAJE sublinha que esta escolha ponderada e adequada é exigida pelo ITE 52, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, documento que apresenta a metodologia de dimensionamento mecânico da caixilharia exterior, tendo por base o Regulamento de Segurança, sintetizando os aspectos de segurança que os vidros devem satisfazer, tendo em conta as normas europeias. O tipo de vidro correcto deve ser empregue como medida preventiva em muitas aplicações, desde logo em zonas de frequente circulação de pessoas, como o caso de uma porta de acesso ao exterior numa escola.
Assim, “é com enorme estupefacção que a ANFAJE reage às palavras do Ministro da Educação, o qual terá, segundo a comunicação social, afirmado que a tragédia, em Seia, “poderia ter acontecido em qualquer lugar onde haja vidro”. Estas declarações, revelam uma falta de conhecimento técnico e legal e uma grave falta de ponderação nas suas palavras. O perigo não está no vidro, mas sim na sua má escolha e aplicação! Ao contrário do que afirmou o Senhor Ministro da Educação, o acidente foi fatal devido às condições específicas e às evidentes necessidades de reabilitação da escola de Seia.”
A ANFAJE salienta ainda que os “vidros apresentam uma dupla função. Por um lado, são transparentes para permitir ver e apreciar o exterior, disfrutando o máximo possível da luz natural, por outro, permitem isolar-nos e proteger-nos no interior dos edifícios, ao nível térmico, acústico, contra intrusões ou acidentes. O tipo de vidro certo pode proteger-nos das consequências (que podem ser fatais, como no acidente de Seia) de quebras acidentais causadas por embates, sem pôr em causa a eficiência energética da janela ou porta.
No que diz respeito à protecção e segurança, existem dois tipos de vidros adequados: os vidros temperados e/ou laminados. Os vidros temperados são vidros que, no caso de quebra, se desfazem em múltiplos fragmentos de tamanho mínimo e de bordos não afiados, eliminando o risco de ferimentos graves no caso de algum acidente, como o que infelizmente aconteceu na semana passada. Também temos os vidros laminados, 2 vidros “colados” com uma pelicula transparente no meio, que, em caso de pancada e quebra, permitem reter os pedaços ou fragmentos de vidro, eliminando também neste caso o risco de ferimentos graves.
Tal como tem vindo a defender nos últimos tempos, na opinião da ANFAJE, Portugal tem de saber aproveitar e aplicar correta e eficazmente os recursos financeiros disponíveis no Plano de Recuperação e Resiliência (em montantes nunca vistos) para reabilitar o seu parque edificado (edifícios, estabelecimentos de ensino, unidades de saúde, etc.), melhorando a sua eficiência energética, mas também a qualidade da construção, as condições de habitabilidade e segurança dos edifícios.
No final do ano passado, a ANFAJE publicou mais um folheto técnico, intitulado “Como escolher o tipo de vidro adequado para as suas novas janelas eficientes”, e que está disponível para consulta aqui.