O sector das janelas, portas e fachadas eficientes está preparado para os novos desafios de 2024
Contamos (…) que o próximo Governo permita a criação de novas medidas de políticas e programas públicos, tendo por base os objetivos da economia circular, a sustentabilidade e o objetivo europeu de atingir a neutralidade carbónica, em 2050

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Estamos a terminar um ano que foi repleto de desafios e oportunidades para o setor das janelas, portas e fachadas eficientes. Um ano de intensa atividade na construção nova e na reabilitação; a reabertura dos programas de apoio à instalação de novas janelas eficientes (Programa de Apoio «Edifícios mais Sustentáveis» (PAE+S) e Programa «Vale Eficiência II») e uma maior exigência dos padrões de conforto, por parte dos clientes particulares, tiveram como resultado o aumento da atividade das empresas do setor.
O PAE+S 2023 registou um enorme sucesso no número de candidaturas submetidas (com mais de 78 mil candidaturas) tendo terminado em final de Outubro de 2023. Porém, a ANFAJE defende que este programa deve ter continuidade e ainda maior ambição, contribuindo para o aumento do conforto térmico e acústico dos edifícios, enquanto melhora a sua eficiência energética. Para isso, contamos que durante o ano de 2024, este programa possa ter um novo impulso e que seja possível a introdução de benefícios fiscais para quem investe no conforto e eficiência energética da sua habitação, bem como a criação de novas soluções de financiamento que possam auxiliar as famílias das classes média e baixa a melhorar o conforto das suas casas. Por isso, em 2024, a ANFAJE continuará a defender ativamente o prolongamento dos programas de apoio PAE+S e Vale Eficiência.
Contamos, igualmente, que o próximo Governo permita a criação de novas medidas de políticas e programas públicos, tendo por base os objetivos da economia circular, a sustentabilidade e o objetivo europeu de atingir a neutralidade carbónica, em 2050.
E estes deverão ser os principais focos das empresas do setor das janelas, portas e fachadas eficientes, no ano de 2024. Os novos edifícios, na União Europeia, terão, a partir de 2030, de ser neutros em carbono e os Estados-membros terão de apresentar planos nacionais para reduzir gradualmente o consumo de energia primária dos edifícios residenciais. O que, tendo em conta as caraterísticas do parque edificado português, será um enorme desafio para o país e futuro Governo, exigindo políticas e medidas muito mais ambiciosas.
A construção do futuro próximo, num ambiente de instabilidade política, incerteza económica e mudança, é já a nova normalidade. E em 2024, as empresas do setor terão, como desafio, continuar a abraçar as oportunidades relativas às novas exigências de redução dos consumos energéticos, de melhoria do conforto e da eficiência energética dos edifícios portugueses, bem como abraçar as recentes exigências relativas à sustentabilidade dos produtos, suportados pelas novas diretivas e normativas europeias.
Quanto a este último desafio, as empresas do sector estão há muito preparadas para dar respostas positivas e cada vez mais exigentes. Demonstrando uma enorme capacidade de resiliência e adaptação nos últimos anos, as empresas do setor já têm vindo a desenvolver novos produtos e processos de produção e instalação mais eficientes, mais sustentáveis, incorporando materiais e componentes cada vez mais reutilizáveis e recicláveis. A par de uma resposta eficaz e eficiente às questões da sustentabilidade, as empresas do sector continuam ainda a apostar fortemente no aumento da qualidade e inovação, da digitalização e da elevação da formação e qualificação de todos os seus profissionais.
Em suma: perante os novos desafios de 2024, a ANFAJE continuará ativamente o seu trabalho de promoção do contributo indispensável que as janelas, portas e fachadas eficientes têm na melhoria do conforto e desempenho energético dos edifícios. Continuaremos como sempre a nossa missão de representação e defesa do crescimento e desenvolvimento do setor, preparando as empresas para os desafios e oportunidades que se abrem na construção do futuro.
NOTA: O Autor escreve segundo o Novo Acordo Ortográfico