Estudo: Crédito malparado em Portugal soma 6,3 MM€
De acordo com o estudo ”Investing in NPL in Iberia 2023”, onde a Prime Yield analisa a dinâmica de transacções das carteiras de crédito malparado na Ibéria, Portugal continua a fazer progressos na diminuição do crédito que está em incumprimento, mas “o ritmo de redução deste tipo de empréstimos está mais lento”
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Portugal continua a fazer progressos na diminuição do crédito que está em incumprimento no sistema financeiro nacional, mas o ritmo de redução deste tipo de empréstimos está mais lento. No segundo trimestre, os bancos nacionais contabilizavam 6.300 milhões de euros em crédito malparado nos seus balanços, menos 1.200 milhões de euros do que em igual período do ano passado. Deste volume, apenas 17%, equivalente a cerca de 200 milhões de euros, estão concentrados em 2023.
Estas são as principais conclusões do estudo ”Investing in NPL in Iberia 2023”, onde a Prime Yield analisa a dinâmica de transacções das carteiras de crédito malparado na Ibéria, com projecções para a actividade em 2023 em Portugal e Espanha. O research incide ainda sobre os dados mais actuais relativos aos stocks e rácios de NPL nos dois países, bem como os principais indicadores económicos e do mercado residencial.
De acordo com o estudo, Portugal permanece entre os países que reduziu o stock de NPL (non-performing loans na sigla inglesa) no segundo trimestre face ao trimestre anterior, contrariando a tendência agregada na Europa, que evidencia um aumento trimestral do crédito em incumprimento. Em Portugal, os 6.300 milhões de euros contabilizados no segundo trimestre apresentam uma descida de 2% face ao trimestre anterior (cerca de 140 milhões).
Já no cômputo da Europa, o volume de NPL no período em análise somou os 361.000 milhões, aumentando 1% face ao trimestre anterior, equivalente a mais 3.930 milhões.
Paralelamente, a transacção de carteiras compostas por estes créditos não produtivos deverá diminuir novamente em 2023. As estimativas da Prime Yield apontam para um volume anual de 1.400 milhões transaccionados em NPL, menos 18% do que em 2022 e apenas acima da actividade de 2020, ano em que a venda deste tipo de portfólios esteve praticamente estagnada devido ao surgimento da pandemia.
A travagem no investimento deste tipo de activos reflecte a conjugação da redução da dimensão média das carteiras que surgem em oferta e um cenário de relativa estagnação na entrada de novos processos de venda, ao mesmo tempo que o mercado secundário não se encontra desenvolvido.