Residências: Até 2028 estima-se que sejam disponibilizadas cerca de 8.800 novas camas
“Mesmo com a rápida expansão de novos projectos em Lisboa e no Porto, uma parte significativa do mercado é ainda coberta por oferta desadequada às necessidades efetivas dos estudantes”, segundo o estudo internacional da Savills sobre residência de estudantes, “Riding the Wave – Student Housing Accomodation”
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Perante um crescimento consolidado do número de estudantes universitários, cerca de 15% nos últimos cinco anos, a procura crescente por alojamento estudantil continua a aumentar e constitui um dos principais desafios que o ensino superior enfrenta actualmente.
“Mesmo com a rápida expansão de novos projectos em Lisboa e no Porto, uma parte significativa do mercado é ainda coberta por oferta desadequada às necessidades efetivas dos estudantes”, segundo o estudo internacional da Savills sobre residência de estudantes, “Riding the Wave – Student Housing Accomodation”.
Actualmente, Lisboa e Porto somam aproximadamente 12.500 camas, das quais 58% constituem oferta de PBSA operacionalizada por operadores privados. Até 2028, estima-se que sejam disponibilizadas cerca de 8.800 novas camas, das quais 85% pela mão de operadores privados em várias regiões do País.
Esta oferta irá beneficiar especialmente os estudantes que procuram acesso ao ensino superior nas principais cidades como Lisboa e Porto. Além disso, outras localidades como Aveiro, Covilhã, Faro, Braga e Coimbra também serão contempladas com novos projectos de residências de estudantes privadas.
Comparativamente a outros mercados europeus, o segmento de residências de estudantes é relativamente recente em Portugal. Actualmente, os operadores privados são responsáveis pela operação de mais de oito mil camas distribuídas por todo o País. Nomes como Livensa Living, Miles tone, Xior, LivStudent, Round Hill Capital são alguns dos principais operadores que já expandiram a sua operação em Portugal.
“Os números suportam um mercado em crescimento em Portugal. A necessidade de entrada de oferta ajustada não só aos números de estudantes, mas também aos requerimentos dos estudantes, é vital para que o nosso mercado se mantenha competitivo. Temos um ensino superior de qualidade cada vez mais reconhecida nos rankings internacionais, mas é necessário que o investimento tanto de operadores privados como das instituições públicas consiga responder em tempo útil à procura que tende a crescer cada vez mais”, afirma Alexandra Portugal Gomes, head of Research da Savills.
Em Lisboa, o rácio actual de provisionamento de alojamento estudantil é de apenas 5%. Com cerca de 131 mil estudantes, a cidade de Lisboa registou um aumento de 3% no número de alunos comparativamente ao ano passado, dos quais 17% são oriundos de outras geografias, maioritariamente do Brasil e Angola.
Para os próximos anos, o pipeline já em construção supera as três mil camas.
No mercado do Porto, o rácio de provisionamento de alojamento estudantil é de 8,2%. No total do ano académico de 2022/2023, o Porto recebeu 71.750 alunos, sendo que 16,5% são internacionais, com destaque para Brasil e França. Até 2026, estão previstas a entrada de mais de dois mil novas camas em projectos desenvolvidos por operadores privados.
Investidores e operadores internacionais com forte presença noutros mercados estão cada vez mais atentos ao mercado português. Este crescente interesse no investimento de capital internacional no segmento de Residências de Estudantes em Portugal tem ganho destaque, como demonstrado pelas recentes transações.
Em 2022, a Round Hill Capital adquiriu o Portfolio Smart Studios por 200 milhões de euros, enquanto que, em 2021 a Value One Holding vendeu a Residência Carcavelos Lombos ao fundo alemão Catella por 15.5 milhões de euros.