Investimento imobiliário em Portugal com decréscimo de 48% face a 2022
Sectores de retalho e do turismo lideram as transacções de investimento no mercado nacional. O cenário de desinvestimento “generalizado” pode ser explicado pelos “elevados níveis da inflação, aumento dos custos dos empréstimos, pela redução das medidas de apoio do Governo e diminuição do consumo privado”

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O mercado de investimento imobiliário em Portugal atingiu, no terceiro trimestre de 2023, um montante total de 262 milhões de euros, um valor que representa um decréscimo de 46% face ao trimestre anterior.
Já o investimento total nos primeiros nove meses do ano cifra-se nos 1.021 milhões de euros, indicando, também, um decréscimo de 48% face ao período homólogo de 2022.
Este decréscimo “generalizado” verificou-se em várias classe de activos, no entanto, os segmentos de retalho e hospitality, demonstraram ser os mais resilientes, contribuindo para 38% e 37% respectivamente do volume de investimento imobiliário acumulado, de acordo com o Real Estate Market Overview, elaborado pela Savills Portugal, que apresenta os principais indicadores do mercado imobiliário nacional referentes ao último trimestre.
Um cenário que pode ser explicado pelos “elevados níveis da inflação, pelo aumento dos custos dos empréstimos, pela redução das medidas de apoio do Governo e pela diminuição do consumo privado”.
Segundo Paulo Silva, head of Country da Savills Portugal, “o panorama do investimento em Portugal está alinhado com o restante mercado europeu, com quase todas as geografias a registar quedas neste domínio. O acréscimo dos custos do financiamento e a falta de correção dos preços de venda continuam a estar na base de processos de tomada de decisão mais longos que se refletem numa diminuição natural quer em número de transacções quer em volume de investimento, com a concessão de empréstimos para negócios de grande dimensão ou activos secundários, a ser mais dificultada”.
Não obstante, Paulo Silva acredita que “a recuperação do mercado será gradual, ao ritmo do ajustamento dos preços de venda e da melhoria do contexto económico”.