Costa Nova inaugurou uma das “fábricas mais sustentáveis” do Mundo
A nova unidade nasce do compromisso com a sustentabilidade e de uma aposta constante na inovação e tem na sua génese num projecto de I&D, em parceria com a Universidade de Aveiro. Dele resultou o Ecogres, uma matéria-prima reinventada, com 98% de materiais reciclados e 100% ecológica
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Depois da Grestel 1, da Grestel 2 e da Grestel 3, o grupo Costa Nova Indústria volta a crescer, agora com a Ecogres – Cerâmica Ecológica, “uma das fábricas de grés fino mais sustentáveis do Mundo”, sediada na Zona Industrial da Mota, em Ílhavo.
A cerimónia de inauguração foi presidida por Ana Abrunhosa, Ministra da Coesão Territorial, que classificou esta nova unidade fabril como “um projecto muito especial, uma fábrica de referência e de futuro”.
“Este projecto não surge porque a sustentabilidade está na moda”, ela sempre fez parte da missão” do grupo Costa Nova, lembrou Miguel Casal, CEO da empresa, que reclamou “um regime de excepção, ao nível da pegada carbónica e dos objectivos de eficiência energética para uma indústria com uma natureza sustentável, cujos produtos têm um ciclo de vida prolongado, são recicláveis e reutilizáveis”.
A Ecogres – Cerâmica Ecológica, que ocupa 16 mil metros quadrados (m2) e implicou um investimento de cerca 14 milhões de euros, emprega actualmente 150 pessoas e está a produzir entre 15 a 20 mil peças por dia. A médio prazo, o objectivo do grupo Costa Nova Indústria é duplicar a produção e o número de postos de trabalho.
A nova unidade nasce do compromisso efectivo com a sustentabilidade e de uma aposta constante na inovação por parte do grupo, e tem a sua génese num projecto de I&D, em parceria com a Universidade de Aveiro. Dele resultou o Ecogres, uma matéria-prima reinventada, com 98% de materiais reciclados e 100% ecológica, que dá forma a algumas das colecções Costa Nova, a marca de referência do grupo, um dos maiores produtores mundiais de grés fino, reconhecido pela sua empresa de cerâmica Grestel, fundada há precisamente 25 anos.
Do ponto de vista ambiental, os artigos Ecogres oferecem uma série de benefícios. Para além de contribuírem para a conservação dos recursos naturais de argila, são submetidos a uma cozedura com uma temperatura 2,6% mais baixa do que o processo normal, o que significa um menor consumo de energia e uma redução das emissões. Por outro lado, o sistema de produção em mono combustão permite consumir entre 50 e 70% menos energia do que o sistema normal de dupla combustão.
Todo o layout da fábrica foi pensado com o objectivo de aumentar a produtividade, reduzir o esforço humano, a pegada ecológica da cerâmica e o consumo de energia e de recursos. Utilizando painéis solares de 580 kW, a nova unidade gera 55% da energia consumida, recorre a equipamentos modernos e com elevado grau de automação, e está equipada com fornos que permitem uma redução de consumo superior a 30%, sendo, aliás, os únicos em Portugal preparados para utilizar até 50% de hidrogénio. O próprio calor produzido pelos fornos é reutilizado para aumentar a sua eficiência, tornando-os 15% mais eficientes do que os existentes no mercado.
A Ecogres – que surge da requalificação de uma antiga fábrica para, assim, ser também fiel aos princípios em que se funda – tem instalada, tal como as outras três unidades fabris do grupo, uma ETARI que separa o tratamento de água dos vidrados e da água proveniente da preparação da pasta para permitir que toda a água seja reutilizada em processos de limpeza interna ou reintroduzida no processo produtivo.