Sector da Construção a duas velocidades
O Banco de Portugal reviu em baixa as projecções para o crescimento do PIB, para 2023, de 2,7% para 2,1%. Neste cenário o sector da construção avança a duas velocidades, onde o “expressivo crescimento do mercado das obras públicas”, contrasta com o “abrandamento ao nível do mercado imobiliário”, nota a AICCOPN na sua análise

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O Banco de Portugal reviu em baixa as projecções para o crescimento do PIB, para 2023, de 2,7% para 2,1%, cenário que é explicado pelo comportamento das exportações e, em menor grau, do consumo privado e do Investimento (FBCF), em face da evolução da inflação e de um quadro de financiamento mais oneroso e restritivo.
No Sector da Construção, de acordo com os indicadores sectoriais disponíveis, assiste-se a um expressivo crescimento no mercado das obras públicas e a um abrandamento ao nível do mercado imobiliário.
Efectivamente, nos primeiros oito meses do ano, o volume total de concursos de empreitadas de obras públicas promovidos observou um expressivo aumento de 77,3%, em termos homólogos acumulados, e o total dos contratos de empreitadas de obras públicas, celebrados neste período, e objecto de reporte no Portal Base até ao passado dia 15 de Setembro, registou um acréscimo de 34,2%, em termos de variação homóloga temporalmente comparável.
No que concerne ao mercado imobiliário, de acordo com os dados recentemente divulgados pelo INE, no segundo trimestre de 2023, apurou-se uma redução das transacções de alojamentos de 22,9%, em número, e de 16,7%, em valor, face ao período homólogo de 2022, facto a que não será alheia a rápida subida das taxas de juro, ocorrida neste ano, que teve por consequência um aumento do custo financiamento.
Relativamente ao licenciamento municipal, apuram-se variações de -2,5% na área licenciada em edifícios habitacionais e de +8% na área para edifícios não residenciais, nos primeiros sete meses de 2023, face a igual período do ano anterior. Já no que respeita ao número de fogos licenciados em construções novas, verifica-se, no mesmo período, um crescimento de 1,5%, para um total de 18.973 alojamentos.
O consumo de cimento no mercado nacional, nos primeiros oito meses do ano, totalizou 2.621 milhares de toneladas, o que traduz um aumento de 0,7%, em termos homólogos.