Residência de Estudantes de Benfica
‘SiMBA’ constrói nova Residência de Estudantes em Benfica
A obra vai dar início em breve e espera-se que esteja concluída em menos de um ano. Construída através do sistema de módulos em betão armado, comercializado pela Global Engineering e desenvolvido pela DDN, que também faz a gestão da obra, a nova residência visa dar resposta à escassez de camas para estudantes e está incluída no plano nacional do Governo que pretende atingir as 26 mil até 2026
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O Bairro de Calhariz de Benfica, em Lisboa, junto à estação de comboios, vai receber em 2024 uma nova residência de estudantes. Orçado em 3,9 milhões de euros, a obra será totalmente suportada pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), no âmbito do investimento nacional que pretende criar 26 mil camas para estudantes até 2026.
Para o efeito, foi escolhida a sua construção através do sistema modular SIMBA – Sistema Construtivo em Módulos Autoportantes de Betão Armado, o que irá permitir uma maior rapidez na execução da obra.
O concurso, lançado pela Junta de Freguesia de Benfica, foi ganho pela Edivisa, do Grupo Visabeira, tendo o contrato de empreitada sido assinado no final de Maio. Actualmente, estão a decorrer os trabalhos preparatórios de instalação de estaleiro.
O sistema construtivo SIMBA é produzido e comercializado pela empresa Global Engineering (GE). Já a DDN é responsável pela gestão de projecto em obra, cuja solução foi desenvolvida em conjunto com o Instituto Superior Técnico, cuja parceria permitiu assegurar a colocação no mercado de “um produto diferenciador que dita um novo estado-da-arte”. A aplicação é variada, em particular, para projectos habitacionais, residências de estudantes ou seniores, hospitais ou hotelaria.
O concurso, lançado pela Junta de Freguesia de Benfica, foi ganho pela Edivisa, do Grupo Visabeira, tendo o contrato de empreitada sido assinado no final de Maio. Actualmente, estão a decorrer os trabalhos preparatórios de instalação de estaleiro
Tendo como base a construção através de módulos de betão, num sistema “altamente industrializado”, suportado em cinco ligações inovadoras, 80% da sua construção ocorre em fábrica e não na obra. No estaleiro apenas a preparação para receber os módulos, ou seja, as fundações através do método tradicional de construção.
Já em fábrica os módulos são preparados com toda a componente eléctrica, de saneamento, de acabamentos e até as portas e janelas vêm já colocadas.
A preparação dos módulos acontece em fábrica e só depois são levados para o estaleiro apenas para a fase de montagem, o que permite, também, criar menos impacto e resolver um dos problemas do sector: a falta de mão de obra.
“Esta é uma nova forma de pensar a construção”, explica ao Construir Liam O’Donnell. Com a fábrica localizada no Montijo, todo o processo deste novo sistema construtivo é feito em Portugal.
“No local da obra, apenas são feitos de forma tradicional as fundações e garagens, e mesmo durante esse processo, conseguimos ganhar tempo, porque estamos na fábrica a proceder à preparação dos módulos para os preparar para a montagem, acrescenta Liam O’Donnell.
Desta forma, o SiMBA propõe-se a dar resposta aos actuais problemas de falta de habitação, na medida em que permite construir de forma “mais rápida e com menos custos”.
A redução de 50% nos prazos e de 20% nos custos são as principais vantagens. Mas não só, já que a produção em fábrica permite uma maior qualidade e com menos erros. Com um comportamento é igual à construção convencional no que diz respeito ao isolamento térmico, já quanto ao isolamento acústico verifica-se uma melhoria em 20%, uma redução em 90% de desperdícios e menos 67% em consumo de energia.
Com o SiMBA, surgem, ainda, novas abordagens ao processo criativo e à incorporação de tecnologias 4G/5G deixando-se de produzir “in situ” para produzir em fábrica, permitindo a exportação de módulos alargando horizontes no sector da construção inexistentes até ao momento.
Mais 120 camas em 2024
A nova residência de estudantes terá um total de 2.480 metros quadrados de área de construção coberta, composto por 12 quartos individuais, 15 quartos duplos,12 apartamentos e seis quartos de mobilidade reduzida, num total de 120 camas.
O espaço disponibilizará, ainda, salas de estudos e de reuniões, sala de refeições e cozinha comum, lavandaria, arrecadações, instalações sanitárias comuns, ginásio, um gabinete de gestão e segurança, um auditório e ainda uma área de convívio exterior.
Em termos de eficiência energética e sustentabilidade ambiental, o edifício será dotado duma instalação de produção de energia fotovoltaica integrada. Além de assegurar as necessidades de energia primária do edifício, este tipo de produção de energia permite, ainda, que o edifício possa ter um desempenho 20% superior ao nível NZEB.
Ainda do ponto de vista da sustentabilidade o edifício será dotado dum sistema de recolha, tratamento e reutilização de águas cinzentas destinado ao uso em vazos sanitários, bem como dum sistema de recolha de águas da chuva destinados ao uso na rede de rega tornando-o num dos edifícios mais avançados em Portugal no que concerne ao uso criterioso da água.
O edifício é ainda composto de outras infraestruturas como o controlo de acessos, de cacifos com sistema de abertura e controlo remoto, de gestão centralizada de energia, de carregamentos elétricos, uma horta urbana, jardim vertical.