Blocotelha avança para a última fase de construção do ITER
O projecto, que teve início em 2020 para a empresa de Porto de Mós, foi adjudicado por um valor superior a 15 milhões de euros e tem previsto o fornecimento e montagem de mais de 2.000 toneladas de estruturas metálicas, 11.000 m2 de coberturas e 17.000m2 de revestimentos

CONSTRUIR
Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
“Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet
Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
Retalho português atrai investimentos de 1,2 MM€ em 2024 e antecipa um 2025 “animador”
UPAC da Saint-Gobain Abrasivos permite poupar 40% de energia/ano
JLL e Dils iniciam comercialização de empreendimento histórico em Lisboa
Porto Energy Hub apoiou mais de 24 mil habitações no Norte de Portugal
A Blocotelha anuncia a entrada na que será a última fase da sua participação no projecto de construção do ITER, que consiste na finalização dos edifícios pelos quais a empresa está responsável (B71, B75, B34 e B37) e das pontes Cryoline, Busbar M1 e Busbar M2, estando prevista a sua conclusão antes do final do ano. O projecto, que teve início em 2020 para a empresa de Porto de Mós, foi adjudicado por um valor superior a 15 milhões de euros e tem previsto o fornecimento e montagem de mais de 2.000 toneladas de estruturas metálicas, 11.000 m2 de coberturas e 17.000m2 de revestimentos.
O ITER está a ser construído no sul de França, concretamente em Saint-Paul-lès-Durance, com a colaboração de 35 países. O projeto visa a construção do maior Tokamak do mundo, um dispositivo de fusão magnética criado para provar a viabilidade da fusão como uma fonte de energia em grande escala e livre de carbono, com base no mesmo princípio que alimenta as estrelas e o Sol.
Enquanto parceira do consórcio europeu, a empresa tem 20 profissionais alocados ao projecto com a responsabilidade de fornecimento e montagem das estruturas metálicas, revestimentos e coberturas dos quatro edifícios (B71, B75, B34 e B37) e das três pontes (Cryoline, Busbar M1 e Busbar M2). Depois de praticamente concluída a montagem da estrutura metálica dos edifícios, e com mais de 70% dos revestimentos colocados, serão iniciados os trabalhos de elevação da última ponte (Busbar M2) ao mesmo tempo que são finalizadas as restantes, já elevadas.
Sofia Filipe, Responsável de Qualidade e Coordenadora de Soldadura na BLOCOTELHA, comenta: “A construção do ITER apresenta diversos desafios técnicos significativos, inerentes à complexidade do projecto e aos requisitos envolvidos na criação de uma instalação de fusão nuclear. A construção de uma instalação tão complexa requer planeamento detalhado, coordenação eficiente entre equipas multidisciplinares e resolução de problemas em tempo real. O ITER é um projecto de grande escala, uma obra que se distingue pela grande exigência ao nível da qualidade e da segurança”.
“O projecto ITER apresenta-se, e é na realidade, um grande desafio. Mas, ao mesmo tempo, é muito gratificante podermos contribuir e colaborar com peritos de todo o mundo, num projecto com impacto tão significativo no futuro da energia e no mundo”, acrescenta Erico Ferraria, Chief Commercial Officer, BLOCOTELHA.
Desenvolvido pela primeira vez no final dos anos 1950, o Tokamak foi adoptado em todo o mundo como a configuração mais promissora do dispositivo de fusão magnética. O ITER será o maior tokamak do mundo, com o dobro do tamanho da maior máquina atualmente em operação, com um volume da câmara de plasma dez vezes maior. A Europa é responsável pela maior parcela dos custos de construção do ITER (45,6%), estando o restante dividido igualmente por China, Índia, Japão, Coreia do Sul, Rússia e Estados Unidos.