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    Indústria e Logística em Portugal regista aumento de absorção de 83% em 2021

    A AML verificou o maior nível de take-up do país, com 418 mil m2, face aos 228 mil m2 de 2020 e 207 mil m2 de 2019. Com uma taxa de disponibilidade de 5%, correspondendo a cerca de 133 mil m2, só em meados de 2023 e 2024 deverão estar concluídos novos projectos

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    Indústria e Logística em Portugal regista aumento de absorção de 83% em 2021

    A AML verificou o maior nível de take-up do país, com 418 mil m2, face aos 228 mil m2 de 2020 e 207 mil m2 de 2019. Com uma taxa de disponibilidade de 5%, correspondendo a cerca de 133 mil m2, só em meados de 2023 e 2024 deverão estar concluídos novos projectos

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    O mercado nacional de Indústria e Logística registou, em 2021, um aumento de 83% do volume de take-up, com uma absorção de mais de 500 mil m2, de acordo com mais recente estudo da consultora internacional Savills em Portugal, a “A New Chapter Begins”.

    O maior nível de take-up do País aconteceu na Área Metropolitana de Lisboa (AML), com 418 mil m2, face aos 228 mil m2 de 2020 e 207 mil m2 de 2019. Esta crescente procura deverá continuar sendo que se estima que se deva situar na ordem dos 354 mil m2. Por outro lado, AML conta actualmente com uma taxa de disponibilidade de 5%, correspondendo a cerca de 133 mil m2.

    Também segundo um relatório da Savills, divulgado em Janeiro, Portugal encontra-se na lista dos países europeus mais atractivos para o investimento em I&L, ainda assim, só em meados de 2023 e 2024 deverão estar concluídos novos projectos capazes de absorver a procura.

    Tal como se observa no panorama europeu, em Portugal o enorme potencial do mercado de I&L tem ficado retido por uma oferta escassa e que não é capaz de corresponder aos requisitos técnicos e aos padrões de qualidade exigidos actualmente.

    Pedro Figueiras, associate director de Industrial & Logistics da Savills Portugal, explica que “Depois de um ano recorde de área ocupada em 2021, 2022 afigura-se promissor, uma vez que a procura de espaço logístico continua robusta e a superar a oferta prevista até 2024. Do lado da procura os vários elementos das cadeias de abastecimento mantêm a intenção de aumentar os níveis de stock, por um lado. Por outro, a atratividade de Portugal para o estabelecimento de operações logísticas continua alta, estando no top 5 europeu de destinos onde os ocupantes tencionam expandir operações. Do lado da oferta, a disponibilidade é extremamente baixa e a resposta não consegue ser imediata, pelo que o pipeline de oferta até 2024 corresponde sensivelmente à área que foi absorvida no ano transacto, ficando assim evidente que o desequilíbrio entre oferta e procura perdurará”.

    O crescimento do segmento de I&L em Portugal tem sido impulsionado não só pelo aumento do comércio do e-commerce, mas também pela necessidade de as empresas aumentarem os seus stocks, de forma a poderem cumprir o normal funcionamento da sua cadeia de distribuição, e pela tendência do nearshoring, de aproximação das unidades produtivas aos seus mercados consumidores. Em 2021, foi verificado um aumento de 18,7% das compras feitas através da Internet, comparando com 2020, totalizando 4,2 mil milhões de euros. Tal traduz-se num gasto médio anual de 966 euros por consumidor online, uma subida de 11,9% face a 2020.

    O desenvolvimento do segmento de I&L no país também é energizado pelo aumento do comércio transfronteiriço. Dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) demonstram que as exportações e importações aumentaram 18,1% e 21,1% em 2021, face às quebras de -10,3% e 14,8% registadas em 2020. Países como Espanha, Alemanha, França e Reino Unido representam mais de 70% do total das exportações portuguesas em 2020 e 2021.

    Analisando os meios de transporte, a via marítima representou, em 2021, 51,5% do total de toneladas exportadas, o transporte terrestre representou 43,2%, o transporte aéreo representou 1,7% e o transporte ferroviário foi responsável por 0,5% do total de exportações.

    A par da escassez de produto disponível de qualidade, o sector de I&L em Portugal sofrerá ainda com a subida dos preços dos combustíveis. Também a inflação representa um risco, quer para o sector dos transportes, quer para o do armazenamento.

    Numa perspetiva a longo prazo, o setor precisará de se adaptar à evolução tecnológica, que terá impactos ao nível da gestão dos negócios e dos serviços prestados aos clientes. Uma maior digitalização do setor permitirá potenciar a agilidade e eficiência dos processos e garantir uma monitorização permanente dos fluxos de mercadoria. Por outro lado, a transformação tecnológica da I&L exigirá mão-de-obra qualificada, implementação de modelos de gestão digital e mudanças na infraestrutura.

    Em 2021, registou-se um investimento de 41 milhões de euros em I&L em Portugal, um decréscimo de 34% face a 2020. No que toca aos principais investimentos realizados entre os anos 2019 e 2021 destaca-se o portfolio vendido pela Imofundos à M7 Real Estate, a compra da Greenyard Riachos pela Square Asset Management no valor de 15 milhões de euros, a venda do Portfolio IBERIA por parte da Incus à M7 por 41 milhões de euros e a venda por parte do Fundo IBERIA à Bedrock|Europi Property Group de duas unidades industriais & logísticas no valor total de 14.5 milhões de euros.

    Olhando para o futuro, os fundamentais do mercado de I&L deverão manter-se fortes em 2022, à medida que os operadores prosseguirem com os seus planos de expansão para maiores espaços de armazenamento, fruto do crescimento da vaga de e-commerce.

    As maiores ocupações previstas para 2022 estarão já em fase de pre-let e existe um grande volume em pipeline que não deverá estar concluído antes de 2023. Desta forma, a escassez de oferta disponível deverá alimentar a tendência de adaptação dos espaços já existentes.

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    Imagem 3D @Saraiva + Associados

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    Fidelidade inicia em breve a comercialização do projecto ‘EntreCampos’

    Com as obras já a decorrer, iniciará em breve a fase de comercialização de retalho e habitação. No seu conjunto, o EntreCampos inclui sete edifícios de escritórios e três edifícios residenciais, vários espaços comerciais, de restauração e de lazer ao ar livre, integrados em 17 mil metros quadrados (m2) de espaços verdes e públicos

    O projecto imobiliário EntreCampos, um dos maiores e mais esperados empreendimentos que a cidade de Lisboa conheceu nas últimas décadas, já tem as obras em curso e iniciará em breve a fase de comercialização de retalho e habitação.

    Segundo a promotora, a Fidelidade Property, este projecto abrirá um “novo capítulo” na comunidade da zona envolvente, transformando-a num “centro vibrante” de vida, comércio, lazer e trabalho.

    “EntreCampos será uma referência mundial em termos de inovação, design e sustentabilidade, e trará uma nova centralidade a Lisboa: redefinirá o coração da cidade, tornando-se o novo epicentro do Central Business District”, resume Miguel Santana, administrador da Fidelidade Property.

    No seu conjunto, o EntreCampos inclui sete edifícios de escritórios e três edifícios residenciais, interligados por um conjunto inovador de espaços comerciais, de restauração e de lazer ao ar livre, integrados em 17 mil metros quadrados (m2) de espaços verdes e públicos.

    A componente de retalho inclui 24 mil m2 distribuídos por dois pisos, com 75 lojas, concebidas para criar um inovador destino de compras e lazer. O espaço comercial foi idealizado com um conceito de rua, cruzando lojas emblemáticas, estabelecimentos de restauração requintados e uma zona central de restauração.

    Desde o primeiro esboço, o conceito de EntreCampos foi desenvolvido com o objectivo de estar “aberto à cidade e aos cidadãos” sete dias por semana, de manhã à noite, reunindo uma oferta única e diversificada. “Será um novo bairro vibrante e dinâmico, que oferece o que há de mais vanguardista em termos de lazer, cultura, gastronomia e retalho num único espaço”, acrescenta Miguel Santana.

    O projecto conta com a participação de alguns dos mais conceituados gabinetes de arquitectura mundiais, nomeadamente a Gensler e a KFC, em colaboração com os gabinetes locais Promontório e Saraiva e Associados. Os edifícios residenciais são da autoria dos arquitectos portugueses vencedores do Prémio Pritzker, Siza Vieira e Souto de Moura, juntamente com a arquitecta Ana Costa.

    Além de se localizar junto a um dos maiores interfaces de transportes públicos da cidade, onde se juntam o metro, comboio e autocarros, o bairro terá um acréscimo de cerca de dois mil lugares de estacionamento público e privado a juntar aos já existentes e um vasto leque de soluções de mobilidade ligeira, como uma extensa rede de ciclovias.

    Na área da sustentabilidade, EntreCampos será também uma referência nos critérios ESG. Exemplo disso é o facto de o projecto ter já recebido índices de certificação únicos em Portugal, como a certificação LEED Neighborhood Gold, atribuída pela primeira vez no país, e que avalia a eficiência energética do projecto como um todo e o WiredScore Neighborhood, também atribuído pela primeira vez a um projecto na Europa Continental e que mede o índice tecnológico do projecto.

    Depois de já ter sido revelado pelos arquitectos KFC na feira de imobiliário, Expo Real, na Alemanha,  vai agora ser apresentado pelos promotores no Mapic, em Cannes.

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    “Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, o presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário passa revista ao ano de 2024 na actividade do Sector e fala dos vários assuntos pendentes que, no entender de Reis Campos, é urgente resolver. O também presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas explica que muitas das medidas que são apresentadas como fundamentais para, por exemplo, dar resposta ao problema da Habitação, requerem medidas de apoio ao tecido empresarial

    Reis Campos aponta um conjunto de virtudes plasmadas no documento geral do Orçamento de Estado do próximo ano, mas não ignora que fica aquém no que respeita às alterações fiscais necessárias para enfrentar os desafios do sector da construção. Este e outros temas numa extensa conversa com o CONSTRUIR

    Muito ainda estará para acontecer até ao final de 2024, mas do que é possível apurar até agora, que balanço é possível fazer do ano que está a terminar na área da Construção?
    O balanço de 2024 para o sector da construção e do imobiliário é, até ao momento, globalmente positivo, apesar dos desafios enfrentados ao longo do ano. Recorde-se que, este ano iniciou com incertezas significativas quanto à evolução da conjuntura internacional, da inflação e das taxas de juro, além de um contexto de eleições legislativas. Ainda assim, o sector mostrou resiliência e conseguiu manter um bom desempenho em diversos segmentos.
    As estimativas para o valor bruto da produção do sector da construção, elaboradas no início do ano, apontavam para um crescimento de 3% em 2024, e tudo indica que esses números poderão ser alcançados, reflectindo uma evolução positiva impulsionada pelo aumento do investimento público.
    Com efeito, os principais indicadores do mercado das obras públicas têm registado crescimentos significativos. Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos até Setembro alcançaram um valor total de 6.532 milhões de euros, um aumento expressivo de 37% em relação ao ano anterior. Os contratos de empreitadas de obras públicas celebrados também registaram um expressivo aumento para 3.218 milhões de euros, um acréscimo de 39%, o que reforça a dinâmica positiva deste segmento.
    No crédito à habitação, apesar do nível ainda elevado das taxas de juro, que pressionou as famílias, o acesso ao crédito manteve-se activo registando-se um aumento homólogo de 34,7%, até Setembro. Contudo, importa referir que se registou uma ligeira contracção de 0,6% nas licenças emitidas e uma redução de 3,2% no número de fogos licenciados para novas construções até Agosto, totalizando 21.329 alojamentos. Esta retracção reflecte uma certa cautela no investimento privado em habitação.

    O Governo reconheceu, pela voz do ministro Castro Almeida, que “com os meios que temos actualmente em Portugal, aparentemente não vai ser possível executar tudo dentro do prazo”, nomeadamente a necessidade de resposta ao PRR. Esta é uma matéria que há muito tem sido alertada pelos agentes do sector. Nesta fase, mesmo com alterações ao nível das políticas de imigração, não estaremos já a correr atrás do prejuízo?
    A execução do PRR, apresenta um atraso considerável, em particular na componente habitação onde apresenta uma taxa financeira de apenas 20%, o que tendo em consideração o tempo necessário à construção de um edifício, reforça as preocupações sobre a capacidade de Portugal cumprir os prazos acordados. De realçar que o PRR prevê a construção de 26 mil casas já até 2026, que são essenciais na resposta do Estado ao problema da habitação, em particular aos segmentos da população economicamente mais vulneráveis.

    O que deve ser prioritário neste momento?
    É urgente acelerar e simplificar todos os procedimentos associados à contratação pública, uma melhor adequação dos valores base dos concursos à realidade do mercado, além do necessário reforço técnico nas entidades responsáveis, de modo a agilizar as adjudicações e garantir o avanço nas obras.
    A falta de mão de obra é, de facto, um desafio adicional que pode comprometer a execução dos projectos, pelo que se defende a aplicação de medidas estruturais, designadamente de incentivo à formação profissional, e conjunturais mais focadas na contratação de trabalhadores estrangeiros.
    Deste modo, é necessário reforçar a ligação entre o ensino, a formação profissional e o Mundo empresarial, de modo a alinhar as reais necessidades das empresas com a oferta formativa, aproveitando de forma mais eficiente os centros de formação de excelência, como o CICCOPN e o CENFIC, que estão capacitados para formar trabalhadores para o Sector da Construção, tanto nas artes tradicionais quanto nas novas qualificações exigidas pelos novos processos e sistemas construtivos emergentes.
    Relativamente à contratação de estrangeiros, que são essenciais para uma resposta mais imediata ao problema da escassez de mão-de-obra, considera-se que são necessárias políticas de imigração direccionadas para as reais necessidades das empresas, que permitam ao país captar, de forma eficiente, os recursos humanos necessários. Neste sentido, a AICCOPN propôs a criação de uma “via verde para empresas” no âmbito da admissão de trabalhadores estrangeiros, uma medida que desburocratize e agilize os processos de legalização, especialmente para as empresas que necessitam de grandes volumes de mão-de-obra. Outro ponto essencial é a introdução de mecanismos de pré-autorização de residência para trabalhadores estrangeiros com uma oferta de emprego já garantida, o que possibilitaria a estes profissionais a possibilidade de iniciarem as suas actividades, enquanto o processo de visto e a emissão dos documentos necessários estivessem em curso, acelerando assim a sua integração, entre outras medidas.

    Recentemente, a secretária de Estado da Habitação defendeu que o combate ao flagelo da habitação passa por “pensar em construir em escala bem, depressa e barato”, sem comprometer a qualidade. Se o pensamento fosse tão linear, já teria sido feito. O que impede que aquele raciocínio tenha efeitos práticos?
    O objectivo de construir “bem, depressa e barato”, embora desejável por todos, raramente é alcançado. Este ideal esbarra, por um lado, na necessidade de garantir a qualidade e durabilidade das construções, que exigem tempo e atenção aos detalhes, e, por outro, na pressão de reduzir custos num sector em que o aumento dos preços das matérias-primas, da energia e dos materiais de construção, somado aos elevados impostos, dificulta a contenção de despesas. Além disso, a burocracia ainda existente no licenciamento e a escassez de mão de obra qualificada tornam o processo mais lento e oneroso, dificultando uma resposta rápida à crise habitacional.
    Neste contexto, é importante destacar que a adopção de uma construção mais industrializada, através de métodos como a construção off-site e modular, que permite um processo construtivo mais célere e eficiente, requer das empresas investimentos substanciais em pesquisa e desenvolvimento. Embora já existam bons exemplos em Portugal, esta abordagem inovadora ainda não está suficientemente disseminada para gerar um impacto significativo na resposta à limitada oferta habitacional no país. Deste modo, defende-se que, para que a implementação em larga escala dessas inovações se torne realidade, são necessários apoios específicos, particularmente para as PME’s do sector, de forma a garantir que estas possam acompanhar a transformação e contribuir para uma resposta mais célere ao problema da escassez de oferta habitacional no mercado.

    A alteração ao regime jurídico de gestão territorial, de forma a transformar terrenos rústicos em urbanos, desde que sirvam para construir habitação acessível ou a custos controlados, vai ter, a seu ver, efeitos práticos?
    A alteração ao regime jurídico de gestão territorial, que permite a transformação de terrenos rústicos em urbanos para a construção de habitação acessível ou a custos controlados, juntamente com a disponibilização de imóveis devolutos ou subutilizados do Estado para o mesmo fim, são medidas importantes para aumentar a oferta de habitação. Contudo para contrariar a evolução dos preços da habitação, é fundamental que sejam acompanhadas de incentivos adequados que promovam e incentivem o investimento. Como tenho reiterado, é imprescindível apoiar os investidores, criando linhas de financiamento específicas e estabelecendo um quadro fiscal mais favorável, com ajustes nos impostos que incidem sobre a construção e o imobiliário (IMI, AIMI, IMT e IVA).

    Que sinal é possível retirar do facto de, olhando para o consórcio envolvido no primeiro troço da Linha de Alta-Velocidade, vermos um conjunto alargado de empresas portuguesas. Estarão as empreitadas a ser lançadas mais à medida do sector empresarial nacional ou é sinal de que as empresas voltaram a reunir capacidades técnicas (perdidas em muitos casos nos anos a troika, pandemia…) suficientes para abraçar estes grandes projectos?
    A presença de um conjunto alargado de empresas portuguesas no consórcio ao qual foi adjudicado o contrato para a concessão do primeiro troço da alta velocidade entre Porto e Oiã reflecte a capacidade do sector de construção nacional para executar projectos de grande escala e elevada complexidade. Este facto demonstra que as empresas em Portugal dispõem das infraestruturas, dos equipamentos e do know-how necessários para responder a desafios exigentes, evidenciando a resiliência e adaptabilidade do sector, que se reergueu, apesar de todas as dificuldades e constrangimentos que atravessou.
    Neste contexto, importa realçar que as grandes construtoras portuguesas competem ao nível europeu, investindo em inovação e especialização técnica, o que lhes permite acompanhar as exigências de projectos de infraestrutura de grande dimensão. Esse sucesso reforça a confiança no sector e pode servir de incentivo para continuar a desenvolver o talento e a tecnologia necessários para manter esta posição, tanto em projectos nacionais quanto internacionais, impulsionando o sector para uma nova fase de crescimento e competitividade.

    Em que ponto está a elaboração do Código da Construção, um processo que foi anunciado no final do ano passado? Quais devem, no seu entender, ser as prioridades deste trabalho?
    A elaboração do Código da Construção é uma necessidade há muito reconhecida e reclamada pelo Sector e pela sociedade em geral, pelo que não poderá ficar adiada ou comprometida por qualquer alteração de natureza política ou outra. Exige-se, pois, o empenhamento e o esforço de todos os intervenientes neste processo, e não só das diversas áreas governativas do Estado, para que seja desenvolvido e continuado este importante trabalho, no mais curto espaço de tempo possível.
    Primeiramente deverá ser identificada a legislação e regulamentação aplicável que irá ser abrangida, bem como aquela que deverá ser objecto de alteração/actualização, tarefa que, creio, já estará em curso. De igual modo, deverá ser desenhada e estabilizada a estrutura do Código da Construção com os contributos do Sector, das Ordens Profissionais e das Universidades.

    O que destaca do que se sabe, até ao momento, do Orçamento de Estado, aprovado na generalidade no Parlamento? O IVA na Construção desce, mas “nas empreitadas de construção de imóveis de habitações económicas ou de habitações de custos controlados”. Para quem pugnada por mexidas urgentes nesta política fiscal, é suficiente?
    O Orçamento do Estado para 2025, aprovado na generalidade, marca alguns avanços importantes, mas, na perspectiva da AICCOPN, ainda fica aquém no que diz respeito às alterações fiscais necessárias para enfrentar os desafios do sector da construção e, em particular, para dar uma resposta efectiva à crise habitacional.
    A autorização legislativa para redução da taxa de IVA na construção e reabilitação de habitação incluída no OE’25 é, sem dúvida, um avanço positivo. No entanto, persistem incertezas significativas sobre o seu alcance e a data concreta para a sua aplicação, o que dificulta o planeamento a médio prazo das empresas do sector, pelo que se considera urgente uma definição clara da sua extensão e um calendário de implementação. O país precisa de respostas rápidas e abrangentes para aumentar a oferta habitacional e combater a crise no sector.
    Para além da questão do IVA, considera-se que o OE’25 devia ser um verdadeiro instrumento de transformação, capaz de impulsionar o investimento público e privado. A execução do PRR, como todos sabemos, está atrasada, sobretudo na área das infraestruturas e da habitação, onde é crucial acelerar a construção das 26 mil habitações previstas até 2026, de modo a contribuir para aliviar a pressão sobre o mercado e enfrentar a escassez habitacional, que afecta directamente as famílias e a economia.
    Adicionalmente, é essencial que o Orçamento vá além da medida do IVA e elimine outros impostos que penalizam o custo final dos imóveis, como o AIMI e o IMI sobre o stock de imóveis destinados à venda. Estes encargos, juntamente com outros impostos como o IMT, Selo, IRC e IRS, a que acrescem custos indirectos, criam uma elevada carga fiscal para o sector e dificultam o aumento da oferta habitacional.
    Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação. Com uma resposta robusta de todas as partes envolvidas — Governo, autarquias e outras entidades — é possível criar um ambiente de incentivo ao investimento e dar um passo concreto em direcção a um futuro mais acessível para as famílias e mais competitivo para o sector e para o país.

     

     

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

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    Avelino Oliveira, presidente da Ordem dos Arquitectos

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    Recuo do IVA a 6% na construção para habitação

    Ordem dos Arquitectos lamenta recuo na aplicação da taxa reduzida de IVA aos projectos de construção e critica restrições da União Europeia

    Em comunicado enviado às redacções a Ordem dos Arquitectos manifesta o seu descontentamento com o anúncio de que a proposta do Governo, inserida no Orçamento de Estado para 2025, de aplicar uma taxa reduzida de IVA a 6% aos projectos de construção de condições especiais para resolver a crise da habitação, não avançará devido ao entendimento restritivo da Comissão Europeia. Segundo o Governo, a transposição da directiva europeia, em matéria de benefícios fiscais do IVA, não permite incluir os projectos de construção das novas tipologias de soluções habitacionais na transposição legislativa da proposta de IVA.
    “A Ordem dos Arquitectos, que havia promovido activamente junto do Governo esta medida lamenta profundamente o desfecho e discorda da inflexibilidade da União Europeia. A Ordem dos Arquitectos alerta ainda para o tratamento desigual dentro do sector da construção, numa altura em que a habitação enfrenta uma crise sem precedentes.
    As políticas fiscais inclusivas são amplamente reconhecidas como uma solução eficaz para reduzir os custos do consumidor final mantendo a qualidade, sustentabilidade e equilíbrio económico, portanto, este entrave legislativo europeu é visto como anacrónico, prejudicial ao interesse público e um factor de afastamento dos cidadãos face à União Europeia”, refere a nota que é assinada pelo presidente da Ordem dos Arquitectos, Avelino Oliveira (na imagem).

    Face à decisão, a Ordem dos Arquitectos dirigiu uma carta ao Ministro das Finanças , solicitando esclarecimentos sobre “a fundamentação deste recuo, bem como os documentos e justificações europeias que suportam esta decisão para que fundamente a sua reclamação junto das congéneres europeias”. O organismo sublinha a sua “compreensão pelas cautelas tomadas pelo Governo português, especialmente do Ministério das Finanças, e saúda o Ministério das Infraestruturas e a Secretaria de Estado da Habitação pela defesa e proposta de uma medida amplamente apoiada pelo ecossistema da construção no Orçamento de 2025”.

    Referindo que “a União Europeia faz recorrentemente uma chantagem com a transferência de fundos de coesão do PRR e outros similares quando as disposições legislativas nacionais não são do seu agrado”, a OA  irá escrever aos eurodeputados portugueses para manifestar a sua oposição à acção da EUE no que concerne às políticas europeias que desvalorizam o sector dos serviços ligados à construção, particularmente no que diz respeito aos projectos de arquitectura.

    “Sabemos que a União Europeia só incentiva os Estados-Membros a aplicar taxas reduzidas de IVA de forma limitada a áreas essenciais como bens alimentares, serviços culturais, saúde, educação e habitação. No entanto, no contexto actual, a exclusão dos projectos de arquitectura e especialidades desta medida é incompreensível num sector que enfrenta uma crise com profundas repercussões sociais”, defendem os arquitectos.

    Chamando a atenção ainda para o problema crescente da “desregulação no sector dos serviços de arquitectura”, a OA relembra na mesma nota que “as políticas de matriz economicista tem obtido resultados negativos na arquitectura, bem visíveis desde 2008. Mas continuamos a assistir às consequências das políticas erradas que vão sendo seguidas. Para esse efeito recordamos os documentos públicos desde 2018 onde a OCDE e a Comissão Europeia defenderam que as normas de qualidade e segurança, obrigatórias na encomenda de serviço de arquitectura, deveriam ser abolidas já que os profissionais de arquitectura devem poder competir exclusivamente com base no preço. Tal abordagem, que consta do relatório OECD Competition Assessment – Self-Regulated Professions, desvaloriza a qualidade, a sustentabilidade e a especificidade dos serviços prestados, desiludindo profundamente os profissionais do sector.”

    “A Ordem dos Arquitectos considera lamentável que a União Europeia, que proclama os valores da sustentabilidade e descarbonização, aplique na prática uma legislação centrada apenas no preço e na concorrência sem regulação adequada. E que sempre que os Estados, em articulação com os agentes do sector procurem soluções de compromisso, as destrua, sem a flexibilização que aplica noutras áreas. Para a Ordem dos Arquitectos, este tipo de política vai contra o desígnio de uma Europa comprometida com o interesse público e o bem-estar das futuras gerações.”

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    Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€

    Com uma estratégia pensada a seis anos, a ARC Homes Portugal espera alargar o seu portfólio na zona Norte, mas está, também, a olhar para as oportunidades que possam surgir no Algarve e Ilhas. O primeiro projecto a ganhar forma será o da Prelada, que prevê a construção de 156 casas junto ao jardim Sarah Afonso

    Cidália Lopes

    A imobiliária espanhola ARC Homes escolheu a cidade do Porto para entrar no mercado nacional e anunciou um primeiro investimento “nas zonas da Prelada e das Antas”. Serão 500 habitações, que estão a ser executadas por “uma empresa portuguesa, com profissionais portugueses para fazer casas para os portugueses”.

    O “grande potencial” do mercado, a “conjuntura económica estável” e a “atractividade” determinaram a aposta da promotora catalã em trazer para Portugal o seu know-how, em particular no Porto, região “incontornável” por se tratar de um “centro dinâmico” e que regista “uma procura crescente por habitação de qualidade”.

    “Esta combinação de factores levou-nos, por isso, a iniciar a nossa actuação com o projecto Porto by ARC Homes. O sucesso deste primeiro empreendimento reforçou a nossa decisão, levando-nos a não operar apenas em Portugal, mas, também, a tornar-nos uma empresa 100% portuguesa, com uma equipa local profundamente alinhada com as especificidades do mercado imobiliário nacional”, afirmou ao CONSTRUIR, Mariana Arrochella Lobo, partner e CEO da ARC Homes Portugal.

    “Conectividade com infraestruturas de transporte, a tranquilidade da área e, ainda, o equilíbrio entre qualidade de vida e conveniência” são os principais aspectos que a ARC Homes valoriza na procura por um local para investir.

    “A médio prazo, pretendemos expandir o nosso raio de acção para outras regiões do País, destacando-se, aqui, o Algarve e as ilhas, com um possível início de investimentos nessas áreas já a partir de 2027”

    “Desta forma, acreditamos que conseguiremos chegar a um público diversificado, desde jovens profissionais até famílias que procuram habitação de qualidade”, considera a responsável.

    Tendo em conta a experiência que o Grupo traz de Espanha, Mariana Arrochella Lobo considera que a problemática da habitação apresenta “várias semelhanças” entre os dois países.

    “A questão da acessibilidade à habitação assume-se como uma preocupação crescente, tendo em conta que os preços das casas têm subido significativamente nos últimos anos”.

    No entanto, o foco da ARC Homes Portugal é, agora, “oferecer soluções de habitação em solo nacional” e “acelerar o equilíbrio entre a oferta e a procura”, o que, segundo Mariana Arrochella Lobo é um dos “pontos chave” para a solução do problema da habitação em Portugal.

    Expansão a Norte

    Actualmente, a ARC Homes Portugal está a investir 40 milhões de euros no projecto Porto by ARC Homes, na zona da Prelada, e já deu início a um segundo projecto, que conta com um investimento adicional de cerca de 30 milhões e cujo lançamento deverá acontecer já no primeiro semestre de 2026 e que contará com cerca de 80 apartamentos, com tipologias T0, T1 e T2.

    Para os próximos seis anos, a promotora pretende “expandir significativamente” a sua presença no Norte de Portugal e, também, em outras regiões estratégicas.

    A ideia de trazer para o Porto o que a ARC Homes tem vindo a edificar na Catalunha deverá reflectir-se em “casas com grandes terraços, vista para parques públicos, espaçosas, facilmente conectadas ao centro da cidade, perto de complexos de lazer, centros de trabalho, educação ou hospitais”

    “Contamos investir em três projectos novos a cada 18 meses, sendo que os valores podem chegar aos 180 milhões, nos próximos seis anos. Pretendemos continuar a investir de forma consistente, identificando oportunidades que nos permitam contribuir para a revitalização urbana e, simultaneamente, dar resposta à crescente procura por habitação de qualidade”, acrescentou.

    Encontram-se, por isso, a explorar “activamente” oportunidades em toda a Grande Área Metropolitana do Porto, nomeadamente em Vila Nova de Gaia e outras áreas estratégicas nos arredores. Também a zona de Ramalde, uma freguesia em “franco crescimento”, se apresenta como “um grande foco de investimento” para a empresa.

    “A médio prazo, pretendemos expandir o nosso raio de acção para outras regiões do País, destacando-se, aqui, o Algarve e as ilhas, com um possível início de investimentos nessas áreas já a partir de 2027”, salientou Mariana Arrochella Lobo.

    Prelada recebe primeiro projecto

    A ideia de trazer para o Porto o que a ARC Homes tem vindo a edificar na Catalunha deverá reflectir-se em “casas com grandes terraços, vista para parques públicos, espaçosas, facilmente conectadas ao centro da cidade, perto de complexos de lazer, centros de trabalho, educação ou hospitais”.

    O primeiro projecto a ganhar forma será o da Prelada, que prevê a construção de 156 casas junto ao jardim Sarah Afonso. A execução dos projectos está a cargo da empresa portuense Capital Urbano.

    Pensado para jovens que “procuram a primeira habitação permanente” ou para famílias locais que “desejam melhorar as suas condições de vida”, o empreendimento tem atraído, ainda, “um conjunto de profissionais, como médicos e engenheiros, que valorizam, cada vez mais, a proximidade aos seus locais de trabalho”. Além disso, com o valor dos apartamentos abrangidos pela nova lei de isenção de IMT, o projecto torna-se particularmente apelativo para estes jovens compradores.

    Assinado pelo atelier Cerejeira Fontes, o projecto reflecte o compromisso com o design “inteligente e funcional”, optimizado para “maximizar a utilização de cada metro quadrado”.

    A ARC Homes Portugal adoptou, por isso, e com base nessa premissa, uma abordagem inovadora na criação dos apartamentos. Cada apartamento foi desenhado para maximizar o uso do espaço, eliminando áreas desnecessárias, e inclui amplos espaços exteriores, com varandas que oferecem um ambiente de vida ao ar livre. As unidades duplex e os apartamentos com pé direito duplo no último andar destacam-se, por sua vez, pela sua exclusividade e vistas panorâmicas.

    Além disso, o projecto dá um grande destaque às áreas exteriores, um ponto marcante e distintivo. No Porto by ARC Homes, por exemplo, até o menor apartamento (T0) possui uma varanda de 10 m2, projectada para proporcionar uma verdadeira extensão do espaço habitacional, oferecendo aos moradores um local de convívio ao ar livre.

    O conceito de arquitectura do projecto integra, também, a sustentabilidade e o design consciente. Foram adoptadas, por isso, práticas altamente sustentáveis, desde a selecção dos materiais até a própria estrutura dos apartamentos, garantindo que os espaços são não apenas esteticamente atraentes, mas, também, eficientes em termos ambientais.

    A construção, a cargo da Edinorte, do Porto by ARC Homes começou em Março de 2023 e a conclusão está prevista para a segunda metade de 2025.

    Actualmente, metade da estrutura do edifício já está concluída e o andar modelo, que conta com a assinatura do atelier de design de interiores Studio Ülterior, sediado em Londres.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

    Jornalista
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    Empresas

    Casa cheia para a 31ª edição da Concreta

    sector AEC – Arquitectura, Engenharia e Construção, ruma esta semana a norte para atender aquele que é um ponto de encontro do sector: a 31ª edição da Concreta que decorre entre 20 a 23 de Novembro. De dois em dois anos a Concreta recebe, na Exponor, milhares de profissionais e este ano não é excepção com os 25 mil m2 de área de exposição totalmente ocupados a organização espera receber cerca de 30 mil visitantes. Amélia Estêvão, directora de marketing da Exponor, é, mais uma vez, a anfitriã de um evento que este ano tem, à semelhança do que aconteceu há dois anos, uma temática à qual o sector tem que dar resposta: a ‘Descarbonização da Arquitectura e Engenharia’, alinhado com o panorama internacional e o compromisso de Portugal em atingir a neutralidade carbónica em 2050

    Aquele que é o ponto de encontro do sector da construção, da engenharia e da arquitectura volta a abrir as suas portas a 20 de Novembro. Depois de um interregno habitual – a Concreta realiza-se de dois em dois anos – que serviu de pausa para a estreia de um evento mais pequeno e realizado noutros moldes o ‘+ CONCRETA’ – o evento que “promove a inovação e fortalece a rede de conhecimento e colaboração entre todos os que acreditam no potencial transformador da construção sustentável e da arquitectura moderna”, como o descreve
    Amélia Estêvão, directora de marketing da Exponor, está de regresso. E este é um regresso em grande, como atestam os números apresentados pela organização: mais de 400 empresas expositoras ocupam a totalidade dos 25 mil m2 do recinto da Exponor. Durante os quatro dias o evento deverá ser visitado por mais de 30 mil visitantes. “Na Concreta todos os caminhos se cruzam para moldar o futuro do sector”, afirma ao CONSTRUIR Amélia Estêvão.

    A Concreta regressa ao seu formato habitual, depois de no ano passado terem estreado a “+ Concreta”. O contexto económico, que se vive hoje e que é marcado pelo maior dinamismo no sector da construção influencia a expectativa em torno desta edição da Concreta 2024?
    Depois do sucesso da 1ª edição da +Concreta na Alfandega aproxima-se a realização da 31ª edição da Concreta num momento em que o sector da construção se encontra mais dinâmico e em crescimento, o que eleva as expectativas para este ano. Este contexto económico, marcado pelo aumento de investimentos e pela procura por inovação e sustentabilidade no sector, tende a criar um ambiente propício para o sucesso do evento. O crescimento e a recuperação da construção impulsionam o interesse por novos produtos, materiais e tecnologias, aumentando a importância de eventos como a Concreta, que acabam por se tornar o ponto de encontro ideal para negócios e, claro, para a partilha de novas ideias entre profissionais e empresas do sector.

    Qual tem sido a resposta do sector AEC a esta edição e quantas empresas vão marcar presença na Concreta 2024? Podemos antecipar “casa cheia”?
    A edição deste ano da Concreta, tem sido muito bem recebida pelo sector da Arquitectura, Engenharia e Construção, AEC, a nossa expectativa é esgotar o espaço dos pavilhões e galerias da Exponor. Esperamos cerca de 400 empresas em aproximadamente 25 mil metros quadrados e uma previsão de mais de 30 mil visitantes profissionais de todas as áreas ligadas à arquitectura, engenharia e construção, sempre com foco em inovações sustentáveis, novos métodos de construção e sistemas industrializados.
    Teremos os grandes players do sector e com eles a apresentação de novidades, como sejam produtos de elevado desempenho e soluções para a construção industrializada. A feira conta também com espaços dedicados a demonstrações e workshops práticos, atraindo diversas empresas que procuram visibilidade e interacção directa com profissionais.

    Que sectores marcam presença em maior força nesta edição?
    São vários os sectores presentes na feira e que, naturalmente, contribuem para uma visão abrangente da cadeia de valor da construção e mostrando assim a importância da feira como ponto de encontro de inovação e negócios. Podemos destacar as estruturas metálicas, argamassas, cimentos, iluminação, pavimentos, revestimentos estruturas modulares, ferragens, máquinas e ferramentas, climatização, artigos sanitários e cozinhas.

    Há dois anos o grande tema foi a “Economia Circular”. Que tema marcará a edição em 2024 e de que forma será tratado?
    Este ano o tema é a Descarbonização da Arquitectura e Engenharia, alinhado com o panorama internacional e o compromisso de Portugal em atingir a neutralidade carbónica em 2050.
    Os vários sectores da sociedade terão de demostrar resiliência e inovação na eminente resposta a novos desafios. Uma vez que o sector da construção, tem grande importância na economia nacional, sendo um dos principais emissores de CO2, a Concreta 2024 desafia as empresas e os profissionais a implementar a “Descarbonização da Arquitectura e Engenharia”. No compromisso da Exponor para com a sustentabilidade e os princípios ecológicos, a Concreta 2024 vai abdicar, nos vários corredores da feira, do revestimento em alcatifa. Simultaneamente o tema estará reflectido nas diversas dinâmicas da feira: no circuito das Praças, assim como nos diversos seminários e conferências.

    A Arquitectura é o ponto de partida para uma discussão mais profunda

    A feira tem uma forte componente de arquitectura. Tal como em 2022, a curadoria está entregue ao arquitecto Diogo Aguiar, sente que este foi um factor transformador de uma feira que este ano completa a 31ª edições?
    A curadoria do arquitecto Diogo Aguiar na Concreta 2024 traz uma visão estratégica e diferenciada ao evento, a sua experiência amplia a abordagem do mesmo ao propor conteúdos que ligam a arquitectura, design, tecnologia e sustentabilidade, aspectos essenciais para o sector.
    Como curador, também ajudou a definir a temática central, a identificar alguns parceiros e oradores que só por si já representam as tendências contemporâneas e agregam valor ao evento. A sua influência contribui para que a Concreta se posicione como um evento que vai além da exposição comercial, sendo também um espaço de reflexão sobre o futuro da construção civil e da arquitectura.

    Quais os pontos altos do programa desenhado por Diogo Aguiar no que a arquitectura diz respeito?
    São vários mas destaco a 4ª Edição do Prémio Concreta Under 40 by CIN, que é realizado com o apoio técnico do Conselho Directivo Regional do Norte (CDRN) da Ordem dos Arquitectos e com o patrocínio da Tintas CIN e visa reconhecer o trabalho desenvolvido pelas novas gerações de arquitectos portugueses, distinguindo projectos que sejam resultado de construção, reconstrução, ampliação, alteração ou conservação de imóveis e que se destaquem pela sua capacidade criativa, de inovação e qualidade técnica. Serão atribuídos dois prémios de natureza pecuniária: 3.000€ para o 1º lugar e 1.000€ para o 2º.

    Esta transformação reforça o impacto e a importância de um certame como a Concreta na dinamização do sector?
    Naturalmente que sim, a presença de arquitectos na feira permite a troca de experiências e conhecimentos sobre tendências de materiais, técnicas construtivas e tecnologias emergentes. Esses encontros promovem o uso de soluções mais inovadoras e sustentáveis em projectos futuros. Simultaneamente ajudam a valorizar e mostrar a complexidade e impacto do seu trabalho, aumentando o reconhecimento da arquitectura como disciplina fundamental na criação de espaços funcionais, estéticos e ecologicamente responsáveis.

    As novidades daquele que é um ponto de encontro do sector AEC

    E o que de novo traz esta 31ª edição da Feira? Para lá da arquitectura, de que já falámos, quais serão os pontos fortes da Concreta 2024?
    Como já referi, e tendo por base o compromisso da Exponor para com a sustentabilidade e os princípios ecológicos, a Concreta 24 opta finalmente por abdicar, nos vários corredores da feira, do revestimento em alcatifa, garantindo uma poupança de cerca de 12500 m2 desse material, evitando a produção desnecessária de resíduos e contribuindo, deste modo, para um futuro mais consciente e responsável.
    Outra grande novidade prende-se com a estreia em Portugal do arquitecto japonês Tomoaki Uno e do arquitecto Nuno Melo Sousa com uma exposição e uma conferência.
    Para finalizar, de entre as várias praças temáticas criadas especialmente para esta edição da bienal, destacam-se a Praça da Fotografia com imagens e curadoria do fotografo Attilio Fiumarela e a Praça descarbonização by Sedacor alinhada com o tema da Descarbonização. Pretende-se que seja o palco de práticas, técnicas e produtos originais que prometem marcar o futuro, onde serão realizados exercícios de provocação, de encontro e de reflexão alinhados com o tema. Vamos apresentar um exemplo de descarbonização da Construção de como utilizar a cortiça e compósitos de cortiça com outros materiais reciclados como borracha de pneus em fim de vida, contribuindo para descarbonizar a construção, proporcionando uma construção mais inteligente, atractiva e sustentável.

    Entre os expositores haverá presença internacional? Como é que se faz a internacionalização de um certame desta natureza e isso é uma prioridade para a Exponor?
    Sim, em todas edições temos expositores oriundos de vários países, este ano são mais de 40, que encaram a Concreta como uma plataforma estratégica para entrar ou fortalecer a sua presença no mercado português. É uma feira que atrai visitantes de todas as partes do mundo, isto porque é já reconhecida como um ponto de partida eficaz no estabelecimento de parcerias e na identificação de oportunidades de negócio.

    De que forma potenciam a ligação às diferentes associações, universidades, para além das empresas?
    As associações e universidades são parceiros estratégicos da Concreta. Os primeiros pelo papel fundamental que desempenham no desenvolvimento das diferentes indústrias e sectores da economia representam os interesses das empresas e impulsionam a inovação e a competitividade. Já as universidades participam com ideias e conhecimento, enriquecendo o evento com espaços de discussões e demonstrações de projectos experimentais e sustentáveis que moldam o futuro. Isso amplia o alcance e a profundidade da feira, tornando-a uma plataforma de networking, parcerias e práticas vanguardistas.
    Essas contribuições fazem, quer das universidades quer das associações, um elo fundamental entre conhecimento, inovação e o sector de construção, beneficiando tanto as empresas como a Concreta e, naturalmente, ajuda a fortalecer o sector a longo prazo.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Construção

    CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR

    No dia que marca a abertura da edição deste ano da CONCRETA, o CONSTRUIR preparou uma edição especial com um leque alargado de trabalhos, entre os quais uma extensa entrevista ao presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas, Mas há muito mais para ler no CONSTRUIR 519

    CONSTRUIR

    “Este é o momento de agir com um sentido de Estado, criando condições fiscais favoráveis para o mercado da habitação”
    Em entrevista ao CONSTRUIR, o presidente da Confederação da Construção e do Imobiliário passa revista ao ano de 2024 na actividade do Sector e fala dos vários assuntos pendentes que, no entender de Reis Campos, é urgente resolver. O também presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas explica que muitas das medidas que são apresentadas como fundamentais para, por exemplo, dar resposta ao problema da Habitação, requerem medidas de apoio ao tecido empresarial

    “Defendemos que a avaliação da permeabilidade e da estanquidade ao ar seja obrigatória”
    Desempenho, formação e a importância de adaptarmos os requisitos o conceito Passive House à realidade portuguesa, foram alguns dos temas em destaque na 12ª Conferência Passivhaus Portugal 2024, que este ano recebeu mais de 50 marcas e a visita de 438 participantes. Monitorizar o desempenho dos edifícios ao nível da qualidade do ar, como já acontece noutros países estrangeiros foi, também, um dos temas mais abordados, assim como a necessária de paradigma de forma a privilegiarmos o conforto e a saúde e detrimento do que não é essencial. A edição do próximo ano já tem data marcada para os dias 21 e 22 de Outubro

    A digitalização é sinónimo de eficiência
    Quando se fala de digitalização do sector AEC, rapidamente pensamos no estaleiro mas, como em qualquer actividade, a digitalização no sector tem que começar mais acima na organização e naqueles que são as suas actividades básicas: financeiro, recursos humanos, equipamentos, compras, cadeia de abastecimentos, etc.. Para desmistificar esta questão falámos com a Valantic BT, empresa que implemente uma das aplicações de gestão de negócio e IA empresarial, mais usadas por organizações a nível mundial: a SAP

    Numa década mais de 2600 arquitectos pediram para trabalhar no estrangeiro
    Dados são revelados pela Ordem dos Arquitectos, no âmbito da reunião da European Network of Architects’ Competent Authorities (ENACA), entidade que apoia o acesso dos arquitectos à profissão nos países europeus. A regulação profissional e a mobilidade foram alguns dos temas abordados

    “Cada transformação pode ser adaptada, preservando ao mesmo tempo o valor histórico e ambiental da estrutura”
    A segunda edição do Seminário Internacional Arquitectura e Sustentabilidade – SHIFT, que irá decorrer nos dias 22 e 23 de Novembro e que conta com a curadoria do colectivo italiano Park Associati. Metabolismo Urbano, Inteligência Material e Activismo Arquitectónico são as três abordagens através das quais se irá desenrolar o seminário. Arquitectos, académicos e empresas de vários países europeus vão dar voz ao tema e apresentar um ‘futuro’ para a arquitectura adaptativa

    2024 está a revelar-se um ano marcante para a Noronha Sanches
    A promotora imobiliária, que até agora se tem concentrado em investimentos no eixo Cascais/Lisboa, vai alargar os seus investimentos a outros pontos do País. Vila Nova de Gaia é a primeira a avançar, enquanto na Costa Alentejana se efectuam as due dillence. A par destes projectos, já avançou o investimento de 22 milhões de euros em Caxias, no “One Lush”. Pedro Noronha Sanches, partner e CEO da Noronha Sanches, falou com o CONSTRUIR sobre estes e outros investimentos que a empresa tem em carteira, sobre o seu modo de actuação no mercado e o estabelecimento de parcerias, e também sobre o que a Noronha Sanches privilegia num projecto imobiliário

    Vila Galé terá hotel na Golegã em 2026
    Fruto de um acordo de concessão por 50 anos, renovável, a Quinta da Cardiga passará agora por um período de obras, num investimento de 20 milhões de euros. O futuro Vila Galé Collection Tejo – Country Resort Hotel Convention, Spa & Equestrian Sports deverá estar concluído até meados de 2026

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    Arquitectura

    Prémio Ammodo Architecture 2024 distingue projecto Outros Bairros em Cabo Verde

    A Ammodo Architecture divulga os primeiros vencedores do “Ammodo Architecture Award”, uma nova iniciativa anual que apoia a arquitectura social e ecologicamente responsável e os seus criadores em todo o mundo. São 23 os premiados e entre eles o projeto ISOB de Ângelo Lopes, Jakob Kling, Nuno Flores e Rita Rainho

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    A Ammodo Architecture divulga os primeiros vencedores do “Ammodo Architecture Award”, uma nova iniciativa anual que apoia a arquitectura social e ecologicamente responsável e os seus criadores em todo o mundo. São 23 os premiados, divididos em três categorias Arquitectura Social, Envolvimento Social e Escala Local.

    Em Cabo Verde, o projeto “International Seminar on Outros Bairros” (ISOB) de Ângelo Lopes, Jakob Kling, Nuno Flores e Rita Rainho (I2ADS – Universidade do Porto) foi distinguido na categoria Social Engagement do prémio AMMODO Architecture Award 2024.

    O prémio reforça o papel essencial e transformador da arquitectura na abordagem de desafios sociais e ambientais, conferindo visibilidade à comunidade global de arquitectura e a praticantes locais. A Ammodo Architecture prioriza o modo como os premiados estabelecem novos projectos e iniciativas para enfrentar desafios contemporâneos, com novas perspectivas e conhecimentos em arquitectura. Juntamente com o prémio, está a ser desenvolvida uma plataforma de conhecimento que visa tornar visíveis os projectos e fomentar a partilha de conhecimento – elemento central desta iniciativa será um arquivo digital em expansão.

    Os premiados foram seleccionados por um comité consultivo multidisciplinar global, presidido por Joumana El Zein Khoury, directora executiva da World Press Photo Foundation, incluindo: Andrés Jaque, arquitecto, reitor e professor na Columbia University GSAPP em Nova Iorque; Anupama Kundoo, arquitecta e professora na TU Berlin; Floris Alkemade, arquitecto e ex-arquitecto chefe do governo dos Países Baixos; e Mariam Issoufou, arquitecta e professora na ETH Zurich. A selecção de potenciais projectos foi organizada através de uma convocatória aberta e de uma equipa global de embaixadores regionais experientes.

    A distinção agora atribuída permitirá aos arquitectos e investigadores realizar a programação do International Seminar on Outros Bairros (ISOB), entre Janeiro de 2025 e Junho de 2026, que consistirá num concurso de práticas artísticas em espaço público, quatro workshops, um seminário internacional e uma exposição. Além disso, será organizado o arquivo digital da Iniciativa Outros Bairros (IOB) e do próprio ISOB. Desta forma o grupo de arquitectos e investigadores propõe uma reflexão sobre os territórios autoproduzidos existentes em Cabo Verde, a partir da experiência vivida enquanto membros em vários momentos da IOB, onde adoptaram uma abordagem do urbanismo relacional procurando a compreensão do modo de vida da população local.

    IOB foi realizada entre 2019 e 2022 em três zonas auto-produzidas na ilha de São Vicente, Cabo Verde. Foi uma acção financeiramente possível como iniciativa governamental associada ao Ministério das Infraestruturas, do Ordenamento do Território e Habitação do Governo de Cabo Verde MIOTH e acompanhada por um compromisso técnico e científico do Ministério do Ambiente e da Acção Climática do Governo de Portugal.

    Este novo projeto, apoiado pela Ammodo Architecture Award 2024, visa retomar e expandir, a partir de Cabo Verde, o debate sobre como actuar no território, considerando o actual processo planetário de urbanização.

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    Imobiliário

    Solyd lança novo investimento de 115 M€ em Loures

    A primeira fase do Élou Jardins, correspondente a 106 apartamentos, foi lançada esta terça-feira, dia 19 de Novembro, estando a comercialização a cargo da Castelhana, ERA e Portada Frente

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    (noticia actualizada)

    Depois do Élou, eis que surge o Élou Jardins, também em Santo António dos Cavaleiros, em Loures e paredes meias com o primeiro empreendimento da Solyd Properties Developers naquele concelho. Com um investimento total de 115 milhões de euros, o projecto prevê 304 apartamentos, com tipologias de T1 a T4, distribuídos por 19 edifícios, que terão diferentes fases de construção.

    Nesta primeira fase arranca a comercialização do Bloco A composto por sete edifícios, num total de 106 apartamentos com tipologias de T1 a T4. A comercialização está a cargo da Castelhana, ERA e Porta da Frente.

    Desenvolvido e desenhado pela equipa da Solyd, liderada pela arquitecta Cristina Rocheta, o novo condomínio adjacente ao Élou  conta com “excelentes acabamentos”, onde se destacam “janelas amplas, carpintarias lacadas, portas de alta segurança, ar condicionado energeticamente eficiente, roupeiros embutidos e cozinhas completamente equipadas com electrodomésticos topo de gama e espaços de arrumação generosos”, indica a promotora em comunicado.

    O Élou Jardins conta, ainda, com estacionamento subterrâneo privativo, incluindo pré-instalação para carregamento de veículos eléctricos, uma vasta área verde comum, uma sala multiusos, um ginásio e uma piscina.

    “O ano passado lançámos o Élou, que foi o ponto de partida para um projecto residencial inspirador na zona de Santo António dos Cavaleiros. Dado o sucesso, voltamos a apostar no concelho com um novo condomínio que mantém o nosso compromisso em desenvolver projectos imobiliários adaptados ao estilo de vida contemporâneo, com generosos espaços exteriores.” indica a administração da Solyd.

    Inserido junto aos parques do Casal do Monte e da Encosta de Santo António dos Cavaleiros, o Élou Jardins beneficia de uma excelente rede de transportes públicos, com a nova estação de metro ‘Torres da Bela Vista’ a nascer a poucos minutos a pé, oferecendo ligação directa a Odivelas e fácil acesso a qualquer ponto de Lisboa. Nas proximidades encontram-se escolas, ginásios, serviços de saúde e diversas opções comerciais.

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    Construção

    Grupo Mota-Engil com crescimento no 3º trimestre de 2024

    Níveis recorde de facturação e EBITDA reforçam a convicção para a concretização dos objectivos definidos para 2024, tendo o Grupo assegurado já em carteira 82% da facturação para 2026. O volume de negócios alcançou 4.146 milhões de euros (+3%) e a carteira de encomendas atingiu 14,8 mil milhões de euros (+14% face a Dezembro 2023)

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    O Grupo Mota-Engil publicou o Trading Update com os principais indicadores referentes ao terceiro trimestre de 2024, um período caracterizado por crescimento e melhoria das margens conjugado com rácios de endividamento alinhados com os objectivos estabelecidos para o Grupo, traduzindo um período de crescimento sustentável e de continua afirmação internacional.

    No documento, o Grupo Mota-Engil detalhou ainda os principais acontecimentos num período caracterizado por um elevado dinamismo comercial, impulsionado pela angariação de projectos relevantes em África, em Portugal e no México, bem como outros acontecimentos relevantes após Setembro que permitiram aprofundar a concretização da estratégia em curso, nomeadamente através da rotação de activos prevista no plano estratégico.

    Assim, e analisando os dados publicados relativos à actividade operacional, verifica-se um crescimento no volume de negócios para 4.146 milhões de euros, bem como uma melhoria de 11% no EBITDA para 606 milhões de euros (um recorde absoluto nos primeiros nove meses do ano), melhorando a margem para 15%, sendo a performance operacional decisiva para o crescimento acumulado de 51% no Resultado Líquido face ao período homólogo, alcançando 77 milhões de euros.

    Analisando o desempenho por áreas de negócios, destaca-se o crescimento de 11% na faturação da região da América Latina, bem como o EBITDA gerado na região africana, o que contribuiu decisivamente para a melhoria da rentabilidade global do Grupo.

    A nível comercial merece destaque o novo recorde da Carteira de Encomendas atingido em setembro, no valor de 14,8 mil milhões de euros (não incluindo os recentes contratos de Engenharia Industrial celebrados em África no valor de 1,4 mil milhões de dólares, bem como o primeiro troço de alta velocidade em Portugal). De referir que o Grupo detém contratos celebrados que têm no seu cronograma de execução um valor equivalente a 82% do objetivo de faturação em E&C previsto para 2026, reforçando-se assim a cada trimestre a firme convicção no cumprimento das metas estabelecidas para o último ano do atual Plano Estratégico, designado Building´26.

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    Arquitectura

    Casa da Arquitectura presta homenagem a Nuno Portas no seu sétimo aniversário

    Para celebrar o sétimo aniversário, a Casa da Arquitectura preparou um conjunto de iniciativas que irão decorrer nos dias 22, 23 e 24 de Novembro. Ao arquitecto e urbanista Nuno Portas será atribuído o título de Associado Honorário 2024

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    No ano em que se comemora o cinquentenário da Revolução de Abril e dias após a abertura da Exposição “O que faz falta. 50 anos de arquitetura portuguesa em democracia”, a Casa da Arquitectura presta homenagem, no seu sétimo aniversário, ao arquitecto e urbanista Nuno Portas, figura de proa no desenho das linhas políticas para habitação, reabilitação urbana e urbanismo do Portugal democrático, atribuindo-lhe o título de Associado Honorário 2024 numa cerimónia a decorrer no sábado, dia 23 de Novembro.

    A programação de aniversário inclui ainda a segunda edição do Seminário Internacional de Arquitetura e Sustentabilidade SHIFT, nos dias 22 e 23 de Novembro, a entrega de títulos aos Jovens Embaixadores da Arquitectura, uma conversa integrada no Programa Paralelo da Exposição “O que faz falta”, Oficinas, Performances, visitas guiadas e um concerto do arquiCoro da FAUP no espaço da exposição.

    Simultaneamente, vai estar aberta ao público, a Exposição “Made in Portugal” da MOR Design com peças de alta qualidade, criadas em colaboração com artesãos e designers de renome destacando-se nomes como Álvaro Siza Vieira, Manuel Aires Mateus, Keiji Takeuchi e Kengo Kuma.

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