Edgar Cardoso lidera consórcio vencedor para nova ponte do Douro
O contracto para o desenvolvimento do projecto deverá ser assinado nos próximos dias, representando um investimento superior a um milhão de euros
CONSTRUIR
Espanhola ARC Homes tem plano de investimento de 180 M€
“Um futuro sustentável para a Construção” domina programação da 31ªConcreta
Casa cheia para a 31ª edição da Concreta
Signify ‘ilumina’ estádio do Sporting Clube de Portugal
Savills comercializa 2.685 hectares de floresta sustentável em Portugal e Espanha
Tecnológica Milestone com 36% de mulheres nas áreas STEM supera média nacional
Sede da Ascendi no Porto recebe certificação BREEAM
KW assinala primeira década em Portugal com videocast
LG lança em Portugal nova gama de encastre de cozinha
CONCRETA de portas abertas, entrevista a Reis Campos, passivhaus na edição 519 do CONSTRUIR
Já tinha ficado em primeiro lugar durante a primeira fase do concurso público para a concepção da nova ponte sobre o rio Douro que servirá o Metro do Porto, e agora foi confirmada pelo relatório final do júri: a proposta do consórcio formado por Edgar Cardoso, pela Arenas & Asociados e pela No Arquitectos foi a escolhida para adjudicação do projecto.
A “solução tipo pórtico com escoras inclinadas” apresentada pelo consórcio tem um prazo de execução de 970 dias e um custo orçado em 50,5 milhões de euros. A solução tem como material estrutural principal o betão, apresenta um perfil longitudinal a uma altura superior à da Ponte da Arrábida, uma obra projectada precisamente pelo engenheiro Edgar Cardoso, em colaboração com o arquitecto Inácio Peres Fernandes e do engenheiro José Francisco de Azevedo e Silva e que completa este ano 59 anos. O pórtico tem um vão principal de 430 metros e o desenvolvimento total do tabuleiro tem 692 metros.
Com uma forte orientação no sentido da sustentabilidade, a proposta prevê, ainda, a instalação de painéis fotovoltaicos nos carris, que permitirão a iluminação da ponte. O projecto contempla ainda escadas e um elevador a servir a Rua do Bicalho e a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
“A ponte a desenvolver vai unir o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Vila Nova de Gaia, sendo parte obrigatória de uma nova linha de Metro – a Linha Rubi – que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídeo”, nota a Metro do Porto em comunicado. “Tanto a futura ponte como a nova linha são totalmente financiadas a fundo perdido por verbas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência e estarão construídas e em funcionamento até ao final de 2025”, acrescenta a empresa.
O contracto para o desenvolvimento do projecto deverá ser assinado nos próximos dias, representando um investimento superior a 1 milhão de euros. Aquela que será a sétima travessia entre o Porto e Vila Nova de Gaia deverá começar a ser construída na primeira metade do próximo ano.
“Uma ponte, por si só, é sempre um projecto de aproximação de partes, de conectividade e de cooperação, de ultrapassagem de obstáculos. A nova ponte sobre o Douro é e será tudo isto, tornando a região ainda mais coesa, ambientalmente sustentável e competitiva”, sublinhou o presidente do conselho de administração da Metro do Porto., citado em comunicado.
Tiago Braga salientou ainda a preocupação com a sustentabilidade que preside ao projecto: “Numa altura em que as questões energéticas estão ainda mais na ordem do dia, esta ponte e esta linha são o mais forte contributo para a descarbonização da mobilidade nesta região, uma vez que este é o eixo alternativo à circulação automóvel na Ponte da Arrábida e a parte da VCI, contribuindo estruturalmente para uma menor dependência nacional de combustíveis fósseis.”