Edgar Cardoso lidera consórcio vencedor para nova ponte do Douro
O contracto para o desenvolvimento do projecto deverá ser assinado nos próximos dias, representando um investimento superior a um milhão de euros
CONSTRUIR
Quintela e Penalva | Knight Frank vende 100% das unidades do novo D’Avila
Gebalis apresenta segunda fase do programa ‘Morar Melhor’
Reabilitação Urbana abranda ritmo de crescimento
EDIH DIGITAL Built com apresentação pública
Porto: Infraestruturas desportivas com investimento superior a 17 M€
Mapei leva nova gama de produtos à Tektónica
Passivhaus Portugal com programa extenso na Tektónica
OASRS apresenta conferência “As Brigadas de Abril”
2024 será um ano de expansão para a Hipoges
Roca Group assegura o fornecimento de energia renovável a todas as suas operações na Europa
Já tinha ficado em primeiro lugar durante a primeira fase do concurso público para a concepção da nova ponte sobre o rio Douro que servirá o Metro do Porto, e agora foi confirmada pelo relatório final do júri: a proposta do consórcio formado por Edgar Cardoso, pela Arenas & Asociados e pela No Arquitectos foi a escolhida para adjudicação do projecto.
A “solução tipo pórtico com escoras inclinadas” apresentada pelo consórcio tem um prazo de execução de 970 dias e um custo orçado em 50,5 milhões de euros. A solução tem como material estrutural principal o betão, apresenta um perfil longitudinal a uma altura superior à da Ponte da Arrábida, uma obra projectada precisamente pelo engenheiro Edgar Cardoso, em colaboração com o arquitecto Inácio Peres Fernandes e do engenheiro José Francisco de Azevedo e Silva e que completa este ano 59 anos. O pórtico tem um vão principal de 430 metros e o desenvolvimento total do tabuleiro tem 692 metros.
Com uma forte orientação no sentido da sustentabilidade, a proposta prevê, ainda, a instalação de painéis fotovoltaicos nos carris, que permitirão a iluminação da ponte. O projecto contempla ainda escadas e um elevador a servir a Rua do Bicalho e a Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto.
“A ponte a desenvolver vai unir o Campo Alegre, no Porto, ao Candal, em Vila Nova de Gaia, sendo parte obrigatória de uma nova linha de Metro – a Linha Rubi – que ligará as estações da Casa da Música e de Santo Ovídeo”, nota a Metro do Porto em comunicado. “Tanto a futura ponte como a nova linha são totalmente financiadas a fundo perdido por verbas inscritas no Plano de Recuperação e Resiliência e estarão construídas e em funcionamento até ao final de 2025”, acrescenta a empresa.
O contracto para o desenvolvimento do projecto deverá ser assinado nos próximos dias, representando um investimento superior a 1 milhão de euros. Aquela que será a sétima travessia entre o Porto e Vila Nova de Gaia deverá começar a ser construída na primeira metade do próximo ano.
“Uma ponte, por si só, é sempre um projecto de aproximação de partes, de conectividade e de cooperação, de ultrapassagem de obstáculos. A nova ponte sobre o Douro é e será tudo isto, tornando a região ainda mais coesa, ambientalmente sustentável e competitiva”, sublinhou o presidente do conselho de administração da Metro do Porto., citado em comunicado.
Tiago Braga salientou ainda a preocupação com a sustentabilidade que preside ao projecto: “Numa altura em que as questões energéticas estão ainda mais na ordem do dia, esta ponte e esta linha são o mais forte contributo para a descarbonização da mobilidade nesta região, uma vez que este é o eixo alternativo à circulação automóvel na Ponte da Arrábida e a parte da VCI, contribuindo estruturalmente para uma menor dependência nacional de combustíveis fósseis.”