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    Portal da Construção Sustentável: Novo apoio à eficiência energética é “passo de gigante, mas para trás” 

    Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis conta com nova categoria e reforço de15 M€. Contudo, “o recurso a materiais convencionais provenientes do petróleo”, quer dizer que “continuaremos a isolar os nossos edifícios com materiais baratos e altamente poluentes”

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    Portal da Construção Sustentável: Novo apoio à eficiência energética é “passo de gigante, mas para trás” 

    Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis conta com nova categoria e reforço de15 M€. Contudo, “o recurso a materiais convencionais provenientes do petróleo”, quer dizer que “continuaremos a isolar os nossos edifícios com materiais baratos e altamente poluentes”

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    Portugal, recorrendo ao PRR e através do Fundo Ambiental, acaba de reforçar o Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis, em 15 milhões de euros, incluindo uma nova categoria que visa a melhoria da eficiência energética e ambiental dos edifícios, recorrendo a materiais convencionais para isolamento.

    Uma decisão que não foi bem recebida pelo Portal da Construção Sustentável (PCS), já que recorrer a materiais “convencionais para isolamento” quer dizer que “continuaremos a isolar os nossos edifícios com materiais baratos e altamente poluentes”. Aline Guerreiro, CEO do PCS, considera que “este é um passo de gigante, mas para trás, na imperativa corrida a um desenvolvimento mais sustentável”.

    Sendo o ambiente construído um dos mais poluentes, desde a extracção de matérias-primas até ao fim de vida útil de um edifício, o que significa mais de 40% das emissões, mais de 50% de resíduos, o consumo de cerca de 60% de recursos naturais e mais de 40% de energia, no mundo, “a forma de tornar os edifícios mais sustentáveis é começar pelo início, ou seja, pelas matérias-primas, que têm de deixar de ser provenientes do petróleo”, afirma a responsável pelo PCS.

    “Todo o material proveniente deste combustível fóssil já poluiu o bastante. Não esquecer que o CO2 liberado durante a queima de petróleo é o principal responsável pelo aquecimento global. O dióxido de enxofre, um dos poluentes também libertados na mesma combustão, é a causa principal da chuva ácida”.

    A construção deve, por isso, optar por pré-fabricados, na medida em que esta opção pode representar uma poupança de 80% de energia, já que a eficiência energética não se refere apenas ao funcionamento de um edifício, mas também ao uso e aplicação de recursos materiais. “Os materiais convencionais e as técnicas tradicionais de construção são grandes consumidores de energia e geram resíduos sólidos que, na maioria das vezes, não são reciclados, como por exemplo, os materiais plásticos ou derivados de combustíveis fósseis. Construções modulares podem reduzir a produção de resíduos até 90%, (Waste & Resources Action Program) já que são realizadas em ambiente controlado”.

    Isolar convenientemente os edifícios é outro aspecto fundamental e, também aqui, o tipo de isolamento escolhido deve ser tido em conta. “Os isolamentos devem ser naturais e não provenientes de petróleo, por todas as razões já descritas. No nosso País já temos produção e bons aplicadores de outro tipo de isolamento que não os combustíveis fósseis, como por exemplo, as lãs e a cortiça. Isolar um edifício diz também respeito às caixilharias: optar sempre por materiais duráveis e, mais uma vez, não provenientes de petróleo. Estes, aplicados a caixilharias tendem a deteriorarem-se, a alterarem a sua forma com o tempo sendo, mais uma vez, altamente poluidores”.

    “Construir para desconstruir é o novo mote para uma construção mais sustentável. Se ao invés de aplicarmos colas e outros aglutinantes que dificultam a reciclagem e reutilização de materiais e optarmos por sistemas mecânicos de encaixe, estaremos a possibilitar novas vidas aos materiais quando o edifício atingir o seu fim de vida. É por isso que os projectos devem conter também as “instruções” de desconstrução”.

    No mesmo sentido, “o edifício deve, no final da sua vida útil, ser desconstruído selectivamente”. Utilizando aqui, também, a regra do 3R’s – reduzir, reutilizar, reciclar – “todos os materiais devem ser separados por tipologias, os aptos a serem reutilizados e os aptos a serem reciclados. Só uma ínfima parte, senão nenhuma, deve ser considerada para aterro”.

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    Um teste à renovação de edifícios

    Durante os últimos quatro anos um projecto piloto europeu procurou abrir caminho e comprovar que a renovação rápida de edifícios domésticos existentes, integrando tecnologias pré-fabricadas inovadoras, económicas e sustentáveis é possível. O resultado é um roteiro valioso para o futuro das renovações de edifícios na Europa

    O SUREFIT arrancou no segundo semestre de 2020 e tem a sua conclusão neste mês Fevereiro. Com um financiamento de quatro milhões de euros, o projecto piloto, coordenado pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), juntou onze parceiros, entre universidades, empresas e instituições, de oito países europeus, que desenvolveram tecnologias e soluções, que visam atingir a meta de energia quase nula reduzindo as perdas de calor da envolvente do edifício e do seu consumo de energia através do aquecimento, arrefecimento, ventilação e iluminação, que depois foram testadas em diferentes edifícios já existentes, localizados em vários países europeus e, por isso, sujeitos a diferentes climas e temperaturas.

    Para compreender a importância e o impacto do projecto importa relembrar que a União Europeia tem como meta ser o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Este objectivo levou a um aumento de iniciativas de construção ecológica e de incentivos à modernização do parque habitacional. A modernização dos edifícios é, aliás, fundamental para este objectivo. O sector da construção na UE é responsável por cerca de 36% das emissões de dióxido de carbono. A maioria dos edifícios da EU, cerca de 66%, foi construída antes da década de 1970, pelo que a sua modernização e a sua transformação em edifícios eficientes são um factor crucial para atingir as metas traçadas. Os números são conhecidos da indústria: cerca de ¾ dos edifícios residenciais europeus tem um mau desempenho energético, e a taxa de renovação é baixa. Um cenário que não é estranho a Portugal.

    Neste contexto percebe-se a urgência de programas e iniciativas que acelerem e incentivem a modernização dos edifícios e imprimam maior sustentabilidade ao sector da construção, como o SUREFIT que agora termina e está pronto para lançar no mercado novos produtos que ajudam a tornar as nossas velhas casas em casas eficientes, com maior conforto e segurança para quem nelas habitam, porque a par das metas europeias, nunca é demais recordar, que em Portugal ainda se morre por causa do frio e do calor.

    Tecnologia de ponta para edifícios antigos
    “O programa SUREFIT realizou com sucesso uma série de modernizações energéticas em vários edifícios na Europa, mostrando o potencial dos sistemas inteligentes de edifícios, a integração de energias renováveis e as soluções avançadas de isolamento. Estes projectos piloto estabeleceram um novo padrão para a habitação sustentável e forneceram insights valiosos sobre como edifícios mais antigos podem ser modernizados para atender às exigências de um futuro mais verde”, referem as conclusões do SUREFIT.
    A tecnologia foi instalada em edifícios em Portugal (o município de Mafra associou-se ao projecto), Espanha, Grécia e Finlândia. Os diferentes projectos piloto registaram uma significativa redução no consumo de energia e nas emissões de CO2, devido à integração de tecnologias de ponta, como sejam vidros a vácuo fotovoltaicos, sistemas solares térmicos, bombas de calor, acoplados a sistemas de controlo inteligente. O seu impacto permitiu a uma redução entre os 54 e 61% no uso de energia e nas emissões de CO2 em todas as instalações. “Esta redução não só melhora a sustentabilidade ambiental, como proporciona economias significativas aos seus proprietários, ao reduzir as contas de energia”.

    As medidas avançadas de isolamento, incluindo a instalação de painéis térmicos, persianas de luz natural e melhorias nas fachadas, ajudaram a melhorar o desempenho térmico dos edifícios, criando ambientes de vida mais confortáveis e, simultaneamente, reduzindo a necessidade de aquecimento e arrefecimento. A introdução de sistemas inteligentes de edifícios garantiu que o uso de energia fosse optimizado em tempo real, tornando o aquecimento, o arrefecimento e o consumo de electricidade mais eficientes.

    Outro dos objectivos dos projectos SUREFIT era melhorar o conforto térmico dos residentes. Nessa perspectiva, os edifícios intervencionados “registaram uma redução notável nas variações de temperatura ao longo das estações. Os residentes relataram uma mudança de Invernos frios e Verões excessivamente quentes para condições interiores mais estáveis e confortáveis. O desempenho do aquecimento e do arrefecimento melhorou significativamente, com os tempos de aquecimento a tornarem-se mais rápidos e mais eficientes”, referem as conclusões.

    Além do controlo de temperatura, a qualidade do ar interior também registou melhorias consideráveis graças à “instalação de sistemas de recuperação de calor nas janelas e as capacidades melhoradas de ventilação ajudaram a criar ambientes interiores mais frescos e saudáveis, melhorando o bem-estar geral dos residentes”.
    O SUREFIT também se concentrou na integração de soluções de energias renováveis no design dos edifícios. “A instalação de sistemas solares térmicos ajudou a gerar electricidade e água quente doméstica, reduzindo a dependência de fontes de energia convencionais. Em alguns casos, também foram introduzidos painéis fotovoltaicos, contribuindo ainda mais para as economias de energia. A combinação de geração de energia solar e sistemas térmicos não só reduziu a pegada de carbono dos edifícios, como também tornou essas casas auto-suficientes e resilientes às oscilações dos preços da energia”.

    Oportunidades para a indústria
    Uma das preocupações do programa, a par da sustentabilidade ambiental, é o impacto económico que toda esta nova tecnologia terá. Algo que não pode ser medido a curto prazo. “Embora algumas das tecnologias, como o vidro a vácuo PV e os painéis de isolamento prefabricados, tenham custos iniciais mais elevados, evidenciou-se que, a longo prazo, são financeiramente vantajosas, com um período de retorno de cerca de cinco a dez anos. Para sistemas mais convencionais, como membranas respiráveis e soluções solares térmicas, o período de retorno foi ainda mais curto. Uma análise de custos ao longo do ciclo de vida demonstrou que, com o tempo, estas tecnologias de eficiência energética são altamente competitivas com os sistemas de construção tradicionais”.

    O impacto económico será a médio/longo prazo, à medida que haja também um maior envolvimento da indústria que garanta uma maior disseminação das soluções, mas os seus impactos medem-se no imediato para os residentes das habitações que fizeram parte do projecto: “Muitos relataram que as suas casas se tornaram significativamente mais confortáveis, com melhor regulação térmica, eficiência optimizada de aquecimento e arrefecimento e redução do ruído externo. Ao longo da renovação, os residentes também notaram uma melhoria substancial na sua qualidade de vida, já que as casas modernizadas proporcionaram não apenas economias de energia, mas também um ambiente mais saudável e confortável”.

    Para os responsáveis pelo SUREFIT, este é “uma demonstração clara de como as tecnologias modernas e as estratégias de modernização podem dar nova vida a edifícios mais antigos, tornando-os eficientes em termos energéticos, confortáveis e sustentáveis. Estes projectos fornecem um roteiro valioso para o futuro das renovações de edifícios, oferecendo uma solução adaptável para as comunidades que procuram alcançar as metas de eficiência energética e reduzir as suas pegadas de carbono”, atestam.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Câmara de Viana lança concurso para o novo Mercado Municipal

    Recorde-se que o Mercado Municipal que existia no centro da cidade foi demolido em 2022, levando à transferência do mercado para uma instalação provisória na Avenida Capitão Gaspar de Castro

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    A Câmara de Viana está a promover um concurso público internacional, avaliado em 13,4 milhões de euros, com vista à construção do novo Mercado Municipal. Os concorrentes ou seus representantes devem apresentar as suas propostas na plataforma eletrónica até às 17 horas do 30º dia a contar da data de envio, para publicação, do anúncio agora aprovado para o Serviço das Publicações Oficiais da União Europeia. A abertura das propostas pelo júri só terá lugar findo o prazo fixado.

    O projeto de execução refere que um mercado implica uma forte articulação entre o processo de gestão e o projeto de intervenção de arquitetura, tendo por base os seguintes princípios: existência de condições adequadas para o aprovisionamento dos operadores, devidamente sectorizado, nomeadamente quanto ao controlo higiossanitário e de variação de temperaturas; existência de condições de estacionamento para clientes, condição essencial para que se possa considerar válida uma área de influência superior a 400 metros de distância; condições para tratamento e acondicionamento de resíduos, nomeadamente os respeitantes a produtos de origem animal; desenvolvimento orgânico do espaço de mercado tradicional num único piso e em relação directa com a sua envolvente; organização sectorizada do mix comercial; introdução de atividades complementares que contribuam para a viabilidade comercial do equipamento no seu todo, nomeadamente com aquelas que tragam novos públicos; integração em edifício com arquitetura relevante e em bom estado de conservação, criação de uma imagem comum que identifique o mercado como um todo enquanto espaço moderno de distribuição agro-alimentar; compromisso entre a gestão do mercado e os operadores, participando na dinâmica do mercado.

    Recorde-se que o Mercado Municipal que existia no centro da cidade foi demolido em 2022, levando à transferência do mercado para uma instalação provisória na Avenida Capitão Gaspar de Castro.

    O projeto do novo mercado está estruturado em duas grandes intervenções, o edifício propriamente dito, cuja localização é sobre a implantação do desconstruído Edifício Jardim / Prédio Coutinho; e a reabilitação do espaço envolvente exterior ao novo Mercado Municipal de Viana do Castelo, um projeto complementar à execução do edifício do mercado e que tem como objetivo requalificar e revitalizar o tecido urbano, atrair e fixar população para o centro histórico, atrair e dinamizar o tecido económico do centro histórico, contribuir para a preservação e valorização do património construído, reforçar a atração turística e a oferta cultural dos serviços.

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    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    Apresentação Body Holiday

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    Hotel de luxo projectado para a Praia da Lota

    A autarquia de Vila Real de Santo António, Algarve, anuncia investimento de 158 milhões de euros na construção de uma nova unidade hoteleira de 5 estrelas, na Praia da Lota

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    A Praia da Lota, no concelho de Vila Real de Santo António, vai receber uma nova unidade hoteleira de cinco estrelas, anunciou esta semana a autarquia. O investimento, no valor de 158 milhões de euros, permitirá criar cerca de 337 postos de trabalho directos na região. As obras estão previstas decorrer entre 2025 e 2026, com abertura agendada para 2027.

    O promotor do projecto é a BodyHoliday, que actua no segmento de Wellness e Spa. A nova unidade no Algarve contará com 220 unidades de alojamento, distribuídas por 40 quartos individuais, 160 duplos e 20 suítes. O projecto contempla ainda cinco restaurantes, um centro de bem estar e SPA , uma piscina interior e três exteriores e jardins paisagísticos com acesso directo à praia através de passadiços em madeira.

    Álvaro Araújo, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, destaca que este investimento “vai mudar o paradigma turístico de Vila Real de Santo António, reforçando a qualidade da oferta e atraindo visitantes de segmentos de luxo”.

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    Recorde de participações portuguesas na Bauma 2025

    A participação portuguesa em 2025 atinge os 15 expositores que ocupam 950 m2, o que representa um aumento de 37% em relação à edição anterior

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    Já há mais de 30 anos que Portugal tem representação na feira Bauma em Munique, na Alemanha e, em Abril deste ano, as empresas portuguesas batem os seus recordes não só quanto ao espaço de exposição ocupado, mas também quanto ao número de expositores.

    A participação portuguesa na Bauma, que acontece de 7 a 13 de Abril, torna-se cada vez mais robusta e em 2025 supera-se novamente, atingindo os 15 expositores que ocupam 950 m2, o que representa um aumento de 37% em relação à edição anterior. Apesar deste marco relevante para a indústria portuguesa, o crescimento é ainda paulatino, já que existem listas de espera de empresas tanto para aumentar a área de exibição, como para se estrearem em Munique.

    Em termos de dimensão são as empresas Arcen Engenharia de Vila Nova de Gaia, Ciclo Fapril de Águeda e Stafford Tower Cranes de Nelas (a antiga Soima), que na edição deste ano vão ocupar as maiores áreas, acima dos 100 m2. Entre as que expõem na Bauma há mais de 10 anos sem interrupção estão as empresas Arcen Engenharia, SIRL Simões & Rodrigues e Produtiva.

    Segundo dados publicados pela Bauma, os profissionais procuram, com a presença na feira, essencialmente “cimentar” as relações comerciais e sentir o pulso da indústria com a partilha de tendências e soluções para enfrentar os novos desafios, com a “digitalização” e a “sustentabilidade” a continuar a ter a maior relevância nos fóruns e palestras da edição de Abril.

    Com uma área de exposição exterior que ultrapassa os 600 mil m2, é de referir que algumas empresas começam a montar os seus stands seis meses antes do início do evento, que são transformados em verdadeiros escritórios de vários andares montados fora dos pavilhões e que existe um comboio Bauma Express para circular em toda a área externa de exposição.

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    Porta da Frente Christie’s e NOVA SBE apresentam estudo sobre o mercado imobiliário de gama alta em Portugal

    A primeira edição do “Realty Premium Market” será apresentada a 25 de Fevereiro, no campus da NOVA SBE Carcavelos, num encontro que contará com a presença de especialistas e promotores imobiliários 

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    A Porta da Frente Christie’s e a NOVA School of Business & Economics lançam a primeira edição do estudo sobre o mercado de gama alta em Portugal, o “Realty Premium Market”. O evento de apresentação acontecerá no dia 25 de Fevereiro, no campus da NOVA SBE Carcavelos, e constituirá um momento exclusivo para acesso a informações chave – reunidas pelo Idealista, Twinkloo, entre outros –, que permitirão compreender a evolução e os desafios deste segmento.

    Analisando a evolução do segmento o estudo revela que o mercado de gama alta em Portugal teve um crescimento significativo, em grande medida por um efeito de aumento dos preços em mais de 23% entre 2021 e 2024. Neste período, a pressão da procura sobre a oferta de imóveis existente mais que duplicou, prevendo-se que esta dinâmica se mantenha para 2025. Além disso, o sector demonstrou ter um impacto significativo na economia nacional, estimado em mais de 7 mil milhões de euros, tendo gerado mais de 94 mil empregos no ano de 2023.

    “O mercado imobiliário de gama alta em Portugal tem tido um crescimento significativo e uma importância crescente para a economia nacional. Com este estudo, procuramos trazer uma análise aprofundada e baseada em dados, que permita aos players do sector entender melhor as dinâmicas do mercado e assim, tomar decisões mais informadas e estratégicas”, salienta João Cília, CEO da Porta da Frente Christie’s.

    Já Pedro Brinca, investigador na NOVA SBE e coordenador do estudo, considera que “esta colaboração entre a NOVA SBE e a Porta da Frente Christie’s reforça a importância da partilha de conhecimento e análise de dados para apoiar o sector imobiliário de gama

    alta na tomada de decisões mais informadas e na identificação de oportunidades de crescimento sustentável”.
    A par da análise dos dados, o evento contará com a presença de vários promotores – Eduardo Netto de Almeida, presidente da Lantia, Rui Meneses Ferreira, CEO da Kronos, Aniceto Viegas, CEO da Avenue, João Paula Santos, CIO da Solyd, e Francisco Sottomayor, CEO do Grupo Norfin – desafiando-os a explorar estratégias para a comercialização de activos de luxo num mercado altamente competitivo.

    O evento termina com uma palestra de Pedro Siza Vieira, advogado, sócio da PLMJ e professor da NOVA School of Law, e ex-ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital do XXII Governo da República Portuguesa, que trará uma visão estratégica sobre os desafios económicos e legais que impactam o sector imobiliário.

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    Pedro Cabral, director negócio PRO na Leroy Merlin (créditos: Frederico Weinholtz)

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    Negócio PRO da Leroy Merlin ultrapassou 200 M€ de facturação

    Pedro Cabral, director negócio PRO na Leroy Merlin, falou com o CONSTRUIR sobre o crescimento “consolidado e extremamente positivo” deste segmento em Portugal, que já ultrapassou os 45.000 clientes activos, presentes nas suas 49 lojas físicas e online, traduzindo-se numa facturação que excede largamente os 200 milhões de euros

    Lançado no final de 2022, a área de negócio PRO da Leroy Merlin tem ganho um peso crescente nos resultados do grupo em Portugal. Pedro Cabral é o director negócio desta área e confirma ao CONSTRUIR o crescimento “consolidado e extremamente positivo”, desta vertente de negócio do grupo. “Temos registado progressos significativos, acima da média, tanto em número de clientes como em volume de vendas. A nossa estratégia baseia-se num suporte robusto ao cliente profissional, o que nos permitiu expandir as nossas equipas. Contamos actualmente com mais de 500 colaboradores dedicados a este segmento”, justifica o director. Contas feitas, “ultrapassámos os 45.000 clientes activos, presentes nas nossas 49 lojas físicas e online. Este crescimento traduziu-se numa facturação que excede largamente os 200 milhões de euros, plenamente alinhada com os objectivos traçados. Acreditamos que o sucesso do segmento PRO assenta, acima de tudo, na escuta activa das necessidades do cliente profissional e na nossa capacidade de oferecer soluções que vão ao encontro dessas expectativas, seja através da diversificação da gama de produtos, da oferta de serviços específicos ou da disponibilização de formação”, afirma Pedro Cabral.

    A expansão do segmento PRO continua de forma consistente no contexto internacional, alinhada com a estratégia global do grupo. Em países como Espanha e Polónia, o serviço já está amplamente consolidado, enquanto outros mercados, como França, Brasil, Itália e Roménia, têm apresentado um crescimento expressivo

    Vasta gama é valorizada

    O responsável resume a três os factores que mais têm contribuído para esta área de negócio “atendimento personalizado, por equipas dedicadas, com formação especializada, que garantem um suporte próximo e eficaz. A disponibilidade de uma vasta gama de produtos é também muito valorizada, permitindo que os profissionais encontrem tudo o que precisam num único local, o que facilita a gestão dos seus projectos. Adicionalmente, a agilidade no processo de compra e a possibilidade de realizar devoluções de forma rápida e simples tornam a experiência mais prática e eficiente”, refere Pedro Cabral.

    O portfólio de clientes integra micro, pequenas e, na sua maioria, médias empresas, tirando partido do facto do sector em Portugal ser constituído 98% por empresas de menor dimensão. Mas entre os seus clientes estão também “grandes organizações”, sublinha o director de negócio. “Conseguimos atender tanto a pedidos de pequenas quantidades, frequentemente requisitados por micro e pequenas empresas, como a encomendas de grandes volumes, típicas de empresas de maior dimensão ou de projectos de maior escala. Esta flexibilidade e versatilidade garante que conseguimos dar resposta e satisfazer as exigências de todos os nossos clientes e acaba por nos beneficiar nos processos de selecção de um parceiro para diferentes projectos”, garante.  “Ao mesmo tempo, não excluímos outros segmentos de clientes, que valorizam factores como a disponibilidade de produtos, preços competitivos e serviços associados, elementos em que também nos destacamos. A fragmentação do mercado em Portugal, com a predominância de pequenas empresas, é um cenário onde a capilaridade nacional da Leroy Merlin, aliada à capacidade de oferecer soluções integradas, nos permite ser uma referência. É exactamente esta abordagem que tem contribuído para o nosso sucesso”, sustenta Pedro Cabral.

    A expansão do segmento PRO continua de forma consistente no contexto internacional, alinhada com a estratégia global do grupo. Em países como Espanha e Polónia, o serviço já está amplamente consolidado, enquanto outros mercados, como França, Brasil, Itália e Roménia, têm apresentado um crescimento expressivo. Embora o nível de maturidade deste negócio varie de acordo com o mercado e o contexto de cada país, os resultados são encorajadores e a Leroy Merlin continua confiante no futuro deste segmento e na sua capacidade de criar valor em todos os mercados onde opera.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Navigator lança Programa Habitar para apoiar colaboradores

    O Programa Habitar junta-se a um conjunto alargado de benefícios e de medidas de valorização que a Navigator proporciona aos seus profissionais

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    A The Navigator Company acaba de lançar o Habitar, um programa inovador que atribui um apoio financeiro até 925 euros para os encargos com a aquisição ou arrendamento de habitação própria e permanente. Com esta ação, a empresa reforça a sua política de proximidade e apoio em momentos decisivos da vida dos seus colaboradores, promovendo a estabilidade e o bem-estar das suas equipas.

    Esta iniciativa contempla duas modalidades: HABITAR Arrendamento, que subsidia parte dos custos com o arrendamento de habitação permanente, e HABITAR Aquisição, que comparticipa nos encargos para a compra de habitação própria e permanente, desde que localizada no concelho do complexo industrial da Navigator onde o colaborador presta serviço ou nos concelhos limítrofes.

    O Programa Habitar junta-se a um conjunto alargado de benefícios e de medidas de valorização que a Navigator proporciona aos seus profissionais.

    Estas medidas dão continuidade à política de valorização dos seus colaboradores. Sob o lema “valorizar faz parte de nós”, a Navigator continua a investir no seu capital humano, proporcionando oportunidades de desenvolvimento profissional e promovendo a estabilidade das suas equipas. Esta estratégia reflete o compromisso da empresa em valorizar os seus recursos humanos, em linha com o seu propósito corporativo: “São as pessoas, a sua qualidade de vida e o futuro do planeta que nos inspiram e nos movem”.

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    AICCOPN promove “Portugal 2030 Futuro Estratégico para o sector da Construção”

    A Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN) promove a conferência “Portugal 2030: Futuro Estratégico para o sector da Construção”, na próxima segunda-feira, dia 17 de Fevereiro

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    O evento, que tem lugar no centro de congressos do LNEC, contará com a presença do ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida. O programa inclui ainda a participação, entre outros, de Paulo Macedo, presidente executivo da CGD, de Carlos Mota Santos, presidente da Mota-Engil. Miguel Saraiva, CEO da Saraiva+Associados, Miguel Mateus, CTO da ANA, e Fernando Alfaiate, presidete da Estrutura de Missão “Recuperar Portugal”.

    Um dos momentos centrais do evento será a apresentação do Estudo desenvolvido pela EY Portugal para a AICCOPN, no âmbito da “Estratégia Transformadora para o Sector da Construção em Portugal”, que identifica seis eixos prioritários para o desenvolvimento sustentável e competitivo do sector: inovação, qualificação e transferência de conhecimento, atracção e retenção de talento, internacionalização, cooperação institucional e financiamento.

    Este evento assume especial importância no contexto de transformação e modernização do sector, “proporcionando uma plataforma essencial para o debate estratégico sobre o futuro da Construção e do Imobiliário em Portugal”, salienta a AICCOPN. “Num contexto de grandes desafios e mudanças, é fundamental garantir que o sector está preparado para liderar a modernização do País. Contamos com a participação activa de todos os intervenientes para juntos construirmos um futuro mais inovador, sustentável e competitivo”, afirma o presidente da AICCOPN, Manuel Reis Campos.

    No encontro serão igualmente abordados os mecanismos de financiamento disponíveis, nomeadamente o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o quadro de financiamento Portugal 2030, que representam uma oportunidade única para modernizar infraestruturas, promover habitações de qualidade e transformar os sistemas de mobilidade. Serão também discutidas estratégias para a capacitação empresarial, visando a adaptação a novos modelos de negócio e à crescente digitalização do sector.

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    Metro Sul do Tejo: Expansão pretende “unificar” espaço público e “não criar barreiras”

    A 6 de Março acontece a última sessão onde serão apresentados os resultados da participação pública e o projecto seguirá, depois, para a consulta pública no âmbito da Avaliação de Impacte Ambiental, o que deverá ocorrer no final deste ano

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    Um projecto que pretende ser “unificador” do espaço público e “não um elemento barreira” e cujo objectivo é “melhorar a mobilidade urbana” cada vez mais assente no transporte público. Paulo Pais, arquitecto da Câmara Municipal de Almada, destacou, assim, o trabalho que tem vindo a ser preparado nos últimos seis meses para a expansão do Metro Sul do Tejo até à Costa da Caparica e da Trafaria pelo grupo de trabalho que junta representantes do Metropolitano de Lisboa, Câmara Municipal de Almada e Transportes Metropolitanos de Lisboa e cuja primeira apresentação pública aconteceu esta segunda-feira, dia 10 de Fevereiro, no auditório Uninova, da Faculdade de Ciências e Tecnologia, no Monte da Caparica.

    A proposta de traçado foi apresentada para mais de duas centenas de pessoas, tendo Paulo Pais destacado a importância da participação pública, cujo contributo “pode ainda alterar muita coisa”.

    Para já o grupo construiu um primeiro esboço do traçado e do número e localização das estações e procura agora “consolidar” essa proposta.

    Até ao momento apenas um dos estudos necessários se iniciou, o do estudo da procura, tendo sido adjudicado os estudos referentes à tipografia e geotécnica do terreno e estando em fase de preparação o estudo de tráfego rodoviário.

    A 6 de Março acontece a última sessão onde serão apresentados os resultados da participação pública e o projecto seguirá, depois, para a fase de consulta pública no âmbito da Avaliação de Impacte Ambiental que deverá ocorrer no final deste ano.

    10 novas estações

    O traçado proposto agora que visa ligar o Monte da Caparica à Costa da Caparica e à Trafaria vai crescer em 7,3 quilómetros e contar com 10 novas estações. De salientar, que a proposta inicial era apenas de fazer a ligação à zona das praias da Costa, mas desde cedo que a autarquia almadense fez pressão para que este projecto chegasse também à Trafaria, numa lógica de “promoção da intermobilidade” e das “ligações metropolitanas”.

    Pêra, Várzea de Pêra (com ligação ao Funchalinho), centro da Costa da Caparica, Parque urbano da Costa da Caparica, Santo António, São João, São Pedro, Madame Faber/Matas Nacionais, Bombeiros Voluntários da Trafaria e Estação Fluvial da Trafaria são as novas estações propostas. O traçado propõe, ainda, dois novos interfaces de transportes, um no centro da Costa da Caparica e outro junto à Estação Fluvial da Trafaria.

    A estação da Várzea de Pêra irá servir as populações de Pêra e Funchalinho, contudo e devido aos desníveis de terreno existentes esta vai contar com a instalação de uma passagem pedonal sobre o IC20, com uma extensão de cerca de 200 metros, que irá permitir a ligação de forma rápida do Funchalinho à nova estação.

    O actual terminal de autocarros da Costa da Caparica, instalado junto da Torre das Argolas, será deslocado, passando o novo interface a fazer a ligação à Carris Metropolitana, bem como a um novo serviço de Transpraia, caso venha a existir novamente, táxis, TVDE e a um novo parque de estacionamento.

    Já no novo interface da Trafaria propõe-se a ligação ao já existente transporte fluvial e a criação de um terminal de autocarros integrado na nova estação do MTS. De salientar, que o plano antecipa já a possibilidade de aumentar a frequência das carreiras fluviais ao longo dia e a hipótese de, também, a estação fluvial de Algés ser reequacionada.

    Além da requalificação da área dedicada aos transportes rodoviários, a chegada do MTS à Trafaria é, também, uma oportunidade de requalificação mais alargada, nomeadamente, de algum património que se encontra degradado. Neste sentido, está prevista a reabilitação do antigo presídio para um projecto de âmbito cultural e a valorização da igreja local. Também a Praceta dos Bombeiros irá passar a avenida com a requalificação do antigo quartel.

    Ao longo de todo o percurso abrangido pelo novo traçado haverá lugar à requalificação do espaço público, bem como a criação de um percurso dedicado à mobilidade activa, pedonal e ciclável, em articulação com outras ligações já existentes e que poderão dar origem a um grande corredor ecológico de ligação entre o Parque da Paz e as Terras da Costa.

    Com “muitos desafios”, a avenida 25 Abril na Costa da Caparica será alvo de uma reestruturação profunda, nomeadamente, ao nível viário, com a apresentação de diferentes alternativas de tráfego que deverão ser testadas até que seja redesenhada uma nova opção.

    Sem, no entanto, “perder a identidade local”, está previsto que o traçado seja o “mais afastado possível dos edifícios de habitação”, por questões de ruído, e que as futuras estações seja, também, “dinamizadoras do comércio local”.

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