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    Engenharia

    PRR canaliza 62 M€ para a produção de hidrogénio

    Estão abertas as candidaturas aos fundos do Plano de Recuperação e de Resiliência (PRR) dedicados a investimentos em produção de gases de origem renovável

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    PRR canaliza 62 M€ para a produção de hidrogénio

    Estão abertas as candidaturas aos fundos do Plano de Recuperação e de Resiliência (PRR) dedicados a investimentos em produção de gases de origem renovável

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    Estão abertas as candidaturas aos fundos do Plano de Recuperação e de Resiliência (PRR) dedicados a investimentos em produção de gases de origem renovável.

    Com uma dotação de 62 milhões de euros, este é o primeiro de três avisos do PRR para projectos de produção de hidrogénio e de outros gases de origem renovável para autoconsumo e/ou injecção na rede. As candidaturas serão realizadas através do Fundo Ambiental, entidade responsável pela gestão do aviso.

    Os projectos apresentados, cujo prazo de candidatura termina a 30 de Dezembro, podem compreender investimentos com armazenamento, transporte e distribuição de gases renováveis. Os projectos podem ter diversas aplicações (ex.: transportes, indústria), desde que visem aumentar a contribuição das renováveis no consumo de energia, reduzir as emissões de Gases com Efeito de Estufa, reduzir a dependência energética e melhorar a segurança do aprovisionamento de energia.

    Ao abrigo deste aviso são elegíveis as despesas de investimento correspondentes ao sobrecusto de um projecto de produção de gases de origem renovável, face a uma instalação convencional.

    O financiamento por beneficiário e por operação terá uma dotação máxima de cinco milhões de euros. Este valor pode ascender a 10 milhões de euros, caso os projectos abranjam mais elementos da cadeia de valor, ou seja, incluam a integração da produção, distribuição e o consumidor final. São beneficiárias as pessoas colectivas, públicas ou privadas, que pretendam desenvolver projectos industriais de produção de hidrogénio renovável e outros gases renováveis.

    Aviso do POSEUR financia 13 projectos

    Concluída a avaliação às candidaturas ao aviso do Programa Operacional Sustentabilidade e Eficiência no Uso de Recursos (POSEUR), também relativo à produção de gases renováveis, foram aprovados 13 projectos, que mobilizam um total de 34 milhões de euros do Fundo de Coesão.

    Os 13 projectos de produção de gases a partir de fontes renováveis representam um investimento total de 62,3 milhões de euros e uma capacidade instalada de 34 megawatts.

    Os beneficiários são entidades privadas e vão desenvolver projectos de produção de hidrogénio verde, produção e enriquecimento de bio metano, entre outros. Os projectos estão dispersos pelo território nacional – Monforte, Ílhavo, Águeda, Rio Maior, Paços de Ferreira, entre outros. O maior projecto, de 10,6 milhões de euros (beneficiário de um apoio de 5 milhões de euros), localiza-se em Setúbal.

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    IP lança concurso de 150M€ para alargar ferrovia Contumil-Ermesinde

    As propostas podem ser apresentadas até dia 19 de maio, e o contrato terá uma duração de 1385 dias, ou seja, cerca de três anos e dez meses para execução das obras, entre 2025 e 2029

    A Infraestruturas de Portugal (IP) lançou esta quarta-feira o concurso público para o alargamento da Linha do Minho de duas para quatro vias no troço entre Contumil (Porto) e Ermesinde (Valongo), com um preço base de 150 milhões de euros.

    De acordo com o anúncio esta quarta-feira publicado em Diário da República (DR), em causa está a passagem do troço entre Contumil e Ermesinde para quatro vias, permitindo resolver um ‘garrote’ na operação ferroviária a norte do rio Douro, aumentando a capacidade do eixo que recebe comboios das linhas do Minho e do Douro.

    As propostas podem ser apresentadas até dia 19 de maio, e o contrato terá uma duração de 1385 dias, ou seja, cerca de três anos e dez meses para execução das obras, entre 2025 e 2029.

    O preço tem um fator de ponderação de 50% na avaliação das propostas, e a qualidade também 50%.

    O total da obra pode custar até 219,5 milhões de euros entre 2025 e 2029, segundo uma portaria publicada em DR em novembro.

    A portaria do Governo, assinada pelo ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, e pelo secretário de Estado Adjunto e do Orçamento, José Maria Brandão de Brito, estabelece que haverá um “financiamento máximo nacional de 90% do montante global dos contratos”.

    Em causa estão, no máximo, 26,3 milhões de euros em 2025, 37,5 milhões em 2026, 55,6 milhões em 2027, 58 milhões em 2028 e 42 milhões em 2029, mas estes “encargos orçamentais podem ser repartidos de forma diferente” ao longo dos anos, desde que não ultrapassem o orçamentado e sejam repartidos por diferentes componentes da obra.

    A obra compreende a passagem do troço da Linha do Minho de duas para quatro linhas, incluindo a execução e fiscalização da obra, a aquisição de carril e travessas polivalentes, a instalação de telecomunicações e sinalização e a realização de testes e certificações.

    Haverá também lugar à beneficiação das coberturas das plataformas na estação de Ermesinde.

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    BPlanet – Barreiro Retail Park (créditos: DR)

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    Retalho português atrai investimentos de 1,2 MM€ em 2024 e antecipa um 2025 “animador”

    A actividade de retalho concentrar-se-á sobretudo em projectos de ampliação e modernização de espaços já existentes. Nos próximos dois anos estima-se um reforço do stock em 85 mil m2, com cinco novos projectos comerciais, dos quais nenhum localizado na região de Lisboa

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    O retalho em Portugal registou um desempenho “notável” no mercado de investimento em 2024. De acordo com o relatório da JLL – “O Mercado de Retalho Ibérico – 2025: A Revolução do Retalho em Espanha e Portugal – os activos de retalho movimentaram 1,2 mil milhões de euros, o equivalente a 50% de todo o investimento em imobiliário comercial em 2024, que ascendeu a 2,3 mil milhões. Números que revelam que o montante transaccionado em retalho “mais do que duplicou face a 2023 (com 585 milhões de euros) e é o mais elevado desde 2020, devolvendo a este segmento o protagonismo que ocupou durante vários anos”.

    Os centros comerciais e os supermercados foram os activos mais procurados, protagonizando as principais transacções de 2024, num mercado que esteve especialmente activo na segunda metade do ano. Só os centros comerciais movimentaram 476 milhões de euros, num crescimento de 134% face a 2023. Evidencia-se, ainda, o bom desempenho do comércio de rua, onde o investimento ascendeu a 99 milhões de euros, aumentando 104% em termos anuais.

    A forte recuperação do mercado português foi impulsionada pelo bom desempenho da economia, com efeitos positivos sobre a actividade dos retalhistas, o que, associado à correccção de preços que o setor sofreu nos últimos anos, gerou um cenário apetecível de risco reduzido e elevada rentabilidade.

    “Esta combinação foi especialmente atractiva para os investidores e, ao longo do ano, assistimos a uma crescente aceleração nas transacções. O segundo semestre fez disparar a actividade, com um afluxo significativo de capital a surgir no mercado, especialmente direccionado aos centros comerciais e aos supermercados, como comprovam as cinco maiores operações do ano”, começa por explicar Augusto Lobo, head of Commercial Capital Markets da JLL Portugal.

    De acordo com o estudo da JLL, Portugal é percepcionado como uma “importante oportunidade” para investidores que estão já a operar em Espanha e que querem aumentar a sua exposição ao mercado de retalho na Península Ibérica. A consultora antecipa que cada vez mais sociedades de investimento imobiliário francesas (SCPIs, na designação francesa) entrem no mercado português, especialmente no segmento de retail parks, e que os diversos REITs já presentes em Espanha aumentem também o investimento em centros comerciais portugueses.

    Portugal, enfrenta, contudo, um cenário diferente em termos de oferta imobiliária futura, o que poderá pressionar ainda mais a procura de investimento e aumentar a tensão competitiva por parte dos retalhistas. O nível de novas aberturas de centros comerciais é moderado, centrando-se especialmente no formato de retail park. A JLL refere que esta actividade se concentrará sobretudo em projectos de ampliação e modernização de espaços já existentes. Ainda assim, “nos próximos dois anos estima-se um reforço do stock de retalho em 85 mil m2, com cinco novos projectos comerciais, dos quais nenhum localizado na região de Lisboa”.

    No comércio de rua a oferta “mantém-se limitada” nos destinos prime, “mas evidencia-se a emergência de novas artérias, com arrendamentos mais acessíveis, maior volume de oferta e maior potencial de crescimento”. Em Lisboa, essas zonas são o bairro de Santos e todo o eixo do Cais do Sodré, impulsionados pelos fluxos turísticos e de residentes empresariais, além do Bairro de Alvalade.

    Em suma, conclui Augusto Lobo, as expectativas para o mercado de investimento em retalho são “muito positivas” e “especialmente animadoras” para Portugal, impulsionadas pelo bom desempenho da economia, dos indicadores de operação, ocupação e valor. “A principal questão é a oferta futura que alimente a procura de investimento”, salienta.

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    Porto Energy Hub apoiou mais de 24 mil habitações no Norte de Portugal

    Com a conclusão do Porto Energy Hub, surge agora o Powering Energy Hub. Além das intervenções residenciais, este projecto vai passar agora a incluir o comércio, os serviços, os edifícios públicos e as infraestruturas. com o objectivo de alavancar 26,3 M€ em investimentos

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    Com um impacto directo em mais de 24 mil habitações, o projecto Porto Energy Hub (PEH) apoiou na redução da emissão de CO2 em 3,6 mil toneladas, num investimento de 28,4 milhões de euros em iniciativas de eficiência energética e energias renováveis na Região Norte de Portugal.

    Lançado em Junho de 2021, no âmbito do programa Horizonte 2020 da Comissão Europeia e coordenado pela Agência de Energia do Porto – AdEPorto, o PEH apoiou um total de 240 projectos, dos quais 75 já se encontram em fases avançadas, com obras concluídas, contratos firmados ou concursos lançados.

    Estes projectos resultaram numa poupança energética anual de 22.270 MWh, enquanto a produção renovável atinge 830 MWh por ano, beneficiando directamente cerca de 2400 fracções habitacionais.

    Para garantir a eficácia das intervenções, foi implementado um sistema de monitorização de habitações representativas, avaliando o consumo de energia, a temperatura, a humidade e a qualidade do ar. Este sistema seguirá em operação por mais um ano após a conclusão das obras, assegurando que os benefícios sejam sustentáveis a longo prazo.

    Com a conclusão do Porto Energy Hub, surge agora o Powering Energy Hub, financiado no âmbito do programa LIFE e liderado pela Agência de Energia do Porto, que tem como objectivo replicar o modelo integrado (técnico, legal e financeiro) a nível nacional, abrangendo territórios em todo o Continente.

    Além das intervenções residenciais, o Powering Energy Hub vai passar agora a incluir o comércio, os serviços, os edifícios públicos e as infraestruturas. Com a meta de alavancar 26,3 milhões de euros em investimentos, traduzidos numa poupança de 58,5 GWh/ano de energia primária, o projecto visa também aumentar a literacia energética e contribuir para uma transição justa e democrática, promovendo a descarbonização das atividades humanas.

    O consórcio do Powering Energy Hub é composto por três parceiros: a RdA Climate Solutions, a TELLES Advogados e a RNAE – Associação das Agências de Energia e Ambiente, com a coordenação assegurada pela AdEPorto.

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    Ruby Lucy Hotel and Bar London

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    IHG Hotels & Resorts adquire marca Ruby por 110,5 M€

    Com esta aquisição, a IHG prevê reforçar a sua expansão global e, além de continuar a crescer na Europa, pretende, também, entrar nos EUA até ao final do ano

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    O InterContinental Hotels Group (IHG) adquiriu a marca Ruby por um valor inicial de 110,5 milhões de euros (cerca de 116 milhões de dólares). Especialista em lifestyle urbana premium para viajantes modernos, com presença em destinos urbanos imperdíveis, a Ruby oferece aos proprietários de hotéis designs que optimizam o espaço e um conceito atractivo e flexível, com o qual a IHG prevê uma rápida expansão global. Além de continuar a crescer na Europa, a IHG pretende, também, entrar nos Estados Unidos da América (EUA) até ao final do ano.

    A Ruby tem feito caminho tanto em novas construções como em conversões, incluindo a reutilização adaptativa numa variedade de tipos de propriedades comerciais, com várias conversões de escritórios bem-sucedidas. Reflectindo este sucesso, a marca Ruby alcançou uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 26% nos últimos cinco anos.

    Fundada em 2013, a marca Ruby opera actualmente 20 hotéis em grandes cidades por toda a Europa e tem mais 10 hotéis em desenvolvimento. Existem nove hotéis abertos na Alemanha (em Colónia, Dusseldorf, Frankfurt, Hamburgo, Munique e Estugarda), três no Reino Unido em Londres, três na Áustria, em Viena, dois na Suíça, em Genebra e Zurique e um em Itália, Irlanda e Países Baixos. Os hotéis em desenvolvimento deverão abrir nos próximos três anos em mais cidades europeias, incluindo Edimburgo, Marselha, Roma e Estocolmo.

    Como 20ª marca, a Ruby, vem alargar o portfólio da IHG, atraindo viajantes modernos com um estilo de vida dinâmico e oferece aos proprietários de hotéis um conceito de hotel premium económico e altamente adaptável, num segmento da indústria caracterizado por elevadas barreiras à entrada e restrições de espaço, frequentemente designado na indústria como “micro urbano”.

    A eficiência para os proprietários é alcançada através de designs que poupam espaço e um elevado grau de padronização e automatização operacional, incluindo quiosques de self-service para check-in rápido.

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    Governo prepara pacote de investimentos em infraestruturas

    Governo e associações coincidem igualmente na importância de assegurar um regime fiscal mais favorável. “Vamos continuar com a bandeira da redução do IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] para um tema tão central como a habitação e a construção, seja no desenho do projeto, como na própria construção da empreitada.

    Ricardo Batista

    O Governo vai apresentar, “nas próximas semanas”, novo pacote de investimentos em infra-estruturas rodoviárias, respondendo dessa forma “a quem acha que está já tudo feito”.

    À margem de uma conferência promovida pela Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), que decorreu no LNEC, em Lisboa, e dedicada ao futuro da Construção e aos desafios estratégicos até 2030, o ministro das Infraestruturas recordou que “há capitais de distrito ainda sem acesso à autoestrada, nomeadamente Portalegre e Beja”. Miguel Pinto Luz lamenta que não haja apoios europeus para o investimento em rodovia. Além destas vias, o governante apontou ainda a necessidade de assegurar que “o maior porto ‘transhipping’ de Portugal, o Porto de Sines, tenha melhores acessos”.

    Pinto Luz e o presidente da associação, Reis Campos, coincidem igualmente na importância de um conjunto de entendimentos a longo prazo que não faça depender investimentos públicos de relevância de ciclos políticos. Reis Campos considera que este acordo permitiria o crescimento sustentável e alinhado com os desafios de modernização e descarbonização da Europa. “Juntos, com ação coordenada e visão estratégica, podemos transformar desafios em oportunidades e consolidar a construção como um motor essencial do crescimento e desenvolvimento sustentável da economia, bem das pessoas, empresas e do país”, afirmou, na abertura da conferência “Portugal 2030: Futuro estratégico para o setor da construção”.

    A Linha de Alta Velocidade, o novo aeroporto de Lisboa e a expansão das redes de metropolitano foram os principais exemplos de projetos de grande dimensão em Portugal, considerados “determinantes” para a competitividade e conectividade do país. Contudo, a associação alerta que estes projetos exigem medidas que os acelerem, sobretudo ao nível da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

    “A concretização destes projetos exige um planeamento estratégico robusto, simplificação de processos administrativos e um compromisso firme com a qualidade e a responsabilidade ambiental. No entanto, e apesar de reconhecermos os esforços desenvolvidos nos últimos tempos, a execução do PRR mantém-se em níveis inferiores ao desejado para concretizar atempadamente os objetivos estabelecidos”, afirmou o presidente da AICCOPN, no encontro que decorre no LNEC – Laboratório Nacional de Engenharia Civil.

    Governo e associações coincidem igualmente na importância de assegurar um regime fiscal mais favorável. “Vamos continuar com a bandeira da redução do IVA [Imposto sobre o Valor Acrescentado] para um tema tão central como a habitação e a construção, seja no desenho do projeto, como na própria construção da empreitada. Defendemos a redução do IVA a 6%”, referiu Miguel Pinto Luz. O governante assegurou que o Governo “não travará um milímetro do seu ímpeto reformista”, sublinhando que este é um compromisso para com as gerações futuras. No ano passado, o Governo anunciou a disponibilização de 59.000 casas em seis anos. Em causa estão 33.000 novos fogos, além dos 26.000 previstos no Plano de Recuperação e Resiliência, que serão financiados pelo Orçamento do Estado. A estas somam-se cerca de 6.000 casas com arrendamento acessível.

    Sobre o autorRicardo Batista

    Ricardo Batista

    Director Editorial
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    Um teste à renovação de edifícios

    Durante os últimos quatro anos um projecto piloto europeu procurou abrir caminho e comprovar que a renovação rápida de edifícios domésticos existentes, integrando tecnologias pré-fabricadas inovadoras, económicas e sustentáveis é possível. O resultado é um roteiro valioso para o futuro das renovações de edifícios na Europa

    O SUREFIT arrancou no segundo semestre de 2020 e tem a sua conclusão neste mês Fevereiro. Com um financiamento de quatro milhões de euros, o projecto piloto, coordenado pelo Instituto de Soldadura e Qualidade (ISQ), juntou onze parceiros, entre universidades, empresas e instituições, de oito países europeus, que desenvolveram tecnologias e soluções, que visam atingir a meta de energia quase nula reduzindo as perdas de calor da envolvente do edifício e do seu consumo de energia através do aquecimento, arrefecimento, ventilação e iluminação, que depois foram testadas em diferentes edifícios já existentes, localizados em vários países europeus e, por isso, sujeitos a diferentes climas e temperaturas.

    Para compreender a importância e o impacto do projecto importa relembrar que a União Europeia tem como meta ser o primeiro continente com impacto neutro no clima até 2050. Este objectivo levou a um aumento de iniciativas de construção ecológica e de incentivos à modernização do parque habitacional. A modernização dos edifícios é, aliás, fundamental para este objectivo. O sector da construção na UE é responsável por cerca de 36% das emissões de dióxido de carbono. A maioria dos edifícios da EU, cerca de 66%, foi construída antes da década de 1970, pelo que a sua modernização e a sua transformação em edifícios eficientes são um factor crucial para atingir as metas traçadas. Os números são conhecidos da indústria: cerca de ¾ dos edifícios residenciais europeus tem um mau desempenho energético, e a taxa de renovação é baixa. Um cenário que não é estranho a Portugal.

    Neste contexto percebe-se a urgência de programas e iniciativas que acelerem e incentivem a modernização dos edifícios e imprimam maior sustentabilidade ao sector da construção, como o SUREFIT que agora termina e está pronto para lançar no mercado novos produtos que ajudam a tornar as nossas velhas casas em casas eficientes, com maior conforto e segurança para quem nelas habitam, porque a par das metas europeias, nunca é demais recordar, que em Portugal ainda se morre por causa do frio e do calor.

    Tecnologia de ponta para edifícios antigos
    “O programa SUREFIT realizou com sucesso uma série de modernizações energéticas em vários edifícios na Europa, mostrando o potencial dos sistemas inteligentes de edifícios, a integração de energias renováveis e as soluções avançadas de isolamento. Estes projectos piloto estabeleceram um novo padrão para a habitação sustentável e forneceram insights valiosos sobre como edifícios mais antigos podem ser modernizados para atender às exigências de um futuro mais verde”, referem as conclusões do SUREFIT.
    A tecnologia foi instalada em edifícios em Portugal (o município de Mafra associou-se ao projecto), Espanha, Grécia e Finlândia. Os diferentes projectos piloto registaram uma significativa redução no consumo de energia e nas emissões de CO2, devido à integração de tecnologias de ponta, como sejam vidros a vácuo fotovoltaicos, sistemas solares térmicos, bombas de calor, acoplados a sistemas de controlo inteligente. O seu impacto permitiu a uma redução entre os 54 e 61% no uso de energia e nas emissões de CO2 em todas as instalações. “Esta redução não só melhora a sustentabilidade ambiental, como proporciona economias significativas aos seus proprietários, ao reduzir as contas de energia”.

    As medidas avançadas de isolamento, incluindo a instalação de painéis térmicos, persianas de luz natural e melhorias nas fachadas, ajudaram a melhorar o desempenho térmico dos edifícios, criando ambientes de vida mais confortáveis e, simultaneamente, reduzindo a necessidade de aquecimento e arrefecimento. A introdução de sistemas inteligentes de edifícios garantiu que o uso de energia fosse optimizado em tempo real, tornando o aquecimento, o arrefecimento e o consumo de electricidade mais eficientes.

    Outro dos objectivos dos projectos SUREFIT era melhorar o conforto térmico dos residentes. Nessa perspectiva, os edifícios intervencionados “registaram uma redução notável nas variações de temperatura ao longo das estações. Os residentes relataram uma mudança de Invernos frios e Verões excessivamente quentes para condições interiores mais estáveis e confortáveis. O desempenho do aquecimento e do arrefecimento melhorou significativamente, com os tempos de aquecimento a tornarem-se mais rápidos e mais eficientes”, referem as conclusões.

    Além do controlo de temperatura, a qualidade do ar interior também registou melhorias consideráveis graças à “instalação de sistemas de recuperação de calor nas janelas e as capacidades melhoradas de ventilação ajudaram a criar ambientes interiores mais frescos e saudáveis, melhorando o bem-estar geral dos residentes”.
    O SUREFIT também se concentrou na integração de soluções de energias renováveis no design dos edifícios. “A instalação de sistemas solares térmicos ajudou a gerar electricidade e água quente doméstica, reduzindo a dependência de fontes de energia convencionais. Em alguns casos, também foram introduzidos painéis fotovoltaicos, contribuindo ainda mais para as economias de energia. A combinação de geração de energia solar e sistemas térmicos não só reduziu a pegada de carbono dos edifícios, como também tornou essas casas auto-suficientes e resilientes às oscilações dos preços da energia”.

    Oportunidades para a indústria
    Uma das preocupações do programa, a par da sustentabilidade ambiental, é o impacto económico que toda esta nova tecnologia terá. Algo que não pode ser medido a curto prazo. “Embora algumas das tecnologias, como o vidro a vácuo PV e os painéis de isolamento prefabricados, tenham custos iniciais mais elevados, evidenciou-se que, a longo prazo, são financeiramente vantajosas, com um período de retorno de cerca de cinco a dez anos. Para sistemas mais convencionais, como membranas respiráveis e soluções solares térmicas, o período de retorno foi ainda mais curto. Uma análise de custos ao longo do ciclo de vida demonstrou que, com o tempo, estas tecnologias de eficiência energética são altamente competitivas com os sistemas de construção tradicionais”.

    O impacto económico será a médio/longo prazo, à medida que haja também um maior envolvimento da indústria que garanta uma maior disseminação das soluções, mas os seus impactos medem-se no imediato para os residentes das habitações que fizeram parte do projecto: “Muitos relataram que as suas casas se tornaram significativamente mais confortáveis, com melhor regulação térmica, eficiência optimizada de aquecimento e arrefecimento e redução do ruído externo. Ao longo da renovação, os residentes também notaram uma melhoria substancial na sua qualidade de vida, já que as casas modernizadas proporcionaram não apenas economias de energia, mas também um ambiente mais saudável e confortável”.

    Para os responsáveis pelo SUREFIT, este é “uma demonstração clara de como as tecnologias modernas e as estratégias de modernização podem dar nova vida a edifícios mais antigos, tornando-os eficientes em termos energéticos, confortáveis e sustentáveis. Estes projectos fornecem um roteiro valioso para o futuro das renovações de edifícios, oferecendo uma solução adaptável para as comunidades que procuram alcançar as metas de eficiência energética e reduzir as suas pegadas de carbono”, atestam.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Construção

    Câmara de Viana lança concurso para o novo Mercado Municipal

    Recorde-se que o Mercado Municipal que existia no centro da cidade foi demolido em 2022, levando à transferência do mercado para uma instalação provisória na Avenida Capitão Gaspar de Castro

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    A Câmara de Viana está a promover um concurso público internacional, avaliado em 13,4 milhões de euros, com vista à construção do novo Mercado Municipal. Os concorrentes ou seus representantes devem apresentar as suas propostas na plataforma eletrónica até às 17 horas do 30º dia a contar da data de envio, para publicação, do anúncio agora aprovado para o Serviço das Publicações Oficiais da União Europeia. A abertura das propostas pelo júri só terá lugar findo o prazo fixado.

    O projeto de execução refere que um mercado implica uma forte articulação entre o processo de gestão e o projeto de intervenção de arquitetura, tendo por base os seguintes princípios: existência de condições adequadas para o aprovisionamento dos operadores, devidamente sectorizado, nomeadamente quanto ao controlo higiossanitário e de variação de temperaturas; existência de condições de estacionamento para clientes, condição essencial para que se possa considerar válida uma área de influência superior a 400 metros de distância; condições para tratamento e acondicionamento de resíduos, nomeadamente os respeitantes a produtos de origem animal; desenvolvimento orgânico do espaço de mercado tradicional num único piso e em relação directa com a sua envolvente; organização sectorizada do mix comercial; introdução de atividades complementares que contribuam para a viabilidade comercial do equipamento no seu todo, nomeadamente com aquelas que tragam novos públicos; integração em edifício com arquitetura relevante e em bom estado de conservação, criação de uma imagem comum que identifique o mercado como um todo enquanto espaço moderno de distribuição agro-alimentar; compromisso entre a gestão do mercado e os operadores, participando na dinâmica do mercado.

    Recorde-se que o Mercado Municipal que existia no centro da cidade foi demolido em 2022, levando à transferência do mercado para uma instalação provisória na Avenida Capitão Gaspar de Castro.

    O projeto do novo mercado está estruturado em duas grandes intervenções, o edifício propriamente dito, cuja localização é sobre a implantação do desconstruído Edifício Jardim / Prédio Coutinho; e a reabilitação do espaço envolvente exterior ao novo Mercado Municipal de Viana do Castelo, um projeto complementar à execução do edifício do mercado e que tem como objetivo requalificar e revitalizar o tecido urbano, atrair e fixar população para o centro histórico, atrair e dinamizar o tecido económico do centro histórico, contribuir para a preservação e valorização do património construído, reforçar a atração turística e a oferta cultural dos serviços.

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    crédito Ricardo Cruz

    Arquitectura

    Arquitecto Gonçalo Pires Marques finalista no “Building of the Year 2025”

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional

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    O arquitecto português Gonçalo Pires Marques está entre os finalistas do prestigiado prémio “Building of the Year 2025” do ArchDaily, um dos mais importantes reconhecimentos internacionais na área da arquitectura. O seu projecto, a Casa Donavan, destaca-se pelo uso inovador da madeira e pelo compromisso com a sustentabilidade, tornando-se um exemplo de excelência na arquitectura contemporânea.

    A Casa Donavan distingue-se pela sua abordagem única à construção em madeira, um processo que o próprio arquitecto descreve como “quase artesanal”. O trabalho próximo com o mestre carpinteiro foi essencial para garantir a precisão e a qualidade da execução. Além disso, a escolha da madeira termotratada, sem utilização de químicos, reforça o compromisso com a sustentabilidade.

    Além dos materiais escolhidos, o desenho da casa foi pensado para reduzir a necessidade de sistemas de climatização. O aproveitamento inteligente da exposição solar e a ventilação natural transversal contribuem para um menor impacto ambiental. Houve também um esforço consciente na selecção de fornecedores locais, minimizando deslocações e importações para reduzir a pegada ecológica.

    Para Gonçalo Pimah, este reconhecimento reforça a posição da arquitectura portuguesa no panorama internacional. O arquitecto entende que “arquitectura portuguesa é uma área reconhecida entre pares a nível mundial como poucas áreas. Como no cinema português, é regularmente mencionada e até premiada. Aliás, Portugal é o único país do mundo com dois vencedores do Prémio Pritzker ainda vivos, o que reflecte a qualidade e a influência do nosso trabalho.”

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    Apresentação Body Holiday

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    Hotel de luxo projectado para a Praia da Lota

    A autarquia de Vila Real de Santo António, Algarve, anuncia investimento de 158 milhões de euros na construção de uma nova unidade hoteleira de 5 estrelas, na Praia da Lota

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    A Praia da Lota, no concelho de Vila Real de Santo António, vai receber uma nova unidade hoteleira de cinco estrelas, anunciou esta semana a autarquia. O investimento, no valor de 158 milhões de euros, permitirá criar cerca de 337 postos de trabalho directos na região. As obras estão previstas decorrer entre 2025 e 2026, com abertura agendada para 2027.

    O promotor do projecto é a BodyHoliday, que actua no segmento de Wellness e Spa. A nova unidade no Algarve contará com 220 unidades de alojamento, distribuídas por 40 quartos individuais, 160 duplos e 20 suítes. O projecto contempla ainda cinco restaurantes, um centro de bem estar e SPA , uma piscina interior e três exteriores e jardins paisagísticos com acesso directo à praia através de passadiços em madeira.

    Álvaro Araújo, presidente da Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, destaca que este investimento “vai mudar o paradigma turístico de Vila Real de Santo António, reforçando a qualidade da oferta e atraindo visitantes de segmentos de luxo”.

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    Recorde de participações portuguesas na Bauma 2025

    A participação portuguesa em 2025 atinge os 15 expositores que ocupam 950 m2, o que representa um aumento de 37% em relação à edição anterior

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    Já há mais de 30 anos que Portugal tem representação na feira Bauma em Munique, na Alemanha e, em Abril deste ano, as empresas portuguesas batem os seus recordes não só quanto ao espaço de exposição ocupado, mas também quanto ao número de expositores.

    A participação portuguesa na Bauma, que acontece de 7 a 13 de Abril, torna-se cada vez mais robusta e em 2025 supera-se novamente, atingindo os 15 expositores que ocupam 950 m2, o que representa um aumento de 37% em relação à edição anterior. Apesar deste marco relevante para a indústria portuguesa, o crescimento é ainda paulatino, já que existem listas de espera de empresas tanto para aumentar a área de exibição, como para se estrearem em Munique.

    Em termos de dimensão são as empresas Arcen Engenharia de Vila Nova de Gaia, Ciclo Fapril de Águeda e Stafford Tower Cranes de Nelas (a antiga Soima), que na edição deste ano vão ocupar as maiores áreas, acima dos 100 m2. Entre as que expõem na Bauma há mais de 10 anos sem interrupção estão as empresas Arcen Engenharia, SIRL Simões & Rodrigues e Produtiva.

    Segundo dados publicados pela Bauma, os profissionais procuram, com a presença na feira, essencialmente “cimentar” as relações comerciais e sentir o pulso da indústria com a partilha de tendências e soluções para enfrentar os novos desafios, com a “digitalização” e a “sustentabilidade” a continuar a ter a maior relevância nos fóruns e palestras da edição de Abril.

    Com uma área de exposição exterior que ultrapassa os 600 mil m2, é de referir que algumas empresas começam a montar os seus stands seis meses antes do início do evento, que são transformados em verdadeiros escritórios de vários andares montados fora dos pavilhões e que existe um comboio Bauma Express para circular em toda a área externa de exposição.

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