Mota-Engil: carteira de encomendas com novo recorde
No primeiro semestre de 2021 a construtora portuguesa registou um resultado líquido de 8M€, uma carteira de encomendas de 7,4 MM€ e aumento de 25% no EBITDA. Portugal voltou a ser o maior mercado de E&C do grupo
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“O Grupo regista um recorde de sempre na sua carteira de encomendas com 7,4 mil milhões de euros e aumento de 25% no EBITDA, com contributo positivo de todas as regiões” anunciou a Mota-Engil sobre os resultados da sua actividade nos primeiros seis meses do ano.
Segundo as informações divulgadas à CMVM, o grupo registou um crescimento da sua carteira de encomendas de 22%, face a 31 de Dezembro de 2020, com maior relevância nos contratos de longo prazo. Em África a carteira cresceu 1,515 milhões de euros este semestre, no seguimento da adjudicação do contrato ferroviário de Kano-Maradi, na Nigéria. De referir que as contas não incluem ainda a extensão do contrato de mineração em Moçambique com a Vale, que foi assinado em Agosto.
A Carteira de contratos de Engenharia e Construção (E&C) distribui-se sobretudo pelos segmentos de Estradas (38%), Ferrovia (32%) e Mineração (15%) e é aqui que se encontram os contratos de maior dimensão obtidos pelo grupo.
O Grupo manteve um volume de negócios ao nível do período homólogo. Mas a rentabilidade aumentou em todas as regiões onde o grupo actua, com o EBITDA a crescer 25%, para 181 milhões de euros, com uma margem de 16%, “uma das melhores entre os seus peers europeus”, sublinha o grupo.
“A Europa apresentou uma actividade operacional resiliente na E&C, com uma excelente performance em Portugal e uma melhoria de rendibilidade em todos os mercados e com o A&S a apresentar uma evolução positiva, o que em conjunto contribuiu para um aumento do EBITDA da região em 49%”, refere a Mota-Engil.
Ainda relativamente ao desempenho por região, merece destaque o crescimento de 8% do Volume de Negócios em Portugal no primeiro semestre de 2021, o que colocou o mercado nacional como o maior mercado de Engenharia e Construção no Grupo ao fim de muitos anos, ultrapassando o México e Angola.
“Na Europa, merece ainda destaque o crescimento significativo da rentabilidade (aumento de 49% no EBITDA), motivado pela melhoria das margens no negócio de construção em Portugal e Polónia, assim como pelo reconhecimento por parte do regulador do ajustamento de tarifas no segmento de tratamento de resíduos que melhorou a margem do negócio de ambiente, permitindo passar a margem EBITDA de 10% para 16%”, especifica o grupo.
Não obstante o impacto da pandemia, em África a margem EBITDA atingiu os 23% e na América Latina a actividade apresentou “uma performance positiva, quer no volume de negócios (+10% YoY), quer na rendibilidade (+42% de EBITDA YoY), principalmente fruto do contributo do México”.
O investimento no período ascendeu a 98 milhões de euros, estando maioritariamente relacionado com os contratos de longo-prazo (70% do total) e influenciado por trabalhos preliminares relativos ao início de projectos ganhos recentemente, designadamente os projectos de mineração em África, de ferrovia no México e ambiente em Portugal
Ao nível da gestão financeira, o Grupo Mota-Engil manteve os seus compromissos de investimento em linha com o projetado no início do ano com um CAPEX de 98 milhões de euros.
A manutenção dos níveis de investimento que se prevê manterem-se acima de 200 milhões de euros para o total de 2021, tiveram como suporte saudável na gestão do balanço, uma capacidade reforçada de geração de caixa resultante das operações, visível pelo crescimento de 31% no Cash Flow Operacional (ou CFFO) de 165 milhões de euros, focando o Grupo a sua estratégia financeira na preservação do equilíbrio e sustentabilidade do balanço conjugada com o suporte necessário ao reforço da capacidade das suas operações de assegurar novos e maiores desafios para um novo ciclo que se iniciará com o Novo Plano Estratégico, que vigorará entre 2022 e 2026.
O Resultado Líquido atribuível ao Grupo foi de 8 milhões de Euros “uma melhoria significativa face a 5 milhões de prejuízo em junho de 2020”.
De destacar neste período a conclusão, “plena e bem sucedida, do Acordo Estratégico de Parceria e de Investimento com a China Communications Construction Company (CCCC), a quarta maior construtora do mundo que é hoje acionista de referência do Grupo Mota-Engil e que a par do acionista fundador, a família Mota, terão um papel muito relevante num novo ciclo de desenvolvimento que se iniciará com o Novo Plano Estratégico que será anunciado no quarto trimestre do ano e que apresentará as diretrizes e objetivos estratégicos e financeiros no horizonte temporal até 2026”, sublinha ainda o grupo em comunicado.