Relatório: Custos de construção em Lisboa superam os de Madrid
Índice Internacional de Custos de Construção Arcadis 2021 examina e compara 100 grandes cidades internacionais
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Genebra, Londres e Copenhaga são as cidades mais caras do Índice Internacional de Custos de Construção 2021. O ranking, publicado pela empresa de projecto e consultoria Arcadis, indica ainda que as cidades mais baratas encontram-se na Ásia. Lisboa e Porto encontram-se respectivamente na 71ª e 77ª posições, ficando acima da cidade de Madrid.
A comparação de custos foi desenvolvida abrangendo vinte tipos de edifícios, com base no estudo dos custos de construção, na revisão das condições de mercado e no parecer técnico da equipa global de peritos da Arcadis. Os cálculos estão indexados à gama de preços de cada tipo de edifício em relação a Amesterdão.
Para além de fornecer um índice comparativo dos custos globais de construção, este relatório analisa também o estado actual do mercado de construção a nível global, bem como as mudanças e iniciativas mais significativas dos diversos países face à pandemia Covid-19.
Na maioria dos países, incluindo Portugal, a construção tem sido fundamental para manter a continuidade da actividade económica. Apesar da forte contracção económica verificada no País em 2020 devido à pandemia e de uma inflação negativa (-0,1% segundo o IHPC), os custos da construção aumentaram em 1,7% em Lisboa e Porto.
As duas cidades mantiveram, assim, a tendência crescente, já verificada nos anos anteriores à pandemia, com os custos de construção em Lisboa a superar mesmo em 8% os verificados em Madrid.
O Governo português, à semelhança de outros, prepara-se para lançar um conjunto de iniciativas de impulso à economia. A principal será a implementação do Plano de Recuperação e Resiliência, enquadrado pela Comissão Europeia. Este plano beneficiará de um envelope financeiro total de 16,6 milhões de euros, com uma componente muito importante dedicada a projectos de construção.
Neste cenário, prevê-se que a tendência de crescimento dos custos se mantenha, com impactos nos mercados de construção públicos e privados e podendo contribuir nomeadamente para a actual pressão nos preços do imobiliário.
No relatório, a Arcadis destacam ainda, a oportunidade de criar valor a longo prazo a partir de investimentos adequados e com foco na sustentabilidade. A partir do título “Investindo para uma Recuperação Sustentável”, o relatório apresenta um plano de cinco pontos como guia para ajudar os investidores públicos e privados a satisfazer os requisitos dos seus projectos no contexto de uma avaliação de valor mais ampla.
Embora o último ano tenha estado centrado na gestão da crise global na saúde pública, as alterações climáticas continuam a ser um desafio que todas as sociedades enfrentam, e com a construção a representar uma parte significativa do total das emissões de carbono, é crucial que a indústria incorpore cada vez mais a sustentabilidade em cada projecto.
Os vários programas de recuperação, e nomeadamente o português, representam uma oportunidade para a indústria da construção criar uma mudança duradoura e criar um futuro mais produtivo, inclusivo e sustentável. Isto deverá começar pela garantia de que cada investimento gera não só um retorno mensurável, mas também melhora a resiliência e sustentabilidade no sentido da neutralidade de carbono.