Construção mantém resiliência face à crise
Oito meses depois do primeiro “Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19 ”,lançado pelo INE e pelo Banco de Portugal, o sector continua a dar sinais positivos.

CONSTRUIR
IP lança concurso de 150M€ para alargar ferrovia Contumil-Ermesinde
CCB quer alcançar a neutralidade de carbono até 2030
Trienal: ‘Conversas et Al’ junta fundador da Noarq e ilustrador Gémeo Luís
Edifício C do projecto em Lordelo do Ouro já está em construção
Edifício Boavista 2949 encontra-se em comercialização
Sandra Daza é a nova CEO do Grupo Gesvalt
“Mais Campera Outlet Shopping” quer modernizar o factory outlet
Preços das casas em Lisboa aumentaram 5,5% em 2024 e vendas cresceram 13,8%
BPI e CBRE em parceria para alavancar sustentabilidade no imobiliário comercial
PortalPRO e AvaiBook em parceria para oferecer serviços aos gestores de alojamentos turísticos
O sector da Construção e Actividades Imobiliárias permanece resiliente face à crise pandémica. Oito meses depois do primeiro “Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19 (COVID-IREE)”, lançado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Banco de Portugal (BdP), o sector continua a dar sinais positivos.
A maioria das empresas (59%) referiu um impacto negativo na evolução do seu volume de negócios, no que resultou uma variação de encomendas e /ou de clientes. Uma percentagen que desce quando analisados os dados a construção e imobiliário, onde 47% revela não ter tido qualquer impacto e 38% revela algum impacto.
A estabilidade na actividade gera estabilidade no emprego e até ao final do ano 89% das empresas do sector planeiam manter a actividade. Apenas 6% referem que tem intenções de diminuir e 5% vão contratar. Ora, esta situação não difere muito dos restantes sectores analisados, excepção feita ao sector de alojamento e restauração, o mais afectado pela crise actual e pelas medidas de contingência. Assim, face à situação actual, a grande maioria das empresas (85%) planeia manter os postos de trabalho até ao final de 2020. Estas empresas correspondem a 68% do total do pessoal ao serviço das empresas respondentes. A percentagem de empresas que planeiam reduzir os postos de trabalho é de 10%, face a 5% que planeiam aumentar os postos de trabalho até ao final de 2020 (correspondendo a 21% e 11%, respectivamente, do pessoal ao serviço).
Quando olhamos para os cenários de 2021 e para a expectativa de evolução e manutenção dos postos de trabalho a Construção e Imobiliário surgem entre aquelas que mais equacionam contratar (14%) e manter os postos de trabalho (79%)
Para 79% (80% no caso da Construção e Imobiliário) das empresas o ambiente concorrencial no mercado onde operam não se alterou nos últimos seis meses. Das restantes, 11% (9% no sector em análise) das empresas consideram que o ambiente concorrencial aumentou, face a 6% que consideram que o mesmo diminuiu. Foram identificadas 5% de empresas sem concorrentes diretos.
Apenas 8% das empresas que responderam ao inquérito referem a intenção de concorrer aos fundos associados ao Plano de Recuperação e Resiliência. Para 45% das empresas não existe ainda informação disponível suficiente para uma tomada de decisão e 47% das empresas não pretendem concorrer a estes fundos. O sector da Construção e Actividades Imobiliárias tem a menor percentagem de empresas que tencionam concorrer aos fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (apenas 2% das empresas). Cerca de 60% do sector é categórica na resposta “Não” e 38% afirma não ter ainda informação disponível suficiente.
90% das empresas manifestam um grau de preocupação elevado ou moderado face a um agravamento ou prolongamento das medidas de contenção da pandemia a implementar pelo Governo.
Os dados revelados pelo INE permitem ainda concluir que o sector da construção e Actividades Imobiliárias “contém a menor proporção de empresas que já retomaram ou esperam retomar o nível normal de atividade (26%), seguido pelo do comércio (32%)”. “No extremo oposto, encontram-se os transportes e armazenagem e a informação e comunicação (41% e 40%, respectivamente). Admitindo o controlo efetivo da pandemia, as empresas do sector dos Transportes e Armazenagem são as que, em média, necessitam de mais tempo para que a actividade regresse à normalidade (14,2 meses). As empresas do sector da Construção e Actividades Imobiliárias necessitam de 8,7 meses para voltar a exercer as suas actividades de forma normal.
Os dados estatísticos recolhidos pelo Inquérito Rápido e Excecional às Empresas – COVID-19 (COVID-IREE), no período de 11 a 19 de novembro de 2020, com referência ao mês de novembro de 2020. O inquérito foi dirigido a um conjunto alargado de empresas de micro, pequena, média e grande dimensão representativas dos diversos setores de actividade económica, sendo a amostra de 8.875 empresas. Foram obtidas 5 837 respostas válidas, o que representa uma taxa de resposta global de 65,8%. As empresas respondentes representam 67,9% do pessoal ao serviço e 76,3% do volume de negócios da amostra.