PNI 2030: Governo prevê investimentos de mais 10 M€ na ferrovia
Entre as diversas acções de modernização e criação de linhas ferroviárias estão previstos 4,5 M€ para a Alta Velocidade entre Porto e Lisboa. São retomados, também, os estudos de viabilidade para uma possível 3ª Travessia sobre o Tejo
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Nos próximos dez anos estão previstos mais de 48 mil milhões de euros em investimentos, dos quais 25% serão canalizados para a ferrovia. O Plano Nacional de Investimentos (PNI) tornado público esta quinta-feira, dia 22 de Outubro, contempla 16 projectos ferroviários, que passam pela criação de novas linhas de metro e comboio, modernização de muitas das já existentes e ainda pela compra de mais material circulante, como dá conta o jornal online Eco.
Entre esses projectos está a criação da Linha de Alta Velocidade que pretende ligar o Porto e Lisboa em apenas 1h15. Uma ideia que conta já com perto de duas décadas e que foi agora rebuscada na sequência da elaboração do Plano de Recuperação e Resiliência apresentado à União Europeia. 4.500 milhões de euros é o montante para materializar uma nova linha no Eixo Porto – Lisboa”, que permitirá segregar os tráfegos rápidos e lentos, reduzindo os tempos de viagem e aumentando a capacidade para passageiros e mercadorias.
Para o programa de aumento de capacidade na rede ferroviária das áreas metropolitanas estão previstos 290 milhões de euros, com intervenções no prolongamento da via quádrupla entre Roma-Areeiro e Braço de Prata, a instalação de via quádrupla ou via tripla (onde não for viável a instalação de via quádrupla) entre Alverca e Castanheira do Ribatejo, e outra via dupla adicional entre as estações de Contumil e Ermesinde, bem como a modernização das principais estações e interfaces rodoferroviário.
Está, também, prevista a modernização das ligações ferroviárias a Beja e a Faro (230 milhões de euros) e a modernização da Linha do Vouga (100 milhões de euros).
A ligação da Linha de Cascais à Linha de Cintura é outro dos objectivos do PNI, avaliada em 200 milhões de euros, e que irá permitir criar um “desnivelamento em Alcântara e uma nova estação subterrânea de Alcântara Terra (e desativação da existente), com possibilidade de articulação com a futura estação do Metro de Lisboa”.
Outros investimentos passam pela criação da nova linha Porto – Valença – Vigo, cuja primeira fase terá um custo de 900 milhões de euros. Esta ligação será feita de “forma faseada, dando prioridade ao troço entre Braga e Valença”. Para isso, será criada uma “nova linha de via dupla de alta velocidade para passageiros (LAV) entre Porto Campanhã e Vigo viabilizará um tempo de percurso próximo de 1h00”.
Será, igualmente, dada prioridade aos investimentos nos Corredores Internacionais Sul e Norte, avançando para a segunda fase dos mesmos. Ao nível do Corredor Internacional Sul (2.ª Fase), pretende-se “potenciar” as ligações Lisboa – Madrid e todas as ligações de Lisboa para Sul (150 milhões de euros). Assim, a segunda fase prevê a “construção de uma nova ligação ferroviária em via única eletrificada entre Sines e Grândola Norte”, a “duplicação do troço Poceirão – Bombel” e a “retoma dos estudos de viabilidade de um novo atravessamento do Tejo em Lisboa”;
O desenvolvimento do Corredor Internacional Norte, para a seu segunda fase, é, também, considerado “fundamental para melhorar o acesso das regiões Norte e Centro do país a Espanha e do resto do país à Europa além-Pirinéus”.
O PNI 2030 prevê, ainda, investimentos em novo material circulante ao nível dos comboios urbanos, comboios de longo curso e regionais; o reforço da segurança ferroviária, renovação e reabilitação e redução de ruído e adaptação às alterações climáticas; a actualização e substituição da sinalização e implementação do ERTMS/ETCS + GSM-R; a modernização e electrificação da rede ferroviária; a renovação de estações e interfaces de passageiros com vista a melhorar a acessibilidade para deficientes, a intermodalidade e a sinalética.