Luís Castro Henriques, presidente AICEP @DR
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“É necessário continuar a reforçar a competitividade do sector da construção para responder ao novo ciclo”

Em entrevista ao Construir Luís Castro Henriques, presidente da aicep Portugal Global traça uma radiografia das sectores da construção e materiais de construção. Mas só a partir de outubro a real dimensão da quebra de vendas destes sectores em 2020 e 2021 nos mercados externos poderá começar a ser vislumbrada, se as novas encomendas forem escassas, como resultado de uma procura menor dos consumidores nos principais países clientes

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“É necessário continuar a reforçar a competitividade do sector da construção para responder ao novo ciclo”

Em entrevista ao Construir Luís Castro Henriques, presidente da aicep Portugal Global traça uma radiografia das sectores da construção e materiais de construção. Mas só a partir de outubro a real dimensão da quebra de vendas destes sectores em 2020 e 2021 nos mercados externos poderá começar a ser vislumbrada, se as novas encomendas forem escassas, como resultado de uma procura menor dos consumidores nos principais países clientes

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Luís Castro Henriques, presidente AICEP
@DR

Aqueles que são os pontos fortes do sector da construção e dos materiais de construção portugueses ficaram enfraquecidos com esta crise pandémica?

Não consideramos que os pontos fortes da construção e dos materiais de construção portugueses tenham ficado enfraquecidos com a crise provocada pela COVID-19, pois o impacto resultante da mesma tem sido, em geral, mais moderado comparativamente com outros sectores de actividade.

Os pontos fortes das nossas empresas vão permitir-lhes resistir à crise e superá-la da melhor forma, na medida em que continuarão a ser vantagens competitivas face a uma concorrência cada vez mais forte e dinâmica, especialmente quando entrarmos em pleno na fase de reactivação e retoma económica nos mercados externos, tradicionais e emergentes.

Referimo-nos, por exemplo, no que ao sector da construção diz respeito, ao dinamismo e competitividade das empresas portuguesas, à sua reconhecida capacidade de internacionalização e de adaptação/flexibilidade, à vasta experiência e competências das empresas em obras (de arte) complexas ou na reabilitação urbana e de edifícios históricos, ao talento dos arquitectos, engenheiros e outros profissionais portugueses, bem como à qualidade da mão-de-obra tradicional e à aposta na inovação, tecnologia, digitalização, sustentabilidade e eficiência energética.

Já no sector dos materiais de construção destacam-se como pontos fortes a existência de produtos certificados, de alto valor acrescentado e de elevada performance, a flexibilidade de produção, entrega e condições de fornecimento, a incorporação de tecnologia na produção, a capacidade de inovação (materiais disruptivos), Design e oferta integrada de produtos e uma cultura de negócios e experiência internacional em diversos mercados.

Como analisa a forma como as empresas do sector responderam a esta crise?

Desde o início da pandemia que os sectores da construção, imobiliário e dos materiais de construção não pararam, na medida em que as obras públicas e privadas não foram suspensas e as empresas de produção e distribuição de materiais não interromperam actividade, excetuando alguns exportadores que tiveram que suspender ou diminuir o seu nível de actividade por cancelamento/adiamento de encomendas (acumulação de stocks) ou falhas na sua cadeia de abastecimento.

As empresas desses sectores (grandes e PME), em geral, responderam de forma resiliente e dinâmica às dificuldades e desafios provocadas por esta crise, fazendo um esforço importante a nível operacional e financeiro para manter a sua actividade produtiva, de serviços e exportadora, conseguindo garantir a construção e manutenção de infraestruturas e equipamentos vitais nas circunstâncias que vivemos. As empresas e os seus trabalhadores adaptaram-se rapidamente ao novo contexto, implementando medidas de proteção e as orientações recomendadas pela Direção- Geral da Saúde, substituindo importações (ante as dificuldades de abastecimento desde alguns mercados europeus e asiáticos), adaptando o formato de venda (apostando na visita a imóveis pela via digital, por exemplo) e recorrendo ao teletrabalho e lay-off simplificado, em certos casos.

Em termos de promoção internacional, as empresas destes sectores, mas sobretudo as de materiais de construção tiveram que reinventar a sua estratégia, face ao cancelamento e adiamento das feiras comerciais, apostando agora em novos formatos, como as plataformas digitais e marketplaces, showrooms, feiras e exposições virtuais, sessões de reuniões B2B com potenciais clientes por videoconferência, entre outras, considerando também a promoção conjunta com os produtos da fileira casa.

Os próprios modelos de negócio terão tendência a assentar cada vez mais na digitalização, através de várias ferramentas de produção, marketing e gestão do cliente, e no comércio eletrónico. Neste âmbito, a AICEP tem dado um apoio importante, com novos produtos e serviços para capacitação das empresas, nomeadamente com foco no e-commerce nos mercados externos.

Qual o impacto provocado por esta crise actual nas exportações do sector quer ao nível da construção quer dos materiais de construção?

Ainda é um pouco cedo para medir o impacto global nas exportações portuguesas nestes sectores de actividade provocado pela crise pandémica, mas dados do Banco de Portugal apontam para uma diminuição do valor das exportações de serviços de construção civil de 22,9% no período de Janeiro a Abril de 2020 face ao período homólogo.

A nível dos materiais de construção, segundo o INE, verificou-se uma quebra de 16,2% no valor das exportações totais no período de Janeiro a Junho de 2020 em termos homólogos, com diminuições em todos os subsetores, exceto em “Tintas e Vernizes” que registou uma subida de 6,9%. Nos subsetores do “Vidro” (-28,1%), “Cimento, Gesso e Betão” (-23,1%), “Cerâmica” (-20,3%), “Rochas Ornamentais” (- 19,2%) e “Madeira (-17,8%). Por seu turno, as empresas de Materiais de Construção exportaram em 2019 para 174 mercados, ao passo que até Junho do corrente exportavam para 152 mercados, o que significa menor acesso aos mercados externos fruto da pandemia e do consequente encerramento ou criação de barreiras dos mesmos às importações e de constrangimentos logísticos para entrega de mercadorias.

A real dimensão da quebra de vendas em 2020 e 2021 nos mercados externos poderá começar a ser vislumbrada a partir de Outubro, se as novas encomendas forem escassas, como resultado de uma procura menor dos consumidores nos principais países clientes.

Após esta crise iremos verificar mudanças naqueles que são os mercados tradicionais das nossas exportações?

Não podendo ainda antecipar uma data para o fim desta crise e prever com exactidão o comportamento e evolução dos mercados, consideramos que poderão existir mudanças nos mercados tradicionais das exportações portuguesas de serviços de construção civil, designadamente México, Angola, Brasil, Polónia e Moçambique, na medida em que os impactos da pandemia poderão provocar recessões económicas mais prolongadas nalguns países. No entanto, é expectável que a maioria desses mercados (sobretudo o europeu) assente os seus planos de recuperação económica nos próximos anos em planos de investimento em infraestrutura e edificação (financiados por dívida pública junto de agências multilaterais ou outros operadores financeiros internos e externos), levando ao aparecimento de novos projectos e retoma de obras e projectos em diversas áreas, que tenham sido suspensos ou adiados no período da pandemia. Tendência que poderá ser alargada às obras privadas nos sectores do turismo, indústria e comércio. As empresas portuguesas que conseguirem manter as suas posições nestes mercados poderão ganhar esses novos contratos e fazer face ao aparecimento de maior concorrência de construtoras estrangeiras que buscam novos mercados, sobretudo em África, e América Central e do Sul.

E nos materiais de construção?

Já a nível dos materiais de construção, prevemos que os nossos clientes tradicionais, a Espanha, França, Alemanha, Reino Unido e EUA,  se mantenham relativamente estáveis (com alternância de um ou outro mercado no Top 5 de valor de exportações), em função da reabertura dos seus mercados e restabelecimento das cadeias de abastecimento, dos planos de recuperação económica assentes em investimento em infraestrutura e edificação, surgimento de projectos públicos e privados novos ou reativação de outros adiados devido à pandemia, pela retoma da procura, reforço da promoção externa da produção nacional e  aposta no e-commerce, entre outros factores.

“Plano de recuperação da economia são será panaceia das empresas portuguesas”

O plano de recuperação da economia assenta no investimento e aposta em infraestruturas. Isto são boas notícias para o sector, mas será o suficiente?

Em Portugal sem dúvida. Efectivamente são boas notícias para os sectores da construção e dos materiais de construção portugueses, pois quer o Plano de Recuperação e Resiliência, derivado do documento “Visão Estratégica para o Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030”, quer o Programa Nacional de Investimentos 2030, contemplam vários milhões de euros de investimento público (apoiado por fundos europeus) previsto para os próximos anos em grandes projectos nas áreas das infraestruturas, habitação social, transportes e mobilidade, ambiente, energia e eficiência hídrica), e o que ainda pode ser executado no âmbito do Portugal 2020, irão permitir ganhos significativos às empresas.

Provavelmente, estes projectos, por si só, não serão a panaceia das empresas portuguesas destes sectores, mas ajudarão certamente a mitigar os impactos da crise e a permitir a retoma de maior actividade, recuperar facturação e aumentar o emprego. Espera-se que os outros segmentos da construção (edificação residencial e não residencial e trabalhos de reabilitação e manutenção), potenciados pelo crescente investimento, nacional e estrangeiro, no sector imobiliário, possam contribuir também à retoma económica e crescimento do sector que vigorou entre 2017 e início de 2020.

Para além disso, também poderão explorar oportunidades decorrentes dos planos de recuperação e resiliência de outros países europeus. As nossas empresas, grandes e PME, devem continuar a sua aposta de expansão de negócios nos mercados externos, inclusive para novas geografias, para diversificar ganhos e riscos, e a AICEP, na prossecução da sua missão, está ao seu lado para apoiá-los no seu processo de internacionalização.

Cada vez mais vemos ao nível das grandes infraestruturas/obras a sua adjudicação a empresas não portuguesas. O reforço da competitividade do sector da construção é crucial?

Consideramos que realmente é necessário manter e continuar a reforçar a competitividade do sector da construção para responder a este novo ciclo, num contexto de incerteza e com muitos desafios colocados pela pandemia. Para o efeito, as empresas do sector devem acompanhar as novas tendências e continuar a apostar na inovação (a nível de novos materiais e técnicas de construção, decorrentes da Indústria 4.0), na tecnologia e na transformação digital do seu negócio, de modo a poderem aumentar a sua produtividade e a eficiência dos seus processos e assim poderem ser mais competitivas.

Outros aspectos que podem potenciar a competitividade das nossas empresas, reforçando as suas capacidades para responder aos actuais e futuros desafios são: a aposta na constituição de consórcios entre empresas portuguesas com várias valências e especialidades, para responder a oportunidades de negócio no mercado interno e nos mercados externos; o reforço e formação das equipas de desenvolvimento de negócio para a prospecção de oportunidades a nível de concursos internacionais de obras públicas e privadas, em novos mercados, de obras financiadas ou executadas por multilaterais e por organizações do sistema científico e tecnológico internacional onde Portugal é membro (por ex. CERN, ITER, ESO, entre outras); a aposta cada vez maior na eficiência energética e sustentabilidade de toda a cadeia de valor da construção, numa lógica de “economia circular”, de modo a potenciar a sua eficiência.

Têm vindo a auscultar o mercado, quais as principais preocupações?

Em resultado de um processo de auscultação e medição dos impactos da pandemia que a AICEP tem vindo a fazer ao longo dos últimos meses junto dos seus clientes, concluímos que a principal preocupação das empresas portuguesas destes sectores reside na incerteza sobre a evolução da situação da pandemia e do comportamento dos mercados no curto/médio prazo, em termos de continuidade de obras e lançamento de novos projectos de investimento de obras públicas (concursos) e licenciamento de obras privadas, sobretudo a nível das infraestruturas e de construção nova/reabilitação de imobiliário.

No entanto, temos a convicção que, controlada a pandemia, a construção civil e o imobiliário irão ser aposta e motores da recuperação económica global, impulsionando nessa medida o sector dos materiais de construção, pelo que a AICEP continua ao lado das empresas portuguesas para promover a sua internacionalização e apoiar as suas exportações, através dos seus recursos, produtos e serviços em Portugal e nos mercados externos, em articulação com a rede diplomática e consular.

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Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos

O consórcio LusoLav, responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, quer mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta consta de um conjunto de documentos que serão apresentados e votados junto das Câmaras de Gaia e Porto, com esta última a manifestar surpresa e desconhecimento sobre qualquer intenção do consórcio.

Relativamente à estação, “é proposta uma alteração da localização anteriormente prevista – Santo Ovídio -, que constava dos estudos elaborados pela IP e que serviram de base ao concurso, deslocando a estação cerca de 2km para sul”.

“A nova localização proposta para a Estação de Vila Nova de Gaia fica compreendida entre a Rua da Junqueira de Cima (a norte e poente), a Rua e Travessa do Guardal de Cima (a sul) e a Travessa de Belo Horizonte (a nascente)”, na zona de São Caetano, em Vilar do Paraíso.

Além de um conjunto de acessbilidades rodoviárias a construir, a proposta inclui “o prolongamento da linha Rubi, desde Santo Ovídio até à Estação de Alta Velocidade (lado poente)”, com custos repartidos entre o consórcio (obra pesada) e a Metro do Porto (instalação da linha e dos respectivos equipamentos).

“Relativamente ao prolongamento da Linha Rubi desde a Estação de Santo Ovídio, importa referir que, dada a elevada densidade e sobreposição de infraestruturas neste local, esta obra afigura-se bastante complexa, obrigando a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado, adivinhando-se impacto negativo, face à proximidade aos edifícios de habitação existentes”, aponta.

Os serviços municipais dizem ainda que, apesar da estação poder ser retirada de Santo Ovídio, entre as atuais estações de metro Santo Ovídio e D. João II, “o município deverá dar continuidade ao Plano de Pormenor que está em elaboração para o local”.

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos.

Os mesmos apontam que “o consórcio sustenta essa opção na necessidade de redução do risco de financiamento, redução do risco de incumprimento do prazo e na clara separação das futuras responsabilidades de manutenção de cada uma das pontes”.

A proposta do consórcio implica ainda menos construção em túnel, pois “no projeto que consta do Estudo Prévio, a maior parte da extensão da linha no concelho de Vila Nova de Gaia encontra-se prevista em túnel, feito em escavação subterrânea, com menor impacto à superfície”, com 9,2 quilómetros em túnel do total de 12 quilómetros percorridos no concelho.

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Sindicatos do sector apresentam revisão do CCT

A evolução das carreiras profissionais, os direitos de igualdade e de parentalidade, ou a melhoria geral e significativa dos salários e subsídios, incluindo a proposta de um salário mínimo sectorial de 1.200,00 euros, são alguns dos pontos que constam na proposta

tagsCCT

Os sindicatos do sector da Construção Civil e Obras Públicas, que inclui a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (FEVICCOM), Sindicato dos Trabalhadores em Arquitectura (SINTARQ) e Sindicatos dos Trabalhadores de Arqueologia (STARQ), vão apresentar uma nova proposta do Contrato Colectivo de Trabalho (CCT).

Em comunicado, os diferentes sindicatos destacam os novos direitos a integrar a proposta, nomeadamente, em relação às condições de segurança, higiene e saúde no trabalho, à formação profissional, à evolução das carreiras profissionais, aos direitos de igualdade e de parentalidade, à redução do horário de trabalho, ao trabalho nocturno e por turnos, à melhoria geral e significativa dos salários e subsídios, incluindo a proposta de um salário mínimo sectorial de 1.200,00 euros, a partir de 1 de Janeiro de 2026.

O documento será entregue a dia 14 de Abril, na sede da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), no Porto.

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Governo aprova resposta às tarifas com pacote de medidas de volume “superior a 10MM€”

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”

O Governo preparou um conjunto de medidas “com um volume superior a dez mil milhões de euros” para responder às tarifas aduaneiras aplicadas pelos Estados Unidos, anunciou esta quinta-feira o primeiro-ministro.

Luís Montenegro falava na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros dedicada às tarifas aduaneiras aplicadas pelo presidente norte-americano, para explicar que “Portugal está ligado aos Estados Unidos da América por uma sólida amizade e uma intensa relação política e económica (…) Mas, por vezes, é preciso assumi-lo, até com os nossos grandes amigos temos algumas divergências”.

O primeiro-ministro defendeu que “a prioridade absoluta passa pela negociação com os Estados Unidos” e assegurou que Portugal está completamente alinhado com as posições tomadas pela Comissão Europeia.

A diversificação de mercados e a concretização rápida do acordo já assinado entre a UE e o Mercosul foram outras das prioridades defendidas pelo primeiro-ministro português, que saudou a pausa de 90 dias nas tarifas anunciada na terça-feira pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

O primeiro-ministro defende que o quadro de atual incerteza mundial agravado pela crise das tarifas “é mesmo o momento de ter adultos na sala”, avisando para a “impreparação e precipitação de alguns agentes nacionais”.

Numa declaração sem direito a perguntas, Luís Montenegro defendeu que “não é tempo de aventuras” e que “nunca a estabilidade, a experiência, a prudência e a maturidade política foram tão decisivas”.

“Como diz o povo, é mesmo o momento de ter adultos na sala. Sem alarmismos, sem precipitações, estamos preparados e tomaremos as decisões necessárias para lidarmos o melhor possível com esta situação desafiante”, afirmou o primeiro-ministro.

Entre as medidas está uma “nova linha de 3500 milhões de euros” para investimento a 4 e a 12 anos, com período de carência, e que tem a novidade de parte dela poder ser convertida em fundo perdido e subvenções”. Nas palavras do ministro da Economia, Pedro Reis, uma parte deste financiamento “pode ser convertido em fundo perdido, ou seja balanço da empresa”.

Num outro eixo, referente a seguros de crédito, o ministro disse que durante muitos anos as empresas e associações apelaram a que algum governo reforçasse os seguros de crédito, para avançarem na internacionalização sem medo. “E é isso que queremos fazer”. “O BPF e o Ministério da Economia vai reforçar o plafond na ordem dos 1200 milhões de euros”.

Afirmou que esses seguros de crédito não abrangem só os mercados emergentes, mas também mercados mais tradicionais. “O que ouvimos nas empresa e associações é que muita da compensação da perda do mercado EUA pode passar por mercados europeus ou asiáticos” outros mais tradicionais, disse.

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Savills coloca multinacional chinesa Aosheng no Panattoni Park em Valongo

A primeira unidade de produção da multinacional chinesa Aosheng no estrangeiro está localizada no Panattoni Park em Valongo, numa colocação feita pelo Departamento de Industrial & Logistics da Savills

O Departamento de Industrial & Logistics da Savills foi responsável pela colocação da empresa multinacional chinesa Aosheng nas suas novas instalações, com cerca de 12.000 m2 no Panattoni Park, Plataforma Logística Valongo. A Savills actuou em representação da Panattoni Iberia, proprietária deste activo logístico prime.

Este parque logístico de última geração, que pode acomodar até 75.000 m² de plataformas logísticas distribuídas por dois armazéns, apresenta certificação BREEAM very good e uma localização previligiada com acesso direto para a A41 e a 2 km da A4, ficando a apenas 25 minutos do centro da cidade do Porto. Dispõe ainda um conjunto de características que vão ao encontro das mais recentes exigências do sector. O parque logístico está 50% ocupado, tendo ainda unidades disponíveis.

A Aosheng é uma das maiores fabricantes mundiais de componentes para o sector das energias eólicas e vai instalar no Panattoni Park uma fábrica de componentes em fibra de carbono para as pás de turbinas eólicas.

“O Panattoni Park Valongo é uma plataforma logística premium, concebida para responder aos mais exigentes requisitos do sector. Foi um privilégio participar na operação de arrendamento das primeiras instalações em Portugal de uma multinacional de referência como a Aosheng, reforçando a relevância do papel que a Savills tem vindo a desempenhar neste sector. É com enorme satisfação que constatamos que a zona norte do país continua a atrair grandes empresas, reflectindo o compromisso com o desenvolvimento de projectos sustentáveis e de elevada qualidade.”

Por sua vez Gustavo Cardozo, managing director & partner da Panattoni Iberia, “este acordo reforça o nosso compromisso com o desenvolvimento de infraestruturas logísticas de vanguarda em Portugal. O Panattoni Park Porto Valongo foi concebido a pensar nas necessidades actuais e futuras dos nossos clientes, pelo que estamos convencidos de que proporcionará à Aosheng uma base estratégica para impulsionar o seu crescimento e desenvolvimento no país.”

“É a primeira vez que a Aosheng estabelece uma presença fora da China. Acreditamos que a nossa opção pelo Panattoni Valongo para desenvolver a primeira unidade de produção da Aosheng no estrangeiro nos permitirá reduzir os prazos de entrega para os nossos clientes na Europa, aproximar-nos deles e melhorar a nossa competitividade no mercado da energia eólica”, afirmou Johnny Xu, CEO da Aosheng.

 

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Tektónica’25 com preocupação em acompanhar a evolução do sector

A edição de 2025 que arranca hoje, 10 de Abril, tem três eixos temáticos: “a eficiência energética e sustentabilidade”, “digitalização e automação” e “novos processos construtivos”, estes dois últimos recém introduzidos num certame que se pauta por acompanhar a actualidade do sector da Construção

A edição de 2025 da Tektónica tem uma participação reforçada, com um crescimento de 20% face à anterior, e se expande a três pavilhões, traz novos e velhos temas prioritários ao sector. O evento quer reforçar o seu papel como palco de conhecimento e debate do sector. “A Tektónica é uma plataforma estratégica para negócios, networking e actualização profissional, oferecendo oportunidades concretas para diferentes perfis de visitantes. A presença de cerca quatro centenas de empresas, nacionais e internacionais, com a apresentação de novos produtos, serviços e soluções tecnológicas para construção é por si só a maior oportunidade de concretização de negócios para todos os profissionais e visitantes”, sublinha José Paulo Pinto

Após o sucesso da edição de 2024, com mais de 25.500 visitantes, quais são as metas de participação e visitação para 2025?
A expectativa para 2025 é superar os excelentes resultados da última edição. Com o crescimento da área de exposição e o aumento do número de expositores, acreditamos que esta edição atrairá ainda mais visitantes profissionais.
Além disso, a realização simultânea com o Salão Imobiliário de Portugal, SIL, reforça o potencial de crescimento da feira. O sector da construção e o sector imobiliário estão intrinsecamente ligados e a presença de players dos dois mercados cria sinergias estratégicas que beneficiam expositores e visitantes. Esta parceria atrai um público mais diversificado, desde promotores e investidores imobiliários a arquitectos, engenheiros e fornecedores de materiais de construção, ampliando as oportunidades de negócio.

Quais são os grandes temas ou tendências do sector da construção que estarão em destaque na Tektónica 2025?
A Tektónica 2025 acompanhará as principais evoluções do sector, promovendo conteúdos que respondem aos desafios da construção moderna. Este ano, reforçamos o destaque a três grandes eixos temáticos que têm acompanhado as tendências e crescimento do mercado da construção: são eles a eficiência energética e sustentabilidade, comprovado pela participação de empresas que irão apresentar novos materiais ecológicos, soluções para eficiência energética e técnicas de construção mais sustentáveis. Outro eixo temático é a digitalização e automação na construção, onde se destacará, por exemplo, a utilização de inteligência artificial na construção. Não podendo estar dissociado das anteriores, temos também de realçar a importância dos novos processos construtivos e novos materiais, que têm tido vital importância no crescimento da construção modular com novas soluções de fabrico e ganhos de eficiência.

Que tipo de oportunidades concretas os visitantes profissionais podem esperar encontrar na Tektónica deste ano?
A Tektónica é uma plataforma estratégica para negócios, networking e actualização profissional, oferecendo oportunidades concretas para diferentes perfis de visitantes. A presença de cerca quatro centenas de empresas, nacionais e internacionais, com a apresentação de novos produtos, serviços e soluções tecnológicas para construção é por si só a maior oportunidade de concretização de negócios para todos os profissionais e visitantes. Ao visitar a Tektónica, os profissionais podem conhecer novos fornecedores e distribuidores e até mesmo oportunidades de negócios para diferentes geografias, dada a presença de empresas de diversos mercados externos.
É também uma vantagem competitiva o facto de na Tektónica serem apresentados os mais recentes produtos e soluções inovadoras que estão a concurso no Prémio Tektónica Inovação. É uma excelente oportunidade de ter acesso a estas inovações, antes mesmo do restante mercado.
Também, a realização simultânea com o SIL, permitirá explorar diferentes oportunidades entre os sectores da construção e imobiliário, criando sinergias entre construtores, promotores, arquitectos e investidores.
Seja para fechar negócios, conhecer tendências ou expandir a rede de contatos, a Tektónica será um ponto de encontro essencial para todos os profissionais do sector da construção.

Inovação da Construção em destaque

Como é que este certame está a acompanhar a digitalização e os novos processos de construção, como a impressão 3D ou a construção modular?
A digitalização e os novos processos construtivos estão a transformar profundamente o sector da construção. A Tektónica acompanha esta evolução, desde logo, ao criar os novos sectores que reflectem estas tendências. O visitante terá acesso a uma oferta mais actualizada e diversificada, quer pelas tecnologias digitais aplicadas à construção, quer pelas soluções de pré-fabricação, construção modular e novos materiais sustentáveis que estão a revolucionar a indústria.
Além disso, é habitual contarmos com demonstrações ao vivo por parte das empresas presentes, que assim permitem aos profissionais verem a aplicabilidade dos produtos e equipamentos e a sua integração nos projectos.
Também através das acções temáticas que vão decorrer durante a Tektónica, vamos ter a participação de especialistas nestas áreas e onde os profissionais poderão aprofundar conhecimentos, quer a nível das novas ofertas quer nas suas implementações.

Quantas empresas já estão confirmadas para a edição de 2025, e qual é a percentagem esperada de expositores internacionais?
Estimamos atingir as 400 empresas entre participações directas e representadas. É um crescimento de cerca de 20% relativamente à edição passada. Esta situação resulta do facto das empresas reconhecerem valor na sua participação, reforçando, no caso das empresas participantes nas edições anteriores, a sua presença nesta edição com áreas de exposição de maior dimensão. Por outro lado, confirma-se também a entrada de novas empresas.
Relativamente à presença internacional, 15% são participações estrangeiras, de 16 mercados, sendo que Espanha é o mercado com maior representação. Teremos a presença de empresas de Alemanha, Bélgica, China, Coreia do Sul, Espanha, EUA, França, Hungria, Itália, Marrocos, Países Baixos, Polónia, Reino Unido, República Checa, Suíça e Turquia. A presença internacional é muito importante para a diversificação da oferta, como também é geradora de oportunidades de negócios e colaborações para os profissionais do sector.
Este crescimento é transversal a todos os sectores presentes na feira, no entanto verificou-se de forma mais acentuada na eficiência energética e novos processos construtivos e novos materiais, resultado das características inovadoras e tecnológicas das empresas portuguesas.

Que iniciativas estão previstas para facilitar o networking entre expositores portugueses e internacionais?
Para além das iniciativas das Tektónica Talks [ver caixa], que formam a agenda dos auditórios, teremos de destacar o Prémio Tektónica Inovação. Através desta iniciativa, a que se podem candidatar todas as empresas, nacionais e estrangeiras que tenham produtos, serviços ou soluções inovadoras, é potenciado o contacto e network entre empresas. Durante o evento, são entregues as distinções deste prémio, numa cerimónia onde juntamos todos os expositores.

Os grandes temas em destaque

De que forma a Tektónica 2025 reflecte os desafios e oportunidades específicas do mercado da construção em Portugal hoje?
A Tektónica acompanha a realidade do sector da construção em Portugal, abordando tanto os desafios como as oportunidades que marcam a actualidade. O sector enfrenta desafios significativos, como a sustentabilidade, a escassez de mão de obra qualificada, o aumento dos custos de construção, e a feira será o palco privilegiado para debater soluções e apresentar inovações que respondam a estas questões.
A sustentabilidade, por exemplo, é um tema incontornável na Tektónica. Não só pela presença de empresas com produtos e soluções desenvolvidas com base nesta premissa, como também, como tema transversal nos debates e acções que ocorrem em simultâneo. Também sabemos que a falta de mão de obra qualificada tem sido um entrave a uma maior produtividade pelo que procuramos dar especial atenção à digitalização e automação dos processos construtivos, como alternativas para aumentar a eficiência das empresas. Outro grande desafio é o aumento dos custos de construção e a dificuldade no acesso à habitação. A Tektónica será um espaço onde os profissionais poderão conhecer novos métodos construtivos e soluções industrializadas que reduzem prazos e custos, ajudando a tornar a construção mais acessível.
Mas, além dos desafios, também há oportunidades. O mercado da reabilitação urbana está em crescimento, e a feira terá um forte enfoque nas soluções para renovação e modernização de edifícios, especialmente num contexto de eficiência energética.
No fundo, queremos que a feira seja um ponto de encontro essencial para os profissionais do sector, onde possam encontrar soluções inovadoras, explorar oportunidades e estabelecer novas parcerias estratégicas.

Como é que a realização simultânea com o SIL pode beneficiar os participantes de ambos os eventos?
A realização simultânea da Tektónica e do Salão Imobiliário de Portugal é uma oportunidade única para gerar sinergias entre dois sectores fortemente interligados: a construção e o imobiliário. Em complemento ao que anteriormente já referi, esta convergência cria um ecossistema completo, onde profissionais da construção, arquitectura, engenharia e fornecedores de materiais podem conectar-se directamente com promotores imobiliários, investidores e compradores, promovendo novas oportunidades de negócio.
Por um lado, os expositores da Tektónica beneficiam da presença de decisores imobiliários, que procuram soluções construtivas inovadoras para os seus projectos. Por outro lado, os participantes do SIL terão acesso a tendências e inovações do sector da construção, que podem influenciar directamente o desenvolvimento de novos empreendimentos.
Além disso, a realização conjunta dos eventos atrai um público mais diversificado, aumentando as oportunidades de negócio, maximizando o tempo e o retorno da visitação. No fundo, esta junção fortalece tanto a Tektónica quanto o SIL, criando um evento de referência que abrange todo o ciclo da construção e do imobiliário, desde a concepção até à comercialização dos projectos.

Que passos a organização da Tektónica 2025 está a dar para se manter competitiva face a outras feiras europeias do sector da construção?
A Tektónica está focada em consolidar a sua posição como o salão líder da construção em Portugal e uma referência entre os principais eventos do sector na Europa.
Para isso, apostamos fortemente na inovação, internacionalização e geração de negócios – eixos estratégicos que diferenciam a feira e a tornam ainda mais atrativa para expositores e visitantes.
Com esta visão, a Tektónica reforça o seu papel como plataforma essencial para empresas, profissionais e decisores, promovendo oportunidades únicas de network, conhecimento e crescimento no sector da construção.

Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

Manuela Sousa Guerreiro

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Construção

Tektónica e SIL em destaque na edição 528 do CONSTRUIR

O CONSTRUIR antecipa, na edição 528, a abertura de portas de duas feiras de referência no Sector. No primeiro dia de Tektónica e SIL, este número do jornal promove um conjunto de trabalhos sobre a fileira

Sector reunido sob o espectro da incerteza
Portas abertas para mais uma edição de dois dos certames de referência para as empresas da fileira da Construção. A expectativa da transformação necessária no Sector, conjugada com a instabilidade política, prometem marcar as edições deste ano da Tektónica e do SIL

Parque Cidades do Tejo é revolução urbanística
Operação está avaliada em 15MM€ e vai abranger os municípios de Lisboa, Loures, Oeiras, Almada, Barreiro, Seixal, Montijo e Benavente

“Falta-nos uma estratégia consolidada de País”
Bento Aires, re-eleito presidente da Ordem dos Engenheiros Norte, fala da estratégia do novo mandato e dos desafios que se colocam à engenharia

Branded residences em pipeline
Portugal está no top3 da preferência dos investidores no mercado europeu das branded residences. Até 2031, serão 1200 unidades no País

“Olhamos para a industrialização com interesse”
O COO da CIMPOR explica, em entrevista ao CONSTRUIR, por onde passa o investimento de 1,4MM€ que será feito pela companhia em Portugal. Ignacio Goméz lamenta a instabilidade política

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Imobiliário

Keller Williams Portugal anuncia expansão para os Açores

O KW Fell Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL)

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tagsKW

A Keller Williams Portugal já chegou aos Açores. O KW Feel Azores, localizado em São Miguel, na cidade de Ponta Delgada, marca a entrada da KW nos Açores e vai operar em toda a Região e estará em destaque no Salão Imobiliário de Portugal (SIL).

Na liderança deste novo projecto está Celso Aguiar, de 36 anos, que assume o cargo de Operation Principal. Licenciado pela Universidade dos Açores em Tecnologia e Segurança Alimentar, traz consigo uma vasta experiência profissional, e um percurso que inclui empreendedorismo, uma passagem pela Intermediação de Crédito e cerca de uma década dedicada à gestão de recursos humanos. Conhecido pela sua paixão pelo conhecimento, Celso Aguiar procura transmitir e inspirar aqueles que o rodeiam através da sua visão e valores, filosofia que partilha com a Keller Williams e que fazem desta uma ligação ainda mais orgânica.

“A inauguração do Market Center KW Feel Azores representa um marco significativo para a KW Portugal”, começa por explicar Marco Tairum, CEO da Keller Williams Portugal. “Ao estabelecermos presença física em São Miguel, reforçamos o nosso compromisso com a cobertura total do território. Uma expansão que, à semelhança do que já aconteceu no arquipélago da Madeira, onde somos atualmente líderes, permitirá à KW Portugal estar ainda mais próxima das necessidades do mercado imobiliário açoriano e que será, sem dúvida, um mundo de oportunidades de crescimento para os profissionais da região”.

Com esta inauguração, a KW Portugal solidifica a sua posição como uma das principais redes imobiliárias do País, o espelho da sua aposta contínua na expansão e no apoio ao desenvolvimento do sector imobiliário em todo o território português.

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Presidente APEMIP
Imobiliário

Convenção APEMIP-IMOCIONATE tem nova data e local

3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE vai realizar-se a 1 de Julho na Fundação Champalimaud. Inicialmente marcada para Maio, a iniciativa mudou de data e local, para evitar que tenha lugar imediatamente a seguir às eleições legislativas

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A 3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE vai realizar-se a 1 de Julho na Fundação Champalimaud. Inicialmente marcada para Maio, a iniciativa mudou de data e local, para evitar que tenha lugar imediatamente a seguir às eleições legislativas, no sentido de continuar a reforçar o evento como uma referência nacional na partilha de conhecimentos e tendências do sector da habitação, nomeadamente junto do poder executivo e legislativo.

Especialmente dirigida aos associados APEMIP, mas também para todos os agentes, mediadores e consultores imobiliários em Portugal, a convenção vai ter oradores como Paulo Portas, Vice-Primeiro-Ministro entre 2011 e 2015, Francisco Balsemão, CEO do Grupo Impresa, e Paulo Caiado, presidente da direcção nacional da Associação dos Profissionais e Empresas de Mediação Imobiliária de Portugal (APEMIP).

Do Brasil vem o arquitecto Guto Requena, que cria projecto por meio do uso de tecnologias digitais, pautados pela sustentabilidade, que visa oferecer experiências inovadoras e afectivas. A sessão vai ainda contar com José Soares, professor catedrático de fisiologia da Universidade de Porto, e Diogo Dantas da Cunha, responsável e fundador da Flexty, primeira empresa europeia de antecipação de comissões imobiliárias.

De 10 a 12 de Abril, a associação estará na FIL enquanto parceira oficial do Salão Imobiliário de Portugal (SIL), o ponto de encontro dos investidores, empresários, técnicos, organismos públicos e potenciais compradores de imóveis, dando destaque à 3ª Convenção APEMIP-IMOCIONATE.

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Arquitectura

Ordem dos Arquitectos marca presença na Tektónica 2025

A Ordem dos Arquitectos vai levar de novo à Tektónica, entre 10 e 12 de Abril, o espaço “Architects on Business”, que  proporciona aos arquitectos um local privilegiado para divulgar os seus projectos, serviços e competências junto de um público especializado

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A edição de 2025 do principal certame de arquitectura e construção em Portugal vai ter lugar na Feira Internacional de Lisboa (FIL) e vai ser o palco de várias iniciativas promovidas pela Ordem dos Arquitectos, com o apoio dos parceiros – Amorim Cork Insulation; Catari; Grupo Preceram; Grupo Mitera – Tecnodeck; Unveil Exhibitions, Museums and Public Space; Digital Fabrication Laboratory.

“BIM: Uma Metodologia, Não um Software”
Destaque para o primeiro dia da feira, altura em que a Ordem dos Arquitectos vai proporcionar o debate “BIM: Uma Metodologia, Não um Software”, no Auditório Skinium, Pavilhão 3 (stand 3A13).

Trata-se de uma mesa-redonda que vai reunir especialistas de renome para debater a integração da metodologia BIM (Building Information Modeling) nos processos de projecto arquitectónico, abordando a sua aplicação no ensino universitário, na formação profissional habilitante e contínua, bem como na prática profissional. O objectivo é preparar arquitectos, académicos e profissionais para a adopção inevitável do BIM, que em breve será parte integrante dos fluxos de trabalho do sector.

O debate conta com três interlocutores de destaque nas áreas de arquitectura, educação e inovação tecnológica. Os participantes debaterão como o BIM transcende a ideia de “ferramenta digital” para se consolidar como uma metodologia colaborativa, capaz de revolucionar a gestão de projecto, desde a concepção até a execução.

A iniciativa surge num momento crucial para o sector da arquitectura, com a crescente adopção do BIM como um sistema colaborativo que vai além de uma simples ferramenta digital. Ao invés de ser apenas um software, o BIM representa uma verdadeira mudança de mentalidade na forma como os projecto são geridos e executados. A mesa-redonda pretende explorar como o BIM pode transformar a gestão de projectos arquitectónicos, desde a concepção até à execução, promovendo uma maior eficiência, redução de erros e optimização de custos.

Para Marlene Roque, Arquitecta e Vogal no Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Arquitectos, “O BIM não é apenas um software, é uma mudança de mentalidade. As universidades devem formar profissionais que dominem esta metodologia desde o início, e os escritórios precisam investir em formação contínua para acompanhar a evolução do sector”.

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Empresas

Metropolitano de Lisboa colabora com projecto europeu Aerosoldf

Metropolitano de Lisboa implementa,  experimentalmente, soluções inovadoras de medição de qualidade do ar e filtragem de partículas nas suas estações, no âmbito do projecto europeu AEROSOLFD 

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O Metropolitano de Lisboa implementou experimentalmente na estação Quinta das Conchas da linha Amarela, por um período previsto de 1 mês, um sistema de monitorização da qualidade do ar, análise e filtragem de partículas com vista à identificação das suas origens.

Este sistema engloba oito estações de filtragem duplas, fornecidas por entidade externa especializada, uma estação de monitorização equipada com sensores e um total de 24 sondas de medição, equipamentos fornecidos por entidades externas da especialidade, estrategicamente distribuídos por vários pontos da estação, garantindo uma monitorização rigorosa e contínua da qualidade do ar, à semelhança dos estudos também efectuados em 2024 na primeira fase deste projecto, na estação Alto dos Moinhos.

Trata-se de um projecto europeu denominado Aerosolfd, cofinanciado pela União Europeia na sequência do Programa Horizonte Europa, do qual o Metropolitano de Lisboa se associou, e que visa implementar soluções inovadoras de medição de qualidade do ar em diversas estações de metro. A participação ativa do Metropolitano de Lisboa no consórcio do projecto reforça, assim, o compromisso da empresa em adoptar soluções inovadoras e sustentáveis.

A experiência consiste na demonstração de testagem de soluções técnicas, nomeadamente dos equipamentos de filtragem de ar para eliminação de partículas em suspensão, em estações de metro. O Metropolitano de Lisboa colaborará, igualmente, na identificação de requisitos e dará informação sobre os critérios-chave para aceitação deste tipo de soluções pelo mercado, contribuindo para o avanço da investigação e desenvolvimento nesta área, em benefício do transporte público e da sustentabilidade ambiental.

Sob a temática “Fast Track to Cleaner Urban Air”, o Aerosolfd está alinhado com as metas ambientais do Pacto Ecológico Europeu (EU Green Deal) e com os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável das Nações Unidas.

 

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