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Tecnoplano vai fiscalizar obra de expansão do Metropolitano de Lisboa

A Tecnoplano, empresa portuguesa de consultoria e gestão de projectos de engenharia, ganhou um contrato de fiscalização de empreitadas, no valor de 210,2 milhões de euros, para o Metropolitano de Lisboa.

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Tecnoplano vai fiscalizar obra de expansão do Metropolitano de Lisboa

A Tecnoplano, empresa portuguesa de consultoria e gestão de projectos de engenharia, ganhou um contrato de fiscalização de empreitadas, no valor de 210,2 milhões de euros, para o Metropolitano de Lisboa.

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A Tecnoplano, empresa portuguesa de consultoria e gestão de projectos de engenharia, ganhou um contrato de fiscalização de empreitadas, no valor de 210,2 milhões de euros, para o Metropolitano de Lisboa, que compreende o prolongamento da estação Rato (da linha Amarela) à estação Cais do Sodré (da linha Verde) com duas novas estações: Estrela e Santos. A Empresa concorreu em consórcio com a Consulgal. A estas empreitadas já adjudicadas acrescerá a fiscalização dos subsequentes contratos por adjudicar de acabamentos e equipamentos das estações túneis, poços de ventilação e viadutos.

“A fiscalização é um elemento vital para o sucesso dos projectos de infraestruturas de transporte e assume uma relevância ainda maior quando se trata de obras públicas em meio urbano”, afirma Pedro Matos de Pinho, administrador executivo da Tecnoplano.

A obra em causa vai fazer chegar o Metropolitano a zonas da cidade de Lisboa anteriormente não cobertas por este serviço, e reforçará significativamente a oferta para os actuais e potenciais utilizadores de transporte coletivo, sobretudo os dos concelhos que dispõem de ligações diretas ferroviárias e fluviais ao Cais do Sodré, como Cascais, Almada, Seixal e Montijo.

“Esta fiscalização abrangerá os recentes contratos adjudicados de construção dos ‘toscos’ para o prolongamento da Linha Amarela a partir do actual término da Estação do Rato à Estação do Cais do Sodré (com uma extensão de cerca de 2km em túnel de via dupla), e para a construção dos viadutos do Campo Grande junto à 2ª Circular para a ligação das linhas do Norte à estação do Campo Grande, bem como os contratos por adjudicar para os acabamentos e fit-out destas importantes infraestruturas. Esta empreitada criará uma nova Linha Circular em Lisboa, o que irá permitir uma frequência superior na circulação e uma distribuição mais rápida e dinâmica de passageiros, agilizando o tempo de resposta e melhorando a fluidez de todo o sistema,” conclui Pedro Matos de Pinho.

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Micro-rede resiliente salva FCTUC do apagão ibérico

Durante o apagão ibérico do dia 28 de Abril, o Instituto de Sistemas e Robótica da Universidade de Coimbra (FCTUC) manteve-se operacional graças a uma micro-rede eléctrica resiliente. Desenvolvida pelo Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores, esta tecnologia, que integra painéis fotovoltaicos, baterias e carregamento bidireccional de veículos eléctricos, teve a sua prova de fogo, destacando-se como uma solução revolucionária para cenários extremos

Quando no dia 28 de Abril às 11h33 as luzes se apagaram na península ibérica, o Instituto de Sistemas e Robótica da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), permaneceu operacional. O instituto possui uma micro-rede eléctrica resiliente, capaz de garantir o fornecimento eléctrico a cargas críticas durante situações extremas ou catastróficas, em que ocorra falha da rede eléctrica pública, como a que aconteceu. A tecnologia desenvolvida do Departamento de Engenharia Electrotécnica e de Computadores (DEEC) da FCTUC teve “a sua prova de fogo com condições reais, conseguindo, com sucesso, fornecer electricidade às cargas críticas do edifício e funcionar de forma autónoma da rede pública”, refere a instituição.

“As micro-redes são uma tecnologia que permite ter um sistema eléctrico independente da rede eléctrica, inserido numa área geográfica específica e definida, como por exemplo um edifício, bairro ou localidade pequena. São usadas para fornecer electricidade em zonas remotas onde a infraestrutura é fraca ou inexistente, para optimizar eficiência energética, custos e integração de energia renovável e, em casos extremos, garantir o fornecimento de energia eléctrica aos clientes por si abrangidos quando tudo o resto falha”, explica Alexandre Matias Correia, estudante do mestrado em Engenharia electrotécnica ISR/FCTUC, e autor da tese de Doutoramento “Optimization anda management of microgrids to deliver high power quality in critical and disaster situations”, no âmbito da qual esta micro-rede resiliente instalada na IST foi desenvolvida.

Esta tecnologia, testada com sucesso em condições reais, opera de forma autónoma, integrando painéis fotovoltaicos, baterias, gestão de energia e carregamento bidireccional de veículos eléctricos, permitindo até 72 horas de fornecimento contínuo, substituindo os geradores de emergência a diesel.

O que se faz de revolucionário em Coimbra
A tecnologia de micro-redes eléctricas é conhecida e vem sendo desenvolvida e implementada globalmente há algumas décadas, mas o projecto da Universidade de Coimbra destaca-se pela sua ênfase na resiliência e na sua aplicação em situações extremas, adicionando-lhe características específicas como integração de veículos eléctricos (V2G ou Vehical to Grid) e capacidade regenerativa. O sistema V2G “permite alimentar a rede local através da energia armazenada em veículos eléctricos o que possibilita aumentar ainda mais a duração do fornecimento de energia eléctrica, assim como disponibilizar potência em locais onde a infraestrutura é inexistente ou foi danificada”, explica o investigador. “Usando os painéis fotovoltaicos e um sistema de gestão de cargas para recarregar baterias durante o dia”, dão lhe capacidade regenerativa, prolongando ainda mais o fornecimento às cargas críticas.
O teste de fogo do dia 28 pôs à prova o equipamento desenvolvido. “A micro-rede é dividida em três camadas: a camada física, onde estão instalados os vários equipamentos e tecnologias; a camada digital, que corre o software que faz a gestão e operação da micro-rede; e a camada de telecomunicações que faz a ponte entre o hardware e software e permite actuar e reagir às condicionantes em tempo real”, descreve Alexandre Matias Correia. “Uma coisa que se aprendeu com este ensaio foi a importância da camada das telecomunicações, pois inicialmente um lapso humano colocou em causa a comunicação entre os equipamentos e, apesar de estarem todos operacionais, foi necessária intervenção manual para iniciar a micro-rede. Esta falha foi prontamente identificada e corrigida, possibilitando o funcionamento da micro-rede, e no projecto final do sistema, já estará colmatada”, afirma o investigador.
Ao nível tecnológico “é também necessário a instalação de equipamento especializado, no que toca a inversores (que têm de ter capacidade de grid-forming), assim como de contadores com capacidade para serem controlados por software para proceder ao seccionamento da micro-rede com a rede pública e gestão dos circuitos de cargas críticas”, adianta Alexandre Matias Correia.
O software foi todo desenvolvido in-house e inclui algoritmos especializados.

Do laboratório para o mercado
A tese desenvolvida por Alexandre Matias Correia foca na optimização de micro-redes para alta qualidade de energia em cenários extremos. “A tecnologia para micro-redes já está disponível nalguns operadores do mercado da electrotécnica. Na UC a nossa inovação incide nas micro-redes resilientes, que são uma ramificação, pois existem várias tipologias como: militar, industrial, comercial… Neste momento, estimamos que a nossa tecnologia esteja com um Technology Ready Level (TRL) entre o 7 e o 8 [num índice que vai até 9]”, especifica o investigador da UC.
Estando em fase final de desenvolvimento a questão que se coloca agora, com mais ênfase, é saber o que impede a maior utilização desta tecnologia. “A maior barreira que vemos incide no desconhecimento da tecnologia, na falta de know-how especializado para a implementar e na falta de incentivo político e económico para o fazer. Existe também sempre alguma confusão com o conceito de Comunidade de Energia, mas esclarece-se que uma Comunidade de Energia não é uma micro-rede, mas todas as micro-redes conseguem funcionar como uma Comunidade de Energia”, explica Alexandre Matias Correia. Enquanto em países como os Estados Unidos da América, por exemplo, que têm intempéries frequentes (furacões, cheias, etc) estas estão bastante mais disseminadas, “precisamente por que há essa necessidade”, na Europa “ainda existem poucos exemplos, mas prevemos que o Apagão Ibérico de há uns dias venha a incidir holofotes sobre a tecnologia e possa desbloquear as barreiras económicas para a sua difusão”, adianta o investigador.
O sucesso durante o Apagão Ibérico de 28 de Abril último demonstra a robustez do sistema num cenário real de grande escala.

Exemplos pelo mundo
Tendo surgido por volta dos anos 2000, proporcionadas pelo avanço das energias renováveis e a necessidade de sistemas mais robustos em áreas remotas ou propensas a falhas na rede, as micro-redes são uma tecnologia madura em muitos aspectos, com padrões estabelecidos (como o IEEE 1547 para interconexão) e mercados crescentes. No entanto, projectos como o de Coimbra estão na vanguarda ao combinar múltiplas funcionalidades (resiliência, sustentabilidade e integração V2G) num único sistema optimizado. A pesquisa em micro-redes continua a evoluir, especialmente em áreas como inteligência artificial para gestão de energia, baterias de maior densidade e integração com redes inteligentes (smart grids).
Estes são alguns exemplos recentes de micro-redes eléctricas implementadas em vários pontos do globo:
• EUA: Base Conjunta Pearl Harbor-Hickam (JBPHH) no Havai tem em curso o projecto “PEARL” (Pacific Energy Assurance Renewables Laboratory). Este projecto tem como objectivo fornecer energia sustentável, resiliente e segura à base militar, incluindo a Guarda Nacional Aérea do Havai
• Austrália: Comunidades Remotas. Em áreas isoladas, como comunidades aborígenes no interior da Austrália, micro-redes solares com armazenamento em baterias têm sido implementadas para substituir geradores a diesel.
• Dinamarca: Ilha de Bornholm. Bornholm é um exemplo de micro-rede avançada que integra alta penetração de energias renováveis (solar e eólica) com a rede principal. O projecto é usado como laboratório para testes de redes inteligentes, o qual tem por objectivo demonstrar como estas podem estabilizar redes com grande dependência de fontes intermitentes e promover a descarbonização.
• Japão: Fukushima (Projecto de Recuperação Pós-Desastre). Após o desastre nuclear de 2011, micro-redes foram implementadas em áreas afectadas para fornecer energia confiável. Um exemplo é a cidade de Namie, onde uma micro-rede combina energia solar, baterias e hidrogénio.

 

 

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Manuela Sousa Guerreiro

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António Carias de Sousa, presidente da OERS
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Ordem dos Engenheiros e Universidade de Évora reforçam formação com novo protocolo

O protocolo tem como objectivo de promover uma formação em engenharia alinhada com os mais elevados padrões europeus

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A Ordem dos Engenheiros da Região Sul e a Universidade de Évora formalizaram um novo protocolo de colaboração, com o objectivo de promover uma formação em engenharia alinhada com os mais elevados padrões europeus, com a OE a única entidade acreditada em Portugal para atribuir o selo EUR-ACE (European Network for Accreditation of Engineering Education).

Adicionalmente, a parceria pretende contribuir para a fixação de jovens engenheiros em território nacional, promovendo a valorização da engenharia portuguesa, a retenção de talento e o reforço da competitividade do sector.

A celebração deste protocolo representa, também, o aprofundamento da relação institucional entre as duas entidades, reforçando a colaboração estratégica que têm vindo a desenvolver em prol do ensino, da ciência e do progresso tecnológico.

O documento foi assinado no decorrer das comemorações do Dia Regional do Engenheiro Sul, que aconteceu em Évora e no qual foi, ainda, homenageado o engenheiro Francisco Maria Burguete de Sousa Soares e entregue os diplomas de Membro Sénior e consagrações aos membros com 25 anos de inscrição na OERS. Foram, também, revelados os vencedores dos prémios da Ordem dos Engenheiros Região Sul, nomeadamente, o Prémio Inovação Jovem Engenheiro (PIJE), o Prémio Excelência na Academia e as Bolsas de Mérito OERS/Bankinter.

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Ordem dos Engenheiros analisa “apagão” eléctrico que afectou Península Ibérica

A conferência dedicada ao tema “Estratégia e Segurança Eléctrica para Portugal”, acontece no dia 20 de Maio, na Sede Nacional da Ordem dos Engenheiros, em Lisboa. Depois do ‘apagão’ de 28 de Abril, especialistas debatem qual a estratégia que Portugal deverá seguir em matéria energética

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O Conselho Directivo Nacional da Ordem dos Engenheiros (OE) promove, no dia 20 de Maio, na sua Sede Nacional, em Lisboa, com início pelas 14h15, uma conferência dedicada ao tema “Estratégia e Segurança Eléctrica para Portugal”. Este será o primeiro grande debate técnico nacional sobre este assunto, após o chamado “apagão” eléctrico que afectou a Península Ibérica.

Face à inesperada interrupção no fornecimento de energia eléctrica que afetou Portugal e Espanha no passado dia 28 de Abril, especialistas em energia, bem como responsáveis políticos e técnicos, vão juntar-se numa discussão sobre a estratégia que Portugal deverá seguir em matéria energética, de modo a garantir a segurança no fornecimento deste recurso.

Com esta iniciativa, a Ordem pretende, igualmente, contribuir para o esclarecimento da opinião pública e dos cidadãos, tendo em conta a muita desinformação que tem sido difundida relativamente a esta temática.

O debate divide-se em três momentos principais – Políticas Públicas no Sector Energético, Resiliência e Sustentabilidade do Sistema Eléctrico e Mercado e Operação do Sistema Eléctrico – que será antecedido pela apresentação de José Pimenta Machado, engenheiro e presidente da APA, sobre “A Importância do Investimento em Centrais Hidroeléctricas” e pelas intervenções de Fernando de Almeida Santos, bastonário da Ordem dos Engenheiros e de Graça Carvalho, ministra do Ambiente e Energia. O encerramento caberá a Jorge Liça, vice-presidente Nacional da Ordem dos Engenheiros.

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Créditos: DR (foto retirada do site Tâmega tv)
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IP consigna a última empreitada das obras do PRR

Empreitada, com um investimento de 14,7 M€, corresponde à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata

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A Infraestruturas de Portugal (IP) vai dar início à construção da Variante à EN211 entre Quintã e Mesquinhata, no distrito de Porto, concelhos de Marco de Canaveses e Baião, naquela que é a última empreitada das obras do PRR. A empreitada foi consignada à empresa Cândido José Rodrigues.

Com um investimento de cerca de 14,7 milhões de euros, a empreitada corresponde à construção de uma variante à EN211, com cerca de 2,5 km, entre o entroncamento da EN321-1 e a localidade de Mesquinhata, que tem por objectivo oferecer “um percurso alternativo à EN211” e “desviar os tráfegos de passagem do interior dos aglomerados urbanos”, melhorando o nível de serviço rodoviário e reduzindo os tempos de percurso.

A intervenção, além da construção do novo traçado, inclui, também, uma nova rotunda na Mesquinhata, três viadutos, três passagens superiores e uma passagem agrícola.  A Variante terá uma velocidade base de 60km/h e via de lentos entre os quilómetros 0 e 0,432 no sentido Quintã / Mesquinhata e entre os quilómetros 1,869 e 2,465 no sentido Mesquinhata / Quintã.

Para assinalar o início da intervenção, marcaram presença, esta terça-feira, dia 6 de Maio, na sede da IP, Hugo Espírito Santo, secretário de Estado das Infraestruturas, Miguel Cruz, presidente do Conselho de Administração da IP, Paulo Pereira, presidente da Câmara Municipal de Baião, Nuno Pinto, vice-presidente da Câmara Municipal de Marco de Canaveses e Maria de Lourdes Oliveira Freitas, em representação da empresa Cândido José Rodrigues.

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Nova edição do Prémio Secil Engenharia abre candidaturas

Nesta edição podem concorrer obras concluídas entre 2022 e 2024, realizadas em qualquer país da União Europeia e cuja solução estrutural tenha sido concebida por engenheiros portugueses. As candidaturas estão abertas até 30 de Junho de 2025

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A Secil acaba de lançar a XII edição do Prémio Secil de Engenharia Civil, que distingue a excelência, a inovação e o talento nacional. Instituído em parceria com a Ordem dos Engenheiros, este galardão premeia uma obra que se destaque pela qualidade da concepção técnica, pela inovação e execução e pela utilização do betão estrutural como material essencial.

Nesta edição podem concorrer obras concluídas entre 2022 e 2024, realizadas em qualquer país da União Europeia e cuja solução estrutural tenha sido concebida por engenheiros portugueses. As candidaturas estão abertas até 30 de Junho de 2025. O prémio inclui um valor monetário de 50 mil euros e a atribuição de diploma e troféu aos autores da solução técnica, bem como ao dono de obra, projectista e construtor. A obra vencedora será ainda assinalada com uma placa comemorativa.

Ao longo das suas edições, o Prémio Secil de Engenharia Civil tem contribuído para afirmar o papel da engenharia como motor de desenvolvimento e de modernização do país. Esta distinção constitui, por isso, um estímulo ao reconhecimento público de obras que se destacam não apenas pela sua qualidade técnica, mas também pelo seu contributo para o bem comum, a sustentabilidade e o progresso das comunidades.

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“Ainda nos falta definir uma estratégia consolidada de País”

Ao CONSTRUIR, o recém-(re)eleito presidente da secção Norte da Ordem dos Engenheiros, Bento Aires, fala do significado da expressiva votação, do papel dos engenheiros na necessária transformação da produção na Construção e os efeito da instabilidade política no calendário de investimentos estratégicos que o País tem pela frente

Ricardo Batista

Recém-empossado presidente da secção regional do Norte da Ordem dos Engenheiros, onde cumprirá um segundo mandato, Bento Aires explica ao CONSTRUIR por onde passa a estratégia daquele organismo para o próximo triénio, numa altura em que o Sector enfrenta grandes desafios que passam, em parte, pelo reforço da industrialização

O senhor foi eleito com 89% dos votos. Que significado tem esta expressividade para si, por muito que tenha sido uma lista única sujeita a sufrágio?
Representa exatamente o mesmo que representou a primeira eleição. Uma enorme responsabilidade, vontade e motivação para continuar o trabalho que fizemos até aqui.
Interpreto o resultado como uma validação expressiva da vontade dos Engenheiros da Região do nosso projecto, apesar da eleição ter sido em lista única, a participação dos membros no acto eleitoral foi das mais elevadas em eleições similares.
No fundo, vamos continuar o futuro, um futuro com mais engenheiros/as activos/as no desenvolvimento económico, social e sustentável.
Conseguimos nos últimos três anos envolver muitos mais Engenheiros na nossa acção, sobretudo por via da sua capacitação, do desenvolvimento de acções de formação e de partilha de conhecimento.
Hoje, os nossos membros reconhecem a força e actividade da OERN enquanto plataforma de valorização e qualificação do seu trabalho.

Quais são as principais prioridades da Ordem dos Engenheiros – REGIÃO NORTE para este novo mandato?
Temos duas novas prioridades: a Indústria e a Administração Pública. A Região Norte tem uma forte componente industrial, onde trabalham centenas de engenheiros, para quem vamos querer orientar o nosso trabalho, com acção de capacitação, discussão, permitindo que a partir dos Engenheiros se contribua para a re-industrialização da região e do País.
O mesmo acontece com a administração pública, onde temos muitos engenheiros a trabalhar, e de quem vamos querer estar mais próximos.
Depois estaremos atentos a temas transversais e sectoriais, com o impacto da inteligência artificial, da sustentabilidade na prática profissional.
Neste caso, queremos que os nossos engenheiros liderem a transformação que o sector da construção está a viver, acelerando-a e melhorando os seus resultados, apostando na qualidade e valorização do trabalho dos engenheiros.
Dando, obviamente, continuidade ao trabalho que temos feito até aqui, envolver os Engenheiros na vida ativa da sociedade, aumentado o seu reconhecimento.

Que medidas concretas serão tomadas para fortalecer a profissão e a sua representatividade na sociedade?
Digo recorrentemente que a sociedade não tem cultura de engenharia, para não dizer que é inculta de Engenharia, e só alteramos este estado com proximidade e difusão de conhecimento, acentuando o fosso da qualidade e alcance dos objetivos, em matéria de engenharia, entre a presença de um Engenheiro e de um não engenheiro, ou qualquer outro profissional que não domine o conhecimento e evolução tecnológica.
Só assim, conseguimos fortalecer a profissão na sociedade. A capacidade está cá dentro, o reconhecimento vem de fora. Temos de aproveitar o momento, vivemos tempos de engenharia, o que significa uma oportunidade única para conseguirmos esse fortalecimento.

A expressividade da votação aumenta o grau de exigência sobre o papel da Ordem?
Claro, essa é a missão da Ordem, contribuir para separar o trigo do joio, garantindo que a sociedade, sobretudo os mais frágeis, estão protegidos.

Praticamente um ano se passou sobre a adopção do pacto para a qualidade e valorização do trabalho dos engenheiros. Que balanço faz desta medida?
O Pacto OERN é uma das nossas marcas, quisemos juntar empresas, que se comprometem com a Ordem profissional a serem exemplo de políticas laborais e a prosseguirem os objectivos colectivos que temos de vencer.
É de adesão voluntária, mas permite-nos medir e dar a conhecer e evolução do valor trabalho, assente na remuneração, qualidade dos contratos de trabalhos, desenvolvimento de competências, igualdade de género, contratação de recém-licenciados e regressos de engenheiros portugueses a trabalhar no estrangeiro, por exemplo.
Hoje, sabemos que no primeiro semestre de 2024 os salários subiram, as empresas aderentes conseguiram trazer mais de 50 engenheiros portugueses que estavam fora do país para trabalhar em Portugal, que melhoramos a qualidade dos contratos, que muitos dos recém-formados ficaram em Portugal ao revés que de os perdermos enquanto motores da nossa competitividade.
E em breve teremos os indicadores do segundo semestre de 2024.

Qual será o sentido de evolução deste pacto, além de, naturalmente, um aumento das empresas aderentes?
O caminho natural é esse, apenas de aumento do número de empresas aderentes, hoje já contamos com 36 empresas e com mais manifestações de interesse na subscrição. Mas vamos querer dar mais um passo.
Vamos, em conjunto com as empresas, preparar um Pacto OERN 2.0, em que a OERN vai abrir mais as suas portas, responder a requisitos de formação, acesso a canais específicos de comunicação com os membros, e trabalharmos com as empresas objectivos mais concretos na qualidade e valorização do trabalho, por exemplo.
Haverá também o tempo dos engenheiros a quem queremos incentivar a lançarem os seus próprios projectos empresariais.

De que forma a instabilidade política pode impactar o sector da engenharia e a sua evolução?
Não antevejo consequências graves no sector da engenharia, nem na sua evolução. No País sim, haverá consequências, atrasos, menos tempo para se executarem os projetos críticos para o país, e por vezes, menos tempo pode significar menos qualidade, ou seja, quem irá perder somos todos coletivamente.
A Engenharia vive um momento único de afirmação da sua capacidade e conhecimento, e precisa de consumidores finais, ou clientes, que se comprometam com a qualidade e não com a busca do valor mais baixo de compra dos serviços.

Há preocupações sobre possíveis atrasos ou cortes em investimentos estratégicos para o país?
Devemos todos estar preocupados com os atrasos, cortes, ou reprogramações dos investimentos estratégicos. O País vive uma crise profunda em matérias de engenharia: habitação, mobilidade urbana, mobilidade interurbana, digitalização, gestão da água, dos resíduos, por exemplo, e o denominador comum são os Engenheiros.
E estas crises acontecem porque nos últimos anos estas matérias foram esquecidas e foram o parente pobre das decisões políticas.

Como a Ordem pode influenciar a criação de políticas públicas que garantam estabilidade e previsibilidade para os engenheiros?
Com Engenheiros nas decisões. Recomendando que as decisões políticas sejam revestidas de dimensão técnica, desde o processo de identificação da necessidade e solução até à execução.
O nosso grande activo é o território, onde todas as decisões devem ser ponderadas, reflectidas, decididas e executadas e ainda nos falta definirmos uma estratégia consolidada de país, que se desagregue nas suas várias dimensões (regiões, municípios, bairro, rua) e especialidades.
Nos últimos anos temos assistido a sobressaltos sobre a necessidade de simplificação e agilização de alteração nas regras territoriais, o acontecerem é um sinal da não concretização e da imaturidade do nosso sistema de gestão territorial.
Na região Norte vamos aproveitar as eleições autárquicas para discutir os vários programas eleitorais nas matérias que nos dizem respeito, envolvendo os próprios candidatos e os engenheiros da região e de cada cidade. Manifestando já a nossa disponibilidade para sermos um stakeholder activo, mas também para reforçar a democracia com a engenharia.

Como explica o aumento do número de concursos públicos vazios na área da engenharia?
Pelo contexto que vivemos, vontade de se executar associada ao desinvestimento nos últimos anos de reforço destas competências a nível nacional, o que faz com que os concorrentes escolham, e bem, os concursos a que concorrem.
Deixando para trás os menos exigentes, os que valorizam a decisão com base no preço, ou que por si partam com requisitos e pressupostos onde o compromisso não é a qualidade e o rigor.

O que pode ser feito para garantir que os cadernos de encargos sejam mais realistas e atractivos para os profissionais, neste caso ao nível da engenharia?
A Ordem dos Engenheiros já há muito que defende novas especialidades no processo construtivo, sobretudo ao nível da definição de custos, quase como se de um projecto integrador se tratasse. Para que o dono de obra tenha uma definição rigorosa dos custos do seu projecto, ou na definição do modelo de valor das prestações de serviço.
Por outro lado, devemos ser exigentes com a qualificação dos profissionais garantindo que em função da complexidade dos projectos, sejam exigidos técnicos com as competências adequadas para garantir o rigor da execução.
Temos procurado incentivar esta cultura da exigência com entidades públicas que recorrem à Ordem dos Engenheiros – Região Norte, não só nos processos de elaboração dos cadernos de encargos, mas também nas acções de recrutamento dos Engenheiros. C

Sobre o autorRicardo Batista

Ricardo Batista

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‘ClimateLaunchpad 2025’: Estão abertas as candidaturas para a maior competição cleantech do Mundo

Podem concorrer projectos em áreas como economia azul, sistemas alimentares, mobilidade sustentável, economia circular, energia limpa, adaptação e resiliência, inovação industrial e soluções urbanas. As candidaturas estão abertas até 4 de Maio

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Estão abertas as candidaturas para o ClimateLaunchpad 2025, a maior competição cleantech do mundo, que procura ideias de negócio inovadoras para combater as alterações climáticas. Em Portugal, o programa é organizado pela Ordem dos Engenheiros, através do Colégio de Engenharia do Ambiente, pela Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto (UPTEC ) e pelo Fórum Oceano/Hub Azul. As candidaturas estão abertas até 4 de Maio.

Podem concorrer projectos em áreas como economia azul, sistemas alimentares, mobilidade sustentável, economia circular, energia limpa, adaptação e resiliência, inovação industrial e soluções urbanas. Os participantes devem residir em Portugal, não ter empresas com mais de dois anos, nem ter recebido mais de 200 mil euros em financiamento.

Nesta edição do programa e na primeira fase, os projectos seleccionados vão participar num evento online a 8 de Maio, onde serão apresentados os projectos escolhidos.

Na segunda fase, as equipas seleccionadas terão acesso ao bootcamp português, que inclui um bootcamp intensivo de 3 dias (19 a 21 de Maio), sessões de mentoria com parceiros estratégicos como Fundação Santander, Vieira de Almeida, Associação Smart Waste Portugal, Prio, Galp e Fundação Repsol a integração na rede internacional do ClimateLaunchpad e a entrada na competição na Final Nacional (26 de Junho), onde os participantes irão apresentar o pitch da sua ideia de negócio a um painel de especialistas

Os três vencedores da Final Nacional portuguesa terão acesso a incubação gratuita na UPTEC durante quatro meses, mentoria especializada, uma entrevista exclusiva para promoção do projecto, e a oportunidade de competir na Final Regional Europeia. O primeiro classificado ganhará ainda uma viagem para Viena, onde representará Portugal na final internacional do ClimateLaunchpad, em Novembro.

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IP revela importantes intervenções que visam tornar “mais resistentes” as Pontes Luís I e da Arrábida

Com o tema “Património resiliente face às catástrofes e conflito”, a IP e o IP Património associaram-se às comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios e revelaram duas importantes intervenções que visam tornar “mais resistentes” as Pontes Luís I e da Arrábida

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Celebrado anualmente a 18 de Abril, desde 1982, quando foi criado pelo Conselho Internacional dos Monumentos e Sítios (International Council of Monuments and Sites – ICOMOS) e aprovado pela UNESCO, o Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, tem como objectivo sensibilizar os cidadãos para a diversidade e vulnerabilidade do património, bem como para a necessidade da sua protecção e valorização.

Com o tema “Património resiliente face às catástrofes e conflito”, a Infraestruturas de Portugal (IP) e o IP Património associaram-se às comemorações e revelaram duas importantes intervenções que visam tornar “mais resistentes”, em caso de catástrofe ou de conflito, as Pontes Luís I e da Arrábida, no Porto.

A primeira obra foi executada em 2023, tendo a IP concluído um “importante” processo de reabilitação e reforço do Tabuleiro Inferior da Ponte Luiz I, passagem de milhares de veículos e peões que, diariamente, fazem a travessia entre a cidade do Porto e de Vila Nova de Gaia, num investimento superior a três milhões de euros.

O tabuleiro inferior apresenta uma largura total de cerca de 8.80 metros (m), desenvolvendo-se em perfil vãos (L=33+3×36+33=174 m), que se apoia nos encontros e em quatro tirantes de suspensão do arco simétrico a partir dos encontros inferiores. Trata-se de uma estrutura de tipo viga contínua de 5.

Com a reabilitação da estrutura pretendeu-se reparar um conjunto de anomalias já identificadas e outras que foram identificadas no âmbito dos trabalhos de decapagem geral da pintura e corrosão de elementos metálicos já existentes tendo sido substituídos diversos elementos com substituição de rebites, também se procedeu à rectificação de chapas deformadas, assim como à substituição dos aparelhos de apoio, à substituição das juntas de dilatação e à reparação das portas de acesso aos encontros.

Esta intervenção conferiu ao tabuleiro inferior, uma capacidade resistente compatível com as sobrecargas rodoviárias actuais, uma vez que a construção de um novo tabuleiro, permitiu eliminar a limitação de circulação de veículos com peso bruto superior a 30 toneladas, passando a ser admissível a circulação de veículos com peso bruto inferior a 60 toneladas. Para isso, foi necessário o reforço estrutural do banzo superior e das diagonais que compõem as longarinas, e a construção de uma laje em betão armado para substituir a existente, aumentando, assim a rigidez e o aumento de massa do tabuleiro. Tratou-se de um passo essencial para reduzir as vibrações horizontais induzidas pela passagem de grandes grupos de peões (durante eventos desportivos ou festivos).

Já a segunda empreitada será desenvolvida na Ponte da Arrábida, ainda no decurso deste ano. Localizada na A1, a Ponte da Arrábida atravessa o rio Douro, fazendo a ligação por via rodoviária das margens das cidades do Porto e de Vila Nova de Gaia. Esta obra de arte, inaugurada em 1963, vai ser objecto duma empreitada de reabilitação da face inferior do tabuleiro e dos pilares, tendo em vista a reparação de degradações estruturais decorrentes de patologias detectadas e será alvo de uma pintura integral.

Além disso, acabam de ser concluídos os trabalhos de reformulação da sua rede de iluminação rodoviária, agora com a colocação de leds. A intervenção vai ser desenvolvida em período noturno utilizando uma plataforma By Bridge, o que obrigará à implementação de condicionamentos à circulação rodoviária.

Na face inferior do tabuleiro e pilares da ponte, os trabalhos visam a reparação localizada nas zonas onde foram identificadas anomalias do betão, causadas pela erosão, e incluem uma intervenção nas extremidades dos pilares sobre os arcos. Adicionalmente, a intervenção inclui trabalhos de protecção preventiva das superfícies de betão da ponte, substituição das juntas de dilatação e colocação de guardas de segurança.

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Marco Estrela, responsável de I&D do ISQ
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ISQ participa em projecto europeu de aço “verde” produzido com hidrogénio

A iniciativa europeia TransZeroWaste, no valor de 4,99 milhões de euros, visa conceber soluções circulares para a indústria do aço, nomeadamente, através da criação de novas rotas de reciclagem que permitam a utilização eficaz dos resíduos gerados nas instalações industriais

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A indústria do aço quer transitar de métodos produtivos tradicionais, baseados em combustíveis fósseis, para métodos mais sustentáveis e de baixo teor em carbono. A iniciativa europeia TransZeroWaste, no valor de 4.99 milhões de euros, que o ISQ integra, visa precisamente conceber soluções circulares para a indústria do aço, na qual o Instituto vai liderar a avaliação económica e ambiental das novas tecnologias bem como aconselhamento quanto a indicadores de circularidade.

Esta iniciativa “centra-se no desenvolvimento e implementação de tecnologias inovadoras para a reciclagem de resíduos, subprodutos e minérios de baixa qualidade, que se tornam cada vez mais relevantes face à crescente transição para o aço “verde” produzido com hidrogénio”, explica Marco Estrela, responsável de I&D do ISQ.

O TransZeroWaste propõe, assim, a criação de novas rotas de reciclagem que permitam a utilização eficaz dos resíduos gerados nas instalações industriais de produção de aço, nomeadamente, calamina, resíduos oleosos e minérios de qualidade inferior, auxiliando na continuidade do abastecimento de matérias-primas e contribuindo para uma economia circular.

Adicionalmente, o ISQ está encarregue da investigação dos diferentes cenários de transição para dois casos de estudo de implementação industrial, na Alemanha (Dillinger Hüttenwerke) e em Espanha (Celsa Barcelona), simulando a alteração dos fluxos de massa com a introdução de novos processos de peletização (a frio e a quente), briquetagem e redução directa, essenciais para a adaptação às exigências da produção de aço “verde”, assim como pela elaboração de modelos de negócio sustentáveis para a comercialização e a exploração dos resultados do projecto.

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Prospectiva e Hydroplante realizam estudos de viabilidade em Madagáscar

O estudo vai incidir na viabilidade de construção de estruturas como barragens ou reservatórios, assim como o desenvolvimento de 150 sistemas de abastecimento de água potável (AEP) movidos a energia solar

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O consórcio Prospectiva e Hydroplante vai realizar, em Madagáscar, estudos de viabilidade e elaboração de projectos de execução para a construção de estruturas de mobilização de recursos hídricos, que permitam desenvolver um sistema de abastecimento de água “resiliente, sustentável e inclusivo”, contribuindo para o “desenvolvimento económico e a adaptação às mudanças climáticas” em Madagáscar.

O contrato, assinado com o Fonds de Préparation du Projet de Mobilisation, Protection, Valorisation de la Ressource en Eau et de Renforcement de la Résilience au Changement Climatique (em inglês Fundo de Préparação do Projecto de Mobilização, Protecção, Valorização dos Recursos em Água e de Reforço da Resiliência nas Alterações Climáticas) sob a supervisão do Ministério da Água, Saneamento e Higiene de Madagáscar, vai incidir na viabilidade de construção de estruturas como barragens ou reservatórios, assim como o desenvolvimento de 150 sistemas de abastecimento de água potável (AEP) movidos a energia solar em seis regiões daquele país.

Utilizando uma gestão sustentável dos recursos hídricos e soluções baseadas em energias renováveis, o projecto pretende melhorar o acesso à água, especialmente nas áreas rurais e envolve a realização de estudos técnicos de viabilidade para identificar os locais mais adequados para a construção das estruturas de mobilização de recursos hídricos e dos sistemas de abastecimento de água. Alaotra Mangoro, Analamanga, Atsimo Andrefana, Atsinanana, Boeny e Vakinankaratra são as regiões a implementar o projecto.

Os estudos incluem modelagem hidrológica e hidráulica, levantamentos topográficos e geotécnicos e design estrutural. Além disso, serão definidas as especificações técnicas para sistemas elevatórios de água accionadas por energia solar, instalações de armazenamento e redes de distribuição, garantindo eficiência e confiabilidade ideais. Será, também, realizada uma análise custo-benefício abrangente para avaliar a viabilidade financeira e a sustentabilidade a longo prazo das infraestruturas propostas.

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