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    Paulo Barros Trindade, presidente AVASAL – Associação Profissional das Sociedades de Avaliações
    Imobiliário

    Avaliações imobiliárias sem pausa, mesmo com pandemia

    Em Portugal as avaliações de imóveis nunca pararam durante a quarentena, mas o presidente da AVASAL alerta que ainda há perigos para o sector

    Manuela Sousa Guerreiro
    Paulo Barros Trindade, presidente AVASAL – Associação Profissional das Sociedades de Avaliações
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    Avaliações imobiliárias sem pausa, mesmo com pandemia

    Em Portugal as avaliações de imóveis nunca pararam durante a quarentena, mas o presidente da AVASAL alerta que ainda há perigos para o sector

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    Manuela Sousa Guerreiro
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    Paulo Barros Trindade, presidente AVASAL – Associação Profissional das Sociedades
    de Avaliações

    A evolução da pandemia e o atraso na retoma económica podem pôr em risco a actividade
    imobiliária. Em Portugal, o sector nunca esteve parado e as últimas semanas dão mostra de
    sinais de retoma. Uma retoma que a evolução da pandemia e o consequente atraso na retoma
    económica podem colocar em risco. Em entrevista ao CONSTRUIR, Paulo Barros Trindade,
    presidente da Associação Profissional das Sociedades de Avaliações (AVASAL) analisa os
    desafios da actividade

    Como tem evoluído a AVASAL e, em concreto, a actividade de avaliação de imóveis e
    negócios?

    A ASAVAL comemora este ano 10 anos de existência. A associação agrega cerca de 30
    sociedades de avaliação e aproximadamente 200 peritos avaliadores individuais. Em Portugal,
    existe uma classe profissional de peritos avaliadores, sendo que as sociedades de avaliação,
    constituídas e lideradas na sua maioria por peritos avaliadores, concentram a maioria das
    avaliações imobiliárias realizadas para o sector financeiro. A maior parte dos peritos
    avaliadores que exercem actividade no sector financeiro dedicam-se em exclusivo à profissão,
    sendo maioritariamente licenciados em engenharia, arquitectura e economia/gestão, com pós-graduação em avaliação imobiliária.

    De que forma as actividades de avaliação de imóveis e negócios foi afectada durante estes
    meses de pandemia? Houve paragem total?
    Durante a 2ª quinzena de Março e até à 1ª quinzena de Maio, a actividade ficou mais
    condicionada devido ao Estado de Emergência. A ASAVAL propôs, em Março, algumas soluções
    a reguladores e bancos para impedir que a actividade ficasse suspensa, sendo que a CMVM
    emitiu orientações em meados de Março no sentido de ser estabelecido um protocolo de
    segurança para as inspecções a realizar aos imóveis, que consistia na utilização de meios
    tecnológicos do tipo videochamada, sempre que não existiam condições mínimas de segurança
    para se realizar a inspecção ao interior do imóvel ou nas situações em que os clientes se
    recusavam a receber os peritos avaliadores no interior dos imoveis. Ainda que a actividade
    tenha sofrido uma redução superior a 30% nesse período, nunca existiu paragem total e o
    empenho e profissionalismo dos peritos avaliadores permitiu que a actividade de crédito
    hipotecário pudesse continuar nesse período.

    Como é que correu essa adaptação ao teletrabalho? É possível fazer avaliações à distância?
    Ou a tecnologia é uma aliada?
    Também na nossa actividade as sociedades adaptaram-se ao teletrabalho. Não obstante a
    possibilidade de se usar a videochamada para realizar a inspecção pelo interior do imóvel,
    durante o estado de emergência, a realidade é que as avaliações realizadas desta forma não
    constituíram a maioria das situações, tendo continuado a ser realizadas inspecções físicas ao
    interior dos imóveis, tendo sempre presente o cumprimento quer das regras de
    distanciamento mínimo, quer do uso de máscaras, luvas de protecção e desinfectante, como
    recomendado pela DGS.
    As avaliações à distância constituem uma solução de recurso para situações como a que
    vivemos durante o estado de emergência, sendo fundamental que num contexto normal, o
    perito avaliador realize uma inspecção física dos imóveis, para que possa identificar
    correctamente todos os factores que influenciam uma avaliação imobiliária.
    Relação com sector financeiro é incontornável

    Menos avaliações, menos créditos bancários. Como tem sido esta relação com o sector
    financeiro neste período? Qual o peso deste na actividade de avaliações?
    O sector financeiro é um dos principais clientes dos peritos avaliadores de imoveis e
    obviamente que existindo alguma retracção nas operações de crédito imobiliário, isso irá
    traduzir-se numa redução do volume de avaliações realizadas.

    Apesar do contexto, no sector imobiliário não se registam alterações significativas dos preços
    dos imóveis. A pandemia em nada mudou nas avaliações que são feitas ou muito por que o
    sector foi evoluindo à ‘boleia’ dos negócios que estavam na calha e já projectados? Como vê
    que a situação venha a evoluir até ao final do ano?
    Estes últimos meses foram muito alimentados por negócios que já estavam em pipeline. No
    entanto já se verificam algumas novas transacções e o mercado começa a ter alguns sinais de
    actividade. Não creio que o mercado imobiliário venha a ter uma retracção considerável,
    existindo, no entanto, algum ajustamento dos preços pedidos pelos proprietários e, sobretudo,
    uma maior disponibilidade para negociar o preço final. Julgo que esta realidade só irá ter
    alterações significativas se os cenários de retoma da economia não se concretizarem ou se a
    retoma for demasiado prolongada no tempo.

    Acreditando que a actividade de avaliação não seja estática. O que é que o actual contexto
    irá influenciar nos critérios de avaliação?
    Como não existem muitas transacções é necessária alguma prudência na atribuição dos valores
    de mercado. Infelizmente, em Portugal a maioria das avaliações baseiam-se em analises
    realizadas sobre amostras de asking price, uma vez que os preços das transacções não são
    divulgados de forma clara e expedita, como acontece com outros países. A ASAVAL tem
    procurado sensibilizar as entidades com competências nesta área para a necessidade de se
    alterar este contexto e tornar pública e de acesso expedito a informação sobre as transacções.

    As normas europeias de avaliação de negócios são recentes o que é que este novo normativo
    trouxe de novo e qual o será o seu impacto?
    As EBVS – Normas Europeias de Avaliação de Negócios destinam-se a normalizar a avaliação de
    negócios e empresas e são uma mais valia criada pelo TEGoVA (Grupo Europeu de Associações
    de Avaliadores), associação à qual pertence a ASAVAL e que já publicava as EVS – Normas
    Europeias de Avaliação, aplicadas aos imóveis. As EBVS editadas pelo TEGoVA e que se
    encontram a ser traduzido para Português pela ASAVAL, são um referencial de grande
    qualidade para os peritos avaliadores de negócios. No médio prazo será a base para que possa
    existir em Portugal uma acreditação internacional deste tipo de peritos avaliadores, como já
    existe para os peritos avaliadores de imóveis, que têm ao seu dispor a possibilidade de
    obterem as acreditações internacionais de REV (Recognised European Valuer) e TRV (TEGoVA
    Residential Valuer) criadas pelo TEGoVA e, em Portugal, atribuídas pela ASAVAL.

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Dils e Porta da Frente Christie’s comercializam Numa House Carcavelos

    Promovido pela Stone Capital e AEMG, o aparthotel de 5 estrelas, composto por 45 apartamentos, encontra-se agora na segunda fase do seu lançamento comercial

    O novo aparthotel de 5 estrelas, situado em Carcavelos, a poucos passos da praia, é promovido pela Stone Capital, em conjunto com a AEMG. A comercialização está a cargo da Dils e da Porta da Frente Christie’s. O Nama House, que se encontra agora na segunda fase do seu lançamento comercial, é composto por 45 apartamentos exclusivos, de tipologias T1 a T4.

    Concebido pelo estúdio Broadway Malyan, o Nama House destaca-se pela sua arquitectura costeira, que alia um design contemporâneo, que se integra de forma harmoniosa com a natureza. O empreendimento apresenta amplas fachadas de vidro e generosos terraços com vistas deslumbrantes sobre o mar, enriquecidos por acabamentos em madeira natural, que reforçam a sensação de tranquilidade e bem-estar.

    Os apartamentos encontram-se totalmente mobilados e decorados pela marca Restoration Hardware (RH), garantindo um ambiente sofisticado e acolhedor.

    Distinguindo-se pelos seus serviços exclusivos, o Nama House oferece limpeza, concierge e lavandaria. Além disso, disponibiliza um conjunto de amenities diferenciadoras, incluindo uma piscina exterior, um ginásio totalmente equipado, uma sala de jogos e um restaurante no jardim do empreendimento, onde os residentes podem desfrutar de uma experiência gastronómica assinada por um Chef.

    “O Nama House Carcavelos não se limita a oferecer apartamentos, promove um conceito de serviced living, que alia a qualidade de vida a uma experiência única, respondendo às crescentes expectativas dos clientes que procuram mais do que uma localização, zona ou tipologia ideal”, afirma Patrícia Barão, partner residential da Dils Portugal

    João Cília, CEO da Porta da Frente Christie’s destaca, ainda, a sua “localização única”. “Junto da praia e a 15 minutos de carro do centro de Lisboa, em Carcavelos poderá usufruir desde serviços locais e óptimos restaurantes a escolas internacionais”.

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    Construção: Um plano a 10 anos e um investimento de 5MM€ para transformar o sector

    A “Estratégia Transformadora para o Sector da Construção em Portugal” , elaborada pela EY Parthenon para a AICCOPN, aponta o caminho para “um sector resiliente, inovador, dinâmico e alinhado com valores ambientais e sociais”, capaz de responder aos desafios nacionais e oportunidades internacionais

    Apresentado durante a conferência “Portugal 2030 Futuro Estratégico para o sector da Construção”, organizada pela AICCOPN, o plano elaborado pela EY Parthenon traça as linhas gerais da estratégia transformadora do sector da construção ao longo dos próximos dez anos, assente em quatro desígnios: “mais investimento em habitação e infraestruturas; maior valorização das empresas da cadeia de valor da construção; aumento da eficiência do mercado; intensificação da internacionalização da engenharia e construção”.

    Quatro desígnios que estão alinhados com quatro objectos estratégicos do sector “associados a metas de impacto mensuráveis e ambiciosas reflectindo a transformação que se pretende imprimir até 2030. Desde logo um crescimento anual real do sector entre 3 a 5%; produtividade e rendibilidade, visando um aumento de 43% da produtividade aparente do trabalho; um sector alinhado com as preocupações de sustentabilidade ambiental que procura atingir 100% de certificação energética superior; e uma atractividade e reputação sectorial, com uma proporção de 15% de mulheres e 50% de jovens.

    Anunciados os objectivos o caminho para o concretizar passa por um plano de acção composto por 20 projectos estruturantes, dos quais oito são considerados prioritários, que tem associado um investimento (indicativo) total de 5 366 mil milhões de euros. Os projectos estão organizados em vários eixos de intervenção, como sejam a inovação, a qualificação e transferência de conhecimento, a atracção e retenção de talento, internacionalização, concertação estratégica e financiamento. A concretização do plano tem por base não só o engajamento das empresas do sector, mas também de organismos e entidades parceiras, o sector público, associações e clusters, sem esquecer a área académica. Entre os projectos considerados prioritários estão aqueles focados no desenvolvimento de áreas urbanas sustentáveis e capacitação empresarial; transformação digital, descarbonização e transição circular, apoio nos processos de internacionalização, assim como o fomento à colaboração na cadeia de valor da construção.

    Urgência na transformação
    A urgência na transformação do sector reconhece “a sua elevada importância estratégica no contexto da economia nacional, caracterizando-se por uma elevada amplitude da sua cadeia de valor. Números referidos pelo estudo apontam para a existência de 132 mil empresas, a grande maioria de micro e pequena dimensão, que empregam 460 mil empregos, cerca de 10% do pessoal ao serviço nas empresas, e que gera um VAB de 11 mil milhões, um dos mais elevados da Europa (Portugal ocupa a 17ª posição no ranking do VAB do sector ao nível da União Europeia. Mas o estudo também lhe aponta as fraquezas, sobretudo ao nível da internacionalização, sem preparação e com retrocessos recentes, o baixo nível de produtividade inferiores a outros sectores de actividade e à média europeia, e a baixa orientação para a inovação das empresas quando comparadas com outros sectores em Portugal.

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    Fundação “O Século” vai avançar com alojamento na Ericeira

    O investimento, contratualizado com o BPI, está avaliado em 1,3 milhões de euros

    A Fundação “O Século” contratou com o BPI um Financiamento Verde (Green Loan) no montante de 1,3 milhões de euros, com um prazo de 6 anos, formalizada através de uma cessão de créditos. A operação destina-se a financiar a construção de um projeto turístico na Ericeira (concelho de Mafra) cujas receitas contribuirão para o financiamento da atividade social da Fundação.

    A futura unidade de Alojamento Local da Fundação “O Século” terá 44 camas no total. O investimento e financiamento foram efetuados de acordo com critérios de sustentabilidade, incluindo a instalação de capacidade própria de produção de energia (UPAC de 18 Kwh de potência), tratamento de águas cinzentas, sistema de rega gota a gota, postos de carregamento para viaturas elétricas e instalação de bombas de calor. O projeto obteve uma pré-classificação energética da ADENE B- “Grande Renovação”.

    A intervenção social da Fundação “O Século” inclui o apoio a crianças em risco, a ajuda a pessoas idosas e aos mais dependentes e desfavorecidos. A instituição apoia diariamente uma média de 600 utentes (crianças, jovens e idosos), para além dos cerca de 800 beneficiários anuais das colónias de férias e outras iniciativas.

    A Fundação “O Século” nasceu em 1998 para prosseguir e desenvolver a obra social do Jornal “O Século”, iniciada em 1927 com a criação da sua Colónia Balnear Infantil. Um ano depois, a Fundação “O Século” foi reconhecida como Fundação de Solidariedade Social, obtendo o estatuto de Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS). Atualmente, as Colónias de Férias para crianças são, apenas, uma das diferentes valências que compõem a extensa e relevante obra social desenvolvida pela Fundação, a que se junta alguns serviços de sustentabilidade social como o Turismo d’ “O Século”, a Cozinha d’ “O Século” e o aluguer de espaços que, entretanto, foram criados com o objetivo de financiar e desenvolver a diversificada Obra Social.

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    Lhoist e TotalEnergies inauguram Central Solar da Lusical em Santarém

    Esta instalação fotovoltaica na fábrica Lusical da Lhoist é o resultado da parceria anunciada em 2022. A nova central solar será capaz de gerar anualmente cerca de 5,4 GWh de electricidade renovável

    A Lhoist, um dos principais produtores mundiais de cal, dolomita e soluções minerais, e a TotalEnergies, empresa energética global integrada, inauguram uma central solar situada na fábrica da Lusical, no concelho de Santarém. Este projecto permitirá à fábrica reduzir a sua pegada ambiental através do uso de energia renovável, alinhando-se com a estratégia global do Grupo Lhoist.

    A nova unidade fotovoltaica tem uma capacidade instalada de 3,2 MWp, composta por cerca de 5.500 painéis fotovoltaicos de alta eficiência, abrangendo uma área de cerca de 5 ha. A nova central solar será capaz de gerar anualmente cerca de 5,4 GWh de electricidade renovável.

    A central solar será operada pela TotalEnergies e irá cobrir uma parte significativa do consumo da fábrica (cerca de 27%), reduzindo a dependência da rede eléctrica e minimizando custos operacionais, através de energia renovável produzida diretamente no local. Com esta produção prevê-se uma redução das emissões de CO2 em aproximadamente 1.500 toneladas por ano.

    A instalação da central foi conduzida pela TotalEnergies garantindo um sistema de gestão optimizado para maximizar a eficiência da geração solar. O projecto inclui a utilização de robôs de limpeza nos painéis PV para limitar o impacto da sujidade na superfície dos painéis solares e assim optimizar o desempenho deste sistema fotovoltaico.

    Parceria estratégica entre Lhoist Lusical e TotalEnergies
    Esta parceria surge na sequência de um primeiro acordo exclusivo assinado entre os grupos Lhoist e TotalEnergies para o codesenvolvimento de centrais eléctricas fotovoltaicas em várias instalações da Lhoist na Península Ibérica. No total, são mais de 14.000 painéis fotovoltaicos que cobrirão quase 30% do consumo de electricidade das instalações da Lhoist com energia renovável produzida directamente nestas centrais solares. O projecto para a Iberian Lhoist compreende a instalação de sistemas solares no solo em três sedes da empresa: Tiebas em Navarra, Estepa em Sevilha e esta em Santarém, Portugal.
    “As nossas soluções de geração distribuída estão presentes em mais de 30 países em todos os continentes. Graças à confiança e proximidade que estabelecemos com os nossos clientes B2B, como a Lhoist, à dedicação das nossas equipas e à experiência da nossa empresa, estamos hoje a celebrar o um importante avanço no nosso crescimento no ramo das actividades de geração distribuída em Portugal. Esta instalação traz nova energia descarbonizada, bem como um impacto positivo na eficiência da fábrica em questão”, disse Timur Nuñez-Yanowsky, chefe da renewables distributed generation iberia da TotalEnergies.

    “Esta nova central solar fotovoltaica desenvolvida em parceria com a TotalEnergies marca um marco importante na nossa estratégia de descarbonização. Para além desta transição para a energia solar, a nossa abordagem mais ampla inclui também a evolução para combustíveis de baixo carbono ou descarbonizados, como a biomassa. Na Lhoist, acreditamos firmemente que a redução da nossa pegada de carbono passa por uma diversificação das soluções energéticas, aliando inovação e responsabilidade ambiental», afirmou por sua vez Juan Martinez, director de operações da ibéria, na Lhoist Southern Europe.

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    Antiga fábrica em Alcântara reconvertida para apartamentos turísticos

    A limehome, operador de apartamentos turísticos na Europa, reforça a sua presença em Lisboa com a assinatura de contrato para novo projecto em Alcântara que irá criar 57 novos apartamentos turísticos

    A limehome, operador de apartamentos turísticos na Europa, reforça a sua presença em Lisboa com dois marcos importantes: a recente abertura da sua nova propriedade na zona do Campo Pequeno e a assinatura do contrato do novo projecto em Alcântara. Ambas as localizações foram escolhidas estrategicamente para garantir uma forte presença da limehome em áreas com elevado potencial.

    O projecto da Rua Maria Luísa Holstein, em Alcântara, irá converter uma antiga fábrica em ruínas num espaço moderno com 57 apartamentos totalmente equipados e uma área de apoio dedicada à restauração. Sem revelar valores de investimento, em nota enviada ao CONSTRUIR, o operador de apartamentos turísticos europeu sublinha que a localização do activo, junto à LX Factory, reforça o posicionamento estratégico da limehome, “antecipando o crescimento e a valorização desta área nos próximos anos. A inauguração está prevista para 2028/29”.

    Já em operação está a mais recente unidade da limehome em Lisboa, situada na Avenida dos Defensores de Chaves, 95. Esta propriedade, a quarta em actividade na capital, conta com 38 estúdios e apartamentos T1, “oferecendo uma experiência de alojamento moderna e digitalizada”.

    De acordo com Daniel Hermann, chief growth officer da limehome, o objectivo é consolidar e aumentar a presença em todo o território nacional “Com esta abertura, aproximamo-nos das 200 unidades em funcionamento, tendo mais de 300 em contrato. Estas novas propriedades certamente terão o mesmo sucesso do nosso portfólio actual em Lisboa, não só pela sua localização privilegiada, mas também pelas características únicas dos próprios edifícios, que prometem oferecer uma experiência excepcional aos hóspedes”, afirma.

    Já com unidades disponíveis no Porto, em Lisboa e Évora, a limehome pretende estender-se a todas as regiões de Portugal, oferecendo estadias confortáveis em unidades modernas e práticas. Sempre com localizações estratégicas, dentro e fora dos centros urbanos, a total digitalização dos processos facilita e flexibiliza a utilização por parte do cliente.

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    LNEG e IGTL avaliam potencial mineral de Timor-Leste

    Cooperação internacional entre os Serviços Geológicos de Portugal e Timor-Leste procura inventariar potencial mineral de Timor Leste. Já identificado potencial para crómio, níquel, cobre e ouro 

    O LNEG, enquanto Serviço Geológico de Portugal está a colaborar com o Instituto de Geociências de Timor-Leste (IGTL) na avaliação do potencial mineral do país. O trabalho é liderado por Igor Morais, da Unidade de Recursos Minerais e Geofísica do LNEG, e pretende dar um contributo decisivo na inventariação e estudo sistemático das verdadeiras potencialidades de Timor-Leste.

    A indústria extractiva, em particular a dos recursos minerais metálicos, apresenta um factor decisivo no desenvolvimento sustentável das sociedades modernas. A crescente procura por matérias- primas “metálicas” resulta, principalmente, do crescimento da população mundial, aliado ao anseio de muitos de querer atingir um melhor nível e qualidade de vida.

    Aliados a este crescimento na procura, estão os crescentes riscos no seu suprimento, nomeadamente na União Europeia, cuja economia é altamente deficitária para um grande conjunto destas substâncias. Conflitos armados, tensões políticas e geopolíticas, como a que vivemos actualmente, colocam uma pressão cada vez maior na comunidade científica, em particular na área da Geologia, para a descoberta de novos depósitos minerais.

    É neste contexto e pelo fato de os recursos minerais serem um fator preponderante no desenvolvimento de um país, que surge a cooperação entre o LNEG, enquanto Serviço Geológico de Portugal e o IGTL. Esta é uma área o LNEG tem larga experiência, tanto em projectos nacionais como internacionais (África e América do Sul).

    “Numa primeira abordagem, existe a necessidade de ser feita a inventariação de qual ou quais as principais “commodities” existem no território. Esta inventariação está a ser feita por equipas do IGTL e do LNEG através de extensas campanhas de reconhecimento de campo. Existe depois a necessidade de colocar toda essa informação em mapas de escalas adequadas como já foi feito com a publicação preliminar dos três primeiros mapas de Ocorrências Minerais. Numa segunda fase estudos detalhados devem ser realizados em áreas de maior detalhe aplicando todo o “know-how” das equipas através de técnicas inovadoras”, explica Igor Morais. Segundo o investigador, “existe potencial já identificado para crómio, níquel, cobre e ouro”.

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    Bairro Sargento Abílio
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    11 M€ para a reabilitação de cinco bairros municipais de Lisboa

    Alta de Lisboa Centro, Sargento Abílio, Carlos Botelho, Rego B e Rego C, são os bairros municipais cujas empreitadas vão avançar, integradas no Programa “Morar Melhor”

    Alta de Lisboa Centro, Sargento Abílio, Carlos Botelho, Rego B e Rego C, são os bairros municipais cujas empreitadas vão avançar. De acordo com a Gebalis, empresa de gestão dos bairros municipais de Lisboa, as obras integram o Programa “Morar Melhor”, com um investimento de cerca de 11 330 milhões de euros.

    As empreitadas irão incidir na qualidade de vida dos moradores, em matérias como o conforto térmico e condições de habitabilidade, beneficiando 821 fracções e cerca de 2 300 moradores.

    As obras incluem conservação, reparação e restauro dos edifícios, nas “coberturas, fachadas, caixilharias, estores, sinalética, intercomunicadores, portas de lote e caixas do correio”.

    Na zona centro do Bairro da Alta de Lisboa serão reabilitadas 311 casas, em 14 lotes, num investimento de cerca de 3 290 000 euros.

    Já no Bairro Sargento Abílio, o programa “Morar Melhor” investirá 2 178 793 euros na reabilitação de 14 lotes, com 100 fogos.

    No Bairro Carlos Botelho, o orçamento previsto ronda os 3,5 milhões de euros, em quatro lotes, e 261 casas.

    Finalmente, nos Bairros do Rego (B e C), as empreitadas vão avançar em 18 lotes com impacto em 149 frações, e um investimento de 2 398 095 euros.

    O programa “Morar Melhor”, apresentado em 2023, tem uma “dotação orçamental de 142 milhões de euros, com vista à melhoria de 33 bairros camarários”.

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    Lançado concurso para reabilitação e requalificação do Teatro Nacional de São Carlos

    Foi lançado a 3 de Março o concurso público internacional para a empreitada de conservação, requalificação e modernização do Teatro Nacional de São Carlos, no valor de 22 milhões de euros

    Foi lançado o concurso público internacional para a Empreitada Geral de Conservação e Restauro, Requalificação e Modernização do Teatro Nacional de São Carlos, com projecto da autoria de João Mendes Ribeiro Arquitecto e do Atelier 15 Arquitectura, no valor de 22 milhões de euros. A obra é financiada pelo PRR (medida C04-i02: Património Cultural – Requalificação dos Teatros Nacionais). As propostas podem ser entregues até 3 de Abril.

    Este concurso internacional vem completar os quatro anteriores concursos internacionais e procedimentos lançados nos últimos três meses e já terminados, e cujas empresas seleccionadas irão iniciar nas próximas semanas os diferentes trabalhos do projecto de intervenção na componente de conservação e restauro: projecto de Conservação e Restauro da Sala Principal, no valor de 800 000,00€, com inicio previsto para  meados de Março; projecto de Conservação e Restauro e de Reconversão dos Lustres e Apliques Históricos para tecnologia LED, no valor de 550 000,00€, com início até final de Março; Concurso para Conservação e Restauro de todo o Mobiliário de Assento do Teatro (cadeiral da plateia, cadeiras de camarotes, canapés, bancos e banquetas das zonas públicas (no valor de 500 000,00€), cujos trabalhos iniciam a 10 de Março; Conservação, Restauro e Reprodução dos Tapetes da manufactura de Beiriz que preenchem toda a zona pública, no valor de 269 025,00€, iniciada em Dezembro de 2024.

    “Toda a intervenção, quer no património edificado quer no património móvel, tem como principais objectivos a rigorosa conservação e restauro de património nacional, a modernização dos equipamentos técnicos e da mecânica de cena, na sua maioria obsoletos e descontinuados; a melhoria do desempenho energético dos edifícios; novos sistemas de segurança e de acessibilidades; a melhoria das condições de trabalho; novas funcionalidades dos espaços e mais conforto e bem-estar para o público”.

    Com esta intervenção global, pretendesse “devolver magnificência” ao Teatro Nacional de São Carlos, inaugurado a 30 de Junho de 1793, capacitando-o “de uma sala de espectáculos conservada e restaurada, criar condições para maior capacidade de produção e de preparação artística, adaptando o teatro às exigências cénicas do século XXI e com capacidade para gerar uma nova dinâmica cultural: mais co-produções internacionais e mais espectáculos líricos e sinfónicos”.

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    Investimento do Grupo BEI em Portugal ultrapassa os 2 MM€ em 2024

    O Grupo BEI reafirma o seu forte compromisso com Portugal, com 2,1 mil milhões de EUR em financiamento no último ano. Investimento recorde de mais de 1,1 mil milhões de euros canalizado para a energia sustentável e recursos naturais, quase o dobro do financiamento do ano anterior

    O Grupo Banco Europeu de Investimento (BEI), que inclui o Banco Europeu de Investimento (BEI) e o Fundo Europeu de Investimento (FEI), reafirmou em 2024 o seu forte compromisso com Portugal, com um novo financiamento de 2,1 mil milhões de euros para impulsionar o desenvolvimento económico sustentável do país. Este financiamento permitiu mobilizar um total de cerca de 4,9 mil milhões de euros em investimentos, o equivalente a 1,7% do PIB nacional.

    Uma parte significativa deste apoio foi direccionada para projectos portugueses que promovem a acção climática e a protecção ambiental, bem como investimentos em infraestruturas de saúde e transportes. Um montante recorde de mais de 1,1 mil milhões de euros foi canalizado para energia limpa, representando um impulso sem precedentes para a transição verde.

    “A cooperação com as autoridades portuguesas é excelente. Investimos mais de 2 mil milhões de euros em Portugal em 2024 e lançámos projectos emblemáticos, como o Hospital de Lisboa Oriental e o comboio de alta velocidade entre Lisboa e Porto. Continuaremos a ser um parceiro de investimento muito importante para o país, em benefício das empresas e dos cidadãos portugueses”, afirmou a presidente do Grupo BEI, Nadia Calviño.
    Em 2024, o financiamento do Grupo BEI apoiou cerca de 10.000 empresas portuguesas e sustentou quase 230.000 postos de trabalho.

    Acção climática e a sustentabilidade ambiental com financiamento recorde

    Os projectos portugueses que promovem a acção climática e a sustentabilidade ambiental receberam um financiamento recorde de 1,3 mil milhões de EUR do Grupo BEI no último ano, impulsionado por investimentos significativos em energia sustentável. Este valor representa 63% do investimento total do BEI em Portugal, ultrapassando assim a meta de 50% estabelecido para 2025.

    O financiamento para energia sustentável e recursos naturais ultrapassou os 1,1 mil milhões de EUR, um recorde para o país, quase duplicando o investimento do ano anterior. Entre as principais operações destacam-se dois empréstimos à fornecedora de electricidade portuguesa EDP para expandir a geração de energia renovável, nomeadamente eólica e solar, e para modernizar as redes de distribuição eléctrica. Foram também concedidos dois empréstimos para financiar a Galp Energia na construção de uma unidade de biocombustíveis avançados e uma unidade de hidrogénio renovável na zona costeira de Sines.

    Outros projectos relevantes que contribuíram para o financiamento verde incluíram um empréstimo do BEI assinado com a ANA para apoiar iniciativas de baixo carbono em nove aeroportos portugueses e um empréstimo assinado com o BPI para financiar pequenas e médias empresas, empresas de média capitalização e entidades do sector público que investem em projectos de acção climática.

    Reforço da coesão económica, inovação e infraestruturas sociais

    Para além dos investimentos verdes, o BEI destinou 1,5 mil milhões de EUR a iniciativas que visam reforçar a coesão económica e social de Portugal.

    Foi assinado um contrato de empréstimo de 107 milhões de euros para financiar a construção do Hospital de Lisboa Oriental. As novas instalações substituirão seis hospitais antigos, espalhados por mais de 100 edifícios no centro de Lisboa.

    O apoio à inovação foi outra prioridade do Grupo BEI em Portugal no último ano. Destaque para os 90 milhões de euros investidos pelo FEI em três fundos de capital de risco para acelerar o crescimento de startups nos sectores da deep-tech e cibersegurança.

    O reforço do apoio às infraestruturas sociais e financiamento da primeira fase da linha ferroviária de alta velocidade Porto-Lisboa estão nas prioridades do BEI para 2025.

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    18ª edição do Europan aborda o “Re-sourcing”

    Estão a concurso 47 locais em 12 países europeus, com as propostas a poderem ser apresentadas até 29 de Junho. Com o subtema “Re-sourcing from natural elements – Dealing with Water”, Lisboa apresenta-se com uma das áreas de intervenção que se localiza em Campolide

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    A fragilidade do ecossistema da Terra e as crises sociais levam à imaginação de práticas alternativas à extracção prejudicial de recursos, ao consumo excessivo e à poluição de ambientes vivos.

    Devem, por isso, ser pensados ​​e implementados projectos de regeneração que abracem a natureza e a cultura. A pensar nesta realidade, o tema da 18ª edição do Europan aborda o “Re-sourcing”. Estão a concurso 47 locais em 12 países europeus, com as propostas a poderem ser apresentadas até 29 de Junho.

    Com o subtema “Re-sourcing from natural elements – Dealing with Water”, Lisboa apresenta-se com uma das áreas de intervenção que se localiza em Campolide e que corresponde à solução para a cobertura de um grande tanque e túnel integrados no Plano Geral de Drenagem de Lisboa (PGDL).

    Esta cobertura deve relacionar a área de intervenção com o tecido urbano envolvente, pois encontra-se isolada devido à existência grandes infraestruturas como linhas de comboio e rodovias. A intervenção deverá incluir, ainda, edifícios de habitação de baixa escala pré-existentes, expressão de herança de uma cidade pré-industrial.

    Como podemos criar formas de usar sabiamente os recursos naturais no ambiente construído e impulsionar o equilíbrio ecológico entre os fluxos naturais e as necessidades urbanas?, Como podemos ligar a urbanidade para além dos limites das infraestruturas? E como podemos dar forma a um futuro sustentável, bonito e inclusivo, proporcionando habitação e habitat? São algumas das perguntas que se colocam aos concorrentes na área de intervenção em Lisboa.

    Os resultados serão anunciados a 17 de Novembro de 2025.

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