UE em recessão “histórica” em 2020
O PIB da área do euro deverá cair 7.7% em 2020, seguindo-se uma recuperação de 6.3% em 2021. As projecções de crescimento para a área do euro e a UE foram revistas em baixa em cerca de 9 p.p. face às Previsões Económicas do Outono de 2019.

CONSTRUIR
MCA celebra contrato de 15M€ com linha de crédito britânica
AIP e Euronext lançam programa ELITE para capacitar empresas em crescimento
Município de Alcobaça inaugura Área de Localização Empresarial da Benedita
Sell and Go ultrapassa os 10M€ em aquisições e reforça presença no mercado imobiliário
Prospectiva e Hydroplante realizam estudos de viabilidade em Madagáscar
LDC Group adquire Weddo Living e reforça aposta na gestão de arrendamento
RBR Estate Investments investe 1,5 M€ em projecto nos Anjos
Cosentino alarga portfólio de casas de banho com novo lavatório
Escarlata Loncán assume Direcção Geral da Quilosa Selena Iberia
Schneider Electric leva à Hannover Messe tecnologias que estão a “moldar o futuro da indústria”
“A pandemia de coronavírus representa um profundo choque para a economia mundial e europeia, com consequências socioeconómicas muito graves. Não obstante a rápida adopção de uma resposta estratégica global, tanto a nível nacional como europeu, a economia da UE registará este ano uma recessão que assumirá proporções históricas.” A Comissão Económica divulgou as previsões económicas da Primavera 2020, na qual assume que a economia da zona euro irá registar este ano uma contracção sem precedentes.
O PIB da área do euro deverá cair 7.7% em 2020, seguindo-se uma recuperação de 6.3% em 2021. As projecções de crescimento para a área do euro e a UE foram revistas em baixa em cerca de 9 p.p. face às Previsões Económicas do Outono de 2019.
Neste quadro, apesar do desempenho robusto da economia portuguesa até ao final do mês de Fevereiro de 2020, a CE prevê uma quebra na actividade económica em Portugal em -6.8% do PIB no final do corrente ano, abaixo das previsões para a área do euro e da UE. Em 2021, a economia deverá crescer 5.8%, mantendo o PIB em níveis abaixo dos registados em 2019. No conjunto dos dois anos, o desempenho da economia portuguesa será menos negativo do
que o da média dos países da área do euro e da UE.
A CE prevê que a deterioração do cenário macroeconómico em Portugal assente numa contracção da procura interna em 2020, quer do lado do consumo privado (apesar das medidas discricionárias e extraordinárias para preservar contractos de trabalho e rendimentos), quer do lado do investimento (devido ao contexto de incerteza e disrupções nas cadeias globais de valor). Contudo, a CE destaca que o investimento em construção deverá ser mais resiliente, beneficiando do ciclo económico e da introdução de maior flexibilidade na utilização de fundos europeus.
No mercado de trabalho, a CE salienta o aumento da taxa de desemprego de 6.5% em 2019 para 9.7% em 2020, recuperando a tendência de diminuição em 2021, com uma taxa de 7.5%, inferior às previstas para a área do euro (8.6%) e UE (7.9%).
As previsões da CE destacam ainda o impacto da pandemia e das decorrentes medidas temporárias de contenção e confinamento nas contas públicas. Esse impacto será menos negativo em Portugal, do que o estimado para a área do euro e UE.
A eficácia da coordenação entre as medidas estratégicas adotadas a nível nacional e europeu para dar resposta à crise assume particular importância, tendo em conta a necessidade de conter o impacto económico negativo da pandemia e proporcionar uma recuperação célere e robusta, para que as economias retomem um rumo de crescimento inclusivo e sustentável. O Governo reafirma como prioridades conter a pandemia com o reforço dos meios necessários para que Portugal possa debelar a crise sanitária, bem como criar todos os instrumentos para assegurar os rendimentos das famílias, o funcionamento das cadeias de abastecimento de bens e serviços fundamentais e o arranque da actividade económica com a confiança de todos os portugueses. A interrupção abrupta da actividade económica em Março e em Abril deverá ser revertida a partir do início do mês de maio, suportada numa recuperação do mercado interno e na retoma do investimento.