UE em recessão “histórica” em 2020
O PIB da área do euro deverá cair 7.7% em 2020, seguindo-se uma recuperação de 6.3% em 2021. As projecções de crescimento para a área do euro e a UE foram revistas em baixa em cerca de 9 p.p. face às Previsões Económicas do Outono de 2019.
CONSTRUIR
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
“A pandemia de coronavírus representa um profundo choque para a economia mundial e europeia, com consequências socioeconómicas muito graves. Não obstante a rápida adopção de uma resposta estratégica global, tanto a nível nacional como europeu, a economia da UE registará este ano uma recessão que assumirá proporções históricas.” A Comissão Económica divulgou as previsões económicas da Primavera 2020, na qual assume que a economia da zona euro irá registar este ano uma contracção sem precedentes.
O PIB da área do euro deverá cair 7.7% em 2020, seguindo-se uma recuperação de 6.3% em 2021. As projecções de crescimento para a área do euro e a UE foram revistas em baixa em cerca de 9 p.p. face às Previsões Económicas do Outono de 2019.
Neste quadro, apesar do desempenho robusto da economia portuguesa até ao final do mês de Fevereiro de 2020, a CE prevê uma quebra na actividade económica em Portugal em -6.8% do PIB no final do corrente ano, abaixo das previsões para a área do euro e da UE. Em 2021, a economia deverá crescer 5.8%, mantendo o PIB em níveis abaixo dos registados em 2019. No conjunto dos dois anos, o desempenho da economia portuguesa será menos negativo do
que o da média dos países da área do euro e da UE.
A CE prevê que a deterioração do cenário macroeconómico em Portugal assente numa contracção da procura interna em 2020, quer do lado do consumo privado (apesar das medidas discricionárias e extraordinárias para preservar contractos de trabalho e rendimentos), quer do lado do investimento (devido ao contexto de incerteza e disrupções nas cadeias globais de valor). Contudo, a CE destaca que o investimento em construção deverá ser mais resiliente, beneficiando do ciclo económico e da introdução de maior flexibilidade na utilização de fundos europeus.
No mercado de trabalho, a CE salienta o aumento da taxa de desemprego de 6.5% em 2019 para 9.7% em 2020, recuperando a tendência de diminuição em 2021, com uma taxa de 7.5%, inferior às previstas para a área do euro (8.6%) e UE (7.9%).
As previsões da CE destacam ainda o impacto da pandemia e das decorrentes medidas temporárias de contenção e confinamento nas contas públicas. Esse impacto será menos negativo em Portugal, do que o estimado para a área do euro e UE.
A eficácia da coordenação entre as medidas estratégicas adotadas a nível nacional e europeu para dar resposta à crise assume particular importância, tendo em conta a necessidade de conter o impacto económico negativo da pandemia e proporcionar uma recuperação célere e robusta, para que as economias retomem um rumo de crescimento inclusivo e sustentável. O Governo reafirma como prioridades conter a pandemia com o reforço dos meios necessários para que Portugal possa debelar a crise sanitária, bem como criar todos os instrumentos para assegurar os rendimentos das famílias, o funcionamento das cadeias de abastecimento de bens e serviços fundamentais e o arranque da actividade económica com a confiança de todos os portugueses. A interrupção abrupta da actividade económica em Março e em Abril deverá ser revertida a partir do início do mês de maio, suportada numa recuperação do mercado interno e na retoma do investimento.