“Ambiente” é a grande incerteza do Imobiliário
Ao longo da próxima década, os factores económico e político trazem riscos conjunturais ao Imobiliário mas são as questões ambientais que se assumem como decisivas.
CONSTRUIR
Cascais recupera mosteiro e cria residência para estudantes
“C2Ø Construction to Zero” lança plano de acção para descarbonização do sector
Remodelação da iluminação pública da 2ª Circular em Lisboa
Presidente da OLI distinguido pela sua “carreira de empresário e gestor”
64% dos edifícios de escritórios da Grande Lisboa “em risco de se tornarem obsoletos em 2030”
Navicork da Corticeira Amorim com pegada de carbono negativa
Barbot marca presença na Concreta com novas ferramentas de IA
Grupo Vantagem alcança o “melhor mês de sempre” em Outubro
Trienal lança open call para Prémio Début
Fidelidade inicia em breve a comercialização do projecto ‘EntreCampos’
Olhar para além de 2020 e para aquelas que serão as grandes tendências do futuro e que irão ditar os riscos e as oportunidades no mercado Imobiliário ao longo da próxima década, foi o exercício proposto pela Cushman & Wakefield. Num mundo em mudança, a única certeza é que o futuro, esse, já chegou. Quanto ao ano em cursos os investidores estão optimistas. O ano de 2020 será de continuidade e não se esperam grandes volatilidades.
Ao longo da próxima década, as conjunturas política, económica e social trazem riscos conjunturais ao Imobiliário mas são as questões ambientais que se assumem como protagonistas, constituindo o maior factor de risco e de mudança do mercado, qualquer que seja o ângulo de abordagem na análise. Por exemplo, as alterações climáticas, hoje uma realidade incontestável, aumentaram o risco de catástrofes em zonas antes consideradas seguras com impacto directo sobre o valor das propriedades. Mas são sobretudo as políticas e os regulamentos a adoptar para mitigar os efeitos das alterações climáticas que poderão ter um efeito transformador em toda a indústria.
Enquanto se assiste a uma maior pressão pública sobre as questões ambientais, os investidores ainda estão hesitantes nas medidas a tomar no curto prazo. Até agora, a indústria concentrou o seu esforço, embora ainda muito limitado, na construção e administração de edifícios. No entanto, muito menos foi feito no desenvolvimento de estratégias para reconhecer, entender e gerir as mudanças climáticas dentro desta indústria.
A consciencialização externa sobre o assunto está a aumentar e o sector imobiliário pode se encontrar numa situação semelhante à vivida por outros sectores, como o dos Transportes,, enquanto alvo dos legisladores, que, afinal, são os usuários das suas propriedades, assim como do público em geral, que tem sido o grande responsável pelas mudanças já verificadas.
As questões demográficas, as mudanças económicas, a pressão populacional sobre as cidades, o envelhecimento do mercado de trabalho serão questões cada vez mais prementes no futuro, e encontram já hoje uma resposta nas tendências crescentes de co-working e co-living que surgem um pouco por toda a Europa, e não só.
Curiosamente, as questões políticas são as que menos interferem com a confiança dos investidores, habituados que estão a um mundo com Trump, com Putin, com as tensões do Médio Oriente ou com a certeza do Brexit.
A China é, neste capitulo, o factor de incerteza, o qual se deve muito à actual emergência e às suas repercussões no curto e médio prazo, com a resposta do Governo chinês a servir, por enquanto, de contrapeso.