Porto e Norte de Portugal com 45% do total do investimento estrangeiro
De acordo com o estudo da InvestPorto e EY, os países que mais investem naquela região são a França (46%) e a Alemanha (13%)
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A InvestPorto e a EY acabam de lançar os resultados do estudo sobre a Atractividade do Porto e Norte de Portugal no domínio do Investimento Directo Estrangeiro (IDE), denominado “Porto and Northern Portugal: A Magnet for Investment – Portugal Regional Attractiveness Survey 2019”.
Sendo o primeiro Portugal Regional Attractiveness Survey com enfoque no Investimento Directo Estrangeiro (IDE) no Porto e Norte de Portugal, este estudo foi desenvolvido pela EY com o apoio da InvestPorto a partir de dados da EY European Investment Monitor, procurando dar uma visão abrangente das dinâmicas e percepções dos investidores internacionais no que se refere à atractividade da cidade do Porto e da região Norte de Portugal.
No período analisado de 2013 a 2018, o IDE no Porto e Norte de Portugal apresentou uma taxa de crescimento média anual de 11,4%, colocando esta região em clara ascensão no País. Especificamente, em 2018, foi possível observar a criação de cerca de 2.754 novos postos de trabalho no Porto e Norte de Portugal resultantes de projectos de IDE, representativos de 45% do total registado a nível nacional (6.100 novos postos de trabalho).
Tendo em conta os resultados do estudo, os países que mais investem naquela região são a França (46%) e a Alemanha (13%). Os sectores-chave que apresentam um maior número de projectos são a Indústria (nomeadamente a fabricação de material de transporte), o Digital, o Agroalimentar e os Serviços às Empresas.
Após um crescimento do investimento directo estrangeiro particularmente intenso no Porto e Norte de Portugal em 2017, a tendência abrandou um pouco em 2018, mas mostra-se mais rápida nesta região do que em Portugal e na União Europeia no seu todo (9,1% taxa de crescimento anual composto do número de projectos IDE entre 2008 e 2018, comparando com 6,6% em Portugal e 5,3% na União Europeia). “Esta atractividade diferenciada do Porto e Norte de Portugal”, refere Florbela Lima, Partner EY e Strategy Leader da EY-Parthenon, “tem por base factores como a qualidade de vida (91%), a estabilidade do clima social (79%), a infraestrutura de telecomunicações (77%), os custos de mão de obra (75%) e o potencial para o aumento de produtividade (72%)”.
A evolução recente da economia do Porto e da Região Norte, que se traduz num crescimento do PIB duas vezes mais rápido quando comparado com a média nacional, contribui para que a confiança de investidores internacionais seja crescente e se mantenha em níveis elevados. De notar que, em 2018, o Porto e Norte de Portugal gerou 39% do total das exportações portuguesas de bens (produzidos por uma indústria transformadora crescentemente qualificada e terciária) determinando uma taxa de cobertura das importações pelas exportações de 131%.
Para Hermano Rodrigues, Principal da EY-Parthenon: “Este estudo permite-nos perceber a importância actual do Porto e Norte de Portugal, região que se posiciona hoje nos primeiros lugares das intenções de IDE no país. Este resultado reflecte as suas condições de atractividade, decorrentes do investimento realizado ao longo dos últimos 15 a 20 anos a vários níveis, com destaque particular para as competências e as infraestruturas. Este quadro posiciona o Porto e Norte de Portugal de forma muito privilegiada no radar do investimento internacional, especialmente em actividades altamente qualificadas e inovadoras”.
Quanto a perspetivas futuras, os investidores inquiridos no âmbito do estudo identificam três áreas nas quais a região deverá focar-se para se manter competitiva: o desenvolvimento da educação e das competências, o apoio às indústrias de alta tecnologia e à inovação e a redução da tributação.