OH Lisboa 2018: “Ser voluntário é fazer parte de um fim-de-semana épico”
Serão cerca de 250 os voluntários que vão “contribuir de forma vital para a experiência do visitante” do Open House Lisboa, recorda a Trienal de Arquitectura

Ana Rita Sevilha
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Serão cerca de 250 os voluntários que, mais uma vez, vão “contribuir de forma vital para a experiência do visitante” do Open House Lisboa, recorda a Trienal de Arquitectura, organizadora do evento. Segundo a mesma fonte, “em 7 anos, há voluntários que fizeram 5 edições”, sendo que cerca de 30% repetem a experiência. “Há voluntários que vêm de fora, destacando-se pessoas do Porto, Braga e Évora. Há quem faça o OH em Lisboa e no Porto”.
O perfil traçado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa dá conta de que a média de idades fica entre os 16 e os 55 anos, 58% dos voluntários tem formação em arquitectura, 7% são alunos do secundário, 5% são designers e 3% são engenheiros. Ao nível da ocupação profissional, 55% são estudantes, 29% são trabalhadores, 7,5% são trabalhadores/estudantes e outros 7,5% estão desempregados ou à procura do primeiro emprego. Os únicos critérios definidos pela Trienal é terem mais de 16 anos e interesse pela arquitectura e a cidade de Lisboa.
Na equipa de voluntários existem diferentes funções de acordo com a experiência e o perfil, podendo colaborar numa função mais em contacto com o público (acompanhando visitas ou recebendo/informando os visitantes) ou numa função mais de backstage (gestor logística, responsável de pesquisa, coordenação de equipas, ou de actividades Júnior, etc…). A Trienal garante que esta “é a possibilidade de fazer parte de um fim-de-semana épico na cidade de Lisboa”, que se realiza a 22 e 23 de Setembro.
Testemunhos
O CONSTRUIR recolheu testemunhos de colaboradores que foram voluntários e coordenadores de equipa no Open House Lisboa, de forma a perceber como é a experiência e que mais-valias retiram deste voluntariado. Para Joana Martins, 31 anos, arquitecta e assistente do programa de voluntariado do OH Lisboa 2018 a experiência é “espectacular”, confessa. “É uma oportunidade única para conhecer melhor os espaços que Lisboa tem para nos oferecer”. Para Joana Martins, “o facto de existirem tantas visitas por especialistas permitiu que melhor compreendesse alguns dos espaços e as suas valências”. Por isso, não tem dúvidas em aconselhar ser voluntário no Open House, porque, como a própria explica, “ser voluntário no OH é poder entrar nalguns espaços que nunca são abertos, e ter uma visita única com especialistas nas pré-visitas”.
Para João Durães, 25 anos, farmacêutico, e responsável pela orientação de visitas a experiência é “única e espacial, quer pela vertente cultural ou pela vertente social, que são extremamente enriquecedoras”. Questionado sobre o contributo que a experiência teve para sensibilizar para as mais-valias da arquitectura e dos espaços pensados por arquitectos, João Durães conta que “aprendeu a reviver o passado para valorizar e compreender o rumo do futuro”. “A arte vai-se moldando com o tempo e é preciso saber valorizar todos os tipos de arte, compreendê-la e apreciá-la. O OH Lisboa permite tudo isto de uma forma muito mais próxima, única e personalizada. É uma oportunidade para nos pormos no papel de designers, arquitectos, pintores, etc”.
Posto isto, João Durães também aconselha a experiência: “A cultura é transversal a todas as pessoas, sejam elas do ramo das artes, saúde ou tecnologia… Como farmacêutico ponderei não me candidatar mas, no final, a experiência mostrou-me o contrário, todos fazemos parte e contribuímos para que a cultura se expanda e seja enaltecida. Há espaços que merecem ser vistos por todos”. Sobre a forma como os visitantes olham para o evento, João Durães refere que olham com “expectativa e curiosidade”. “Todos sabemos que se trata de um momento único no ano e por isso todos esperamos com alguma ansiedade e entusiasmo. Para alguns serve de momento para apreciar quadros fantásticos, para outros visitar um espaço fechado ou de restrito acesso, para outros a entrada gratuita, outros pelo momento em família, mas para todos estes são espaços únicos cheios de história e com uma equipa sempre disponível para os ajudar”, conclui.
Também na orientação das visitas, Sandra Samina, 36 anos, arquitecta, sublinha a “experiência única, surpreendente, intensa e apaixonante” que é ser voluntária no Open House Lisboa. Sandra Samina também acredita no papel sensibilizador que o evento tem ao mostrar à sociedade a importância do papel do arquitecto. “Na minha opinião qualquer espaço pode ser habitável, mas o que o diferencia é a qualidade da vivência que proporciona a quem o percorre e o habita. O arquitecto tem um papel fundamental na intervenção do espaço por a interpretação da leitura do local no seu contexto cultural e arquitectónico. A proposta a realizar deverá ser pensada como única ao utilizador do espaço de modo a surpreender o que é expectável”. Também
Sandra Samina aconselha a experiência porque, refere: “Todos nós enquanto cidadãos, estudantes, arquitectos, orgulhosos do nosso património devemos ter uma atitude entusiástica na aquisição e partilha de saberes. Temos a oportunidade de estar em contacto directamente com os especialistas, autores do projecto e conhecer alguns pormenores dos espaços inacessíveis ao público”.