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Depois de ter visto a sua fábrica reduzida a cinzas por os incêndios que em Outubro de 2017 atingiram Oliveira de Frades, a TOSCCA – Equipamentos em madeira, Lda., prepara a inauguração de uma nova fábrica, que resulta de um investimento de 11 milhões de euros, que incluem fundos próprios, indeminização dos seguros e o recurso ao programa REPOR.
Com data de inauguração agendada para o próximo dia 15 de Outubro e contando com a presença do Presidente da República Marcelo Rebelo de Sousa, a empresa que fabrica e comercializa soluções em madeira para outdoor leaving, volta a erguer-se, como havia prometido Pedro Pinhão, o seu sócio-fundador, na altura do incêndio.
Em nota de imprensa enviada ao CONSTRUIR, a TOSCCA sublinha que o responsável “olhou para todas as adversidades como oportunidades” e decidiu não só reconstruir a fábrica como, também aumentá-la em termos de espaço e de instalações por forma a sustentar a expansão já prevista à data do incêndio.
“Tivemos que comprar terrenos contíguos”, explica. “Compáamos uma nave adjacente onde funcionamos em pleno desde Janeiro último, para em simultâneo e com um plano integrado repor as nossas anteriores competências e acelerar o plano de investimento previsto até 2020”, explicou ao CONSTRUIR Pedro Pinhão.
Segundo o mesmo responsável, a estratégia de investimento até 2020 “é clara e assenta em três pilares: Melhoria da competitividade naquilo que fazemos, diversificação para novos produtos, assentes na economia circular (mobiliário em reciclado de plástico), e compósitos betão /madeira reciclada e investimento em produtos de madeira com elevada incorporação tecnológica como é o caso do CLT ´Cross Laminated Timber’, processo que permite a utilização muito mais intensiva da madeira enquanto elemento estrutural”.
Pedro Pinhão comenta: “Tivemos prejuízos de 10,2 milhões de euros, mas com o recurso a indemnizações e ao apoio de 6 milhões do REPOR – Sistema de Apoio à Reposição da Competitividade e Capacidades Produtivas -, conseguimos renascer com tecnologia de ponta, mais espaço, novas oportunidades de negócio e criação de mais emprego”.
Novas instalações
Desta forma, a nova fábrica conta com 4 grandes pavilhões, um dos quais já adquirido após o incêndio e em funcionamento, que têm uma área de 7500 m2, de área coberta e três em desenvolvimento, com respectivamente 8200 m2, 1600 m2 e 160 m2.
Segundo a TOSCCA, a opção foi a de “destacar o material nobre que é a sua matéria prima – a madeira – que terá um papel preponderante assumindo 650 m3 na construção, e os restantes 700 m3 serão em betão. A área coberta terá 8200 m2 e 30 metros de vão livre conseguidos com recurso ao uso de vigas de alma cheia”.
No que diz respeito a medidas de protecção contra incêndios, a TOSCCA garante que aprendeu com a tragédia o quanto insuficientes eram os meios de que dispunha. “Rodeámo-nos de consultores experientes na área da protecção civil e da segurança contra incêndios, para em conjunto e conhecendo a especificidade do nosso sector e as características da nossa localização, desenvolver um sistema que vai muito além das medidas regulamentares obrigatórias, mas que em nosso entender e de especialistas do sector é o adequado”, explica Pedro Pinhão.
Esse sistema, esclarece, “assenta numa quantidade de água armazenada de 1 milhão de litros, ( dois depósitos em paralelo com 10mts de diâmetro e 7,0mts de altura) que com um sistema de bombagem redundante eléctrico/diesel, alimenta um conjunto de ‘canhões’ que rodam a 360º e disparam um jacto água até 80 metros de distância. Este é o nosso sistema âncora que nos permite humedecer a madeira em condições climatéricas limite, para baixar o risco de ignição e actuar numa primeira intervenção em caso de necessidade de forma musculada e rápida. Teremos no ambiente interior dos pavilhões uma rede de sprinklers, sistema automático de detecção por feixe e todo um anel perimetral alimentado com caritéis e bocas de incêndio”.
“Empenhamo-nos muito no desenvolvimento desta solução, apoiamo-nos nos melhores especialistas na matéria e vamos investir mais de 500.000€ neste sistema, porque não queremos e não podemos voltar a passar por uma experiência igual á de 15 de Outubro de 2017”, conclui.