Antiga fábrica na Infante Dom Henrique dará lugar a empreendimento
Em 2008 foi aprovado um plano de pormenor que viabiliza a construção de um empreendimento com uma área bruta de construção acima do solo de 43.500 m2 para uso de escritórios, retalho, residencial e equipamento
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A antiga fábrica têxtil, localizada na Infante Dom Henrique, junto ao Parque das Nações e à estação de metro de Cabo Ruivo, na parte oriental de Lisboa, foi vendida a um grupo imobiliário francês. A operação foi realizada em conjunto pelas consultoras CBRE e a JLL.
O terreno pertencia até então a uma empresa portuguesa de têxteis e tem uma instalação industrial já desactivada, construída nos anos 50 e considerada durante décadas como uma referência nacional da indústria têxtil de lanifícios.
Em 2008 foi aprovado um plano de pormenor que viabiliza a construção de um empreendimento com uma área bruta de construção acima do solo de 43.500 m2 para uso de escritórios, retalho, residencial e equipamento.
A entidade vendedora, assessorada pela sociedade de advogados SGFC-Seabra, Cunha, Marta e Associados, alienou o imóvel a um grupo liderado pela Union de Partenaires pour l’Investissement (UPI), uma promotora imobiliária francesa fundada em 1994 por René de Menthon e François Blanchard, focada na reabilitação de edifícios residenciais do segmento alto em Paris. Estes foram assessorados nesta transacção pela sociedade de advogados VDA-Vieira de Almeida.
Miguel Gonçalves Ferreira, Consultor Sénior da área de Development da CBRE, descreve esta operação como uma transacção realmente única pela escala do activo, pelo mix de usos e pela localização, comparativamente com a maioria dos activos que estão em comercialização no mercado. “Trata-se de um projecto com enorme impacto na malha urbana da zona ribeirinha de Lisboa oriental e com capacidade para criar valor numa área até então relativamente industrializada”, destaca este responsável.
Também Fernando Vasco Costa, Director do Departamento de Urban Development da JLL destaca o crescente interesse por parte dos promotores por lotes de terreno para construção nova. “Esta transacção mostra a tendência do mercado para projectos de construção nova de larga escala, com usos e posicionamentos diferentes dos que foram sendo feitos nos últimos anos. E o Parque das Nações continua a ser uma zona óbvia de expansão da cidade”, explica.