Governo dedica 125M€ à conservação de estradas até 2020
Para o ministro, o plano de conservação corrente da Infraestruturas de Portugal (IP), que vai abranger entre 2018 e 2020, uma extensão de 14.192 quilómetros e 5.831 obras de arte
Lusa
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A conservação e manutenção da rede rodoviária nacional vai beneficiar, nos próximos três anos, de um investimento de cerca de 125 milhões de euros.
O anuncio foi feito pelo ministro do Planeamento e das Infraestruturas que garante que “ao longo do segundo semestre de 2017 estamos a preparar, estamos a tratar dos tais concursos públicos para ter no terreno, nos próximos três anos.
Pedro Marques falava durante uma visita às obras de reabilitação da Estrada Nacional 117, entre o Pendão e Belas, concelho de Sintra, considerou que se trata de um “investimento importantíssimo também na segurança das populações, também nos pavimentos, também nas drenagens”.
Para o ministro, o plano de conservação corrente da Infraestruturas de Portugal (IP), que vai abranger entre 2018 e 2020, uma extensão de 14.192 quilómetros e 5.831 obras de arte, com um investimento base global de 124,7 milhões de euros, representa um “investimento crítico, como também se compreendeu infelizmente recentemente”, em relação à “questão da ceifa e das faixas de protecção” às vias rodoviárias.
“Esse investimento, esses concursos lançados para todos os distritos do país no segundo semestre deste ano estarão na prática em 2018, 2019 e 2020 concretizados no montante global de 125 milhões de euros”, frisou Pedro Marques.
Durante o próximo ano, o ministro acredita que será realizado “um crescimento de 80% do investimento rodoviário por parte da IP”. “Importa é a segurança das populações e a competitividade dos nossos territórios quando eles forem mais acessíveis”, vincou. O presidente da IP, António Laranjo, assegurou que a “esmagadora maioria” dos 18 contratos de conservação para os 18 distritos do continente “estão já no terreno, estão já em concurso”.
Os valores base dos concursos variam entre 4,8 milhões de euros (no distrito de Faro) e 10,3 milhões (Beja), com a manutenção focada principalmente em três níveis de intervenção, relacionados com pavimentação, ceifa e corte selectivo, e reconstrução ou construção de órgãos de drenagem. Segundo fonte da IP, a empresa gestora das infraestruturas rodoviárias e da ferrovia costumava realizar uma a duas ceifas por ano e, na sequência dos incêndios florestais que devastaram o Centro e Norte do país, passarão a ser efectuadas duas ceifas por ano, nos três metros laterais às vias. Além desta intervenção, está previsto que a IP assuma a limpeza em 10 metros laterais às estradas nas zonas em que existam Planos Municipais de Defesa da Floresta Contra Incêndios aprovados, com corte selectivo de vegetação e arvoredo. A obra de requalificação do troço da EN117, entre Pendão e Belas, teve início em Abril deste ano e tem um prazo de execução até Abril de 2018. A intervenção visa melhorar as condições de circulação e segurança rodoviária em cerca de 1.300 metros, num traçado paralelo ao rio Jamor e à ribeira de Belas, onde em Fevereiro de 2008 a queda de um muro arrastou um automóvel para o rio, provocando a morte de duas irmãs.
O projecto da intervenção, no valor de 1,7 milhões de euros, foi desenvolvido em colaboração com a autarquia de Sintra, que também comparticipa na realização de obras de saneamento básico, e na construção de passeios e uma ciclovia. “Durante muitos anos, talvez mais de 20 anos, esta estrada foi uma ‘estrada da vergonha’, onde morreram pessoas, onde não tinha passeios, onde numa estrada com muito movimento nada foi feito durante tanto tempo”, notou o presidente da autarquia, Basílio Horta (PS).
O autarca salientou a importância da obra “não apenas em termos de mobilidade, mas em termos de segurança das pessoas”. “O Estado ou uma autarquia que não consegue garantir a segurança das pessoas não está seguramente a cumprir o seu mandato”, sublinhou Basílio Horta, explicando que a obra na EN117 permitiu encarar toda a requalificação da zona do Pego Longo, que será beneficiada ao nível do espaço público com uma nova zona de lazer.