Grupo TPF regista resultado líquido de 10,5M€ em 2016
No mercado português, 2016 foi “acima de tudo, o ano da fusão entre a TPF Planege e a Cenor”, destaca Jorge Nandin de Carvalho. De acordo com o CEO da TPF Planege Cenor, ao juntar as capacidades e experiência das duas subsidiárias portuguesas sob o mesmo nome, “seremos mais fortes e estaremos ainda mais ao serviço dos nossos clientes”
Pedro Cristino
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O Grupo TPF obteve um resultado líquido de 10,5 milhões e euros em 2016, um resultado que reflecte um acréscimo face aos 8,1 milhões de euros registados em 2015 e que resulta do seu crescimento orgânico “constante e forte”, segundo destaca o comunicado da consultora belga de engenharia.
A nota destaca que, desde a sua criação, a empresa tem vivido anos de “crescimento sustentado”, tanto em termos orgânicos, como através de aquisições, o que lhe permitiu “duplicar a sua dimensão, em média, a cada três anos”. Este é, de acordo com a mesma fonte, o resultado das aquisições, tendo a última sido levada a cabo em Portugal, com a inclusão da Cenor no universo TPF, gerando a TPF Planege Cenor. Assinado por Christophe Gilain e Thomas Spitaels, managing director e CEO, respectivamente, o comunicado destaca também o papel do crescimento orgânico e refere o aumento do turnover na Índia, Brasil e África Ocidental.
TPF Planege Cenor
No mercado português, 2016 foi “acima de tudo, o ano da fusão entre a TPF Planege e a Cenor”, destaca Jorge Nandin de Carvalho. De acordo com o CEO da TPF Planege Cenor, ao juntar as capacidades e experiência das duas subsidiárias portuguesas sob o mesmo nome, “seremos mais fortes e estaremos ainda mais ao serviço dos nossos clientes”. Segundo Nandin de Carvalho, “Com os seus 37 anos de experiência, a nova entidade pode levar a cabo as suas missões com o apoio de 10 representações em África e na Ásia e dos seus 330 funcionários, incluindo 220 funcionários activos em Portugal”, concluiu o máximo responsável da subsidiária portuguesa do Grupo TPF.
Relativamente ao mercado nacional, o comunicado da empresa belga refere que a TPF Planege Cenor “prevaleceu” desde o início e destaca o contrato adjudicado pela IP – Infraestruturas de Portugal para o estudo de viabilidade, estudo preliminar, estudo de impacte ambiental, estudo de execução e relatório de cumprimento de condicionantes para a modernização da secção Mangualde-Guarda da linha de comboio da Beira Alta, com cerca de 73 quilómetros.
Segundo o grupo, serão necessários 14 meses de estudos para o desenvolvimento do projecto. O objectivo é eliminar os constrangimentos de capacidade da infra-estrutura ferroviária, fazer adaptações de forma a que os comboios de 750 metros possam passar na estação e assegurar a interoperabilidade da rede de transportes trans-europeia.
No Algarve, a subsidiária portuguesa do Grupo TPF está envolvida no projecto Vilamoura XXI Lake City, perto da marina, numa área de cerca de 110 hectares, dois quais 25% destinam-se à criação de lagos artificiais para recreio ou transporte aquático. Os estudos estão a ser executados para a Lusotour e referem-se ao desenvolvimento de infra-estruturas urbanas, à protecção face a cheias, infra-estruturas rodoviárias e infra-estruturas subterrâneas. O programa inclui também um parque de estacionamento subterrâneo e o projecto de diversos edifícios na ilha central.
Paralelamente, e em consórcio, a TPF Planege Cenor está a elaborar os estudos de execução e o estudo de impacte ambiental para o circuito hidráulico de Reguengos de Monsaraz e o bloco de irrigação para a EDIA. Segundo a empresa, o circuito inicia-se no canal Alamos/Loureiro e liga as barragens de Alamos e Reguengos, com o objectivo de manter o fluxo necessário para o bloco de irrigação de Reguengos e de reforçar o perímetro de irrigação da Vigia.
Na Argélia, um mercado-chave para a TPF Planege Cenor, a subsidiária da empresa portuguesa está “particularmente activa” nas áreas de transportes, água e construção. Neste cenário, o grupo refere as missões de assistência técnica ao dono de obra do projecto do metro de Argel e o desenvolvimento de estruturas e equipamento da Auto-estrada Este-Oeste, para além da gestão dos trabalhos de construção de diversas linhas de comboio. O grupo está também a realizar o estudo de projecto preliminar e o estudo de projecto final da construção da estação de Sidi-Bel-Abbés, em parceria com a TPF Gentisa Payma, subsidiária espanhola da TPF.
Simultaneamente, a TPF Planege Cenor está a participar em vários projectos hidráulicos e hoteleiros neste país do Magrebe, que incluem o estudo de execução do sistema hidráulico de El Kebir e a gestão dos trabalhos de construção do hotel Amaroua, em Tizi-Ouzou.
Em Angola, o Ministério do Ambiente confiou à empresa a gestão e supervisão da construção do Instituto Nacional para a Biodiversidade, localizado em Kilamba, Luanda. Este contrato tem uma duração de 12 meses e é financiado pelo Banco Africano de Desenvolvimento, como parte de um projecto de apoio ao sector ambiental.
Nos Camarões, a TPF Planege Cenor lidera um consórcio que inclui a brasileira Intertechne, para o projecto hidroeléctrico Bini, em Warak, um dos “projectos-bandeira” do Ministério da Água, Energia e Minas, com o objectivo de desenvolver o potencial hidroeléctrico do país.
O contrato envolve assistência ao dono de obra e gestão e supervisão dos trabalhos de construção da barragem hidroeléctrica (603 hectómetros cúbicos), da central hidroeléctrica (75MW), a linha eléctrica (225 kV) até ao posto de Monguel (70 quilómetros). O projecto inclui a relocalização de 300 pessoas, para as quais foi desenvolvido um plano de realojamento, de acordo com as exigências do Banco Mundial. As equipas do grupo estarão afectas ao projecto durante 22 meses.
Em Cabo Verde, a TPF Planege Cenor levou a cabo um estudo detalhado para o Ministério de Desenvolvimento Rural, com o objectivo de explorar o potencial das águas superficiais através da utilização de instalações hidráulicas apropriadas. O estudo foi conduzido em três fases, que cobriram várias ilhas habitadas deste arquipélago.
Os contratos da empresa neste país incluem ainda assistência técnica para o projecto de construção da barragem Principal e o planeamento hidro-agrícola do perímetro de irrigação associado.
Na Guiné Equatorial, o grupo está envolvido no projecto de abastecimento de água potável à cidade de Mongomeyen e às comunidades próximas, o que abriu “perspectivas interessantes” e criou “enormes desafios” nos sectores de água e saneamento.
Segundo o comunicado, a TPF GE, subsidiária da TPF Planege Cenor, é responsável pela supervisão dos trabalhos de execução para a rede de água potável, que segue a estrada de Mongomo de Akonekien a Meyang, representando um total de 18 quilómetros de tubagens. Este projecto compreende ainda um sistema de tratamento de águas, com uma capacidade de 2.400 metros cúbicos por dia, uma rede de distribuição, ligações domésticas e um tanque de 1.800 metros cúbicos.
Em Macau, a TPF Planege Cenor venceu, através da sua subsidiária Cenor Macau, o contrato de assistência técnica para a gestão do projecto residencial Zape 9 A1 e 9 A2. Localizado numa área de 2.320 metros quadrados, o projecto consiste em dois edifícios interligados, com 23 e 26 pisos acima do solo e quatro pisos subterrâneos cada. No total, a área de construção ascende aos 36.200 metros quadrados, com 339 apartamentos, 18 lojas no piso térreo e 226 lugares de estacionamento.
Regressando a África, a TPF Planege Cenor e a TPF Moçambique estão a trabalhar juntas em vários projectos relacionados com desenvolvimento ambiental e territorial. As duas empresas estão a realizar estudos com vista a caracterizar o perfil ambiental de 25 distritos no Vale do Zambeze.
O objectivo é permitir a obtenção de um melhor conhecimento dos assuntos ambientais, conduzir o Governo no processo de tomada de decisão e implementar as políticas de desenvolvimento regional. Paralelamente, a Direcção Nacional de Recursos Hídricos de Moçambique adjudicou a ambas as empresas o desenvolvimento do plano de gestão integrado para a bacia de drenagem do Rio Messalo, incluindo o desenvolvimento de estratégias para a gestão sustentável do risco de cheias e secas.
O grupo está ainda a trabalhar em vários projectos na Tanzânia, dos quais destaca a expansão da rede de distribuição de água de Dar Es Salaam, a maior cidade do país. Com um acréscimo de 2 mil quilómetros à rede, 372 mil ligações domésticas e 470 bocas de incêndio, “90% das necessidades da população de Dar Es Salaam serão satisfeitas”, afirma a nota da empresa.
Por sua vez, em Timor Leste, o desenvolvimento e reabilitação das estradas no distrito de Oecusse faz parte da “ambição demonstrada pela TPF Planege Cenor ao contribuir para o desenvolvimento da infra-estrutura da Zona Económica Especial ZEESM TI”.
Com base no pedido feito pela Direcção de Pontes e Estradas e Controle de Cheias, a equipa da TPF Planege Cenoor irá focar-se no projecto durante 33 meses, de forma a fiscalizar os vários locais de construção. No total, serão construídos 50 quilómetros de estradas.
A TPF destaca também que a sua subsidiária portuguesa foi selecionada pelo Município de Istambul para realizar os estudos de projecto para três ilhas artificiais no Mar de Marmara – um grande projecto que utilizará a terra resultante dos trabalhos de terraplanagem para outro projecto: o Kanal Istambuml, que ligará o Mar Negro ao Mar de Marmara.
Este projecto consiste na criação de três ilhas artificais de 1.500 gectares utilizando aterros. Nas ilhas serão construídos hotéis, habitação, comércio, centros financeiros, infra-estruturas de desporto e de serviços e ainda marinas.