Engenharia

“Energia é o maior dinamizador do crescimento em Angola”

Num momento em que a construção se cinge aos projectos prioritários no país, a agricultura assume um lugar de destaque para o investimento privado em Angola e, para tal, é necessária uma maior potência instalada em termos de energia. Ao CONSTRUIR, Fernando Prioste e Vítor Carneiro falam da actividade que a COBA tem desenvolvido em Angola e explicam quais são actualmente os principais eixos de desenvolvimento do país

Pedro Cristino
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“Energia é o maior dinamizador do crescimento em Angola”

Num momento em que a construção se cinge aos projectos prioritários no país, a agricultura assume um lugar de destaque para o investimento privado em Angola e, para tal, é necessária uma maior potência instalada em termos de energia. Ao CONSTRUIR, Fernando Prioste e Vítor Carneiro falam da actividade que a COBA tem desenvolvido em Angola e explicam quais são actualmente os principais eixos de desenvolvimento do país

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BarragemLauca (1)Num momento em que a construção se cinge aos projectos prioritários no país, a agricultura assume um lugar de destaque para o investimento privado em Angola e, para tal, é necessária uma maior potência instalada em termos de energia. Ao CONSTRUIR, Fernando Prioste e Vítor Carneiro falam da actividade que a COBA tem desenvolvido em Angola e explicam quais são actualmente os principais eixos de desenvolvimento do país

Presente em Angola desde a década de 60, a COBA tem vindo a acumular um “capital de confiança” neste país, que tem actualmente um peso de 68% na actividade do grupo. Ao CONSTRUIR, Fernando Prioste, presidente do conselho de administração/CEO da COBA Portugal e presidente da COBA Angola, e Vítor Carneiro, vice-presidente do grupo, destacam que a presença da consultora portuguesa no mercado angolano se tem pautado por uma posição de parceira do desenvolvimento do país e da sua engenharia.

“A nossa relação com Angola começou no final dos anos 60, é uma ligação de uma vida”, sublinha Vítor Carneiro, referindo que a COBA, com 55 anos actualmente, tem “45 anos, no mínimo, em Angola”. Neste âmbito, o vice-presidente da empresa ressalva a aprovação, por despacho presidencial, no passado dia 13 de Junho, do Plano Nacional da Água, “que desenvolvemos para o Ministério de Energia e Águas de Angola, na sequência de termos desenvolvido o Plano Nacional de Irrigação de Angola, para o Ministério da Agricultura”. Tratam-se, segundo Vítor Carneiro, de “dois grandes instrumentos de planeamento da utilização de recursos hídricos em que a COBA esteve envolvida e que estão à disposição das autoridades de Angola”. Neste sentido, o engenheiro explica que estes estudos de enquadramento levam “à definição dos eixos de desenvolvimento dos projectos” neste país, onde a empresa portuguesa começou, nos anos 90, por fazer planos directores, “a nível do abastecimento da água e saneamento das cidades” de 10 das 18 capitais de província de Angola. Esses planos constituíram “a matriz que conduziu à realização dos projectos  de reabilitação ou ampliação dos sistemas hídricos existentes”, de acordo com o vice-presidente da empresa portuguesa, que explica que a ligação da COBA ao sector dos recursos hídricos “cobre todo o ciclo da água, desde o planeamento até à concretização de projectos e obras”.

Parceiros de desenvolvimento

“Hoje, estamos no desenvolvimento e implementação desses projectos, com algum desse planeamento de base”, revela Fernando Prioste, ressalvando que os estudos de planeamento que a empresa fez no Médio Cuanza “já vêm desde a década de 70”, tendo a COBA estado envolvida em “todos os empreendimentos, construídos ou em fase de lançamento e construção” desta região.  “Estivemos envolvidos em obras que, hoje, totalizam uma potência instalada de mais de 7 mil megawatts, das quais temos obras de dimensão mundial, com barragens de mais de 2 mil megawatts, como sejam os aproveitamentos de Laúca ou Caculo Cabaça”, destaca Prioste, referindo também o caso da barragem de Cambambe que, com o reforço de potência, tem uma capacidade de 700 megawatts. O CEO da consultora portuguesa de engenharia explica ainda que o grupo esteve envolvido no estudo de viabilidade do Zenzo, “outro empreendimento que também se espera que possa vir a ser lançado brevemento” e que terá uma potência de 950 megawatts – “é muito significativo”, reforça Fernando Prioste. Ao CONSTRUIR, o também presidente da COBA Angola explica que o grupo fez o projecto de base de Caculo Cabaça, barragem que aguarda agora o projecto de construção e a obra, que serão feitos a breve trecho, cabendo à empresa portuguesa “a aprovação dos projectos de execução, que são desenvolvidos sob a responsabilidade do empreiteiro. Neste cenário, Fernando Prioste destaca que, mesmo em obras onde a COBA não teve envolvimento na fase de execução, como Capanda, a empresa foi responsável pelo desenvolvimento do estudo de viabilidade e do anteprojecto da barragem e da central. Todavia, “por razões contratuais e de financiamento, a obra acabou por ser conduzida de forma diferente”.

Músculo chinês

De acordo com o CEO da COBA as autoridades angolanas tem feito “um esforço muito grande” no sentido de “permitir que os projectos estruturantes para o país avancem” e esses projectos são, segundo Fernando Prioste, a energia – produção e fornecimento de energia às populações -, a reabilitação das principais estradas e o abastecimento de água e saneamento. Estas são áreas que, segundo Prioste, apresentam dinamismo e a empresa está envolvida não apenas na área de produção de energia, como também nas redes viárias. “Estamos envolvidos num projecto de grande visibilidade que é a Estrada Nacional que liga Maria Teresa ao Dondo, uma estrada com muito tráfego que é um dos eixos principais de Angola”, explica, referindo que a COBA é responsável pela fiscalização. O que Fernando Prioste tem observado é que, neste momento, “os empreiteiros chineses têm vindo a ocupar algum do espaço que era outrora ocupado por empresas de outra origem” e as principais obras estão em curso. “Não se sente, na construção, um grande abrandamento”, ressalva, relativamente ao sector das infra-estruturas, porque, “se falarmos na habitação e nos escritórios, o caso é diferente”. Segundo Vítor Carneiro, foi definido, pelo Governo angolano, “o que era prioritário e o que era menos prioritário”, tendo as obras não prioritárias ficado “para trás”. Neste sentido, Fernando Prioste recorda que, em 2016, “talvez tenha havido uma quebra, pelo menos, no lançamento de novas obras”. Contudo, actualmente, “fundamentalmente com recurso ao financiamento chinês, houve um novo conjunto de obras lançadas e que estão neste momento em curso”. O Estado angolano tem procurado “fazer o possível com menos recursos porque, obviamente, na situação que ocorreu, há menos recursos e os governantes têm procurado gerir os recursos disponíveis em função das prioridades e da importância das obras”. “Quando conseguem fazê-lo, através da linha de crédito chinesa, conseguem viabilizar alguns empreendimentos”, remata o vice-presidente da COBA.

Aposta na agricultura

Nos dias de hoje, a agulha do desenvolvimento no país parece apontar para o sector agrícola, que, através do investimento privado, promete diversificar a economia angolana. “Está a haver um grande investimento no sector agrícola, com projectos privados, fundamentalmente”, afirma Fernando Prioste, explicando que “são grandes áreas a ser negociadas com rega e com investimentos quer na produção agrícola, quer na produção animal”. Para o CEO da COBA, esta é, também, “uma característica diferente do que existia há alguns anos no país” e a agricultura é “assumida oficialmente como um eixo de desenvolvimento”. Como tal, a empresa portuguesa encontra-se já a trabalhar nesta área, no planeamento e desenvolvimento de projectos para infra-estruturar áreas para produção agrícola, “a jusante do Plano Nacional de Irrigação”. O financiamento destes projectos assenta no investimento privado, com origem angolana ou estrangeira. Segundo Prioste, este tipo de investimentos “não era muito vulgar”, uma vez que, “até há alguns anos, a agricultura não era vista como um sector prioritário”, o que direcionou o investimento para outros sectores, “principalmente para a construção”. “Hoje já se viu que, na construção, principalmente ao nível de edifícios de escritórios e de edifícios para habitação, existe mais oferta do que procura, em relação aos preços de mercado e do tipo de habitação que se construiu”, afirma o CEO, destacando que este facto não significa que “não haja falta de habitação”, mas sim que “é preciso ter capacidade [financeira] para conseguir comprar” uma casa no país. Assim, a aposta no sector agrícola é “clara” segundo Prioste, que refere a existência, por parte das autoridades angolanas, “de todo o interesse em desenvolver um corredor com fornecimento de energia e desenvolvimento de projectos agrícolas que consigam alimentar e tornar o país auto-sustentável a nível da própria produção agrícola”. São, segundo o responsável da COBA, “investimentos de várias centenas de milhões de dólares” destinados ao desenvolvimento da agricultura no país, porque se tratam de áreas “muito gandes”. “Existem projectos com várias dezenas de milhares de hectares para serem equipados”, ressalva, explicando que, “neste momento, ao nível da agricultura, Angola tem praticamente tudo para fazer ainda, não só ao nível da produção, mas também da transformação e distribuição”. Não é, para Prioste, apenas uma questão de produção, pois “é necessário fazer com que aqueles produtos cheguem aos consumidores e isso requer que sejam transformados, armazenados, conservados e, depois, transportados”, o que envolve “toda a cadeia de logística”. Ao mesmo tempo, muito dos projectos em questão não se limitam à agricultura, abrangendo também a produção animal e a transformação, isto é, “projectos integrados”, segundo Fernando Prioste. Para este engenheiro, esta aposta no sector agrícola é “seguramente um factor importante para dinamizar a actividade da engenharia em Angola”. “Existem, neste momento, projectos para infra-estrutura mais de 100 mil hectares de regadio em Angola”, revela, sublinhando que este tipo de projectos “implica sempre reservatórios”, uma vez que “não se consegue irrigar áreas destas sem construir reservatórios e, depois, as redes de distribuição”, o que contribui também para acrescer as oportunidades que Angola proporciona à engenharia.

Energia como multiplicador

Fernando Prioste não considera que, nestes últimos anos, tenha havido “um retrocesso no desenvolvimento de Angola”. “Aliás, o próprio crescimento do país atesta isso: Angola, de há largos anos para cá, não tem recessão”, reforça o CEO da COBA, explicando que, embora o país tenha vindo “a crescer menos do que o que crescia há uns anos, continua a crescer”. Exemplo disso é o produto interno bruto angolano, que cresceu no ano transacto. Por outro lado, os projectos infra-estruturantes no país assentam, em grande parte, na energia, “o multiplicador de todo o desenvolvimento”, segundo Fernando Prioste, que explica que, “sem energia, não há procura, porque esta está limitada pelo facto de não haver oferta”. Neste contexto, Vítor Carneiro destaca que, a partir do momento em que as grandes centrais entrarem em funcionamento, “começamos a ter uma potência instalada que já permite o aumento da procura” que estava “completamente refreada por não existir oferta”. “Com a entrada em funcionamento de Cambambe e do primeiro grupo de Laúca, passamos a começar a ter disponibilidade e, até ao final de 2018, passamos a ter mais 2 mil megawatts na rede”, o que cria “disponibilidade para aumentar a procura”. O aumento da potência instalada no país permitirá também a instalação de novas unidades industriais e um maior investimento na agricultura que, segundo Fernando Prioste, não ocorre já porque “produzir bens com recurso a geradores é caríssimo e sai mais barato importar do que produzir em território nacional”. Para Prioste, “o desenvolvimento do sector energético é o maior dinamizador e multiplicador do crescimento em Angola”.

Manter presença

O CEO da COBA prevê que o grupo continue a ter “uma presença forte em Angola”, até porque alguns dos projectos em que a empresa está envolvida “são projectos plurianuais”. “Alguns estão agora a arrancar e terão uma duração de sete anos”, o que, para a COBA, representa “também uma janela de oportunidade e uma possibilidade de continuar a ter uma presença forte no país durante praticamente mais uma década”. Por sua vez, Vítor Carneiro prevê que a presença do grupo em Angola fique marcada por “desafios extremamente importantes”, como a formação de quadros nacionais angolanos que possam integrar os projectos do grupo “e possam ser uma parte activa do próprio país”. “Temos feito um grande esforço na formação de quadros, mas este é um desafio que, para nós, é fundamental”, conclui o vice-presidente da COBA.

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Lionesa Business Hub celebra o Dia Mundial da Arte com galeria a céu aberto no campus

Centro empresarial assinala data com exposições a céu aberto, ofertas culturais aos colaboradores e parcerias locais, demonstrando que a arte no quotidiano potencia criatividade, produtividade e bem-estar

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No próximo dia 15 de Abril, para celebrar o Dia Mundial da Arte, o Lionesa Business Hub (Lionesa BH) vai transformar o seu campus numa verdadeira galeria de arte a céu aberto. A iniciativa Open Air Gallery, já implementada como política activa de bem-estar corporativo e atracção de talento, ganha destaque com uma programação cultural especial para colaboradores e comunidade. A arte e a cultura, presentes no dia a dia deste hub empresarial, são colocadas no centro das atenções, reforçando a aposta em proporcionar um ambiente de trabalho inspirador e criativo.

No Dia Mundial da Arte, o Lionesa BH preparou uma programação especial que convida a comunidade a mergulhar na experiência artística do campus e da região envolvente. Ao longo do dia, será distribuído um roteiro ilustrado que destaca as principais obras e instalações artísticas espalhadas pelo espaço, incentivando colaboradores e visitantes a explorarem este verdadeiro museu a céu aberto. Para além do campus, e em parceria com a Área Metropolitana do Porto, serão também oferecidos cartões Andante com duas viagens incluídas, permitindo aos membros da comunidade descobrir uma rota de arte pública pela cidade, que inclui museus de referência e intervenções artísticas emblemáticas na região. Como gesto simbólico e inspirador, cada uma das 120 empresas presentes no Lionesa BH receberá ainda um exemplar do livro “Happy Hour is 9 to 5”, de Alexander Kjerulf, uma obra que reforça a importância da felicidade no local de trabalho, lembrando que um ambiente criativo e positivo é essencial para o bem-estar e a produtividade.

“A celebração do Dia Mundial da Arte é mais um capítulo da constante integração entre cultura e vida empresarial promovida pelo Lionesa BH”, diz António Pedro Pinto, head of marketing & mood lab. “Diversos estudos comprovam a relação positiva entre o acesso à arte/cultura e a produtividade, criatividade e bem-estar dos colaboradores. Uma revisão internacional recente quantificou melhorias significativas na qualidade de vida e na produtividade associadas à participação em actividades culturais. (The Guradian). No contexto empresarial, a presença de arte nos locais de trabalho está associada a aumentos de produtividade de até 35% e de bem-estar dos colaboradores em até 42%”, adianta.

De salientar que o campus já conta com exposições permanentes que fazem parte do seu quotidiano: o Gate Gallery – instalação artística de grande escala na entrada principal –, o Mural da Rua da Lionesa (com cerca de 1400 m², considerado o maior mural de arte urbana no norte do país e o espaço expositivo The Museum, onde regularmente se apresentam obras e colecções. Além destas, o Lionesa BH organiza exposições temporárias e pop-up em colaboração com parceiros de renome, como a Ferrari, a marca Tashan, a agência criativa The Martin Agency, a Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto e o Museu Nacional Soares dos Reis.

Essas parcerias permitem trazer ao campus desde arte contemporânea e design automóvel até projectos académicos e acervo museológico, num intercâmbio cultural único entre o mundo empresarial e as instituições artísticas. A estratégia cultural do Lionesa BH estende-se também para lá do seu recinto, através de parcerias com instituições emblemáticas da região. A colaboração com a histórica Livraria Lello e com a Torre dos Clérigos reforça a ligação entre a comunidade empresarial do Lionesa BH e a riqueza cultural local. Estas parcerias visam democratizar o acesso à cultura, oferecendo experiências exclusivas e benefícios aos colaboradores e residentes do campus, e criando uma ponte entre o ambiente de trabalho e a herança cultural da cidade.

 

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SunEnergy conclui projecto de autoconsumo com painéis solares em Idanha-a-Nova

O projecto, para a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova (ARBI) consistiu na instalação de quatro unidades de produção em autoconsumo, que contemplou a instalação de 796 painéis solares fotovoltaicos de 550W para produção de energia eléctrica a partir do sol

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A SunEnergy, especialista em soluções de produção de energia eléctrica a partir do sol, conclui mais um projecto de autoconsumo fotovoltaico, desta vez para a Associação de Regantes e Beneficiários de Idanha-a-Nova (ARBI), responsável pela gestão e manutenção do Aproveitamento Hidroagrícola da Campina de Idanha-a-Nova, localizado no distrito de Castelo Branco.

Este projecto consistiu na instalação de quatro unidades de produção em autoconsumo, que contemplou a instalação de 796 painéis solares fotovoltaicos de 550W para produção de energia eléctrica a partir do sol.
Com uma potência de 550 kW, este projecto vai permitir à ARBI reduzir de forma significativa a sua factura energética e a nível ambiental irá permitir, também, uma redução de emissões de CO2 em 350 toneladas por ano, totalizando 9.000 toneladas ao longo de 25 anos.

Um dos aspectos mais relevantes deste projecto relaciona-se com o facto de uma das quatro unidades de produção, a maior de todas, com 608 painéis, ter sido instalada num lago com estrutura flutuante. Esta solução sustentável, ainda rara em Portugal, permite aproveitar uma área que não serviria para outras aplicações e que permite, inclusivamente, melhorar a qualidade da própria água armazenada no lago e reduzir a sua evaporação durante o Verão. Adicionalmente, o facto de os painéis se encontrarem instalados na água faz com que a temperatura à superfície dos painéis seja mais baixa do que no solo e, como tal, a sua eficiência e, em consequência, a sua produção, serão maiores. Outro dos projectos, com 132 painéis, foi instalado com recurso a uma estrutura desenvolvida à medida sobre um dos canais de distribuição de água.

Paulo Tomé, Presidente da ARBI, sublinha que “temos como missão garantir a melhor gestão possível dos recursos hídricos da nossa região. Com este investimento na produção de energia solar, reforçamos o nosso papel na promoção da sustentabilidade ambiental e asseguramos uma redução significativa dos custos energéticos das nossas operações, o que nos permitirá alocar recursos para prestar um serviço ainda melhor aos nossos beneficiários.”

“Este é um projecto que nos orgulha não só pela sua dimensão, mas sobretudo pela forma inovadora como aliámos a produção de energia solar à optimização dos recursos hídricos. Esta instalação flutuante é também um excelente exemplo de como a agricultura pode beneficiar da energia renovável, contribuindo ao mesmo tempo para a sustentabilidade do nosso planeta”, afirma Paulino Oliveira, responsável técnico da SunEnergy.

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Quelfes integra Rede Espaço Energia

Novo balcão oferece apoio directo à eficiência energética, conforto térmico e acesso a programas de incentivo à reabilitação e uso de energias renováveis

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O novo Espaço Energia de Quelfes, no concelho de Olhão, passa a integrar a Rede Espaço Energia, uma iniciativa coordenada pela ADENE no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), com o objectivo de aproximar os cidadãos das soluções de eficiência energética, conforto térmico e uso de energias renováveis.

“A adesão de Quelfes a esta rede é um exemplo inspirador de liderança local, assente na proximidade, inovação e capacitação dos cidadãos. A transição energética não se faz apenas com tecnologia. Exige políticas públicas próximas e territórios capacitados. Com os Espaços Energia, colocamos as pessoas no centro das decisões”, afirmou a ministra Maria da Graça Carvalho, durante a cerimónia de inauguração que contou também com a presença do presidente da Câmara Municipal de Olhão, António Pina, presidente da ADENE, Nelson Lage, e do presidente da Junta de Freguesia de Quelfes, Bruno Alves.

O Espaço Energia de Quelfes oferece atendimento gratuito e personalizado sobre eficiência energética, reabilitação urbana, autoconsumo, energias renováveis e conforto térmico. Está vocacionado para apoiar os cidadãos na adoção de soluções sustentáveis e no acesso a programas de incentivo público, contribuindo para combater a pobreza energética e promover uma verdadeira cidadania energética.

“Estes espaços não são apenas balcões de atendimento, mas sim pontos de transformação comunitária. A ADENE coordena esta rede com o propósito claro de garantir que, em todo o país, os cidadãos têm acesso à informação e às soluções que lhes permitem fazer parte da transição energética. Continuaremos a apoiar, formar e ouvir cada entidade local, porque é com esta proximidade que garantimos uma transição energética para todos”, sublinhou Nelson Lage, Presidente da ADENE.

A Rede Espaço Energia, lançada oficialmente a 29 de Janeiro de 2025, integra a reforma RP-C21-r44 do PRR e já ultrapassou a meta dos 50 balcões com cobertura nacional em todos os distritos de Portugal continental.

Além de apoiar directamente os cidadãos, os Espaços Energia funcionarão como pontos de recolha de dados para o Observatório Nacional da Pobreza Energética e serão canais para a disseminação de programas futuros, como o E-Lar e os Bairros Mais Sustentáveis.

As candidaturas para a criação de novos Espaços Energia, com apoio do Fundo Ambiental, estão abertas até 30 de Maio de 2025.

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Castelo Branco acolhe Observatório sobre futuro da habitação no interior de Portugal

Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado. O evento é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal

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No próximo dia 15 de Abril, o Cine-Teatro Avenida, em Castelo Branco, será palco do evento de debate sobre o futuro da habitação no interior do País. Intitulado “Que futuro para a habitação no interior”, o Observatório é promovido pela Century 21 Diamond, com o apoio da Century 21 Portugal, e tem como objectivo “fomentar a reflexão e a troca de ideias” entre os principais agentes do sector público e privado.

Além disso, promove o diálogo directo entre os territórios do interior, as entidades públicas e os setores financeiro e imobiliário, assim como servirá para lançar pistas concretas para políticas que promovam mais equidade territorial e melhores condições de vida nas regiões do interior.

A iniciativa conta com a presença de representantes de oito municípios da Beira Baixa, da Comunidade Intermunicipal da região e de várias entidades nacionais com responsabilidade directa no planeamento e desenvolvimento territorial. Estarão em destaque temas como o acesso à habitação, o arrendamento, o rendimento das famílias, o custo e tipologia dos imóveis, o crédito à habitação, a nova Lei dos Solos e o impacto da reclassificação de terrenos rústicos em urbanos.

Entre os oradores confirmados, contam-se os presidentes de Câmara de Castelo Branco, Fundão, Penamacor, Oleiros, Vila de Rei, Proença-a-Nova, Vila Velha de Ródão e Idanha-a-Nova. o presidente da Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa, representantes do IHRU e da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional e do Turismo do Centro, entre outros. A sessão de abertura ficará a cargo de Patrícia Gonçalves Costa, secretária de Estado da Habitação.

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Herdade do Canhão
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Herdade em Mourão vai a leilão por 2,8 M€

Com 430 hectares, a Herdade do Canhão caracteriza-se por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras. As licitações podem ser enviadas até 22 de Abril

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A Herdade do Canhão, em Mourão, junto ao Alqueva, encontra-se em leilão electrónico, no âmbito do Processo Especial de Revitalização (PER) da Farmácia Alcântara Guerreiro. A Leilosoc.com está a recepcionar licitações até 22 de Abril deste ano. A propriedade, composta por um lote único com nove artigos rústicos e um artigo urbano, contíguos entre si, está avaliada em 2.800.000 euros.

A Herdade do Canhão estende-se por 430 hectares de terreno, caracterizados por vinha, olival, cereais, azinhal e duas albufeiras, cuja captação e uso dos recursos hídricos está atribuída pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Alentejo.

O imóvel situa-se no Alqueva, numa das zonas mais valorizadas do território alentejano, cuja localização é reforçada pela proximidade à fronteira com Espanha, a apenas 15 minutos do acesso rodoviário ao país vizinho.

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Prata Riverside Village (Créditos: Ricardo Oliveira Alves)
Imobiliário

VIC Properties homenageia legado fabril de Marvila em novo edifício

Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South

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A VIC Properties iniciou a construção do Factory, o novo edifício do Prata Riverside Village, cujo nome pretende homenagear o legado fabril da freguesia de Marvila. Constituído por 53 apartamentos, o Factory vem juntar-se aos restantes oito edifícios do empreendimento projectado por Renzo Piano: The One, Riverside, West, Square, Urban, Park, Art e South.

Através da construção do Factory, a VIC Properties dá mais um importante passo rumo à finalização do Prata Riverside Village. Neste momento, o projecto conta com seis edifícios completamente construídos e vendidos. Sendo que neste momento estão também a ser desenvolvidos os edifícios Art e South, com conclusão prevista para 2026, e cuja taxa de venda se encontra, respetivamente, em 85 e 65 por cento.

Com tipologias que variam entre o T0 e o T4, o Factory procura, tal como todos os edifícios do Prata, oferecer resposta a clientes com diferentes tipos de perfis e necessidades. No âmbito da promoção de medidas sustentáveis, os moradores do edifício poderão usufruir de um sistema de domótica, através do qual conseguirão tirar mais proveito do ensombramento das janelas, diminuindo a quantidade de energia despendida para regular a temperatura das suas casas.

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As diferentes “Formas (s)” da RAR Imobiliária

A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura aceitaram o desafio e, a partir, de um conjunto de peças em madeira, apresentaram seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar

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Um jogo, seis gabinetes de arquitectura, uma exposição e seis visões dão uma nova “Forma” ao stand da RAR Imobiliária no Salão Imobiliário de Portugal (SIL), que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa.

A partir de um kit de materiais composto por 100 peças de madeira, abraçadeiras e cola, a RAR Imobiliário fez a proposta, a seis ateliers, para criarem, a partir desses elementos, um módulo arquitectónico, “habitável e inspirador”, que configurasse uma “verdadeira expressão de criatividade e funcionalidade”.

O jogo, aceite pelos gabinetes de arquitectura A43, Correia/Ragazzi Arquitectos, hori-zonte, José Carlos Cruz, Masslab e Nuno Valentim Arquitectura, resultou na criação de seis visões “criativas” sobre o espaço e o conceito de habitar, dando, assim, origem à primeira exposição de arquitectura da promotora – “FORMA – Expressões de Arquitectura”.

Na resposta ao jogo, cada um dos gabinetes usou os elementos para criar a sua visão “única” sobre a habitação, materializando-a através de maquetes e conceitos que exploram identidade, funcionalidade e expressão artística.

Para Paula Fernandes, CEO da RAR Imobiliária, a exposição representa o “compromisso” da RAR Imobiliária com a inovação e a diversidade na arquitectura. “Queremos promover um espaço de diálogo onde diferentes perspetivas sobre a habitação possam ser exploradas, incentivando a criatividade e novas formas de pensar o espaço habitacional”, refere.

No SIL. a RAR levou também para a ‘exposição’ os projectos, actualmente, em desenvolvimento, tais como o Montebelo Villas e o Boavista 5205.

A RAR Imobiliária está focada na expansão em mercados estratégicos, mantendo a aposta no segmento alto e em localizações de prestígio. Porto e Lisboa continuam a ser as áreas prioritárias.

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Metropolitano de Lisboa lança novo concurso para a construção da Linha Violeta

O Metropolitano de Lisboa lança no dia 15 de Abril novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures, também designado por Linha Violeta

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A sessão de lançamento no novo concurso para a construção do metro ligeiro de superfície Odivelas-Loures está agendada para 15 de Abril e contará com a presença do Ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz.

A linha Violeta resulta de um protocolo de colaboração assinado pelo Metropolitano de Lisboa, a Câmara Municipal de Loures e a Câmara Municipal de Odivelas para o estudo, planeamento e concretização de um projecto de expansão da cobertura intermodal da actual linha Amarela do Metropolitano de Lisboa.

Recorde-se que o primeiro concurso lançado a 15 de Março do ano passado não teve resposta por parte das empresas. Já em Março deste ano o Governo autorizou novo aumento de 150 milhões de euros para a empreitada, face ao investimento previsto, que era de 527 milhões de euros. O custo da linha deverá ascender, assim, a 677 milhões de euros.

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Krest investe 120 M€ no novo empreendimento Arcoverde

O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior

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Entre Quinta da Fonte e Paço de Arcos vai nascer o mais recente projecto da Krest. O Arcoverde deverá começar a ser construído ainda este ano e arranca, numa primeira fase, com 175 apartamentos, aos quais se juntam mais 45, numa fase posterior. O investimento total é de 120 milhões de euros.

Promovido em conjunto com a belga Revive, o Arcoverde tem assinatura do gabinete Saraiva + Associados e pretende dar resposta à “grande falta de habitação” que existe naquela zona.

Pela sua localização, o projecto tem despertado “grande interesse”, revela Claude Kandyoti, CEO da Krest, estando em lista de espera largas centenas de pessoas. O lançamento no Salão Imobiliário de Portugal, que se encontra a decorrer na FIL, em Lisboa, marca, também, o início da comercialização. Logo no primeiro dia, foram assinaladas 15 reservas, revelou Claude Kandyoti.

O projecto será desenvolvido numa área exclusiva de 34 mil m2, dos quais 25 mil correspondem aos espaços residenciais e comerciais, rodeados por zonas verdes e áreas comuns, assim como piscinas comuns, jacuzzis privados, áreas desportivas e de fitness, comércio e lazer, parque infantil, estacionamento e arrecadações e, ainda, serviços de mobilidade eléctrica e partilhada.

Os apartamentos são construídos de acordo com mais “elevados” padrões ecológicos e económicos, utilizando materiais locais, de forma a que cada residência mantenha custos de energia baixos e uma pegada de emissões quase nula.

O corredor verde que se desenvolve ao longo da encosta onde o projecto será construído, estratégias de redução de tráfego que minimizam o uso de carros, com uma rua interna apenas acessível a veículos de emergência, recurso a energia renovável, percursos pedonais, iniciativas de envolvimento social, entre os quais agricultura urbana e arte local, assim como uma gestão da água que asseguram a sustentabilidade deste projecto.

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Consórcio do TGV equaciona construção de duas novas pontes sobre o Douro

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos

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O consórcio LusoLav, responsável pela linha de alta velocidade entre Porto e Oiã, quer mudar em dois quilómetros a localização da estação de Gaia e fazer duas pontes sobre o Douro em vez de uma rodoferroviária.

A proposta consta de um conjunto de documentos que serão apresentados e votados junto das Câmaras de Gaia e Porto, com esta última a manifestar surpresa e desconhecimento sobre qualquer intenção do consórcio.

Relativamente à estação, “é proposta uma alteração da localização anteriormente prevista – Santo Ovídio -, que constava dos estudos elaborados pela IP e que serviram de base ao concurso, deslocando a estação cerca de 2km para sul”.

“A nova localização proposta para a Estação de Vila Nova de Gaia fica compreendida entre a Rua da Junqueira de Cima (a norte e poente), a Rua e Travessa do Guardal de Cima (a sul) e a Travessa de Belo Horizonte (a nascente)”, na zona de São Caetano, em Vilar do Paraíso.

Além de um conjunto de acessbilidades rodoviárias a construir, a proposta inclui “o prolongamento da linha Rubi, desde Santo Ovídio até à Estação de Alta Velocidade (lado poente)”, com custos repartidos entre o consórcio (obra pesada) e a Metro do Porto (instalação da linha e dos respectivos equipamentos).

“Relativamente ao prolongamento da Linha Rubi desde a Estação de Santo Ovídio, importa referir que, dada a elevada densidade e sobreposição de infraestruturas neste local, esta obra afigura-se bastante complexa, obrigando a desviar o acesso rodoviário para poente, sobre um talude ajardinado, adivinhando-se impacto negativo, face à proximidade aos edifícios de habitação existentes”, aponta.

Os serviços municipais dizem ainda que, apesar da estação poder ser retirada de Santo Ovídio, entre as atuais estações de metro Santo Ovídio e D. João II, “o município deverá dar continuidade ao Plano de Pormenor que está em elaboração para o local”.

Quanto à travessia do Rio Douro, “a solução agora apresentada volta a separar, em duas pontes distintas, o modo ferroviário e o modo rodoviário”, pode ler-se em documentos municipais agora conhecidos.

Os mesmos apontam que “o consórcio sustenta essa opção na necessidade de redução do risco de financiamento, redução do risco de incumprimento do prazo e na clara separação das futuras responsabilidades de manutenção de cada uma das pontes”.

A proposta do consórcio implica ainda menos construção em túnel, pois “no projeto que consta do Estudo Prévio, a maior parte da extensão da linha no concelho de Vila Nova de Gaia encontra-se prevista em túnel, feito em escavação subterrânea, com menor impacto à superfície”, com 9,2 quilómetros em túnel do total de 12 quilómetros percorridos no concelho.

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