“Perder o Archi Summit é, talvez, perder um momento especial enquanto arquitecto”
Bruno Moreira, fundador do Archi Summit e responsável pela sua organização, fala sobre o que podemos esperar do evento nesta sua primeira edição em Lisboa, e porque não o podemos perder
Ana Rita Sevilha
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Nos próximos dias 6 e 7 de Julho, o Pavilhão de Portugal, em Lisboa, será o palco do Archi Summit. A iniciativa dedicada a arquitectos, engenheiros e designers pretende destacar aquilo que de melhor se faz em todo o mundo nestas áreas e para tal vai contar com nomes referência no panorama arquitectónico nacional e internacional. Álvaro Siza Vieira e Valerio Olgiati são os cabeças de cartaz. Em entrevista ao CONSTRUIR, Bruno Moreira, fundador do Archi Summit e responsável pela sua organização, fala sobre o que podemos esperar do evento nesta sua primeira edição em Lisboa, e porque não o podemos perder.
O que o levou a criar um Summit de Arquitectura?
Bruno Moreira: Um summit é um momento de partilha, conteúdo e evolução. O que identificámos, há quase cinco anos atrás, foi exactamente isso: Portugal precisava de um momento, uma experiência, que trouxesse conteúdo aos arquitectos e contribuísse para o crescimento da cadeia de valor. Hoje podemos dizer que estávamos correctos quando levantámos essa necessidade e temos a certeza de que o Archi Summit é um contributo claro. A Margres também tem sido uma marca que, com o seu Main Sponsoring, se apresenta, ano após ano, como um pilar para o crescimento do evento.
Em vésperas da 3ª edição, qual o balanço que faz do caminho feito até aqui?
Nas duas primeiras edições tivemos mais de 1.000 arquitectos presentes, no total 40 marcas de diferentes sectores da construção e muitas dinâmicas que estão a fazer o summit crescer. O balanço é francamente positivo e faz-nos acreditar que o Archi Summit está a construir um espaço importante nos eventos culturais de arquitectura.
Nesta edição escolheram Lisboa. Alguma razão especial?
O Archi Summit é muito feliz no Porto! O que decidimos este ano foi transportar este momento para outra cidade, o que nada impede de, a qualquer momento, termos uma nova edição no Porto e, quem sabe, até fora de Portugal. O grande objectivo da organização é criar uma ideia e opinião positiva junto dos participantes para que o evento consiga ser uma referência… seja no Porto, Lisboa ou outra cidade. Como é um evento recente, optámos por um centro urbano com uma grande concentração do nosso público-alvo.
A escolha dos espaços onde se passa o summit tem sido uma “marca” do evento. Porquê a escolha do Pavilhão de Portugal?
O Pavilhão de Portugal, tal como o Silo Auto ou o Antigo Matadouro do Porto, têm particularidades arquitectónicas dignas de registo e homenagem. É verdade que no ano passado estávamos num edifício devoluto, o que gera sempre uma enorme curiosidade. Este ano decidimos prestigiar uma obra carismática, importantíssima para o espectro nacional. A Consola de Álvaro Siza foi a escolha, o convite ao próprio não podia deixar de acontecer.
Na sua opinião, quais as grandes mais-valias de se participar num summit como este?
Um summit é uma experiência. É difícil concentrar tanta massa crítica num evento. Temos alguns dos melhores arquitectos nacionais e internacionais em conferência, temos grandes marcas a expor soluções construtivas inovadoras – nesta altura destaco sempre as interações que a Margres, marca líder no segmento – temos acções paralelas mais técnicas e de conhecimento, temos várias surpresas associadas à cultura, ao conhecimento e à arquitectura. Motivos de sobra para visitar e participar no único summit de arquitectura organizado em Portugal.
No que diz respeito às conferências, o que nos pode antecipar? Quais poderão ser os pontos altos?
Custa-nos, com tantos arquitectos de qualidade, falar sobre os speakers de destaque. No entanto existem dois nomes incontornáveis, um português e outro suíço. Álvaro Siza Vieira é a figura de excelência em Portugal, muito premiado, publicado e até condecorado. Um nome que não levanta dúvidas ou desconhecimentos. No segundo dia de summit temos um senhor da arquitectura suíça, Valerio Olgiati, também ele extremamente publicado e premiado. Apesar disso, não posso esquecer todo o quadro, que apresenta uma qualidade acima da média.
Que critérios estiveram na base da escolha dos speakers?
A curadoria de Rodrigo Costa Lima e Amélia Brandão. Eles foram efectivamente o motor deste painel, a começar pelos critérios de escolha e nomeação, passando pelo contacto directo com todos os speakers. A verdade é que todos revelaram uma abertura fantástica e sem este trabalho seria difícil conseguir os mesmos resultados. Tínhamos de ter arquitectos publicados, premiados, tanto experientes como emergentes, com uma linguagem própria e qualidade de projecto e obra.
O arquitecto Manuel Aires Mateus e o colectivo SAMI são os autores de uma instalação no evento. Podem desvendar mais sobre isso?
Ambos se juntaram para fazer algo histórico e exigente. Estamos a falar numa instalação que terá três dias de montagem, para durar dois dias, mas que certamente marcará a história das exposições de arquitectura em Portugal. Podemos dizer que tem cortiça e utilizam-na em quantidades sem precedentes.
Em Março o Archi Summit foi distinguido pela sua criatividade. É uma prova de que o evento chegou para ficar?
Totalmente! O Archi Summit é um evento sustentável a todos os níveis. Até na sua criatividade. Teremos Summit em 2017, mas os seguintes já estão na calha e queremos triunfar, superar as expectativas e olhar já para 2018 como um ano de novas conquistas.
Quais as expectativas que tem em relação à edição deste ano?
A edição deste ano trouxe novos desafios. Em primeiro lugar, escolher um local que traz dificuldades por ser aberto, quase público. Depois, a alteração do registo das conferências num tom mais político para um registo mais associado ao projecto e à partilha de qualidade. Por outro lado, a exposição está mais interessante que nunca e sabemos que vamos acrescentar valor a quem visita. Portanto, queremos ter novamente largas centenas de arquitectos presentes, as salas cheias e toda a cadeia de valor satisfeita.
Porque é que não se pode perder o Archi Summit 2017?
O Archi Summit é imperdível porque traz uma exposição singular, assinada por dois gabinetes incríveis, uma conferência de elevadíssima qualidade e uma experiência 100% dedicada ao seu público. Perder o Archi Summit é, talvez, perder um momento especial enquanto arquitecto.