Viver num contentor marítimo
A Slice of Design nasceu em 2012 fruto da identificação de uma falha no mercado ao nível da habitação modular – a resistência. Hoje assume-se como uma solução trendy, versátil e quase inviolável
Ana Rita Sevilha
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Presentes na Tektónica, a Slice of Design levou ao certame um modelo de uma habitação T1 de traços minimais. Em entrevista ao CONSTRUIR, Sérgio Silva, explicou no que consiste este tipo de habitação, quais as principais características e que projectos têm actualmente em desenvolvimento
Quando surgiu a Slice of Design?
Sérgio Silva: Surgiu em 2012.
E o que motivou a sua criação?
Identificámos uma grande falha no mercado ao nível das casas amovíveis que foi a falta de resistência – que os contentores marítimos por sua vez, oferecem. Depois verificámos que este tipo de solução também era melhor a outros níveis como rapidez de construção – conseguimos entregar uma casa ao cliente num mês -, e a nível de mobilidade.
E como é que estas soluções funcionam em termos de infra-estruturas?
Funcionam exactamente como uma casa tradicional. A casa vai para o cliente toda preparada para fazer as ligações à rede, os ramais têm de estar no sítio em que o contentor vai ser colocado, mas é o cliente que trata das infra-estruturas (águas e esgotos). A partir daí, fazemos todas as ligações e demoramos entre duas a três horas a deixar tudo operacional. É um projecto chave-na-mão.
Em termos de acabamentos, o cliente pode escolher?
O cliente pode escolher o acabamento que quiser, temos vários pavimentos (cerâmicos, vinil…), vários revestimentos também (fenólico, pladur, madeira…), exteriores a mesma coisa (viroc, fenólico, ripado de madeira…). Há uma grande diversidade por onde pode optar e após colocado o pretendido, ninguém dirá que se trata de um contentor marítimo.
É uma solução de carácter evolutivo?
Sim, é uma espécie de LEGO. Podemos sempre construir para os lados e para cima e também é bastante rápida a sua ampliação.
Quem é o cliente que vos procura?
Todos, desde empresas a privados, passando por investidores do Portugal 2020 que pretendem criar eco-turismos. Estamos a falar de uma diversidade grande, a procura vai da habitação, à restauração, turismo, stands.
Estamos a falar de que preços?
Um T1, com 28 metros quadrados (contentor com 12 metros), custa 25 mil euros. Existe uma solução mais pequena, de 15 metros quadrados, que consiste num contentor de 6 metros.
E em termos de garantias e de isolamentos?
Damos garantia de 15 anos na estrutura de ferro (o contentor em si), tudo o que são revestimentos damos a garantia do fabricante (5 anos). Em termos acústicos e térmicos funciona tudo muito bem e temos estudos que o comprovam.
O mercado internacional procura-vos?
Sim, procuram-nos. Na Europa o mercado francês e vamos provavelmente desenvolver um projecto de habitação na Guiné. Tenho ideia que existe bastante mercado em Portugal para este tipo der casas, por isso, queremos concentrar-nos por cá.
Em termos de volume de negócios, o que esperam alcançar este ano?
Pensamos alcançar uma venda entre 20 a 30 casas, sem contar com as soluções que vendemos para outros ramos como o da restauração.
Existe assim algum projecto especial em que estejam envolvidos?
Estamos a desenvolver uma casa em Cascais com dez contentores, sendo que um dos contentores é uma piscina. É por esta versatilidade que digo que existe bastante mercado a explorar.
Como é que se faz uma piscina dentro de um contentor?
A piscina que fizemos para esta casa foi assim: cortámos todo o contentor a uma altura de 1,20 metros, em toda a volta, utilizámos as chapas do telhado para fazer as escadas e posteriormente a estrutura da piscina vai ser revestida com umas placas de betão, que o cliente comprou. A piscina tem ainda uma sala de máquinas e de arrumos e um deck.
Nesse tipo de projectos trabalham em parceria com algum gabinete de arquitectura?
Temos uma parceria com um gabinete de arquitectura que nos faz todos os projectos, nomeadamente de licenciamento e de especialidades.
Quais as três principais características deste tipo de solução, que a distingue das demais?
Profissionalismo, resistência e serem trendy. Quem opta por uma casa assim, quer uma casa diferente, prova disso é que muitos dos nossos clientes pedem que os contentores não sejam todos revestidos, que se mostre o que são, para dar um ar industrial. Para além de que, há uma tendência crescente para se optar por este tipo de construção. Outra característica muito importante é que são praticamente invioláveis.
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