AECOM pretende investir milhares de milhões em aquisições
“Queremos ser a maior empresa de infra-estruturas do mundo – tanto na construção como no projecto”, afirmou Michael Burke, CEO da AECOM, em entrevista à Bloomberg
Pedro Cristino
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O CEO da AECOM anunciou que o grupo planeia investir milhares de milhões de dólares em aquisições perante as expectativas do aumento do financiamento de projectos rodoviários, hídricos e energéticos nos Estados Unidos.
“Queremos ser a maior empresa de infra-estruturas do mundo – tanto na construção como no projecto”, afirmou Michael Burke numa entrevista à Bloomberg na passada segunda-feira. Segundo o CEO da AECOM, o grupo terá de investir 3,5 mil milhões de dólares (3,3 mil milhões de euros) “e achamos que será investido em boas, sólidas aquisições estratégicas”. “Também vamos crescer organicamente”, prometeu Burke.
De acordo com o mesmo responsável, é provável que o investimento em infra-estruturas por parte do governo norte-americano aumente porque é uma das poucas prioridades partilhadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, pelos republicanos e democratas no Congresso e pelo eleitorado. Neste sentido, o presidente dos EUA afirmou no Congresso, a semana transacta, que pretende investir 1 bilião de dólares (943 mil milhões de euros) em infra-estruturas, uma proposta que Michael Burke espera ver detalhada ainda este ano mas que “levará anos a implementar”.
“Penso que será apresentado um plano antes do final de 2017”, afirmou o CEO da AECOM na entrevista, explicando que o mesmo deverá ser implementado “durante 2018, 2019 e adiante”.
Segundo a Bloomberg, a última grande aquisição da consultora de engenharia de Los Angeles foi a URS Corp, por 5,6 mil milhões de dólares (5,2 mil milhões de euros), em 2014, um negócio que, segundo Michael Burk “criou sinergias” de cerca de 325 milhões de dólares (306 milhões de euros).
Na entrevista, o responsável do grupo revela que a AECOM prevê registar cerca de 700 milhões de dólares (660 milhões de euros) em “free cash flow” anualmente, durante os próximos cinco anos, valores que Michael Burke afirmou que serão direccionados para as aquisições. Para o CEO, o mercado da América do Norte deverá ser o mais dinâmico para a construção, uma vez que a economia chinesa está a abrandar, o Médio Oriente sofre os efeitos da queda do preço do barril de petróleo e a Europa se divide em disputas políticas, “como o “Brexit””.
A AECOM apresentou um resultado líquido de 47 milhões de dólares (44 milhões de euros) no final do primeiro trimestre fiscal de 2017, e uma facturação de 4,3 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros). O grupo entra no segundo trimestre fiscal deste ano com uma carteira de encomenda de 43 mil milhões de dólares (40 mil milhões de euros).