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    Arquitectura

    “Esta não é uma candidatura de continuidade”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, Teresa Novais explica as razões da sua candidatura e as linhas gerais da mesma

    Ana Rita Sevilha
    Arquitectura

    “Esta não é uma candidatura de continuidade”

    Em entrevista ao CONSTRUIR, Teresa Novais explica as razões da sua candidatura e as linhas gerais da mesma

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    Ana Rita Sevilha
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    Foram os  graves problemas que afectam a classe que motivaram a candidatura de Teresa Novais aos Orgãos Nacionais da Ordem dos Arquitectos. Em entrevista ao CONSTRUIR, a arquitecta fala sobre os problemas, as ansiedades e as expectativas da classe, à luz das linhas gerais da sua candidatura.

    Esta é uma candidatura de continuidade com o que foi feito no último triénio?
    Não, esta não é uma candidatura de continuidade, pretendemos uma mudança no modo como a Ordem se posiciona institucionalmente, os tempos que vivemos assim o exigem. A Ordem é uma instituição nova, e foi obrigada recentemente a alterar os seus estatutos, o que pode ter condicionado o mandato que agora termina, virando-se para o interior e para a relação entre Órgãos. Mostrou-se, talvez por isso, pouco interveniente ou operativa, afastando-se ainda mais dos arquitectos e da sociedade.
    O nosso desafio é político e de afirmação pública, temos de transformar a O.A. na referencia para a Arquitectura que o País, os cidadãos e os Arquitectos precisam.
    Numa situação pós crise onde a actividade da arquitectura e da construção foram das mais afectadas, precipitando uma desregulação da profissão, neste próximo mandato é urgente promover o valor acrescentado da arquitectura.
    Temos de atingir o espaço político e mediático para combater a degradação do exercício da Arquitetura, alertar para a precaridade instalada, questionar os modelos e condições da encomenda, que constituem os principais desafios da profissão.
    Nesse sentido esta é uma candidatura de ruptura, sem que com isso se renegue ou menospreze todo o trabalho que as anteriores direcções da O.A. alcançaram. A equipa que se construiu em torno desta candidatura procurou um equilíbrio entre experiência e renovação, incluindo arquitectos que já participaram na vida da Ordem e arquitectos que o fazem pela primeira vez.

    Nas últimas eleições houve uma abstenção que rondou os 92%. Acha que existe uma classe mais participativa hoje?
    São os graves problemas que afectam a classe que motivam esta candidatura, queremos acreditar que estes problemas serão mote para uma maior participação dos Arquitectos nas eleições. No entanto, aqueles que foram mais afectados pela crise acabam por abandonar a profissão e o vínculo á O.A. ou suspendem a sua inscrição e, consequentemente, a participação nas eleições.
    Por outro lado, existem duas situações que alteram o panorama actual face ao registado nas últimas eleições. Encontramo-nos hoje perante um processo eleitoral com várias listas a concorrerem, situação que não se verificou então. Acreditamos que o debate entre propostas diferentes irá motivar o debate e potenciar a participação.
    Finalmente, a implementação do voto electrónico irá facilitar a participação eleitoral, logo temos todos os motivos para crer que os Arquitectos serão muito mais participativos a decidir o seu destino.
    Mesmo assim, face aos números actuais, mesmo que a participação triplique, ou quadruplique, será ainda um primeiro passo para inverter a tendência de afastamento do processo de eleição dos órgãos da O.A.. Acreditamos que é esse aumento da participação que nos irá permitir representar os Arquitectos no próximo mandatos dos órgãos nacionais da O.A.

    Quais os problemas da e na profissão que considera mais urgentes?
    O exercício da profissão de arquitecto vive actualmente um paradoxo: por um lado, a sociedade celebra a excelência da Arquitectura portuguesa, por outro, não lhe reconhece valor social ou económico. Os serviços do Arquitecto são vistos como um custo e não como um investimento na geração de património e riqueza futura.
    Esta visão, aliada às consequências da crise económica degradam o exercício e prática da profissão, contribuindo para a precariedade dos Arquitectos. A degradação da remuneração dos serviços do Arquitecto é uma das principais consequências desta situação, tendo chegado a situações verdadeiramente insustentáveis que urge combater.
    Esta situação não afecta apenas os Arquitectos. Afecta os demais projectistas, Engenheiros, Engenheiros Técnicos e Arquitectos Paisagistas, também, mas ela afecta os cidadãos e o desenvolvimento do país pois face às actuais condições de remuneração destes técnicos, o desenvolvimento dos seus serviços é seriamente limitado, e isso tem consequência graves.
    O corrente investimento na Reabilitação, seja ela do edificado, seja do espaço público e do ordenamento do território, e que constitui actualmente o motor do sector da construção, são fundamentais para garantir a sustentabilidade da profissão, o desenvolvimento do país e a maximização dos investimentos públicos e privados, e importa uma acção da O.A. para que os arquitectos sejam intervenientes centrais nos processos de Reabilitação urbana e do território.
    Urge igualmente que os serviços de Arquitectura passem a estar disponíveis para todos os cidadãos. É necessário democratizar a reabilitação, apoiando as populações carenciadas que não têm possibilidade de contratar serviços de Arquitecto, nomeadamente em processos de reabilitação, legalização, etc. À semelhança dos advogados oficiosos, propomos a criação da Bolsa dos Arquitectos Oficiosos para democratizar o direito à Arquitectura.
    Estas são as urgências principais, por causa disso temos de alterar o presente de degradação da profissão e construir um futuro mais resiliente e sustentável.

    O que urge mudar no presente e como olha para o futuro da prática em Portugal?
    A nossa proposta é fruto de uma reflexão participativa, que procurou criar uma visão estratégica de longo prazo para os destinos da Ordem e da sua capacidade de resolver os problemas dos Arquitectos e da Arquitectura.
    Para defesa do presente e do futuro dos Arquitectos, são necessárias condições dignas para o exercício da profissão e uma Ordem capaz de promover activa e publicamente o contributo multiplicador dos Arquitectos, capaz de criar as condições de sustentabilidade para a profissão.
    É necessário igualmente que exista uma maior comunicação entre os membros e a O.A. para que os problemas da profissão sejam abordados com maior assertividade, principalmente no que concerne às questões do exercício, quer na prática privada, quer na prática dentro da função pública.
    Urge mudar o papel que a O.A. desempenha. É urgente que a O.A. se torne útil para o exercício e para a prática. Para além do seu papel na certificação dos profissionais da Arquitectura em Portugal, torna-se necessário que a O.A. se torne na entidade de referência nas questões da prática, da política e da cidadania.
    Vamos igualmente assumir uma postura política mais interveniente, se quiser pode dizer, vamos ser mais inconvenientes e menos discretos, a Arquitectura e o País assim o exigem.
    Como sociedade precisamos de ser capazes de planear onde queremos estar num horizonte de futuro. Propomos iniciar uma reflexão multidisciplinar para perceber os principais desafios que enfrentamos até 2050, onde queremos estar nesse horizonte temporal e que papel pode ter a arquitectura.
    Podemos resumir a urgência das nossas propostas a uma premissa: queremos que a O.A. deixe de ser uma instituição reactiva para assumir uma visão estratégica que a guie perante a sociedade e os seus membros, ou seja, mudar o presente para construir um futuro melhor.

    Quais as grandes linhas da candidatura “Arquitetos Presente e Futuro”?
    A disponibilização de condições dignas é fundamental para podermos exercer a profissão, actualmente essas condições não existem, urge lutar por elas.
    Queremos que a Ordem dos Arquitectos se afirme na defesa dessas condições através de uma ação política forte, com impacto mediático.
    Pelas experiências passadas, como na luta contra o Dl 73/73, sabemos que quando as nossas reivindicações são justas, obtemos um apoio maciço junto da população. As petições pelo Direito à Arquitectura e Luto|Luta pela Arquitectura foram um exemplo do caminho a seguir. Ou seja, de cada vez que a O.A. mobilizou a opinião pública acerca da justeza das suas reivindicações, obteve passos importantes na resolução desses problemas.
    Temos a noção que perante o quadro actual, a O.A. tem de se afirmar com uma presença na opinião pública muito mais intensa, e isso é um acto de afirmação política.
    Este caminho tem como principal objectivo diminuir a precariedade e degradação da profissão. Para isso temos de actuar no palco político de um modo muito mais intenso e objectivo.
    Salientamos o papel que actualmente a encomenda pública tem na desvalorização da Arquitectura. A encomenda pública deveria ser a referência. Actualmente existe uma subversão deste princípio, olhando os serviços do Arquitecto como um custo e não um investimento. E deste modo contaminando a encomenda privada com o seu mau exemplo.
    Para combater este enquadramento propomos que ao nível da encomenda pública sejam alterados alguns procedimentos. Pretendemos criar uma metodologia que assista a ambos na definição dos prazos e valores da encomenda, utilizando os dados do Observatório da Arquitectura como base estatística, associado a estudos económicos dos custos dos serviços do Arquitecto.
    Pretendemos igualmente, que o Estado assuma e alargue os compromissos que assumiu quando instituiu a Política Nacional da Arquitectura e da Paisagem, nomeadamente através de uma maior transparência e assunção do mérito na encomenda pública.
    Hoje, menos de 1% da encomenda pública é resultado da escolha do mérito das propostas. Vamos propor, como medida integrada na Política Nacional de Arquitectura, um protocolo que estabeleça metas com o Estado para a encomenda pública, para que num prazo de 6 anos se atinja uma cota de 25% de concursos cujo critério de selecção seja a qualidade do projecto.
    Propomos igualmente maior transparência na categoria dos ajustes directos, com a criação de bolsas bianuais para a contratação de serviços do Arquitecto, bolsas que promovam a entrada de novos profissionais no mercado da contratação pública.
    Pretendemos também que o Arquitecto veja instituída a sua carreira, que lhe reconheça o percurso profissional e formativo do Arquitecto. Este registo tem como objectivo a valorização profissional do Arquitecto, nomeadamente na clarificação da remuneração desde o estagiário até ao Arquitecto sénior, ao mesmo tempo que promove transparência e clareza nas relações profissionais.
    Finalmente e não menos importante, pretendemos alterar a situação do acesso. Vamos implementar um sistema de acesso com objectivos e competências claras para o estagiário atingir, com um menor tempo de estágio em ambiente profissional, aliado a acções de formação vocacionadas para a prática. Em simultâneo a clarificação das obrigações do Orientador e da Entidade Acolhedora permitirão combater de um modo eficaz eventuais abusos.
    Para reforçar o combate a eventuais irregularidades, vamos reinstituir a Provedoria do Estagiário e criar uma cultura nos serviços de apoio ao estagiário, nomeadamente no que concerne a eventuais situações disciplinares e/ou criminais.
    Em suma são estas as nossas grandes prioridades.

    Um dos propósitos da candidatura é “atingir o espaço político”. Faltam arquitectos na política?
    Essa é uma constatação evidente. Mas o que entendemos é a afirmação da profissão junto dos decisores políticos.
    Os Arquitectos sempre foram cidadãos participativos, contudo a sua participação no espaço partidário sempre foi reduzida. Não cabe á Ordem impulsionar o aumento de Arquitectos dentro das estruturas partidárias. Porém os Arquitectos sempre foram extraordinariamente activos nas suas causas e nas causas do país.
    Cabe á Ordem ser veículo desse activismo político. É nossa vontade que em relação às questões do ordenamento do território, da precariedade, da encomenda pública e privada, do património, das alterações climáticas, modelos de desenvolvimento, do desenho inclusivo etc., que a Ordem assuma um papel mais assertivo. Queremos ampliar as vozes dos Arquitectos e que essa voz se faça ouvir com maior notoriedade junto do poder político e na sociedade.
    É essa a nossa noção de maior intervenção no espaço público, e é esse o papel que a O.A. deve desempenhar. E esse é o nosso compromisso perante os membros.

    Fala na criação de um Observatório da Arquitectura. Quais seriam as suas competências?
    A Ideia do Observatório surgiu nas discussões iniciais que tivemos para formar esta candidatura. Desta discussão resultaram a apresentação de duas Moções ao Congresso.
    A Moção “A Arquitectura está FORA da reabilitação, devia estar DENTRO” que apresentei, alertava para a importância e urgência de o corrente investimento na reabilitação urbana não poder ser mais uma oportunidade perdida para o País. A outra moção, “Saber para Fazer Acontecer” proposta pelo Filipe Borges de Macedo propunha a criação de um “Observatório da Arquitectura. Felizmente ambas as moções foram aprovadas e incorporadas na moção final que foi aprovada no Congresso.
    Em relação ao Observatório da Arquitectura, este será um instrumento estrutural para o futuro, pois irá caracterizar a profissão e revelar a sua capacidade de criação de riqueza, informando igualmente as opções políticas da O.A.
    Queremos que o Observatório monitorize em permanência a profissão, e que desse modo possamos aferir se as políticas que implementamos estão a ter o resultado pretendido ou se, pelo contrário, precisamos de as alterar. Um Observatório que sirva igualmente que os membros possam apresentar as dificuldades que estão a sentir e, desse modo permitir a intervenção da OA quando se justificar.
    Um Observatório que caracterize a profissão, analisando os dados relativos ao exercício, retratando a diversidade e complexidade da profissão, demonstrando a participação dos Arquitectos na Direcção e Fiscalização de Obra e noutras actividades menos conhecidas, revelando às entidades oficiais a diversidade, a competência e as mais valias do Arquitecto no nosso tecido social e económico.
    Os dados do Observatório serão divulgados aos membros, o que permitirá aferir a eficácia das iniciativas da O.A. e servirá para que os membros possam retirar dele consequências políticas. Será um Observatório que possa construir saber de um modo estruturado e permanente dentro da O.A e ajude a construir as estratégias da O.A. a longo prazo.
    Precisamos de sentir o pulso da profissão em permanência, e acreditamos que esta nossa ideia é fundamental para o Futuro da Arquitectura e da Ordem.

    Os arquitectos portugueses têm sido amplamente distinguidos, nomeadamente a nível internacional e nos últimos tempos somam prémios e distinções. Contudo, é necessário consagrar a profissão. Que leitura faz deste paradoxo?
    Pensamos que esse é um dos maiores desafios que se colocam no presente aos Arquitectos e à Arquitectura Portuguesa.
    Até aos dias de hoje a estratégia de consagração da profissão passou pela divulgação da sua excelência a nível cultural. Reunimos os maiores galardões da Arquitectura mundial e frequentemente somos confrontados com notícias de prémios internacionais a Arquitectos portugueses.
    Mas permanece uma incapacidade de as pessoas verem a profissão como um todo. A sociedade distingue de forma excessiva o que é um arquitecto de excelência, ou uma situação excepcional, e desvaloriza a arquitectura que é praticada todos os dias e que suporta os espaços que habitamos, as cidades, o território.
    Para a consagração da profissão devemos iniciar um outro tipo de promoção, a promoção das mais valias económicas ou outras que os serviços do Arquitectura proporcionam.
    Nesta matéria vamos assumir uma ruptura com o passado da Ordem.
    Temos de assumir o nosso papel na economia e mostrar que com o Arquitecto, o cliente e a sociedade saem a ganhar. Existe uma urgência em demonstrar o óbvio, e o óbvio é que os serviços do Arquitecto são investimento de retorno garantido. O Observatório irá desempenhar um papel fundamental nesta missão.

    A comunicação para o interior da classe e para a sociedade têm sido uma preocupação recorrente tendo aliás sido feitas intervenções específicas para aproximar o cidadão comum à profissão. O que tem falhado?
    Tem falhado muita coisa, e isso reflecte-se no modo como os membros se relacionam com a Ordem. Nos encontros que realizamos percebemos o que a nossa intuição nos dizia, que a maior parte dos membros não encontra utilidade na Ordem, pois entre outras coisas, existe uma enorme falta de percepção do trabalho realizado pela Ordem dos Arquitectos. A Ordem não comunica eficazmente o seu labor, e não transmite instrumentos úteis à profissão.
    Temos propostas concretas para alterar esta situação. Em suma as nossas propostas resumem-se a três pontos.
    Mais intervenção na cidadania – vamos tornar a OA mais interventiva, com uma comunicação mais coerente que afirme a sua imagem institucional, ampliando a eficácia das suas tomadas de posição nas políticas nacionais e lutando sempre pela afirmação dos Arquitectos como voz a ser ouvida no desenvolvimento do País.
    Mais utilidade – Vamos tornar a O.A. como um parceiro da prática, divulgando e tomando posições acerca das alterações que afectem a prática para facilitar o exercício. Vamos produzir guias e acções de formação que ajudem o arquitecto perante a exigência da prática, por exemplo, nos processos de reabilitação, na contratação, na função pública, dando utilidade à O.A. consolidando-a como entidade de referência.
    Maior escrutinio – vamos fornecer aos membros relatórios periódicos da nossa atividade e vamos tornar mais claro e transparente o modo como o nosso orçamento é efectivamente aplicado, demonstrando o enorme esforço que os membros eleitos realizam no desempenho das suas funções.
    Em suma, é assim que vamos começar a alterar o panorama actual e demonstrar aos membros que a Ordem é uma instituição que está ao serviço dos membros e do país.

    Exportar serviços e não arquitectos é também uma das preocupações expressa na sua candidatura. De que forma a Ordem dos Arquitectos pode ajudar a colocar os arquitectos portugueses no mundo?
    Aqui mais uma vez, queremos mudar o cenário actual, não queremos que os Arquitectos emigrem, queremos que os Arquitectos passem a exportar os seus serviços.
    A actividade dos Arquitectos a trabalhar em Portugal já não se confina ao território nacional. Queremos reforçar o papel da Ordem dos Arquitectos na internacionalização dos serviços de Arquitectura, no reconhecimento e na creditação dos Arquitectos portugueses no mercado global.
    A O.A. deve assumir a eficácia destes processos de creditação como uma tarefa prioritária.
    Para apostar nesta conquista de mercado, temos de capitalizar o importante capital que a Arquitectura portuguesa dispõe, o prestígio dos seus profissionais.
    Contudo, face aos impactos da crise económica, as empresas de Arquitectura estão profundamente descapitalizadas, o que torna muito difícil que possam investir nestes novos mercados.
    Por outro lado, os mecanismos de apoio existentes, nomeadamente ao nível do AICEP não se enquadram na realidade das empresas de Arquitectura, o que não deixa de ser irónico, pois na promoção externa da economia portuguesa não faltam referências ao prestigio que esta alcançou internacionalmente.
    Pretendemos reivindicar junto do AICEP e do Ministério dos Negócios Estrangeiros mecanismos específicos e adequados às empresas de Arquitectura. Ou seja, mecanismos que auxiliem as nossas empresas a se internacionalizarem. É urgente maximizar o capital de prestigio da Arquitectura Portuguesa.
    Vamos proporcionar aos membros acesso privilegiado a plataformas de concursos internacionais e deste modo facilitar a participação dos membros da O.A. na internacionalização dos seus serviços.

    O programa apresentado resultou de um trabalho onde foram ouvidos arquitectos e recolhidas e discutidas as suas propostas. De uma forma geral, quais as grandes ansiedades e expectativas da classe?
    As ansiedades da classe concentram-se muito à volta das condições da encomenda, da precariedade e remuneração que afecta o exercício da Arquitectura em Portugal. A enorme crise económica que nos atingiu aliada à degradação progressiva que nos tem atingido, provocou uma enorme insatisfação dos colegas.
    Recordo, que nos candidatamos por causa disso mesmo, porque estamos insatisfeitos e temos expectativas em ajudar a mudar esta situação.
    Os arquitectos querem ver novas formas de promoção da arquitectura na sociedade, mais em linha com a linguagem que a sociedade pode compreender, querem ver um investimento dessa promoção também junto do sector privado, visto que para uma grande maioria não existe acesso à encomenda pública – algo que também queremos inverter, promovendo junto das instituições públicas bolsas de arquitectos locais e modelos de concurso diversificados e simplificados – e querem uma Ordem profissional que lhes ‘diga’ alguma coisa.
    Reunimos com estes debates uma equipa plural e representativa, uma equipa com espirito de missão e visão estratégica, que procura soluções efectivas e viáveis ao serviço de todos, que alterem o presente e construam um futuro mais digno para o País, para a Arquitectura e para os Arquitectos.

    Sobre o autorAna Rita Sevilha

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    Savills e DLA Piper lançam ‘Guia de Investimento Imobiliário’ para o mercado nacional

    Trata-se uma ferramenta que tem como objectivo “apoiar os investidores nacionais e internacionais no seu processo de tomada de decisão relativamente ao mercado imobiliário nacional”

    CONSTRUIR

    A Savills e a sociedade de advogados DLA Piper lançaram a primeira edição do ‘Guia de Investimento Imobiliário’, uma ferramenta que tem como objectivo “apoiar os investidores nacionais e internacionais no seu processo de tomada de decisão relativamente ao mercado imobiliário nacional”.

    Através da disponibilização de uma visão geral do mercado assim como do enquadramento jurídico actual, esta ferramenta oferece aos investidores um “panorama actual do País” tendo em conta as oportunidades de investimento existentes.

    Este Guia de Investimento Imobiliário compila informação relevante, que se distribui em quatro diferentes tópicos. Primeiramente, o “Real Estate Market Overview”, onde é apresentada uma análise do mercado imobiliário nacional a par das principais tendências para este ano que fazem do país um caso único de investimento, o “The Legal Perspective”, um tópico que destaca temas como leasing, planeamento e licenciamento, financiamento e enquadramento fiscal, a “Sustainability as a Driven Force”, que coloca a sustentabilidade enquanto força motriz para a inovação na economia que oferece inúmeras oportunidades para uma transição verde. Por fim, o “Green Leases”, um capítulo que apresenta a importância das designadas cláusulas verdes no sector imobiliário, que se asseguram que os imóveis são construídos e utilizados de forma sustentável.

    “O actual panorama nacional mostra-nos que Portugal continua a figurar no topo dos destinos de eleição por parte dos investidores internacionais que, ao longo dos anos, têm vindo a reconhecer a existência de sólidos fundamentos de mercado no país”, destaca Paulo Silva, head of Country da Savills Portugal.

    Este trabalho conjunto com  a sociedade de advogados DLA Piper, permite-nos oferecer uma ferramenta completa e integrada que visa apoiar os processos de tomada de decisão dos investidores e particulares, reafirmando em simultâneo, Portugal enquanto um dos melhores destinos para viver, trabalhar e investir”.

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    Dom Pedro Old Course Golf Club

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    Dom Pedro Golf Vilamoura conquista prémio ‘Resort de Golfe do Ano’

    Este é o primeiro galardão recebido desde que a Details – Hospitality, Sports, Leisure assumiu a gestão do Dom Pedro Golf em Vilamoura e que reconhece o trabalho que a empresa tem desenvolvido em todo o portfólio de Golfe e Hotéis Dom Pedro em Vilamoura desde a sua aquisição pela Arrow Global Group no ano passado

    CONSTRUIR

    O Dom Pedro Golf Vilamoura ganhou o prémio de Golf Resort do Ano em Portugal nos prémios International Association of Golf Travel Operators (IAGTO) 2024.

    Este é o primeiro galardão recebido desde que a Details – Hospitality, Sports, Leisure assumiu a gestão do Dom Pedro Golf em Vilamoura e que reconhece o trabalho que a empresa tem desenvolvido em todo o portfólio de Golfe e Hotéis Dom Pedro em Vilamoura desde a sua aquisição pela Arrow Global Group no ano passado.

    Um total de 660 operadores turísticos de golfe em todo o mundo votaram nos melhores campos de golfe, resorts e destinos que oferecem um serviço excepcional aos seus clientes, com o resort do Algarve a destacar-se no panorama internacional.

    Actualmente, estão em curso desenvolvimentos “significativos” em todo o portfólio Dom Pedro em Vilamoura, procurando assim confirmar-se a posição deste destino como um dos melhores resorts de golfe da Europa.

    Desenhado por Frank Pennink, o Old Course, que é o segundo mais antigo de Portugal, está neste momento a sofrer mudanças significativas numa tentativa de atrair golfistas para este destino de golfe único.  Oferecendo aos hóspedes fácil acesso a múltiplas instalações de golfe num raio de 4 km entre si, o resort possui ainda os campos Laguna, Millennium, Pinhal e Victoria, sendo que este último, que recebeu o Portugal Masters do European Tour entre 2007 e 2022, está actualmente fechado para renovação e reabrirá em 2025.

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    Preços no mercado residencial de luxo tem crescimento médio de 4.1%

    De acordo com o Knight Frank Prime Global Cities Index, que analisou um total de 44 mercados, Lisboa incluída, esta é a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2022

    CONSTRUIR

    O crescimento médio anual dos preços da habitação no segmento de luxo aumentou 4,1% nos 12 meses até Março de 2024, um valor acima do aumento de 3,2% registado no último trimestre de 2023. De acordo com o Knight Frank Prime Global Cities Index, que analisou um total de 44 mercados, Lisboa incluída, esta é a taxa de crescimento mais forte desde o terceiro trimestre de 2022.

    Numa base trimestral, o crescimento dos preços também mostrou sinais de fortalecimento, com um aumento de 1,1% no primeiro trimestre de 2024, acima do crescimento de 0,3% no último trimestre do ano passado.

    Considerando os 44 mercados analisados a propósito deste relatório, a equipa de research da Knight Frank destaca que 78% estão a registar um crescimento anual dos preços, enquanto 19% assinalam descidas. Assim, o ritmo de descida de preços abrandou: se há um ano, no primeiro trimestre de 2023, nove mercados registavam quedas anuais de preços de mais de 5%, no primeiro trimestre deste ano apenas um mercado, Frankfurt, mostra um comportamento semelhante (-6,9%).

    No top da tabela, que tem em conta os 44 mercados já mencionados, está Manila, com 26,2% de crescimento anual. Segue-se Tóquio com 12,5% e Mumbai com 11,5% na segunda e terceira posição, respetivamente. A completar o top 5: Perth (11,1%) e Deli (10,5%).  As cidades indianas estão com um forte crescimento, com os dados do relatório a confirmarem também a resiliência dos principais mercados australianos.

    A capital portuguesa figura na 28ª posição dos 44 mercados analisados pela Knight Frank através do seu Prime Global Cities Index. Lisboa regista um crescimento anual de 1,8%, de 0,9% a seis meses e de 0,4% a três meses, à frente de cidades como Paris, Viena, Genebra, Londres ou o principado do Mónaco.

    Francisco Quintela, CEO da Quintela e Penalva, parceira em Portugal da Knight Frank, desde 2021, afirma que “estes dados mostram que o mercado nacional tem sido muito resiliente e continua a estar na mira dos investidores internacionais, o que é muito positivo para o setor e para a dinâmica da economia nacional”.

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    AEP e ACP apelam para que Aeroporto Francisco Sá Carneiro não fique esquecido

    Em comunicado conjunto as duas associações “congratulam a decisão do Governo” sobre a localização do novo aeroporto de Lisboa, mas apelam para a realização de obras de ampliação e melhoramento do Aeroporto Francisco Sá Carneiro

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    A Associação Empresarial de Portugal e a Associação Comercial do Porto consideram que as infraestruturas de conectividade com o exterior, como os aeroportos, as ligações ferroviárias e rodoferroviárias, assumem um papel fundamental para o processo de internacionalização da economia portuguesa (por forma a atingir a meta da intensidade exportadora para, pelo menos, 60% do PIB até 2030, aproximando Portugal de países europeus de dimensão semelhante) e, consequentemente, para o crescimento e desenvolvimento económico do país.

    As duas associações congratulam o Governo português pela decisão de avançar com uma solução para ultrapassar os constrangimentos da infraestrutura aeroportuária da capital, mas apelam ao Governo “para não ignorar a importância estratégica que o Aeroporto Francisco Sá Carneiro tem para o país, servindo em particular as regiões portuguesas mais industrializadas, fortemente exportadoras e que geram excedentes na sua balança comercial, bem como a euro-região do Norte de Portugal e Galiza”.

    Em comunicado conjunto, a AEP e a ACP defendem que “o Governo deve reavaliar, em termos estratégicos, o importante papel do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, que tem ainda um potencial de crescimento por custos mínimos, e avançar de imediato com os investimentos que, por diversas vezes, a AEP e a ACP sinalizaram, juntamente com outras entidades, públicas e privadas, nomeadamente no âmbito do Grupo de Trabalho para a Conectividade Aérea da Região Norte”.

    “O investimento em obras de ajustamento necessário, ampliação e melhoramento desta importante infraestrutura aeroportuária, que é o Aeroporto Francisco Sá Carneiro, é fundamental, por forma a desempenhar um papel mais relevante nas ligações de Portugal com o mundo.

    Este é um investimento claramente reprodutivo e multiplicador do crescimento económico, assumindo um caráter ainda mais premente e de complementaridade, ao permitir aumentar a capacidade de resposta do país durante o período de construção do novo aeroporto, que o Aeroporto Humberto Delgado não permite assegurar, tendo em conta a saturação da sua capacidade de resposta à crescente procura.”

    Assim, “para a AEP e a ACP, está na altura de se avançar com uma reavaliação do potencial de complementaridade do Aeroporto Francisco Sá Carneiro, tendo em conta a sua disponibilidade, com alguns ajustamentos já equacionados e projectados”.

     

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    NBS Summit com descarbonização do sector imobiliário na agenda

    O tema servirá de mote à intervenção de Francisco Rocha Antunes, presidente da gestora de cooperativas de habitação, MOME, que irá abordar nature-based solutions no modelo cooperativo

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    A MOME, a empresa gestora de cooperativas de habitação vai marcar presença na NBS Summit para dar a conhecer a importância da descarbonização do sector imobiliário. O evento, que decorre nos dias 23 e 24 de maio, na Super Bock Arena, no Porto, irá reunir especialistas, investigadores e profissionais de diversos sectores com o objectivo de debater o papel das nature-based solutions (soluções baseadas na natureza) no desenvolvimento urbano sustentável.
    Francisco Rocha Antunes, fundador e presidente da MOME participa no painel “Building Sustainable Cities”. O especialista dará a conhecer a gestora profissional de cooperativas de habitação, assim como os eixos de sustentabilidade, intrinsecamente ligados aos projectos da empresa.

    Francisco Rocha Antunes

    Actualmente, a MOME conta com dois empreendimentos de habitação de carácter cooperativo, Pedras.coop, em Lavadores, Vila Nova de Gaia, e o Hera.coop, no Carvalhido, Porto, que representam um investimento cooperativo conjunto de cerca de 40 milhões de euros. Num horizonte de cinco anos, a MOME pretende construir cerca de 1.500 novas casas, dinamizando entre quatro e cinco novas cooperativas por ano a partir de 2024, num total de investimento cooperativo de 700 milhões de euros.

    A sustentabilidade assume um estatuto imperativo nos projectos da MOME, os quais privilegiam a utilização de métodos modernos de construção, como a construção off-site e o uso de materiais sustentáveis, e a implementação de práticas e princípios ESG em todas as fases do processo. Na sua intervenção Francisco Rocha Antunes abordará o modelo cooperativo e a construção sustentável de habitação a preço de custo. O foco estará na implementação de nature based solutions (soluções com base na natureza) capaz de materializar benefícios na eficiência dos imóveis e no bem-estar da comunidade a quem servem, gerando um impacto positivo na comunidade e no planeta.

    A MOME é membro do Urban Land Institute Portugal, do BCSD, Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável, e subscreveu o Pacto do Porto para o Clima. É igualmente membro da ANCV (Associação Nacional das Coberturas Verdes) e da APEE (Associação Portuguesa de Ética Empresarial).

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    Nova loja do Lidl recupera antiga gare rodoviária

    Com um investimento de 14 milhões de euros, a nova loja foi implementada na antiga gare rodoviária, datada de 1970, que se encontrava em avançado estado de degradação

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    No seguimento do investimento que tem vindo a fazer na cidade de Lisboa, onde muito recentemente abriu uma loja no estádio do Restelo, o Lidl inaugurou esta quinta-feira, dia 16 de Maio, uma nova loja na Avenida Casal Ribeiro, na zona do Saldanha, sob um conceito de maior proximidade. Com um investimento de 14 milhões de euros, esta é a 17ª loja na cidade de Lisboa.

    A nova loja foi implementada na antiga gare rodoviária, datada de 1970, que se encontrava em avançado estado de degradação, a loja respeita as características urbanas do bairro e a preocupação foi levada ao detalhe no sentido de reduzir ao mínimo o impacto no funcionamento na zona.

    De acordo com Pedro Almeida, director geral da Regional Centro do Lidl Portugal, “Esta é a segunda loja que o Lidl abre em Lisboa em menos de um mês, reabilitando espaços que outrora estavam degradados ou inutilizados”.

    Com uma área de quase 1200 metros quadrados (m2), a loja apresenta um design arquitectónico funcional, com três pisos de estacionamento, para 123 lugares, e dois pisos acima do solo completamente modernizados, com áreas amplas.

    Permitindo poupança de tempo, disponibiliza ainda, para além das caixas convencionais, seis caixas com sistema self-checkout, de pagamento rápido, para os clientes que preferem esta opção.

    Reforçando o compromisso da empresa com a sustentabilidade, a loja está equipada com iluminação LED e painel fotovoltaico, e no parque de estacionamento disponibiliza dois postos de carregamento de viaturas eléctricas.

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    ‘Meet Up’ Lisboa

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    Zome organiza debate sobre manutenção de talento nas empresas no âmbito da 2ª Meet Up Zome

    Iniciativa decorre no âmbito do segundo ciclo de conferências ‘Meet Up Zome, que já passou por Lisboa, e chega agora a Braga, para depois passar pelo Porto, Coimbra e Albufeira

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    A Zome prepara-se para realizar o seu segundo “Meet Up”, parte de um ciclo de conferências com o mesmo nome, de forma a celebrar o quinto aniversário da marca. Agendado para 22 de Maio, em Braga, sob o título “Mimar, Apreciar e Cuidar, o evento irá decorrer no Auditório do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (IPCA). A manutenção do talento no centro das organizações”, este encontro pretende reflectir sobre “as soluções que as empresas devem adoptar para captar e manter talento, num mercado de trabalho cada vez mais competitivo”.

    A compor o painel de oradores estarão Sofia Manso, CEO da Academia da Felicidade e Rosana Barros, coordenadora de Voluntariado da Cruz Vermelha Portuguesa e André Vieira de Castro, CEO da Fábrica de Chocolates Not Guilty, especialistas com percursos distintos, que partilharão as suas visões sobre modelos de recrutamento e as melhores soluções para reter e premiar o talento interno, enquanto analisam o panorama actual do sector de recursos humanos. A moderação estará a cargo de Ana Fernandes, chief financial officer da Zome.

    Carlos Santos, CEO da Zome, sublinha que “esta conferência é de particular relevância, pois as pessoas são o elemento central da Zome e o desenvolvimento do seu talento é um factor crítico para o nosso sucesso”.

    O ciclo de “Meet Ups” vai percorrer o País ao longo dos próximos meses, debatendo uma variedade de temas relevantes para o sector.

    A 26 de Junho, o Porto recebe o tema “Ser um líder é como andar de bicicleta ou reaprendemos a sê-lo, todos os dias?”. Depois, a 23 de Outubro, em Coimbra o debate incide na “Tecnologia de A a Z: o que nos traz o futuro, agora?” e o último deste ciclo está agendado para 13 de Novembro, em Albufeira, com o tema “Empreendedorismo: Mais do que um desígnio, uma mentalidade necessária”.

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    Luísa Matos assume liderança da Cleanwatts

    Co-fundadora e, até agora chief innovation and product officer da climate tech de Coimbra, Luísa Matos é a nova CEO da Cleanwatts

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    Luísa Matos é a nova CEO da Cleanwatts, empresa climate tech de Coimbra, pioneira na implementação e gestão de Comunidades de Energia Renovável em Portugal. Co-fundadora da Cleanwatts e, até agora, chief innovation and product officer da empresa, Luísa Matos tem trabalhado activamente na transformação verde e digital para desenvolver e fornecer soluções de ponta para um sector de energia mais descarbonizado, descentralizado, digitalizado e democratizado.

    “É com enorme prazer que aceito esta missão para, em conjunto com a nossa equipa de mais de 80 profissionais distribuídos por diferentes geografias, responder aos desafios relacionados com a energia, de forma local e através de tecnologia digital avançada”, afirma. “Através da nossa experiência e tecnologia proprietária, que é um dos factores que nos diferencia no mercado, procuramos criar valor económico sustentável e ter um impacto positivo na sociedade. Enquanto pioneiros na implementação e gestão de Comunidades de Energia Renovável em Portugal, estamos cientes dos desafios deste modelo, como é o caso da integração na rede eléctrica e a importância das baterias, o seu financiamento e a participação de mais pessoas que possam usufruir de energia limpa e mais barata”, nota a nova responsável.

    Com mais de 15 anos de experiência, Luísa Matos foi responsável pela gestão de mais de 65 projectos de inovação, investigação e desenvolvimento de produto, entregando soluções para Virtual Power Plants (VPPs), cidades inteligentes e eHealth. Assessorou e avaliou muitos projectos de inovação disruptiva, inclusivamente para a Comissão Europeia.

    Formada em Economia, com mestrado e MBA em Gestão da Inovação, tendo ainda frequentado uma pós-graduação em Estratégia e Inovação na Saïd Business School, na Universidade de Oxford, Luísa Matos está a concluir o doutoramento em Estratégia e Marketing, com trabalhos de investigação sobre mercados locais de energia. Tem investigação publicada na área dos modelos de negócios dos mercados locais de energia e liderou o desenvolvimento de produtos para Comunidades de Energia Renovável.

    Nova sede em Coimbra
    Além da nomeação de Luísa Matos como nova CEO, a Cleanwatts muda em Maio a sede para a Incubadora do Instituto Pedro Nunes (IPN), em Coimbra, instituição privada sem fins lucrativos, que visa promover a inovação e a transferência de tecnologia, estabelecendo a ligação entre o meio científico e tecnológico e o tecido produtivo.
    A incubadora do IPN é um espaço privilegiado de apoio ao empreendedorismo e à inovação, que visa ajudar startups e empresas em fase de crescimento a desenvolver os seus negócios de maneira mais rápida e eficiente.

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    APIMA Internacionaliza “Portugal Home Week” para a Coreia do Sul

    Em 2023, as exportações do cluster do mobiliário e afins cresceram 10%, atingindo o melhor resultado de sempre, superando a fasquia dos dois mil milhões de euros em vendas ao exterior. Os números traduzem uma estratégia de aposta na qualidade e no design da indústria portuguesa e de conquista de mercados exteriores. A Europa ainda concentra o grosso das vendas, mas a indústria pisca os olhos aos EUA e à Ásia. Em entrevista ao CONSTRUIR Gualter Morgado, director executivo da APIMA fala sobre o percurso do sector e as apostas que foram sendo feitas 

    A indústria portuguesa do mobiliário e afins vai bem e recomenda-se. A aposta na qualidade e no design português tem conquistado mercados e colocado as marcas portugueses em concorrência directa com as principais marcas europeias. “Os italianos levam-nos um avanço de mais de 30 anos, mas nós não vamos precisar de 30 anos para estar ao lado deles, certamente, porque estamos a evoluir muito mais rapidamente. O caminho está a ser feito”, considera Gualter Morgado, director executivo da Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA). Com 90% das vendas concentradas no mercado exterior, a indústria pauta-se por estar presente nas principais feiras internacionais, que ainda são o principal veículo de entrada em novos mercados. Para além das marcas, a APIMA prepara-se para internacionalizar o conceito “Portugal Home Week”. Já com três edições, o evento internacional, exclusivo para profissionais e abrangendo todas as indústrias de mobiliário e afins ligadas à Fileira Casa Portuguesa, irá realizar-se na Coreia do Sul em 2025

    As vendas da indústria do mobiliário portuguesa voltaram a bater recordes em 2023. Foi assim?

    Em 2023 atingimos os 2,2 mil milhões de euros de exportações, valor que foi, até ao momento, um recorde absoluto, com um crescimento de 10% relativamente ao ano anterior. Sendo que corresponde praticamente ao mesmo crescimento registado no, até agora, melhor ano de sempre, que foi em 2019, pré-pandemia. Além de uma recuperação, foi uma superação relativamente aos números anteriores.

    Este crescimento foi em linha em todos os mercados?

    Não. Houve mercados que tiveram um crescimento adicional. Por exemplo, o mercado francês, que atravessa uma recessão, mesmo assim, crescemos quase 8%. No mercado espanhol, que atravessa também um período conturbado, crescemos 14% e na Alemanha, tivemos um crescimento extraordinário de 26%, sendo o nosso terceiro melhor mercado.

    O que ditou este crescimento?

    Diferentes razões. Por exemplo, França vai receber este ano os Jogos Olímpicos, o que fez com que a quebra do mercado doméstico fosse compensada, em parte, com o crescimento dos contratos para o sector da hotelaria e restauração, que aproveitando o evento, entrou numa onda de renovações e remodelações. Mas é verdade estamos em contraciclo em alguns mercados que vivem algumas dificuldades económicas. Contudo, não vendemos um produto de baixa qualidade, mas sim de média e alta qualidade e, como tal, quem compra o nosso produto são pessoas com poder de compra e, por isso, menos afectadas pela crise.

    Por outro lado, o facto de se baixarem os volumes de encomendas, alguns mercados internacionais deixam de ser competitivos e a procura é canalizada para mercados onde é possível encomendar séries mais pequenas, como é o caso do mercado nacional.

    No geral diria que, tirando o mercado norte americano, continua a haver uma concentração muito grande das vendas do sector na Europa, e esse facto deve-se à qualidade do nosso produto e ao

    desenvolvimento das marcas portuguesas. O “made in Portugal”, gera um valor acrescentado que, antes, não tínhamos. Até há seis ou sete anos atrás o “made in Portugal” tirava valor, neste momento acrescenta valor.

    Este crescimento no volume de negócio tem sido acompanhado pelo surgimento de novas empresas, novos players? Ou pelo reforço das marcas já existentes?

    Temos as várias situações. Temo micro e pequenas empresas com projectos novos que se estão a lançar com ideias originais, com muito trabalho ligado ao design, por um lado, e outras empresas muito ligadas ao aproveitamento das artes tradicionais portuguesas que, devido àquilo que temos de exclusivo e único enquanto país, são integrados no mobiliário. Como por exemplo, técnicas do azulejo ou técnicas de vidro, ou seja, vários componentes. Também o têxtil, onde somos fortes há muitos anos, começa a ter esta integração principalmente na área do estofo. O estofo tem crescido de uma forma extraordinária ao longo dos anos, acompanhando as alterações na forma como vivemos e o que privilegiamos nas nossas casas. E a indústria tem que se adaptar àquilo que as pessoas necessitam e àquilo que elas procuram.

    Este tecido empresarial é composto por quantas empresas?

    Nós estamos a falar, no mobiliário são cerca de 1800 empresas, desde a mais pequenina às maiores. Grandes empresas só temos 5 empresas, mas voltando um bocadinho atrás, este crescimento tem a ver com as novas empresas, que mal contam para os números, mas aquilo que está a acontecer é que as pequenas empresas estão a passar a médias, e algumas médias caminham para se tornarem grandes. Mas este é um caminho que tem vindo a ser percorrido nas últimas décadas. Nos últimos 12 anos, duplicamos as exportações do sector. Isso é efectivo!

    A mobilidade do tecido empresarial português

    Voltando aos mercados. França lidera o ranking?

    A França, a seguida da Espanha e da Alemanha. Mas Alemanha, os Estados Unidos e o Reino Unido vão trocando posições segundo a conjuntura de cada ano. O sistema de compras da Alemanha é feito por centrais de compras. Ora, se as centrais de compras se viram para um mercado nacional, naquele ano temos um boom, mas no ano a seguir podemos cair consideravelmente. Ou seja, estas variações de 15% a 20% para cima e para baixo, acontecem. O que significa que temos de ter uma capacidade extraordinária para estar em diferentes mercados, para quando quebra num lado, compensarmos imediatamente no outro.

    E tudo isto tem acontecido num período em que houve guerra em mercados que eram importantes para as empresas portuguesas: o mercado russo e o mercado ucraniano ficaram indisponíveis para podermos continuar a vender, o que obrigou as empresas a reagir e reinventar. Temos agora uma situação no Médio Oriente, que obrigou a que as empresas que tinham uma grande aposta naquela área geográfica se tivessem que adaptar rapidamente.

    O tamanho aí é uma vantagem?

    O facto do nosso tecido empresarial ser constituído fundamentalmente por PME facilita esta nossa mobilidade, somos mais adaptáveis, conseguimos responder rapidamente às crises e isto tem demonstrado um nível extraordinária de resiliência da nossa indústria. Repare que apenas há uns anos o mercado angolano era quase o nosso primeiro mercado. Agora desapareceu. Perdemos o mercado angolano, surge agora no oitavo lugar das nossas exportações, mas houve anos em que nem aparecia no top 10. E claro, teve que haver essa adaptação e investimento noutras áreas. Só que o mundo está a mudar tão rapidamente… e a esta conjuntura acrescem ainda as restrições de acesso a mercados, como o da América do Sul…

    Na América Sul estamos a falar de que mercados? Brasil?

    O Brasil, Colômbia, Paraguai, Uruguai, Chile, são mercados em que as taxas à entrada mais que duplicam o valor do produto, o que torna muito difícil a entrada do produto português

    Como é que abordam estes mercados então?

    Via Miami. Porque Miami é a cidade mais latina dos Estados Unidos. É onde estão quase todas as grandes famílias, ou as famílias com grandes posses que acabam por ter uma casa de férias ou onde têm uma residência temporária. E acabam por comprar lá. E depois, a partir daí, já não é uma exportação nossa.

    O mercado americano tem despertado o interesse das empresas, apesar de ser conhecido como um mercado de difícil acesso. Este é um dos argumentos?

    Na nossa abordagem olhamos para cada cidade, cada estado, como olhamos para um país diferente.

    O gosto de Nova York não é o gosto de Miami. O gosto de Miami ou de Nova York não é o mesmo de Boston, ou de Chicago, ou de Los Angeles. Cada uma destas cidades tem praticamente a dimensão do nosso mercado nacional. E com o poder de compra muito mais elevado.

    O que o torna atractivo, apesar das dificuldades…

    Se fosse fácil já lá estávamos todos. Agora, tem sido um mercado com um grande crescimento. É o primeiro mercado mundial em termos de destino. Toda a gente lá quer estar. Mas também é um mercado maduro e é preciso tempo. Enquanto na Europa somos portugueses, enquanto na Ásia somos portugueses, nos Estados Unidos somos europeus. Só agora nos estão a descobrir, muito fruto também do aumento do turismo. Mas o nosso trabalho tem de ser feito cidade a cidade, estado a estado. Já temos algumas empresas com presença directa e outras que, inclusive, já estão a expandir a sua presença.

    Falou da instabilidade dos mercados. De que forma essa instabilidade afecta as perspectivas do negócio para 2024?

    O mercado já tem estado instável há algum tempo, a única questão é que de um momento para o outro andamos aqui com instabilidades contínuas ainda não terminou uma e já estamos com outra questão. O que adicionalmente cria condicionantes nos transportes internacionais. Os transportes ficam mais caros e condiciona a nossa presença principalmente nos mercados asiáticos, mas, por outro lado, também torna o produto que vem de lá menos competitivo, o que é uma vantagem para nós.

    É um sector sustentável?

    Somos um sector que teve um cuidado extraordinário nos últimos anos em ser um sector não poluente. Há um estudo europeu que foi encomendado também pela Direcção-Geral do Ambiente, pensando que o nosso sector era um sector muito poluente, mas que revelou afinal que o sector do mobiliário em Portugal não só é um dos menos poluentes, como tem a maior taxa de aproveitamento dos recursos que utiliza, onde a taxa de desperdício é inferior a 7%. É a menor taxa de desperdício da Europa dentro da indústria imobiliária.

    Agora, acontece outra coisa, é que a legislação europeia trata todos por igual, os bons e os maus, e o que acontece é que por culpa dos maus criam-se legislações que são autênticas aberrações.

    Uma delas, estamos agora, mais uma vez, a prestar a informação aos nossos associados, que tem a ver com a origem da madeira. Só usamos madeira certificada e controlada, só que a comunidade europeia agora quer uma georreferenciação da madeira, ou seja, querem saber de onde é que vem cada tábua, onde é que ela nasceu, onde é que ela foi cortada. O problema é que essa georreferenciação é uma carga burocrática muito grande, que alguns fornecedores poderão não estar dispostos a fazer, e depois deixam de nos vender a nós e vão vender aos países asiáticos e a outros mercados que não têm este nível de exigência.  Quando exportamos para esses países, ou estamos num segmento de luxo, ou estamos num segmento de reconhecimento de marca, ou de design, ou então dificilmente conseguimos concorrer porque não estamos a concorrer em pé de igualdade.

    “Nenhuma feira se pode fazer uma vez isoladamente”

    Terminámos agora um ciclo de feiras, França, Espanha e Itália. Qual é a importância desta presença internacional? O que podemos esperar até ao final do ano?

    Começámos em Janeiro com a Maison&Objet, levámos 50 empresas e correu muito bem, melhor que as expectativas. Depois estivemos em Espanha e Itália, em Abril com 40 marcas nacionais na feira de referência Salone del Mobile, em Milão, onde em termos de área devemos ser ou a segunda ou a terceira nacionalidade. Já em Maio vamos estar ICFF [The International Contemporary Furniture Fair] em Nova Iorque. Uma feira muito focada naquela região apesar de contar com visitantes também da Flórida e do Canadá. E depois a partir de Setembro vamos ter uma série de feiras: as segundas edições da Maison&Objet, em Paris, e da Intergift, em Madrid. Estaremos também numa feira dirigida para o sector da hotelaria em Miami. Depois em Outubro vamos a Singapura, no regresso à Ásia com uma feira na que é considerada um dos principais hubs para a Ásia. E esta feira tem a curiosidade de ser organizada por italianos que nos convidaram a estar com eles e que contará com as principais marcas internacionais. Então vamos estar neste posicionamento.

    Em Novembro temos um certame no Dubai, de nicho, de alta decoração, onde são as principais marcas internacionais. E terminamos o ano novamente em Paris com a Equiphotel, que é a principal feira a nível europeu da área de hotelaria.

    Este roteiro de feiras é pensado para cada ano?

    Nenhuma feira se pode fazer uma vez isoladamente. Temos que ter uma estratégia no mínimo de três anos consecutivos num determinado mercado. Depois temos as feiras plataforma, o caso da Maison&objet, o Salão de Milão, ou mesmo o Dubai, que servem também a abordagem e os contactos para outros mercados. Tal como Miami é influência para outros países da América do Sul e Singapura para os mercados da Malásia, de Tailândia, ou Vietnam.

    Que novidades se perspectivam neste domínio?

    O próximo ano vamos começar o ano em Fevereiro com a Coreia do Sul. Onde teremos uma presença muito forte. Vamos internacionalizar o conceito Portugal Home Week, que este não se realiza exactamente para concentrar estas fichas de investimento na internacionalização do evento e fazê-lo fora de portas.

    Como surgiu esta oportunidade?

    Houve um convite que nos deu imensas condições para que o evento pudesse ser feito lá. Então vamos internacionalizar, vamos levar lá as empresas e não só. Vamos levar também decoradores, arquitectos de interiores, porque eles querem saber como é que fazemos a decoração, como é que pensamos a casa, porque o coreano não tinha este conceito de casa. Devido às dificuldades de habitação várias famílias viviam em pequenos apartamentos, não se cozinhava em casa e come-se na rua. Ou seja, o conceito de vida deles era completamente diferente, só que o poder de compra foi aumentando e mudou os hábitos e a forma de viver, sobretudo nas cidades.

     

     

    Sobre o autorManuela Sousa Guerreiro

    Manuela Sousa Guerreiro

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    Imobiliário

    Há mais de 1000 hotéis à venda em Portugal

    Entre Janeiro e Março estavam à venda em Portugal 1038 unidades hoteleiras. Número que representa um crescimento de 31% face ao período homólogo. As contas foram feitas pela plataforma imobiliária Casafari num estudo realizado sobre o mercado hoteleiro em Portugal  

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    O número de unidades hoteleiras disponíveis para venda e para arrendamento no mercado nacional cresceram nos primeiros três meses deste ano, face ao período homólogo (+31% e +48%, respectivamente). Os números são avançados pela plataforma imobiliária Casafari que analisou os dados disponíveis na plataforma, comparando o primeiro trimestre de 2024 a igual período do ano anterior, procurando avaliar o comportamento mais recente destes activos, tanto ao nível da venda como do arrendamento

    Na análise, Faro, Lisboa e Porto surgem como as regiões com maior número de hotéis, tanto para venda como para arrendamento.

    No que diz respeito ao preço por m2, o valor médio dos hotéis para venda em Portugal subiu +18%. Em sentido inverso, o valor médio por m2 para arrendamento registou uma quebra de -43%. Cascais destaca-se com o preço médio por m2 mais elevado do país de hotéis disponíveis, quer para venda quer para arrendamento.

    Sintra com maior crescimento no número de unidades disponíveis para venda

    Nos primeiros três meses de 2024 estavam à venda 1.038 hotéis em Portugal, um aumento de +31% face aos 791 registados no período homólogo. A nível regional, Faro, Porto e Lisboa apresentavam o maior número de unidades hoteleiras disponíveis para venda (289, 120 e 96, respectivamente). Em sentido contrário, existem várias regiões com apenas 1 unidade hoteleira disponível para venda, como Trofa, Penafiel, Paredes, entre outras.

    Sintra, Lourinhã e Matosinhos destacam-se como as regiões do país com as maiores subidas percentuais, com a oferta a septuplicar, por exemplo, em Sintra, enquanto Odivelas, Baião e Coimbra apresentavam variações negativas.

    O preço médio por m2 de hotéis para venda em Portugal ascendia a 3.319 euros no primeiro trimestre deste ano, uma subida de +18% face aos 2.818 euros registados em igual período do ano passado. A nível regional, Cascais, Sintra e Lisboa apresentam o preço médio por m2 mais elevado do país (7.213 euros, 6.995 euros e 6.175 euros, respectivamente). Em sentido inverso, Paredes, Amarante e Penafiel apresentavam os preços médios por m2 mais baixos no território nacional.

    A nível percentual, Lourinhã, Madeira e Guarda surgem com as maiores subidas. Já Marco de Canaveses, Castelo Branco e Beja apresentam variações negativas do preço médio por m2 no primeiro trimestre de 2024.

    Arrendamento: oferta cresce +48%, mas preço médio por m2 cai -43%

    Nos primeiros três meses de 2024 existiam 62 hotéis disponíveis para arrendamento, número que representa um aumento de +48% face aos 42 registados em igual período do ano passado.

    A nível regional, Lisboa, Faro e Porto apresentavam o maior número de unidades hoteleiras disponíveis para arrendar (18, 12 e 11, respectivamente). Em sentido inverso, Aveiro, Santarém, Viseu, Viana do Castelo, Beja, entre outras, apresentam apenas 1 unidade hoteleira disponível para arrendamento.

    Cascais, Porto e Lisboa evidenciam-se com as maiores subidas percentuais, enquanto Sintra, Matosinhos e Évora apresentavam variações negativas no primeiro trimestre de 2024.

    O preço médio por m2 de hotéis para arrendamento em Portugal ascendia a 24 euros no primeiro trimestre deste ano, uma quebra de -43% face aos 41 euros registados em igual período do ano passado.

    A nível regional, Cascais, Leiria e Oeiras são as regiões com o preço médio por m2 mais elevado do país (425 euros, 196 euros e 26 euros, respectivamente). Por outro lado, Bragança, Viseu e Aveiro apresentavam os preços médios por m2 mais baixos.

    A nível percentual, Vila Real, Setúbal e Coimbra registaram as maiores subidas. Mas Aveiro, Santarém e Leiria apresentavam variações negativas do preço médio por m2 no período em análise.

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