UNStudio integra equipa de estudo para envolvente a circular em Amsterdão
Segundo explica o gabinete, “estamos actualmente a transitar para uma era onde diferentes formas de transporte serão misturadas de acordo com a necessidade, impacto ambiental, hora, direcção, engarrafamentos e outros parâmetros”

Ana Rita Sevilha
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Comissariado pelo Royal Institute of Dutch Architects (BNA) com consultadoria da Câmara Municipal de Rijkswaterstraat, uma equipa multidisciplinar constituída pelo gabinete UNStudio, Goudappel Coffeng (consultores de mobilidade), GeoPhy (especialistas em dados) e 2getthere (especialistas em sistemas automatizados de trânsito) desenvolveu um estudo que analisa o potencial futuro de integração e o desenvolvimento da cidade em torno da área da circular A10, na área de Leylaan, em Amsterdão.
De acordo com o gabinete liderado por Ben van Berkel, actualmente, estrada de circunvalação A10 “forma uma barreira que inibe a conexão entre as partes interna e externa da cidade, tornando a sua envolvente imediata inabitável e não utilizável”. Segundo o gabinete, “à medida que o crescimento populacional impulsionou o desenvolvimento para fora do centro da cidade e ao longo do anel viário, foi identificada a oportunidade de integrar a rodovia e a cidade de uma forma que gera novas formas de vida e melhora a mobilidade para os futuros habitantes”.
O resultado do estudo, explica o gabinete de arquitectura, “formula soluções que conciliam a natureza da rodovia e da cidade através da injecção de novos programas e amenidades, além de maior acessibilidade, para tornar a A10 e os seus bairros vizinhos num destino desejável com uma presença positiva na cidade”.
A proposta da equipa multidisciplinar divide-se em dois eixos: por um lado um novo Hub de transporte multimodal localizado na intersecção entre Cornelis Lelyaan e a A10; e novos desenvolvimentos urbanos em ambos os lados da A10 que ligam os bairros adjacentes e criam um novo lugar.
O Hub será um novo destino de uso misto, que oferece uma ligação de mobilidade suave que permitirá aos usuários a transição entre carros particulares e transporte público. O mesmo oferece ainda estacionamento, restaurantes e divertimentos e também inclui uma paragem para os CityPods, uma nova alternativa ao transporte público em massa. Por sua vez, os CityPods sem condutor proporcionam uma ligação directa ao centro da cidade de Amesterdão, melhorando a acessibilidade enquanto aumentam o valor acrescentado do Hub e da área circundante. O Hub funciona também como uma estação de carga para mobilidade eléctrica e, através do uso de baterias de carro localmente armazenadas, funcionará como um centro de fornecimento de energia em horários de pico para os bairros vizinhos.
Segundo explica o gabinete, “estamos actualmente a transitar para uma era onde diferentes formas de transporte serão misturadas de acordo com a necessidade, impacto ambiental, hora, direcção, engarrafamentos e outros parâmetros”. “Tendo em conta a velocidade de tráfego na A10, reduzir consideravelmente os volumes de tráfego através de soluções inovadoras, como a implementação de novas superfícies rodoviárias e tecnologia de automóveis que reduzem a poluição atmosférica e sonora, habitar na área envolvente da A10 vai tornar-se mais desejável”.
A proposta incide também na criação de novos desenvolvimentos urbanos, ou seja, na criação de 8.400 novas unidades residenciais, num total de área construída de 750.000 m² em torno da intersecção Lelyaan / A10.Além da criação de novas áreas residenciais, “a proposta é baseada em ruas e caminhos que favorecem pedestres, uma densidade de pessoas e edifícios que criam vivacidade e uma mistura de usos e prestação de serviços com uma rede robusta de espaços públicos que permitem uma forte infra-estrutura social e oportunidades de criação de emprego”.