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    Que lições devem ser retiradas após o sismo de Amatrice?

    Como recentemente lembrou o GECoRPA, a história comprova a vulnerabilidade de Portugal à ocorrência de sismos e a recente catástrofe de Amatrice volta a trazer este assunto à luz do debate no país. O Construir foi ouvir a opinião de alguns especialistas face à vulnerabilidade sísmica do edificado luso

    Pedro Cristino
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    Que lições devem ser retiradas após o sismo de Amatrice?

    Como recentemente lembrou o GECoRPA, a história comprova a vulnerabilidade de Portugal à ocorrência de sismos e a recente catástrofe de Amatrice volta a trazer este assunto à luz do debate no país. O Construir foi ouvir a opinião de alguns especialistas face à vulnerabilidade sísmica do edificado luso

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    earthquake-1665892_1280“Em Portugal, sabemos que os abalos sísmicos existem – a história prova-o”, introduz o comunicado de imprensa emitido pelo Grémio do Património (GECoRPA). No rescaldo do terramoto que abalou a cidade transalpina de Amatrice, esta associação relembra a sociedade, através da sua missiva, que, embora os sismos sejam fenómenos “relativamente raros”, acarretam consigo consequências “que podem ser devastadoras”. Destacando que um terramoto como o que abalou Portugal em 1755 poderá acontecer “a qualquer momento”, o GECoRPA considera que as lições que destas catástrofes poderão ser retiradas não estão a ser aprendidas pelos portugueses.

    Regulamentos “omissos” e “desadequados”

    No seu comunicado, o Grémio do Património ressalva a aprovação, em 2010, na Assembleia da República, uma resolução sobre o impacto sísmico no edificado que “constituiu um avanço histórico na abordagem do problema em Portugal” e, entre várias medidas, é recomendado ao Governo que “assegura a obrigatoriedade de segurança estrutural anti-sísmica nos programas de reabilitação urbana existentes ou a criar, conforme a sua localização nas zonas do mapa de risco sísmico e veritdas nos planos de ordenamento de âmbito municipal”. Mais tarde, em 2012, com as alterações então introduzidas, o Decreto-Lei 307/2009, de 23 de Outubro – Regime Jurídico da Reabilitação Urbana (RJRU) – passou a estipular, no seu artigo 51.º, que as obras de reabilitação “observem as opções de construção adequadas à segurança estrutural e sísmica dos edifícios intervencionados”. Contudo, o GECoRPA chama a atenção para o Decreto-Lei 53/2014, de 8 de Abril, que estabelece, posteriormente “um regime excepcional de reabilitação urbana que exige apenas que as intervenções nos edifícios não diminuam as suas condições de segurança sísmica”. Neste contexto, a associação explica que a dispensa de se melhorar a segurança dos edifícios reabilitados é “agravada”, uma vez que o RJRU remete “para legislação desactualizada” no que concerne “à questão da qualificação a exigir às empresas e aos profissionais para executarem intervenções de reabilitação do edificado”. Paralelamente, o Grémio ressalva também que o Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, que estabelece o Regime Jurídico da Urbanização e da Edificação (RJUE) foi já alvo de 14 alterações até à data, “tendo origem numa época em que dominava a construção nova e a reabilitação do edificado era um tema secundário”, não tendo, por esse motivo, “na devida conta, a especificidade e complexidade das intervenções de reabilitação e, em particular, as de reabilitação estrutural”. Segundo este regime, as obras realizadas nos interiores dos edifícios dispensam de licença municipal “desde que não afectem a estrutura”, mas o GECoRPA considera que a lei é “omissa” relativamente à qualificação “de quem decide se as obras afectam ou não a estrutura”, levando tal decisão a ser tomada “por quem quer que seja chamado pelo morador para fazer as obras”. “É o que está a acontecer em zonas de Lisboa como o Bairro Azul, onde é frequente verem-se carrinhas a carregar entulho resultante da demolição de paredes estruturais, enfraquecendo os edifícios”, aponta o comunicado. A mesma fonte sublinha que as intervenções neste domínio “pressupõe qualificação específica de projectistas e empreiteiros, em particular no caso dos edifícios antigos”. Relativamente aos projectistas, a associação refere que a sua qualificação depende “da posse de um título profissional ou de um certo número de anos de experiência” e explica que os títulos mais frequentes consistem em “níveis de qualificação atribuídos pelas ordens de forma indiferenciada a engenheiros ou engenheiros técnicos, independentemente da área de especialização a que pertencem, que tanto pode ser construção, como hidráulica”, não dando “qualquer garantia de qualificação para a elaboração dos projectos em causa”. Relativamente aos empreiteiros, o regime dos alvarás, que constam actualmente da Lei n.º 41/2015, de 3 de Junho, o requisito de demonstração de capacidade técnica aplica-se apenas aos empreiteiros de obras públicas, “deixando de fora os empreiteiros de obras particulares – incluindo as de reabilitação estrutural – que, para exercerem actividade, apenas têm de se registar na entidade reguladora”. Com isto, o GECoRPA constata que as intervenções de reabilitação agora em curso “e com grande intensidade” por todo o país estão a aumentar “a exposição de pessoas e bens ao risco sísmico”. Para a associação presidida por Vítor Cóias, “mesmo aquelas obras que pretendem melhorar o comportamento sísmico dos edifícios podem não oferecer essa garantia, porque foram mal projectadas, ou mal executadas, ou as duas coisas”, como foi o caso da escola de Amatrice, que ruiu “embora tivesse sido reabilitada há pouco tempo”. Assim, o Grémio do Património lembra as inspecções e certificados referentes ao desempenho energético dos edifícios, exigidas “desde há alguns anos”, e contrapõe com a falta de exigências semelhantes quanto ao desempenho natural dos edifícios. “Corremos o risco de ter edifícios energeticamente eficientes, mas estuturalmente inseguros”, reforça o comunicado do GECoRPA, que também classifica como “ilusão” a possibilidade de contar com os seguros, dado que as seguradoras incluem nas suas apólices “exclusões, nomeadamente quanto a erros e defeitos de projecto ou de construção” que os tornam “inúteis quando um dia for necessário comunicar os sinistros e mobilizar os respectivos capitais”.

    Segurança sísmica como prioridade

    Opinião semelhante tem Humberto Varum. Em entrevista ao Construir, o professor catedrático da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) explica que há “alguma regulamentação recente que permite a intervenção em edifícios históricos sem qualquer tipo de análise do ponto de vista sísmico”. “Evidentemente que algo tem de ser revisto, por um lado”, afirma o professor da secção de Estruturas, do Departamento de Engenharia da universidade portuense, referindo também que, por outro lado, “é muito importante (…) disseminar o conhecimento e desenvolver, nos proprietários ou nos gestores do património edificado, sensibilidade para esta questão”. Para Varum, é “muito importante” que estes entendam que “qualquer alteração no sistema estrutural de um edifício pode fazer cair muito a sua capacidade”, dada frequência com que as pessoas “encomendam ou executam intervenções por falta de conhecimento e informação”. E onde reside esse conhecimento de que carece quem encomenda as intervenções? “Neste tipo de intervenções, os conhecimentos devem ser aplicados com rigor e acho que, em caso de dúvidas, os proprietários deverão contactar alguém da área da engenharia civil, com conhecimento técnico muito específico neste domínio”, responde o engenheiro, sublinhando que, “felizmente, temos no país as melhores escolas, que nos orgulham a nível de conhecimento na área da engenharia sísmica”. Este conhecimento existe e, nas palavras de Humberto Varum, “é preciso aplicá-lo”. Por sua vez, o bastonário da Ordem dos Engenheiros (OE), destaca que Portugal “não só tem uma legislação muito exigente neste domínio, como, de alguma forma, foi pioneiro nas exigências legais para o cálculo de estruturas, tendo em vista a sua segurança perante acções sísmica”. A isto, acresce a existência de “conceituados técnicos” no país, “reconhecidos internacionalmente”, bem como os centros “de excelência na investigação e na experimentação do comportamento estrutural de edifícios perante acções excepcionais, nomeadamente as dinâmicas”. Todavia, Carlos Mineiro Aires considera que “as questões ligadas à engenharia e aos engenheiros não têm tido e merecido (…) a devida atenção por parte do poder político, nomeadamente no que respeita a iniciativas legislativas”, onde a OE poderia “não só ser mais ouvida e considerada, como boa conselheira”. “Infelizmente, a questão da sismicidade e do reforço sísmico do edificado também não foge à regra, embora já tenhamos conhecimento que é intenção do Governo legislar nesta matéria, indo ao encontro das posições”, destaca. Quanto às preocupações manifestadas pelo GECoRPA, Mineiro Aires considera que a associação “tem razão” quanto à dispensa de licença municipal para obras nos interiores dos edifícios desde que as mesmas não afectem a estrutrura e refere que a OE comunga do ponto de vista de que a lei é omissaquanto à qualificação de quem decide se as intervenções afectam a estrutura. Relativamente à “legislação desactualizada” quanto à qualificação a exigir às empresas e aos profissionais para executarem intervenções de reabilitação do edificado, o bastonário da OE considera que a questão suscitada em torno das empresas de obras particulares é “muito pertinente”. Face aos profissionais, o líder da OE considera que existe actualmente “a necessidade de rectificar as facilidades que têm sido concedidas”. “Para ser mais claro, a diluição das competências profissionais exclusivas dos engenheiros civis que têm competências adequadas no cálculo de estruturas – porque nem todos as possuem – foram estendidas a outras profissões e a qualificações académicas que têm evidentes limitações nestes domínios de especialização”, explica o bastonário. Assim, para este engenheiro, a legislação “não é omissa, mas sim desadequada e, em muitos aspectos, até permissiva”. Todavia, Mineiro Aires refere que a OE não pode “admitir que se ponha em causa ou questione a qualificação de um engenheiro civil do ramo de estruturas, a quem a Ordem reconhece competências adequadas e a quem concede as necessárias declarações de responsabilidade para elaboração e subscrição de projectos, direcção de obras e direcção de fiscalização, entre outras”. Para o bastonário, estes engenheiros civis, “estão seguramente habilitados para o efeito e a sociedade pode confiar na sua competência, pelo que, como sempre aconteceu e, portanto, não é novidade, determinados estudos, projectos, fiscalizações, gestão e direcção de obra apenas podem ser realizados por quem sabe, ou seja, por estes profissionais”. A opinião face à desadequação ou desactualização da actual legislação é também partilhada pela coordenadora do Grupo Sísmica da Ordem dos Arquitectos. Para Alice Tavares, “a legislação actual é, até ocorrência de um sisme que demonstre o contrário, competente para a construção nova”. “Não existe em Portugal legislação específica, em vigor, para os edifícios existentes, nomeadamente para as diversas tipologias de intervenção a que estes edifícios estão sujeitos, como a reabilitação”, explica a arquitecta ao Construir. Segundo a própria, as referências “são muito escassas na legislação em relação ao problema sísmico” e são “omissas ao nível das estratégias e orientações a seguir”. De acordo com Alice Tavares, isto também se verifica no Regime Simplificado de Reabilitação Urbana, “que não apresenta como objectivo incluir as questões estruturais”, referindo apenas “que a intervenção não pode dimninuir a capacidade de resistência sísmica do edifício”. Contudo, “para que efectivamente se fizesse prova desse facto, considerando a circunstância de não se querer melhorar a resistência sísmica do edifício, deveria ser pelo menos obrigatória a apresentação de um relatório de inspecção do edifício onde esa ponderação fosse quantificada, o que não se verifica”. Para esta arquitecta, “está há vários anos à vista” que não têm surgido iniciativas por parte do poder político para o reforço sísmico do edificado através da via legislativa. “Este é um assunto que tem tido acções de sensibilização junto da classe política, sem ter existido em consequência qualquer iniciativa legislativa que aposta na prevenção, na promoção de avaliação do edificado, no âmbito dos processos de reabilitação e de reforço sísmico”, adverte. Desta forma, “continua a aguardar-se que o poder político entenda a urgente necessidade de medidas legislativas específicas para Portugal para o reforço sísmico do edificado, com uma aposta clara na prevenção e compatibilizando com a reabilitação urbana”. Ao mesmo tempo, o risco sísmico deve ser incluido “nas prioridades do país para candidaturas a fundos comunitários, quer ao nível de estudos científicos, quer ao nível de implementação de medidas”.

    Eurocódigos

    Parte da solução para o problema da vulnerabilidade sísmica do edificado português poderá residir nas Normas Europeias, nomeadamente nos Eurocódigos Estruturais. Curiosamente, o conhecimento técnico dos engenheiros e das instituições portuguesas contribuiu em larga escala para a criação do Eurocódigo 8, que visa o projecto de estruturas para resistência aos sismos. Todavia, esta norma carece de aplicabilidade obrigatória no país. “Até ao momento, tanto quanto sabemos, apesar da idoneidade deste importante documento e do consenso técnico e académico que merece, ainda não tem aplicabilidade obrigatória em Portugal, onde prevalece a legislação e a regulamentação nacional, o que não significa que não esteja a ser aplicado pelos engenheiros que reconhecem a sua mais-valia”, explica, ao Construir, Carlos Mineiro Aires. O bastonário da OE recorda que, na maioria dos casos de reabilitação de edifícios “não é exigível o reforço estrutural, o que é evindentemente uma falha, por duas ordens de razão facilmnente entendíveis, muito embora existam outras: a intervenção não confere maior perenidade ao investimento e, por outro lado, lesa o consumidor, enquanto futuro comprador da moradia ou andar”. Segundo Humberto Varum, há uma questão relativamente ao Eurocódigo 8 que tem ainda de ser “ultrapassada”. “É um aspecto técnico do ponto de vista de regulamentação”, refere, explicando que, em termos técnicos, “de engenharia, os Eurocódigos estão desenvolvidos e traduzidos para português” e esse documento “é utilizado nas escolas para ensinar os alunos”. “Muitos dos programas de cálculo que utilizamos já recorrem à acção de acordo com o Eurocódigo 8, mas há aqui uma barreira legal sobre a sua aplicação”, sulbinha, referindo que em alguns países da Europa, os Eurocódigos já são “força de lei”. O atraso na implementação destas normas é, para o docente da FEUP, “certamente uma questão política ou legal e não tanto uma questão técnica”. “Independentemente disto, o nosso próprio regulamento, o RSA – Regulamento de Segurança e Acções, embora date do início dos anos 80, já contempla um nível de conhecimento bastante avançado”, ressalva. Segundo Humberto Varum, as estruturas dimensionadas nessa década, “se foram bem dimensionadas e construídas, têm uma boa capacidade perante a acção sísmica”. Contudo, “é claro que o Eurocódigo 8, fruto de todos estes avanços, entra em muito maior detalhe, fornece muito mais instrumentos em termos de cálculo estrutural”, o que faz com que as estruturas dimensionadas e executadas de acordo com esta nroma “terão tendência a ter melhor capacidade”.

    A janela da reabilitação

    Os entrevistados do Construir mostraram-se unânimes quanto à oportunidade que a dinamização do mercado da reabilitação urbana apresenta para o reforço sísmico das estruturas dos edifícios. Para Alice Tavares, o impulso deste sector pode significar uma boa oportunidade para a redução da vulnerabilidade sísmica do edificado nas cidades portuguesas “se rapidamente forem tomadas medidas que, mesmo de implementação gradual estruturada, permitam esse retorno da melhoria da segurança dos edifícios”. “Temos um hiato a vários níveis que é preciso colmatar, quer do ponto de vista urbano, quer de códigos de construção que contemplem o problema sísmico nos processos de reabilitação e definam orientações para os diversos sistemas construtivos existentes (mais ou menos antigos), quer ainda da preparação das empresas e garantia de aplicação do preconizado em projecto”, alerta a arquitecta. Desta forma, com este “vazio regulamentar”, a responsabilidade recai “sobre os municípios e sobre a sensibilidade dos técnicos para o problema, bem como empresas de construção e investidores/proprietários”. Humberto Varum considera que podemos estar a perder uma oportunidade para reforçar sismicamente o edificado e lembra que o reforço sísmico “tem, para o custo da reabilitação, um peso muito reduzido, portanto acho que é nossa obrigação, como técnicos, dizer isto e é obrigação da sociedade – dos proprietários e dos gestores do património, preparar estes edifícios para resistirem melhor a um sismo”. Para este professor catedrático, “fazer actualmente uma obra de reabilitação, mudando materiais de revestimento, fazendo instalações e utilizando materiais de acabamento com preços elevadíssimos e ingorar a segurança sísmica é um crime”. Por sua vez, Carlos Mineiro Aires destaca que a OE “sempre defendeu a qualidade destas intervenções [de reabilitação], porquanto não podemos deixar que se confundam as operações estéticas e intervenções interiores e exteriores, que embelezam os edifícios e os tornam mais apetecíveis e comercializáveis, com o que, na óptica dos engenheiros, devem ser as intervenções mais adequadas”. Desta forma, “na esperança de que, no imediato, enquanto se aguarda por legislação mais exigente, os proprietários e os investidores tomem consciência da importância da intervenção de um engenheiro civil nas acções de reabilitação e no ajuizamento da necessidade do reforço estrutural, diria que o número de intervenções ainda está longe de atingir uma expressão que possa reduzir significativamente a vulnerabilidade sísmica do edificado”.

    Reforço e seguros

    Segundo Humberto Varum, é necessário “desmistificar” a ideia de que o reforço sísmico do edifício constitui uma intervenção dispendiosa. “A melhoria do desempenho sísmico da estruturas pode ter um investimento reduzido quando comparado com outros orçamentos”, destaca o docente, explicando que é gasto “tanto dinheiro na reabilitação dos edifícios para atender a outros aspectos, como o conforto e o aspecto”, ao mesmo tempo que as estruturas são ignoradas. “Temos de fazer um esforço no sentido de passar esta imagem para a sociedade, para os proprietários e para os investidores, dizendo que, efectivamente, este investimento [no reforço sísmico] não obriga a um esforço significativo ou, direi até, poderá ser incluído emn troca de uma outra opção, como um material de revestimento mais caro”, adverte o professor catedrático. Ao mesmo tempo, existe ainda outra forma que pode ser implementada “no sentido de potenciar a valorização da segurança sísmica” e que consiste nos seguros. “Os seguros não reflectem, actualmente, com rigor, a segurança sísmica dos edifícios”, revela Humberto Varum, explicando que, “se o seguro reflectisse o nível de segurança sísmica dos edifícios, consoante a avaliação feita por um técnico, de certeza que os proprietários iriam passar a valorizar e a ter uma acção mais eficaz nas intervenções no edificado”. Além dos seguros, há a revisão de projecto no contexto da segurança sísmica, “um acto que foi retirado”. “No passado, os projectos eram revistos nas Câmaras Municipais, a nível estrutural, este aspecto foi completamente ultrapassado e toda a responsabilidade passou para o projectista”, afirma o docente da FAUP, opinando que a revisão do projecto deveria voltar a ser imposta, “pelo menos no que concerne à segurança sísmica”. Para este engenheiro, se os projectos “fossem todos analisados para verificação de um conjunto de parâmetros gerais de medidas ou cuidados que tenham sido, ou não, tidos em conta no projecto para acção sísmica, isto poderia ajudar a que todos os projectistas e todos os proprietários passassem a ter mais atenção a este aspecto”. Humberto Varum explicou também que a Sociedade Portuguesa de Engenharia Sísmica tem trabalhado no sentido de “criar uma espécie de escala para medir o nível de segurança sísmica dos edifícios, tal como acontece na energia”. “Quando compramos uma casa, o edifício está classificado energeticamente”, refere, apontando para a ausência de classificação de segurança sísmica. Existindo esse tipo de avaliação de segurança, “de certeza que a sociedade reage”. “O comprador sentir-se-ia motivado a dar preferência, numa compra, a um edifício com um nível de segurança adequado”, expõe, mostrando-se “convencido de que, perante uma medida destas, considerando a consciência das famílias e o interesse por esta questão, e considerando também que o próprio mercado económico iria reagir, a questão da segurança sísmica iria, desde logo, ser espoletada em edifícios existentes”.

    Sobre o autorPedro Cristino

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    APLOG realiza terceira edição do ‘Imobiliário Logístico’

    O seminário acontece dia 26 de Fevereiro, no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas, em Oeiras e tem como objectivo proporcionar uma visão alargada do mercado imobiliário logístico em Portugal, as suas oportunidades e desafios

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    O imobiliário logístico em Portugal tem apresentado um dinamismo de “!relevo”, tanto na ocupação de espaços, como na oferta de espaços disponíveis e, neste sentido, a Associação Portuguesa de Logística (APLOG), vai realizar a terceira edição do Seminário Imobiliário Logístico. A iniciativa está marcada para o próximo dia 26 de Fevereiro, no Templo da Poesia, no Parque dos Poetas, em Oeiras.

    O investimento em logística tem-se destacado como uma opção atractiva no sector imobiliário, especialmente devido às taxas de retorno consistentes que oferece, uma vez que combina contratos de longo prazo e uma crescente procura por parte de empresas, mesmo num contexto de grande volatilidade.

    O “e-commerce”, o “flight to quality” e o “nearshoring” apresentam-se como as grandes oportunidades do imobiliário industrial e logístico em Portugal.

    Esta edição tem, assim, o objectivo proporcionar uma visão alargada do mercado imobiliário logístico em Portugal, reflectir sobre as oportunidades e desafios que comporta, os constrangimentos e bloqueios que enfrenta e os desenvolvimentos regulamentares e exigências ambientais que marcam a actividade.

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    Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação

    A vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Filipa Roseta, juntou-se, em Bruxelas, a representantes de 12 cidades europeias para exigir uma resposta urgente da União Europeia à crise da habitação. Entre as medidas exigidas estão o aumento do financiamento para habitação acessível através do Banco Europeu de Investimento (BEI), bem como empréstimos a longo prazo e taxas fixas e baixas para o movimento cooperativo

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    Na sequência da iniciativa tomada em Dezembro de 2024, quando o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, assinou com outros autarcas europeus uma carta apelando a soluções habitacionais articuladas directamente entre as cidades e a União Europeia, a vereadora da Habitação da Câmara Municipal de Lisboa, Filipa Roseta, juntou-se, em Bruxelas, a líderes de 12 grandes cidades europeias para exigir uma resposta urgente da União Europeia à crise da habitação e o reforço para um plano de acção conjunto apresentado ao Comissário Europeu para a Habitação e Energia, Dan Jørgensen, em Bruxelas.

    As cidades participantes (Barcelona, Leipzig, Lisboa, Lyon, Amesterdão, Bolonha, Paris, Atenas, Budapeste, Roma, Ghent) representam cerca de 15 milhões de cidadãos, uma dimensão que exige acções coordenadas e financiamento directo para combater a generalizada escassez de habitação acessível.

    A participação de Lisboa reforça a mensagem de que as cidades estão na linha da frente da luta pelo direito à habitação acessível. “Precisamos de construir novas casas, mas também de reabilitar o património habitacional que temos. A mobilização de edifícios vazios e terrenos disponíveis é uma oportunidade para oferecer habitação em zonas centrais da cidade, próximas de empregos e serviços”, considera o presidente Carlos Moedas.

    Entre as medidas concretas que os signatários exigem à Comissão Europeia incluem-se o aumento do financiamento para habitação acessível através do Banco Europeu de Investimento (BEI), bem como empréstimos a longo prazo e taxas fixas e baixas para o movimento cooperativo, como defende a vereadora Filipa Roseta.
    O acesso mais directo e simplificado a fundos europeus para as autarquias, a atribuição de pelo menos parte dos fundos de coesão directamente às cidades e a revisão das regras da concorrência para permitir maior investimento público em habitação acessível são outras das medidas defendidas.

    “A Habitação é uma área absolutamente prioritária para este Executivo. Está a ser feito um esforço inédito para dar respostas aos graves problemas com que os lisboetas se debatem nesta área, com medidas concretas e diversificadas. Temos trabalhado em todas as frentes para agilizar respostas, com a construção de novas casas, a reabilitação e a disponibilização de habitações municipais. Assinámos um acordo para investimento em habitação municipal, até 2026, no valor de 560 milhões de euros e um investimento de 142 milhões de euros na Gebalis destinados à reabilitação de habitações municipais devolutas”, relembra o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas.

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    Fundo Valor Prime compra edifício de escritórios em Matosinhos por 13M€ 

    Fundo Valor Prime, gerido pela Montepio Gestão de Activos adquiriu o edifício de escritórios actualmente ocupado PwC Services Portuga em Matosinhos. O imóvel tem uma área bruta locável de cerca de 5 000 metros quadrados, é composto por três pisos de escritórios, com capacidade para acolher até 500 colaboradores, e dois pisos estacionamento, parte do qual arrendado à Whathouse

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    O Fundo Valor Prime, gerido pela Montepio Gestão de Activos, acaba de reforçar a posição no mercado imobiliário com a aquisição de um edifício de escritórios em Matosinhos, distrito do Porto. O valor do investimento é de 13 milhões de euros. O imóvel, com uma área bruta locável de cerca de 5 000 metros quadrados, é composto por três pisos de escritórios, actualmente ocupados pela PwC Services Portugal, com capacidade para acolher até 500 colaboradores. Possui ainda dois pisos subterrâneos, com 93 lugares de estacionamento, a maioria dos quais arrendados à Whathouse.

    “A transacção consolida a presença do Fundo Valor Prime em activos de elevada qualidade, alinhando-se com a visão estratégica de crescimento sustentado. Através desta aquisição, o Fundo Valor Prime reforça o posicionamento num dos sectores estratégicos da sua política de investimento, que privilegia segmentos de maior valor acrescentado, com foco nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto”, refere nota enviada à comunicação social.

    O Valor Prime é um Fundo de Investimento Imobiliário Aberto, predominantemente de arrendamento, orientado por princípios de rigor, rentabilidade, liquidez e diversificação de risco, com um portefólio diversificado e uma política de investimento que privilegia activos destinados a escritórios, comércio, armazéns ou indústria.
    Actualmente com mais de 18.000 subscritores, o Fundo Valor Prime fechou o exercício de 2024 com 400,9 milhões de euros de activos sob gestão, registando um crescimento significativo em relação ao período homólogo (+60,5 milhões de euros), o que traduz a confiança do mercado de investidores.

    Comercializado pelo Banco Montepio, rendibilidade anual situou-se nos 5,19% em 2024, considerando o reinvestimento dos rendimentos distribuídos no próprio Fundo, possibilitando a distribuição de 10,9 milhões de euros em rendimento aos investidores.

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    Cantanhede investe 3,3M€ em 24 habitações a custos acessíveis

    Com um investimento superior a 3,3 milhões de euros, a intervenção no edifício prevê a alteração e reabilitação de 15 frações para constituição de um total de 24 fogos

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    O executivo da Câmara de Cantanhede vai avançar com a abertura do concurso público da empreitada de conceção/construção de alteração e reabilitação de 24 fogos na rua Marquês de Pombal, no centro da cidade. O procedimento resulta de um acordo entre o Município de Cantanhede e o IHRU – Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana, que define a programação estratégica das soluções habitacionais a apoiar ao abrigo do Parque Público de Habitação a Custos Acessíveis.

    Com um investimento superior a 3,3 milhões de euros, a intervenção no edifício prevê a alteração e reabilitação de 15 frações para constituição de um total de 24 fogos, de tipologias T1 (20), T2 (2) e T4 (2). O prazo de execução da presente empreitada de concepção-construção é de 360 dias seguidos.

    O edifício em causa tem cerca de 50 anos e está em grande parte desocupado há vários anos. Como tal, apresenta sinais visíveis de degradação, nomeadamente ao nível da conservação de tetos, pavimentos, revestimento exterior e interior de paredes, caixilharias, elementos estruturais e coberturas.

    As paredes interiores, particularmente ao nível do rés-do-chão e 1.º piso, são praticamente inexistentes em virtude da sua ocupação com serviços. Contudo, no que à estrutura e paredes envolventes diz respeito, o imóvel apresenta alguns problemas de salubridade e debilidades ao nível da segurança.

    Para o vice-presidente da Câmara Municipal, Pedro Cardoso, “este procedimento concursal vem, por um lado, reverter a situação de degradação acelerada e irreversível de um edifício marcante numa zona nobre da cidade e, por outro, melhorar o parque habitacional de Cantanhede”.

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    Abrantes lança concurso de 6,5M€ para construção de nova escola superior

    “A nova ESTA terá boas condições para reforçar o desenvolvimento económico da região, já que se vai instalar aqui no Parque de Ciência e Tecnologia”, equipamento classificado recentemente como uma das três zonas livres tecnológicas de Abrantes

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    A Câmara de Abrantes assinalou a abertura do concurso público internacional para a construção das novas instalações da Escola Superior de Tecnologia (ESTA), um objetivo com 25 anos e que representa um investimento de 6,5 milhões de euros.

    “Lançamos o concurso para a construção de uma extraordinária infraestrutura que representa um investimento superior a 6,5 milhões de euros (ME) e conta com o apoio decisivo de fundos comunitários através do Fundo de Transição Justa (FTJ)”, disse esta quinta-feira o presidente da Câmara de Abrantes (Santarém), em cerimónia que decorreu em Alferrarede, no Parque de Ciência e Tecnologia – Tagusvalley, onde vai ser instalada a escola superior.

    Para Manuel Jorge Valamatos, “este FTJ desempenha verdadeiramente este papel de justiça” para com o território.

    “A nova ESTA terá boas condições para reforçar o desenvolvimento económico da região, já que se vai instalar aqui no Parque de Ciência e Tecnologia”, equipamento classificado recentemente como uma das três zonas livres tecnológicas de Abrantes.

    “Uma delimitação que reforça o estatuto deste parque como uma infraestrutura com valências, empresas e organizações que constituem um ecossistema de inovação e tecnologia de excelência” e “um verdadeiro polo de conhecimento e tecnologia que irá permitir aos nossos alunos estarem em contacto direto com as organizações e as empresas”, salientou.

    A nova localização da ESTA, cujas instalações de origem no centro da cidade (1999) “há muito não respondem às exigências do presente e às funções que o ensino superior tem de ter, oferece melhores condições para o crescimento da escola e do número de alunos, e irá reforçar o desenvolvimento económico”.

    O autarca referiu que a nova escola insere-se numa “visão estratégica” que o município tem vindo “a consolidar ao longo dos últimos anos”, sendo a educação entendida como “pilar do desenvolvimento” do concelho.

    “Depois de concretizarmos a requalificação de todo o nosso parque escolar, desde o pré-escolar ao secundário, estamos a construir neste momento uma creche municipal e avançamos para a construção da nova ESTA, as duas peças finais decisivas para termos um parque escolar de grande qualidade”, realçou, tendo feito notar que “a aposta na educação (…) não se esgota nas próprias infraestruturas” escolares.

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    Troino, Setúbal

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    Setúbal: Alterações ao Regulamento de Edificação e Urbanização vão a discussão pública

    A alteração dá, igualmente, resposta às necessidades de requalificação urbanística e do espaço de utilização colectiva e de estímulo a comportamentos que contribuam para melhorar o espaço público e uma correcta inserção urbana das edificações

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    A Câmara Municipal de Setúbal aprovou, esta quarta-feira, dia 19 de Fevereiro, em reunião pública, uma proposta de alteração ao Regulamento de Edificação e Urbanização do Município de Setúbal, que vai ser submetida a um período de discussão pública por trinta dias, após publicação em Diário da República.

    A entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 10/2024, de 8 de Janeiro, que procedeu à reforma e simplificação dos licenciamentos no âmbito do urbanismo, ordenamento do território e indústria, introduziu alterações substanciais ao Regime Jurídico da Urbanização e Edificação que devem ser contempladas no Regulamento de Edificação e Urbanização do Município.

    As alterações legislativas ocorridas, associadas à recente entrada em vigor do novo Plano Director Municipal (PDM) de Setúbal e à necessidade de introdução de aperfeiçoamentos normativos em resultado da experiência da aplicação do regulamento ao longo dos últimos anos, justificou a proposta de alteração do documento, agora apresentado.

    A alteração dá, igualmente, resposta às necessidades de requalificação urbanística e do espaço de utilização colectiva e de estímulo a comportamentos que contribuam para melhorar o espaço público e uma correcta inserção urbana das edificações.

    A proposta de alteração ao Regulamento de Edificação e Urbanização do Município de Setúbal vai ser submetida a um período de discussão pública por trinta dias, após publicação em Diário da República.

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    Empresas

    Assimagra lança 2ª edição do prémio internacional “Stone by Portugal”UGAL”

    O prémio visa distinguir projectos e profissionais em quatro categorias: arquitectura, inovação, espaço público e design de produto. As candidaturas, abertas até 31 de Março, devem ser submetidas online e os vencedores serão anunciados a 17 de Outubro

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    A Assimagra anuncia a segunda edição do Prémio “Stone by Portugal”, um galardão internacional de arquitectura e design que visa promover e valorizar a utilização da Pedra Portuguesa.

    Este reconhecimento destaca a “excelência, a inovação e a sustentabilidade” no sector, incentivando a colaboração entre arquitectos, designers e empresas de extracção e transformação. As candidaturas estão abertas até 31 de Março e devem ser submetidas online através de formulário oficial. Os vencedores serão anunciados e premiados numa cerimónia a decorrer a 17 de Outubro, na cidade do Porto.

    O prémio visa distinguir projectos e profissionais que contribuem para a projecção nacional e internacional da Pedra Portuguesa, sublinhando o seu valor “estético, funcional e ambiental”, em quatro categorias: arquitectura, inovação, espaço público e design de produto.

    Além das categorias mencionadas, será ainda atribuído o Prémio Carreira StonebyPortugal / Assimagra, que distingue uma personalidade do sector cujo trabalho empresarial e associativo tenha sido fundamental para a projecção da Pedra Portuguesa a nível nacional e internacional.

    Os vencedores serão seleccionados por um júri de cinco especialistas, composto por quatro peritos nas áreas de arquitectura, design e inovação.

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    O ‘Portugal 2030’ na Construção, a expansão do Metro Sul do Tejo, o Masterplan Arcaya e a estratégia da Corum na edição 525 do CONSTRUIR

    Numa semana em que se discutiu o papel da Construção no Portugal 2030, contamos-lhe o que de mais importante aconteceu na conferência promovida pela AICCOPN. Nesta edição, apresentamos as linhas orientadoras da expansão do Metro Sul do Tejo e do projecto da Bondstone para a Quinta do Morgadinho, no Algarve, pela voz do CEO da Batleroig, autora do masterplan. Mas há muito mais para ler nesta edição

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    Sector exige “acções concretas” para responder
    “a desafios sem precedentes”

    Para se evitar erros que comprometeram, em parte, a execução do PRR e prejudicaram as empresas que contavam responder aos desafios propostos pelo Plano, o Sector da Construção defende, mais do que intenções, medidas concretas. Pacto suprapartidário, agilização dos processos administrativos e apoios à industrialização da construção entre as prioridades

    Expansão do Metro Sul do Tejo em discussão
    A 6 de Março serão apresentados os resultados da participação pública e o projecto seguirá, depois, para a fase de consulta pública no âmbito da Avaliação de Impacte Ambiental

    CEO da Batlleiroig apresenta Masterplan Arcaya
    O atelier catalão é responsável pelo desenho do projecto da Bondstone para os 68 hectares da Quinta do Morgadinho, em Vilamoura. Albert Gil Margalef destaca a relação entre a obra e a envolvente

    Corum reforça interesse no mercado nacional
    A gestora de fundos imobiliários alarga o seu portfolio de activos nos Países onde está presente e isso inclui Portugal. Em 2024 tinha adquirido portfolio de ginásio Solinca por 17M€

    Especial: Domótica, Material Eléctrico e Iluminação
    Exploramos como a domótica, aliada à IA e à Internet das Coisas (IoT), está a moldar o futuro das nossas casas e cidades, e como as empresas se estão a adaptar a este novo paradigma

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    Overseas Residências

    Imobiliário

    Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa

    A nova oportunidade de investimento no sector residencial de luxo, promovido pela Overseas, abre a ronda de investimento na próxima segunda-feira, 24 de Fevereiro, às 15 horas. Com um ticket superior a 4 M€ e um prazo de investimento estimado de 34 a 38 meses, o projecto pretende oferecer aos investidores um equity preferencial, com rendimento anual de 17%

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    A Urbanitae, plataforma espanhola de crowdfunding imobiliário, acaba de anunciar uma nova oportunidade de investimento no sector residencial de luxo em Lisboa. O projecto “Overseas Residências”, promovido pela Overseas, abre a ronda de investimento na próxima segunda-feira, 24 de Fevereiro, às 15 horas.

    O projecto, que envolverá a renovação e ampliação do nº 11 da Praça Duque de Saldanha, pretende dotar o edifício com 11 apartamentos de luxo, equipados com varanda, e ainda jardim e piscina comuns, um espaço comercial, 18 lugares de estacionamento e arrecadações. A sua localização, junto à Avenida da República e à Praça Marquês de Pombal, assegura um “forte potencial de valorização”, dada a elevada procura por activos imobiliários premium nesta zona central de Lisboa.

    O projecto, com um ticket superior a 4 milhões de euros e um prazo de investimento estimado de 34 a 38 meses, oferecerá aos investidores da Urbanitae um equity preferencial, com rendimento anual de 17%. Por outras palavras, antes de o promotor recuperar o seu investimento ou obter lucros, os investidores da Urbanitae vão recuperar primeiro o seu capital e obter a sua rentabilidade de 17% TIR. No entanto, em conformidade com as orientações do regulador, a rentabilidade estimada de um projecto de equity não deve ser comunicada como garantia. A rentabilidade total dependerá da diferença entre a previsão de receitas e a estimativa de custos, sendo proporcional ao equity total aportado.

    Os investidores poderão participar no projecto até ao prazo máximo de 30 dias ou até que o montante de financiamento seja atingido.

    “Após um ano 2024 no qual batemos recordes de resultados, na Urbanitae continuamos a expandir a nossa presença em Portugal e a nossa aposta no mercado imobiliário de luxo em Lisboa,” afirmou Simão Cruz, country director de Portugal da Urbanitae.

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    Arquitectura

    Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos

    Representantes do projecto em Portugal, o Ateliermob trabalha, desde Dezembro de 2023, com uma equipa de especialista em habitação cooperativa de Valência para desenvolver o modelo a aplicar no nosso País. A apresentação será online no dia 27 de Fevereiro

    Cidália Lopes

    Na próxima quinta-feira, dia 27 de Fevereiro, o Ateliermob irá apresentar a nova plataforma digital, desenhada para facilitar a organização e participação das Cooperativas de Habitação em Cedência de Direito de Uso. A apresentação será online, entre as 15 horas e as 16 horas, através do link que se encontra disponível na página do atelier.

    A plataforma foi desenvolvida ao longo de 2024, com uma equipa de Valência, em Espanha, composta por profissionais especializados na gestão de projectos de Habitação Cooperativa, nomeadamente, os ateliers Carpe.studio, Joan Rojeski studio e a cooperativa de arquitectura Crearqció, em conjunto com a cooperativa valenciana El Rogle, tendo a equipa do Ateliermob aceite esta parceria em Dezembro de 2023 enquanto representantes do projecto em Portugal.

    A plataforma Coopmmunity destina-se à aprendizagem, debate e coordenação com outras pessoas para a realização de projectos cooperativos, disponibilizando também um espaço de gestão interna para cooperativas já estabelecidas. Também estão disponibilizadas diversas funcionalidades com o objectivo de facilitar a interacção e a tomada de decisões entre interessados, profissionais e grupos promotores, contribuindo para o fortalecimento do ecossistema das Cooperativas de Habitação com Cedência de Direito de Uso.

    Sobre o autorCidália Lopes

    Cidália Lopes

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