Portugal precisa de transparência e estabilidade fiscal para captar mais investimento imobiliário estrangeiro
A criação dos chamados REIT’s (Real Estate Investment Trusts), foram outra posição defendida pela indústria imobiliária presente como uma forma de aportar uma vantagem competitiva ao mercado nacional
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“Portugal precisa de ter um ambiente fiscal estável e transparente para que a captação de investimento imobiliário estrangeiro continue a crescer”. Esta foi uma das principais conclusões do Portugal Real Estate Summit, que juntou no Estoril um conjunto de investidores imobiliários internacionais.
De acordo com a organização do encontro, “sendo transversal a percepção de que o mercado imobiliário português atravessa um bom momento, quer na área de investimento (promoção e aquisição de imóveis) quer na actividade ocupacional, os players presentes neste evento, incluindo os de origem nacional e internacional, com exposição ao mercado nacional ou ainda não presentes no país, destacaram que é preciso dar condições para que o capital estrangeiro continue a seleccionar o mercado nacional”.
Nesse sentido, para além da fiscalidade e de aspectos de regulação, a institucionalização dos veículos investimento, com a criação dos chamados REIT’s (Real Estate Investment Trusts), foram outra posição defendida pela indústria imobiliária presente como uma forma de aportar uma vantagem competitiva ao mercado nacional.
Esta foi alias, sublinha a mesma fonte, uma das ideias apresentadas a António Costa, Primeiro Ministro, que marcou presença no evento no final do primeiro dia, num encontro reservado com os players da indústria. Os economistas António Nogueira Leite e Fernando Teixeira dos Santos foram também keynote speakers do painel de abertura deste congresso.
Recorde-se que em 2015, o investimento em imobiliário comercial atingiu em Portugal um valor recorde de mais de 2.000 milhões de euros, dos quais cerca de 90% de origem internacional, estimando-se que este montante possa pelo menos ser igualado este ano, uma vez que o volume transaccionado nos primeiros seis meses do ano já supera os 1.000 milhões de euros.
O balanço da 1ª edição do Portugal Real Estate Summit é, por isso, de acordo com a organização, “muito positivo, com cerca de 300 pessoas a assistirem ao evento, onde marcaram presença representantes de uma centena de investidores internacionais oriundos de mercados como o do Reino Unido, Estados Unidos, França, Espanha, Holanda ou Brasil”.
Entre as casas de investimento internacionais representadas no evento contaram-se a Blackstone, Benson Elliot, CBRE Global Investors, Fidelidade-FOSUN, Green Oak, HIG Capital, Lone Star, Merlin SOCIMI, M7 Real Estate, Meyer Bergman, Orion Capital ou Patrizia.