África e América do Sul reforçam presença internacional da COBA
Empresa portuguesa venceu adjudicações em Moçambique (duas), no Brasil, na Colômbia e no Peru
Pedro Cristino
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A COBA anunciou o reforço da sua presença em África e na América do Sul com adjudicações em Moçambique (duas), no Brasil, na Colômbia e no Peru.
Em Moçambique, a empresa venceu, num consórcio que envolve a Consultec e a Salomon, os estudos de pré-viabilidade e de viabilidade para a criação de resiliência climática na Bacia do Rio Limpopo, e também o projecto de execução da construção do bloco de rega de Magula para a construtora chinesa Sinohydro.
No Brasil, o grupo português de engenharia é responsável pelo desenvolvimento do projecto de estabilização da encosto do morro Duas Pedras, em Córrego D’Antas, enquanto que, no Peru, irá desenvolve, em consórcio com uma consultora peruana, o projeto de execução da Via Expressa da cidade de Cusco. A COBA é ainda líder do consórcio que realiza a supervisão do estudo de viabilidade do aproveitamento hidroagrícola de Magará, no Departamento de Santander, Colômbia, cujo cliente é o Fondo de Adaptación.
Relativamente à Bacia do Rio Limpopo, o grupo explica, em comunicado, que a barragem de Mapai “se afigura como uma das soluções mais adequadas”, situando-se o local proposto para esta infra-estrutura a oito quilómetros a jusante da confluência do Rio Nuanetsi, afluente da margem esquerda do Limpopo.
“Os grandes objectivos da construção da barragem são a minimização das cheias e a criação de uma rreserva estratégica de água que permitirá responder às necessidades de diversos usos”, explica a mesma fonte, referindo que a eficácia da resposta da barragem enquanto elemento de criação de resiliência às alterações climáticas “será avaliada para diversos cenários, em conformidade com o Quadro para Segurança da Água e Desenvolvimento Resiliente às Alterações Climáticas, estabelecido pela União Africana.
Relativamente ao Bloco de Magula, a COBA explica que o mesmo beneficia uma área total de cerca de 2.500 hectares, através de infra-estruturas como uma estação elevatória, uma conduta elevatória, um canal de adução, rede secundária de rega e rede de drenagem.
No que concerne à adjudicação no Brasil, a consultora explica que este projecto surgiu pela necessidade de definir um conjunto de obras e intervenções no local após o “megadesastre da Região Serrana do Estado do Rio de Janeiro”, considerado “um dos maiores movimentos de massa generalizdos do Brasil, tendo deflagrado por condições climáticas extremas”, causando 947 mil mortes, com 300 desaparecimentos, mais de 50 mil desalojados e afectando quase 1 milhão de pessoas.
O desenvolvimento do projecto, elaborado pela COBA Brasil, envolveu as especialidades de geologia, geotecnia, hidráulica e estruturas. As técnicas de estabilização dos taludes no morro Duas Pedras passaram pela fixação dos blocos ou lascas, evitando o seu deslizamento, pela fragmentação e remoção de blocos e por possibilitar a queda de blocos ou fluxos de detritos de maneira segura, sem causar danos.
A concepção do sistema de drenagem teve em consideração a necessidade de “de afastar as vazões decorrentes de precipitações da área urbanizada na parte inferior do morro Duas Pedras”. Para tal, foram projectados e executados dois subsistemas que desaguam no Córrego D’Antas. Segundo a empresa, um dos grandes desafios da execução deste projecto consistiu na logística e complexidade do processo construtivo, “devido à declividade da encosta rochosa”, levando à adopção de um conjunto de “planos inclinados” móveis.
O projecto no Peru, financiado pelo Banco Mundial, tem como entidade contratante o Proyecto Especial Regional Plan COPESCO, do Governo Regional de Cusco. Trata-se de um investimento de cerca de 125 milhões de euros.
O projecto de execução da Via Expressa permitirá desenvolver “uma solução viária urbana, estruturante da cidade de Cusco, numa extensão de 7 quilómetros, ligando o centro histórico à via periférica, com traçado adjaccente à pista do aeroporto, incluindo quatro vias por sentido, nós de ligação, passagens desniveladas e duas pontes, bem como circuitos e passadiços pedonais e ciclovias, num conceito de “boulevard””.
De acordo com a COBA, os estudos de integração da Via Expressa no contexto urbano permitirão “converter os espaços existentes numa via de grande capacidade que respeite, em segurança, a condição residencial e comercial da zona e ajude à descentralização, dando uma imagem mais moderna à cidade, sem entrar em conflito com a zona histórica”.
O grupo intervirá nas especialidades de topografia, traçado e projecto rodoviário, bem como de solos e pavimentos. Os estudos, com início previsto para o próximo mês de Abril, terão uma duração de oito meses.
Na Colômbia, os serviços contratados ao consórcio liderado pela empresa lusa envolvem a revisão e o acompanhamento técnico, administrativo, financeiro e jurídico, na fase de elaboração do estudo de viabilidade.