Gigantes da construção do Reino Unido defendem permanência do país na UE
Para o sector da construção, “qualquer restrição significativa no movimento de trabalhadores poderá levar a uma maior carência de talentos num sector que já está, de certa forma, dependente de trabalhadores talentosos da UE”
Pedro Cristino
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
Quatro grandes empresas ligadas ao sector da construção no Reino Unido defendem a permanência do país na União Europeia (UE).
A cerca de quatro meses do referendo nacional que decidirá se o país permanece ou deixa a UE, 200 quadros superiores de 100 das maiores empresas do Reino Unido – incluíndo as construtoras Mace Group e Carillion, e as empresas de engenharia Atkins e Arup – escreveram uma carta aberta, publicada no The Times, na qual alertam para importância do mercado europeu para a economia britânica.
“A Grã-Bretanha ganha mais ficando numa União Europeia reformada”, afirma o documento, que acrescenta ainda que deixar este grupo iria “ameaçar o emprego e colocar a economia em risco”. Para o sector da construção, “qualquer restrição significativa no movimento de trabalhadores poderá levar a uma maior carência de talentos num sector que já está, de certa forma, dependente de trabalhadores talentosos da UE”, afirmou Mark Reynolds, CEO do Mace Group à publicação norte-americana Engineering News Record.
Segundo o mesmo responsável, os potenciais impactos macroeconómicos e as ameaças resultantes ao investimento directo estrangeiro “poderiam afectar a capacidade da nossa indústria e da cadeia de fornecimento na produção de tão necessitadas infra-estruturas e habitações”.
“Mais forte” se ficar na UE
A carta, publicada pelo The Times e dirigida a David Cameron, primeiro-ministro do país, salienta que os assinantes dirigem empresas que “representam todos os sectores e regiões do Reino Unido” e que, juntas, “empregam centenas de milhares de pessoas em todo o país”. “O negócio necessita de acesso sem restrições a um mercado europeu de 500 milhões de habitantes de forma a poder continuar a crescer, investir e criar emprego”, continua o documento,espelhando também a opinião dos empresários de que, “deixar a UE, irá restringir o investimento, ameaçar empregos e colocar a economia em risco”. “O Reino Unido ficará mais forte, mais seguro e melhor se permanecer como membro da UE”, conclui a carta. Um inquérito realizado por uma associação britânica de trabalhadores independentes, a IPSE, apurou que 61% das construtoras do Reino Unido querem que o país continue a ser um membro da União Europeia, enquanto 24% votariam no sentido de abandonar esta confederação e 14% declararam-se indecisos.