Gigantes da construção do Reino Unido defendem permanência do país na UE
Para o sector da construção, “qualquer restrição significativa no movimento de trabalhadores poderá levar a uma maior carência de talentos num sector que já está, de certa forma, dependente de trabalhadores talentosos da UE”

Pedro Cristino
APLOG realiza terceira edição do ‘Imobiliário Logístico’
Presidentes de Câmara europeus apelam à União Europeia para soluções urgentes na habitação
Fundo Valor Prime compra edifício de escritórios em Matosinhos por 13M€
Cantanhede investe 3,3M€ em 24 habitações a custos acessíveis
Abrantes lança concurso de 6,5M€ para construção de nova escola superior
Setúbal: Alterações ao Regulamento de Edificação e Urbanização vão a discussão pública
Assimagra lança 2ª edição do prémio internacional “Stone by Portugal”UGAL”
O ‘Portugal 2030’ na Construção, a expansão do Metro Sul do Tejo, o Masterplan Arcaya e a estratégia da Corum na edição 525 do CONSTRUIR
Urbanitae lança nova oportunidade de investimento premium em Lisboa
Ateliermob apresenta Coopmmunity, a nova plataforma para projectos colaborativos
Quatro grandes empresas ligadas ao sector da construção no Reino Unido defendem a permanência do país na União Europeia (UE).
A cerca de quatro meses do referendo nacional que decidirá se o país permanece ou deixa a UE, 200 quadros superiores de 100 das maiores empresas do Reino Unido – incluíndo as construtoras Mace Group e Carillion, e as empresas de engenharia Atkins e Arup – escreveram uma carta aberta, publicada no The Times, na qual alertam para importância do mercado europeu para a economia britânica.
“A Grã-Bretanha ganha mais ficando numa União Europeia reformada”, afirma o documento, que acrescenta ainda que deixar este grupo iria “ameaçar o emprego e colocar a economia em risco”. Para o sector da construção, “qualquer restrição significativa no movimento de trabalhadores poderá levar a uma maior carência de talentos num sector que já está, de certa forma, dependente de trabalhadores talentosos da UE”, afirmou Mark Reynolds, CEO do Mace Group à publicação norte-americana Engineering News Record.
Segundo o mesmo responsável, os potenciais impactos macroeconómicos e as ameaças resultantes ao investimento directo estrangeiro “poderiam afectar a capacidade da nossa indústria e da cadeia de fornecimento na produção de tão necessitadas infra-estruturas e habitações”.
“Mais forte” se ficar na UE
A carta, publicada pelo The Times e dirigida a David Cameron, primeiro-ministro do país, salienta que os assinantes dirigem empresas que “representam todos os sectores e regiões do Reino Unido” e que, juntas, “empregam centenas de milhares de pessoas em todo o país”. “O negócio necessita de acesso sem restrições a um mercado europeu de 500 milhões de habitantes de forma a poder continuar a crescer, investir e criar emprego”, continua o documento,espelhando também a opinião dos empresários de que, “deixar a UE, irá restringir o investimento, ameaçar empregos e colocar a economia em risco”. “O Reino Unido ficará mais forte, mais seguro e melhor se permanecer como membro da UE”, conclui a carta. Um inquérito realizado por uma associação britânica de trabalhadores independentes, a IPSE, apurou que 61% das construtoras do Reino Unido querem que o país continue a ser um membro da União Europeia, enquanto 24% votariam no sentido de abandonar esta confederação e 14% declararam-se indecisos.