Investidores imobiliários dispostos a correr mais riscos em Portugal
O Barómetro desenvolvido pela JLL em conjunto com o IPD para o mercado nacional demonstra que o investidores esperam que o volume de investimento em 2015 seja superior aos 1,2 […]
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Marina Bertolami
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O Barómetro desenvolvido pela JLL em conjunto com o IPD para o mercado nacional demonstra que o investidores esperam que o volume de investimento em 2015 seja superior aos 1,2 mil milhões de euros previstos.
Segundo os dados auferidos pelo do IPD, a entidade dedicada à avaliação da performance do investimento imobiliário, e a JLL, a expectativa apurada entre os investidores relativamente à evolução do mercado de imóveis em Portugal é crescente e positiva, uma vez que estes se encontram com maior disposição para investir em produtos com maior perfil de risco num ano que se firma histórico em termos de capital impulsionado.
O documento revela que mais de 70% dos investidores inquiridos esperam que o volume transaccionado em 2015 seja superior ao previsto de 1,2 mil milhões de euros, após o primeiro semestre do ano ter registado um volume de investimento na ordem dos 800 milhões.
A expectativa e consequente estratégia de investimento destes operadores é alvo de influência não só de uma maior confiança no mercado português, mas da própria evolução que a economia interna do país tem demonstrado, independentemente da conjuntura de crise. Do total de investidores inquiridos, cerca de 50% consideraram investir ou em activos por reestruturar ou em activos com desocupação.
O Barómetro IPD/JLL do 1º semestre de 2015, verifica ainda que 28% dos investidores continua a preferir alocar o seu capital para activos de renda garantida, enquanto que cerca de 50% está agora disposto a assumir risco nas suas estratégias de injecção de capital. Destes 50%, 25% refere que pretende investir em activos por reestruturar e 24% tem preferência por activos com alguma desocupação.
A maior abertura a produtos com perfis de risco mais elevados, de acordo com este inquérito, está ligada a características próprias do mercado português como a sua dimensão reduzida, a escassez de produto disponível e as boas perspectivas económicas. No entanto e em relação aos diversos segmentos do mercado imobiliário, o sector dos escritórios e do comércio de rua são os que se mantêm no pico da lista de preferências dos investidores, em particular nas Zonas Prime CBD de Lisboa e do Parque das Nações.
Enquanto que a perspectiva é generalizada em relação à superação do volume total de investimento em 2015, 20% do total de inquiridos confia que o volume anual transaccionado vá superar os 1,6 mil milhões. Por outro lado, os indicadores indicam que a maioria do investimento tenha origem internacional, prevendo-se que o peso do capital estrangeiro atinja os 85%. No que toca à dinâmica dos investimentos, os investidores consideram que os fundos oportunistas e os fundos core serão os mais activos, com peso de respostas dos inquiridos na ordem dos 31% e 26%, respectivamente.
Os fundos europeus core, são referenciados uma vez que a expectativas de recuperação e rentabilidade associadas a esta tipologia de fundo se encontram acima da média europeia, procurando em especial produtos prime, bem localizados e com bons inquilinos.
Em 2014 assistiu-se à transacção anual de 900 milhões de euros para o mercado imobiliário, valor praticamente arrecadado só no primeiro semestre deste ano (800 milhões), o que tem resultado numa compressão das yields. Esta tendência que os investidores prevêem que se mantenha, faz antecipar que no fim de 2015 estas se fixem nos 6,2 % nos escritórios (Prime CBD), 6,4% nos centros comerciais e 7,5% em imóveis logísticos.
O director da JLL Portugal, Pedro Lencastre, comenta que “os mercados ocupacionais estão em franca recuperação, principalmente nos escritórios e no retalho, assim como a economia, o que tem levado a um forte crescimento do investimento. A percepção dos investidores é que se deverá continuar a crescer nos principais indicadores, o que somado à dimensão do mercado e à escassez que já começa a sentir-se nos produtos prime, tem levado a estratégias de investimento com maior perfil de risco. Isto num ano em que o investimento até ao final do primeiro semestre já soma 800 milhões de euros, e por isso, bem posicionado para superar níveis históricos”.