Mercado imobiliário mais optimista em Julho
A tendência deve-se à época estival, que fez aumentar o número de potenciais compradores, sobretudo emigrantes e visitantes estrangeiros
Ana Rita Sevilha
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
O mercado imobiliário mostrou-se mais optimista no último mês de Julho. Segundo o IMI – Imovirtual Market Index, “ o mercado imobiliário nacional observou no mês de Julho uma curva de mercado tendencialmente positiva, o que reflecte o resultado mais elevado desde a criação deste índice em Junho de 2012”. De acordo com a mesma fonte, a tendência deve-se à época estival, que fez aumentar o número de potenciais compradores, sobretudo emigrantes e visitantes estrangeiros.
Em nota de imprensa enviada ao Construir, o barómetro mensal, que ausculta profissionais de mediação imobiliária, consultores imobiliários, empresas de gestão e administração de imóveis e promotores e investidores imobiliários, revela que o tempo de venda do produto residencial manteve-se nos 13 meses mas o tempo de absorção dos imóveis de arrendamento voltou a rondar os 5 meses, denotando-se um ligeiro aumento neste segmento de mercado (em Junho situava-se perto dos 4 meses).
O inquérito levado a cabo pelo barómetro permitiu concluir também que “63,1% da procura imobiliária em Julho foi orientada para apartamentos, 52,5% da oferta imobiliária em Julho alicerçou-se em apartamentos, 36,5% da procura imobiliária concentrou-se no distrito de Lisboa e 29,0% da oferta imobiliária encontra-se localizada no distrito do Porto e 24,9% em Lisboa.
Segundo o IMI, 48% dos inquiridos observou um aumento de visitas de potenciais interessados (representatividade mais elevada desde o início do IMI ), 41% referiu uma estabilização deste indicador e apenas 10% dos profissionais mencionou uma contracção do interesse demonstrado pelo mercado.
Ao que o barómetro apurou, 51% dos inquiridos mencionou não ter observado qualquer tipo de oscilação no número de negócios concretizados, não obstante cerca de 32% ter mencionado que registou um aumento no dinamismo das transacções (destacando-se como o valor mais elevado desde o início da série, em Junho de 2012). 55% dos inquiridos afirmou ainda ter constatado um comportamento estável no desenvolvimento da sua actividade, valor que contrasta com os 11% que mencionaram um menor dinamismo no sector (representatividade inferior ao mês anterior).
No que diz respeito a expectativas futuras, de curto prazo, no nível de preços, 57% dos participantes no inquérito apontou no sentido de uma manutenção dos valores praticados e 33% anteciparam mesmo um aumento deste indicador. Em relação ao dinamismo da actividade, as expectativas de 54% dos inquiridos assentam num maior dinamismo do mercado, sendo de realçar a este nível, que apenas 4% acredita na deterioração das condições em que o sector opera.
Em comunicado de imprensa, o IMI esclarece ainda que o mercado imobiliário é influenciado por uma multiplicidade de estímulos e que, no mês de Julho, e seguindo a tendência de meses anteriores, destacaram-se os seguintes: “a instabilidade no mercado de trabalho – com uma incidência de cerca de 54% de respostas”, “a restritividade bancária, que recolheu 52% das opiniões expressas pelos profissionais – um valor que apesar de expressivo é inferior ao registado em meses transactos” e “a diminuição do poder de compra, de acordo com 41% das respostas dos profissionais que participam no inquérito”.