Trienal anuncia projectos seleccionados para o pólo criativo do Palácio Sinel de Cordes
O júri constituído por Graça Fonseca (Representante da CML), Manuel Henriques (Representante da Trienal), Teresa Patricio Gouveia, Rui Horta e João Luís Carrilho da Graça, reuniu e nesta primeira fase seleccionou sete projectos culturai
Ana Rita Sevilha
AMP: Porto, Gaia e Matosinhos são os concelhos mais procurados por estrangeiros
Turismo nacional deverá manter tendência de crescimento em 2025
Matilde Mendes assume a direcção de Desenvolvimento da MAP Real Estate
Signify mantém-se pelo oitavo ano consecutivo no Índice Mundial de Sustentabilidade Dow Jones
Porta da Frente Christie’s adquire participação na mediadora Piquet Realty Portugal
Obras da nova residência de estudantes da Univ. de Aveiro arrancam segunda-feira
Worx: Optimismo para 2025
SE celebra a inovação centenária dos TeSys e dos disjuntores miniatura
União Internacional dos Arquitectos lança concurso de ideias destinado a jovens arquitectos
Filipa Vozone e Luís Alves reforçam área BPC & Architecture da Savills
A Trienal de Arquitectura de Lisboa divulgou os sete projectos seleccionados para a ocupação dos espaços de trabalho do pólo criativo multidisciplinar no Palácio Sinel de Cordes – o FORA (Fórum de Observação e de Representação da Arquitectura).
O júri constituído por Graça Fonseca (Representante da CML), Manuel Henriques (Representante da Trienal), Teresa Patricio Gouveia, Rui Horta e João Luís Carrilho da Graça, reuniu e nesta primeira fase seleccionou sete projectos culturais que representam transversalmente a arquitectura e que se cruzam com a disciplina de uma forma plural.
O projecto ANGULAR foi um dos seleccionados e “é constituído por sete estudantes de arquitectura prestes a iniciar o terceiro ano do curso, que se juntam com dois objectivos: um primeiro de criar um atelier para uma experiência de trabalho em equipa, e um segundo, de iniciar um núcleo de estudantes, com o objectivo de unir intelectualmente as diversas escolas de arquitectura, fazendo uma ponte entre a Trienal de Arquitectura de Lisboa, a realidade profissional da disciplina e o mundo académico. Como atelier de arquitectura, o grupo focar-se-á no desenvolvimento de projectos para concursos e em intervenções de arquitectura efémera, com vista à divulgação desta área enquanto prática essencial à sociedade. Como núcleo dinamizador de eventos para estudantes de arquitectura (eventualmente outras áreas), o ANGULAR tem como objectivo último o contributo para uma comunidade de estudantes mais aberta à comunicação, ao debate, partilha de conhecimentos e opiniões”.
A revista ARQA foi outro dos sete projectos escolhidos. A Trienal recorda que a ARQA “é uma revista fundada em 2000 que cruza os domínios do urbanismo, arquitectura, design e arte com o objectivo de investigar a relação entre as práticas criativas e as condições intelectuais, culturais e produtivas contemporâneas. Com uma equipa editorial multidisciplinar, desenvolve desde 2006 uma abordagem temática, integrando trabalhos teóricos e críticos, entrevistas e projectos nacionais e internacionais, representativos de práticas arquitectónicas emergentes e estabelecidas. Institucionalmente tem desenvolvido parcerias em conferências, prémios e eventos, com entidades como a Ordem dos Arquitectos, a Trienal de Arquitectura de Lisboa, a Guimarães 2012 Capital da Cultura, a ExperimentaDesign, o World Architecture Festival, etc.
CAUS, uma organização sem fins lucrativos criada em Macau em 2013 para promover a investigação, educação, produção e divulgação de conhecimento nas áreas da arquitectura, urbanismo, design e cultura urbana foi outro dos projectos. Segundo a Trienal de Arquitectura, em Lisboa, “o CAUS procura um espaço para a concretização de intercâmbios entre Macau e Lisboa e realização de projectos de investigação entre a China, Portugal e países lusófonos. O CAUS traz ao pólo criativo a mais valia de abrir às entidades aí sediadas uma plataforma de intercâmbio com Macau e a Ásia, onde está sediado e dispõe de espaço de investigação, exposição e conferência próprios – PONT E9 Numa primeira fase implementará os projectos em curso, numa segunda, dará inicio a novos projectos em colaboração com entidades portuguesas pelo que a integração no pólo potencia sinergias com a Trienal e restantes membros. Conta com participações na Bienal de Veneza e na Bienal de HK/SZ, tendo organizado conferências, exposições, publicado livros, organizado workshops e projectos de investigação.
Já KWY “é uma plataforma multidisciplinar que investiga a natureza da colaboração no contexto de projectos específicos: em arte, arquitectura, curadoria e escrita. KWY foi fundada em 2009 pelos arquitectos Ben Allen e Ricardo Gomes em Berlim e pelo curador e editor James Bae em Los Angeles. Na práctica os projetos KWY são colaborações entre os seus principais e um especialista convidado. Sem preconceitos iniciais cada projeto começa com diálogo e análise entre os colaboradores. Esta metodologia, orientada para o processo, leva a diversos resultados que seriam de outra forma inesperados. Colaboradores recentes incluem artistas, escritores, curadores, educadores, designers e outros arquitectos. O último projecto consiste numa significativa exposição em Copenhaga onde pela primeira vez reuniram um conjunto alargado de colaboradores que realizaram 7 projectos específicos entre arte e arquitectura”.
O colectivo LINHABRANCA foi outro dos seleccionados e “surge como um casamento criativo entre o design industrial e a arquitectura em torno de objectos, espaços, serviços, ditos ‘sem marca’”. “Fundado por Barbara Fachada e Daniel Caramelo este colectivo nasce em Barcelona em 2004 e desde 2007 fixa-se em Lisboa. Partilha-se o gosto pela escala urbana e pelos objectos ditos domésticos, mas é entre as disciplinas de base, o design e a arquitectura, que a Linhabranca surge e é contactada, participando em vários projectos integrados, desde a criação de novos espaços, passando pelo mobiliário urbano, à concepção de novos produtos comerciais. Hoje, com maior experiência de campo, pretende-se dar um passo em frente, formalizando a equipa e agregando jovens talentos, para continuar a contribuir para a inovação de portfólio das industrias nacionais, mas também actuar na área do design de serviços e na inovação do sector social.
A Osso – Associação Cultural também foi seleccionada e é constituída por um colectivo de artistas de diferentes áreas: Música, Dança, Artes Plásticas, Literatura, Performance e Cinema. “A associação foi criada com o objectivo de desenvolver uma actividade continua, quer prática quer teórica, sob uma noção de partilha artística interdisciplinar dentro de contextos regionais, nacionais e internacionais.
Desenvolve um projecto amplo de programação na articulação das diferentes áreas ao nível da criação, difusão e da investigação artística e académica, que resultará tanto em apresentações públicas periódicas de projectos finalizados bem como trabalhos em processo abertos à comunidade. Pretende ser ponto de encontro entre artistas e público, dialogando activamente com a comunidade, através de oficinas, laboratórios de pesquisa, formação, conferências, leituras e toda e qualquer forma de diálogo reflexivo que implique, para além de uma comunidade criadora, uma comunidade crítica”.
Por último foi também seleccionado o projecto WAREHOUSE. Segundo a Trienal, este projecto “tem vindo a desenhar as suas dinâmicas tendo como base a prática da construção colectiva. Tanto em projectos temporários como permanentes, a metodologia do Warehouse adopta assumidamente processos de criação participativa onde o desenho e a construção são pensados e executados como um todo. Formado em Março de 2013, o colectivo Warehouse conta com projectos na área de arquitectura onde se destaca a colaboração na Casa do Vapor na Cova do Vapor, a intervenção inserida no MEDS ReactionLx na Graça e o projecto da Cozinha Comunitária Terras da Costa, em Almada, em parceria com o Ateliermob, em fase de desenvolvimento”.
Segundo a Trienal de Arquitectura de Lisboa, a dinamização deste pólo está em linha com a sua missão e o seu objectivo é o de fomentar o debate, discussão e experimentação em torno da arquitectura, bem como de aproximar disciplinas e áreas criativas que potenciem as vertentes de inovação, sustentabilidade, potencial económico e transversal da arquitectura.
Em nota de imprensa a Trienal salienta ainda o apoio da Câmara Municipal de Lisboa – que cedeu o Palácio à Trienal de Arquitectura de Lisboa para aí estabelecer a sua sede, e ainda que a fundação do FORA assenta no projecto de reabilitação do Palácio, da autoria de Margarida Grácio Nunes /FSSMGN arquitectos, “numa abordagem que respeita a identidade e o legado da construção setecentista, bem como a sua relação com a envolvente”.