Trienal anuncia projectos seleccionados para o pólo criativo do Palácio Sinel de Cordes
O júri constituído por Graça Fonseca (Representante da CML), Manuel Henriques (Representante da Trienal), Teresa Patricio Gouveia, Rui Horta e João Luís Carrilho da Graça, reuniu e nesta primeira fase seleccionou sete projectos culturai
Ana Rita Sevilha
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A Trienal de Arquitectura de Lisboa divulgou os sete projectos seleccionados para a ocupação dos espaços de trabalho do pólo criativo multidisciplinar no Palácio Sinel de Cordes – o FORA (Fórum de Observação e de Representação da Arquitectura).
O júri constituído por Graça Fonseca (Representante da CML), Manuel Henriques (Representante da Trienal), Teresa Patricio Gouveia, Rui Horta e João Luís Carrilho da Graça, reuniu e nesta primeira fase seleccionou sete projectos culturais que representam transversalmente a arquitectura e que se cruzam com a disciplina de uma forma plural.
O projecto ANGULAR foi um dos seleccionados e “é constituído por sete estudantes de arquitectura prestes a iniciar o terceiro ano do curso, que se juntam com dois objectivos: um primeiro de criar um atelier para uma experiência de trabalho em equipa, e um segundo, de iniciar um núcleo de estudantes, com o objectivo de unir intelectualmente as diversas escolas de arquitectura, fazendo uma ponte entre a Trienal de Arquitectura de Lisboa, a realidade profissional da disciplina e o mundo académico. Como atelier de arquitectura, o grupo focar-se-á no desenvolvimento de projectos para concursos e em intervenções de arquitectura efémera, com vista à divulgação desta área enquanto prática essencial à sociedade. Como núcleo dinamizador de eventos para estudantes de arquitectura (eventualmente outras áreas), o ANGULAR tem como objectivo último o contributo para uma comunidade de estudantes mais aberta à comunicação, ao debate, partilha de conhecimentos e opiniões”.
A revista ARQA foi outro dos sete projectos escolhidos. A Trienal recorda que a ARQA “é uma revista fundada em 2000 que cruza os domínios do urbanismo, arquitectura, design e arte com o objectivo de investigar a relação entre as práticas criativas e as condições intelectuais, culturais e produtivas contemporâneas. Com uma equipa editorial multidisciplinar, desenvolve desde 2006 uma abordagem temática, integrando trabalhos teóricos e críticos, entrevistas e projectos nacionais e internacionais, representativos de práticas arquitectónicas emergentes e estabelecidas. Institucionalmente tem desenvolvido parcerias em conferências, prémios e eventos, com entidades como a Ordem dos Arquitectos, a Trienal de Arquitectura de Lisboa, a Guimarães 2012 Capital da Cultura, a ExperimentaDesign, o World Architecture Festival, etc.
CAUS, uma organização sem fins lucrativos criada em Macau em 2013 para promover a investigação, educação, produção e divulgação de conhecimento nas áreas da arquitectura, urbanismo, design e cultura urbana foi outro dos projectos. Segundo a Trienal de Arquitectura, em Lisboa, “o CAUS procura um espaço para a concretização de intercâmbios entre Macau e Lisboa e realização de projectos de investigação entre a China, Portugal e países lusófonos. O CAUS traz ao pólo criativo a mais valia de abrir às entidades aí sediadas uma plataforma de intercâmbio com Macau e a Ásia, onde está sediado e dispõe de espaço de investigação, exposição e conferência próprios – PONT E9 Numa primeira fase implementará os projectos em curso, numa segunda, dará inicio a novos projectos em colaboração com entidades portuguesas pelo que a integração no pólo potencia sinergias com a Trienal e restantes membros. Conta com participações na Bienal de Veneza e na Bienal de HK/SZ, tendo organizado conferências, exposições, publicado livros, organizado workshops e projectos de investigação.
Já KWY “é uma plataforma multidisciplinar que investiga a natureza da colaboração no contexto de projectos específicos: em arte, arquitectura, curadoria e escrita. KWY foi fundada em 2009 pelos arquitectos Ben Allen e Ricardo Gomes em Berlim e pelo curador e editor James Bae em Los Angeles. Na práctica os projetos KWY são colaborações entre os seus principais e um especialista convidado. Sem preconceitos iniciais cada projeto começa com diálogo e análise entre os colaboradores. Esta metodologia, orientada para o processo, leva a diversos resultados que seriam de outra forma inesperados. Colaboradores recentes incluem artistas, escritores, curadores, educadores, designers e outros arquitectos. O último projecto consiste numa significativa exposição em Copenhaga onde pela primeira vez reuniram um conjunto alargado de colaboradores que realizaram 7 projectos específicos entre arte e arquitectura”.
O colectivo LINHABRANCA foi outro dos seleccionados e “surge como um casamento criativo entre o design industrial e a arquitectura em torno de objectos, espaços, serviços, ditos ‘sem marca’”. “Fundado por Barbara Fachada e Daniel Caramelo este colectivo nasce em Barcelona em 2004 e desde 2007 fixa-se em Lisboa. Partilha-se o gosto pela escala urbana e pelos objectos ditos domésticos, mas é entre as disciplinas de base, o design e a arquitectura, que a Linhabranca surge e é contactada, participando em vários projectos integrados, desde a criação de novos espaços, passando pelo mobiliário urbano, à concepção de novos produtos comerciais. Hoje, com maior experiência de campo, pretende-se dar um passo em frente, formalizando a equipa e agregando jovens talentos, para continuar a contribuir para a inovação de portfólio das industrias nacionais, mas também actuar na área do design de serviços e na inovação do sector social.
A Osso – Associação Cultural também foi seleccionada e é constituída por um colectivo de artistas de diferentes áreas: Música, Dança, Artes Plásticas, Literatura, Performance e Cinema. “A associação foi criada com o objectivo de desenvolver uma actividade continua, quer prática quer teórica, sob uma noção de partilha artística interdisciplinar dentro de contextos regionais, nacionais e internacionais.
Desenvolve um projecto amplo de programação na articulação das diferentes áreas ao nível da criação, difusão e da investigação artística e académica, que resultará tanto em apresentações públicas periódicas de projectos finalizados bem como trabalhos em processo abertos à comunidade. Pretende ser ponto de encontro entre artistas e público, dialogando activamente com a comunidade, através de oficinas, laboratórios de pesquisa, formação, conferências, leituras e toda e qualquer forma de diálogo reflexivo que implique, para além de uma comunidade criadora, uma comunidade crítica”.
Por último foi também seleccionado o projecto WAREHOUSE. Segundo a Trienal, este projecto “tem vindo a desenhar as suas dinâmicas tendo como base a prática da construção colectiva. Tanto em projectos temporários como permanentes, a metodologia do Warehouse adopta assumidamente processos de criação participativa onde o desenho e a construção são pensados e executados como um todo. Formado em Março de 2013, o colectivo Warehouse conta com projectos na área de arquitectura onde se destaca a colaboração na Casa do Vapor na Cova do Vapor, a intervenção inserida no MEDS ReactionLx na Graça e o projecto da Cozinha Comunitária Terras da Costa, em Almada, em parceria com o Ateliermob, em fase de desenvolvimento”.
Segundo a Trienal de Arquitectura de Lisboa, a dinamização deste pólo está em linha com a sua missão e o seu objectivo é o de fomentar o debate, discussão e experimentação em torno da arquitectura, bem como de aproximar disciplinas e áreas criativas que potenciem as vertentes de inovação, sustentabilidade, potencial económico e transversal da arquitectura.
Em nota de imprensa a Trienal salienta ainda o apoio da Câmara Municipal de Lisboa – que cedeu o Palácio à Trienal de Arquitectura de Lisboa para aí estabelecer a sua sede, e ainda que a fundação do FORA assenta no projecto de reabilitação do Palácio, da autoria de Margarida Grácio Nunes /FSSMGN arquitectos, “numa abordagem que respeita a identidade e o legado da construção setecentista, bem como a sua relação com a envolvente”.