Tempo médio de venda de imóveis regressa em Maio para os 14 meses
No que diz respeito a expectativas futuras de curto prazo ao nível dos preços de mercado, 67% dos participantes do inquérito acredita na sua manutenção e 23% antecipam mesmo, um potencial aumento dos valores de divulgação e transacção praticados
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Ana Rita Sevilha
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O mercado imobiliário nacional registou um ligeiro ajustamento em baixa, embora continue a situar-se em terreno positivo, revela o IMI – Imovirtual Market Index. O barómetro mensal, elaborado em parceria com a REVConsultants, conclui também que o tempo de venda do produto residencial aumentou para perto de 14 meses, quando registava 13 meses no mês anterior (Abril).
O estudo, que ausculta profissionais de mediação imobiliária, consultores imobiliários, empresas de gestão e administração de imóveis, entre outros, desvenda, de igual forma, que o tempo de absorção dos imóveis de arrendamento ronda agora os 5 meses, denotando-se um ligeiro aumento neste segmento de mercado (em Abril situava-se nos 4 meses e meio).
Segundo nota de imprensa enviada ao Construir, o IMI considera este comportamento um reflexo de um conjunto de indicadores, dos quais se destacam, uma aparente deterioração do número de potenciais visitas, negócios concretizados e do próprio dinamismo da actividade. Por outro lado, refere a mesma fonte, no curto prazo, registou-se uma ligeira erosão das expectativas de desenvolvimento da actividade, sobretudo por via de uma crescente incerteza em relação ao ambiente macro-económico.
No mês de Maio, o IMI – Imovirtual Market Index, revelou os seguintes dados do inquérito ecfetuado: “apesar de 41% dos inquiridos ter mencionado um aumento das visitas realizadas por potenciais interessados (resultado inferior ao do mês anterior), 19% referiu ter sentido uma contração do número de potenciais interessados, sendo que este indicador atingiu o valor máximo dos últimos 4 meses; 43% dos participantes no inquérito observaram um aumento de novo produto em carteira, mantendo, desta forma, o movimento observado nos últimos meses; 44,5% dos inquiridos referiu a manutenção do nível dos negócios concretizados e cerca de 27% mencionou uma diminuição dos mesmos, facto que revela uma ligeira deterioração desta variável face ao observado no primeiro quadrimestre de 2014; 45% dos profissionais inquiridos mencionou que, no mês em análise, observou um comportamento estável no desenvolvimento da sua actividade, o que contrastou com o facto de 22% terem mencionado um menor dinamismo do mercado enquanto um todo (sendo o peso relativo destas respostas superior ao apurado para os 4 primeiros meses do ano)”.
No que diz respeito a expectativas futuras de curto prazo ao nível dos preços de mercado, 67% dos participantes do inquérito acredita na sua manutenção e 23% antecipam mesmo, um potencial aumento dos valores de divulgação e transacção praticados.
Tendo em conta que o mercado imobiliário é influenciado por diferentes estímulos, o IMI apresenta ainda quais os factores mais limitativos, associados ao ambiente macro-económico, apresentados pelos profissionais durante o mês de Maio. São eles: “a restrictividade bancária, que registou uma representatividade de 51% das respostas obtidas, valor bastante expressivo, mas no entanto inferior ao registado em meses transactos, não sendo alheia a progressiva movimentação e abertura da banca ao crédito hipotecário; a instabilidade no mercado de trabalho, com uma incidência de cerca de 52% das opiniões expressas pelos inquiridos. Refira-se que para os próximos dois anos, de acordo com as estimativas da Comissão Europeia, a taxa de desemprego nacional apresenta-se com uma ligeira redução, no entanto ainda com dois dígitos; a diminuição do poder de compra, de acordo com 45% das respostas dos profissionais que participam no inquérito, em muito derivada da instabilidade do mercado de trabalho e das apertadas restrições orçamentais que incidem no rendimento disponível das famílias”.