Actividade no investimento imobiliário europeu mantém-se elevada no 2º trimestre
No segundo trimestre a procura dos grandes fundos de pensões e fundos de estados soberanos focou-se em grandes volumes de investimento

Ana Rita Sevilha
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Apesar da agitação sentida nos mercados financeiros e bolsistas, a procura e a actividade no mercado imobiliário comercial europeu mantiveram-se elevadas durante o segundo trimestre do ano. Em nota de imprensa enviada ao Construir, a Cushman & Wakefield revela que “as transações atingiram os 32 mil milhões nos últimos 3 meses, fazendo deste período o 2º trimestre mais activo desde 2007”.
De acordo com a consultora, registou-se um decréscimo de 4% da actividade no início do trimestre mas os volumes de investimento cresceram 8,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Neste cenário, o investimento estrangeiro desempenhou um papel fundamental na maior parte dos sectores, com um crescimento de 15% vs 5% de investimento nacional.
No segundo trimestre a procura dos grandes fundos de pensões e fundos de estados soberanos focou-se em grandes volumes de investimento, continuando os três principais mercados – França, Alemanha e Reino Unido – a liderar o mercado, representando 62% do capital investido no trimestre, explica a consultora. Contudo, lembra, a sua quota de mercado decresceu pelo aumento da importância de várias outras localizações, com a Europa do Sul a crescer 94%, o Benelux 70% e a Escandinávia 30%.
Segundo Luís Rocha Antunes, partner e director de investimento da C&W em Portugal, “muitos investidores estão ainda bastante focados nos mercados core mas estão cada vez mais a procurar oportunidades, como por exemplo o forte desempenho da Europa Central e de Leste no 1º trimestre, mas também o regresso de alguns mercados da Europa do Sul que ganharam terreno no último trimestre, com particular destaque para alguns grandes negócios no sector de escritórios.”
Segundo a Cushman & Wakefield, os setores de retalho e industrial têm tido um papel mais predominante no crescimento da actividade imobiliária ao longo do ano, crescendo respectivamente 14% e 13%, situação que, de acordo com a mesma fonte, tem vindo a mudar, uma vez que o setor de escritórios atingiu o melhor desempenho do último trimestre, crescendo cerca de 4% para um total de 15,1 mil milhões de euros, representando 47% do mercado.
Luís Rocha Antunes comenta ainda que, “o aumento das taxas de juro a longo prazo, facto que preocupa os mercados globais, poderá ser inevitável mas ainda não está iminente. Os investidores deverão ter em mente que as taxas de juro continuarão baixas por mais algum tempo”.